Capítulo 17 - Perdida em emoções…
--E agora? Vamos correndo para lá? - Perguntei a Skya que riu com vontade.
--Acho que não...melhor esperar que nasça e aí sim fará todo o sentido uma visita...concordas?
--Umhum...fiquei excitada com a ideia e quero muito ver a cara do filho da Karen...ela quer tanto esse bebé, lutou tanto...
--Acredito que sim, a Rebeka já contou algumas coisas, eles são muito unidos.
--O senso de família mais perfeito que já vi na vida...tudo bem que não seja a pessoa que mais presta atenção a esse tipo de coisas mas o laço deles é visceral, lindo, é forte...família...
Skya olhou-me em profundidade parecendo querer entender alguma coisa que não dissera. Não perguntou nada mas encaminhou-me para o tapete da sala onde nos sentamos. Eu estava feliz aliás a sensação ia além da felicidade, poderia perfeitamente levitar.
Ela me olhava e sorria e eu me perdia nos detalhes daquele rosto...o silêncio dizia mil coisas que palavras ditas provavelmente não fossem capaz de emitir com o mesmo significado dos olhares...intensa troca de olhares.
--Skya... - Precisava dizer algumas coisas...precisava...
--Sim... - Ela segurava a minha mão e eu sentia-me no dever de ser sincera.
--Eu jamais planeei...jamais pensei em trazer-te para cá para fazer sex* grupal...nunca passou pela minha cabeça...naquela noite as coisas fugiram do meu controle...o Yourgos queria uma loucura, mas eu sequer sabia e ele não fazia ideia que viríamos juntas para cá, aliás ele não fazia a menor ideia que eu pudesse ter interesse...
Calei-me. Meu coração batia alucinadamente no peito, estava fora da zona de conforto, exposta às emoções...não sabia muito bem lidar com elas.
Skya olhou-me com o olhar meigo, aquele que me dava vontade de mergulhar, ir fundo e permanecer...continuei a falar...
--Ele não fazia a menor ideia que eu pudesse ter interesse numa menina, mulher...nem eu sabia até te conhecer...- Minha mão tremeu e ela apertou-a entre as suas dando-me a força necessária para continuar. - Não é muito fácil quebrar paradigmas, ainda mais para uma mulher como eu...de repente a vida parece ficar de pernas para o ar...tantas coisas me passavam ao lado, acho que não me centrava em mim, e às vezes vermo-nos como realmente somos não é das sensações mais comodas...
Skya me olhava com o mesmo olhar...aquele tom límpido, encantador.
Falei...muitas vezes coisas sem sentido, mas precisava falar e tinha que aproveitar o momento em que estava com coragem e muita vontade de fazê-lo...coragem sim, falar de mim exige coragem.
--Para mim...as coisas também não são fáceis... - Finalmente saímos do monólogo.
Foi a minha vez de encorajá-la. Fi-lo com o coração aberto, os olhos transparentes e ouvidos atentos...
--Já vivi uma historia que deixou-me marcas profundas...apaixonei-me por uma mulher que à partida era o sonho, o melhor deles...embarquei num mundo colorido, recheado de prazeres e descobertas...fui ingénua, espontânea...fui a Skya de sempre, a Skya com sonhos de menina, romântica, livre, sonhadora, a Skya que meus pais fizeram questão de moldar para ser feliz...quebrei a cara...as pessoas quase nunca são aquilo que aparentam. Com isso mudei, ou então passei a encarar o mundo com uma capa de proteção cinzenta, não consigo mais ver apenas cores alegres e fortes, não espero mais das pessoas, vivo por mim, confio em mim...mas...
Ela respirou profundamente e vi que os olhos estavam húmidos...tive vontade de abraçá-la, forte, acolher a dor dela no meu peito e transformá-lo em outra coisa...apenas permiti que ela deitasse a cabeça no meu ombro.
--No dia do incidente aqui...naquele dia revivi coisas que não queria mais lembrar ou então que queria dar outra dimensão...a Christiane manipulou-me, ela mentia descaradamente, fingia que vivia uma relação de mentira com o marido, que ele era ausente...ela é linda, envolvente e uma mulher mais velha, eu me sentia maravilhosa por despertar a atenção de uma mulher como aquela...ela é linda, independente, bem-sucedida...-Ela olhou-me como a querer dizer que a outra era parecida comigo. - Deixei-me levar pelo novo, pela paixão...
--Foi a primeira vez que te viste apaixonada por uma mulher?
--Não...sempre gostei de mulheres, mas até ela, tinha-me relacionado com meninas da minha idade ou mais novas...com ela era tudo diferente, mundo novo e encantador...me senti mulher, amada, desejada...mas...
Mais um suspiro profundo e eu apertei-a contra mim...aquele relato estava a incomodar-me, não sabia ao certo porquê, mas não podia simplesmente pedir que ela calasse...não podia.
--Ela me manipulava, fazia joguinhos e eu idiota acreditava em tudo...o casamento falido era mentira, o marido ausente também...aquela encenação toda tinha como objetivo satisfazer um capricho do marido idiota que tinha ficado encantado pela performance de uma mulher que tocava contrabaixo e que uma investigação mais acurada revelara ser lésbica...então a mulher que me seduzisse...e seduziu...
Meu estomago embrulhou-se...raiva.
--Fui atraída para uma situação quase perversa...nem sei como consegui forças para sair dali...graças a Deus não eram violentos, pelo menos não fisicamente...o que me magoou e até outro dia me feria de morte, foi o fato de acreditar numa pessoa doente, acreditar num sentimento que nunca existiu...ela considerou tudo normal e ainda chamou-me de mimada e mais, que não sabia o que estava a perder, que ela e o marido me ofereciam um mundo de possibilidades e eu corria como uma menina mimada e que eu era uma desilusão...
Mais um suspiro dela e meu corpo tremendo de raiva.
--Perdi o chão, o norte...corri para junto dos meus pais ainda que não tivesse coragem para contar o que tinha vivido. Meu pai me acolheu sem muitas perguntas, mas minha mãe é diferente, não sossegou até arrancar tudo de mim...a dor aumentou mas paradoxalmente senti-me mais forte, as palavras nem sempre doces da minha mãe foram muito importantes para o meu crescimento...o tempo passou e voltei a ser a Skya de sempre, mas agora mais preparada para encarar a vida como ela é e principalmente mais consciente de que as pessoas escondem facetas...
--E essa mulher?
--Nunca mais vi...saí da Europa, mudei meu número, apaguei tudo dela...
--E o sentimento? - Não queria ouvir o que era quase óbvio, mas a ansiedade dominou-me.
--Sentimento...eu gostei muito dela, mas gosto mais de mim...graças à minha mãe, uma mulher autoconfiante e com um senso de justiça muito apurado, consegui perceber que fantasiei uma mulher que nunca existiu, fui movida pelo ego...passou...
--Hmmm...- Não me convenci, mas não quis refutar, queria sim ouvi-la, conhecê-la melhor.
--Naquele dia aqui...quando o teu amigo entrou e olhou-me com aqueles olhos...senti-me num "revival"...usada, enganada...
--Nunca faria isso! - Quase gritei e segurei o rosto dela nas minhas mãos.
--Eu sei...acho que sei...por isso estou aqui...consegues entender meu medo?
Beijei-a. Foi a única maneira que passou-me pela cabeça para mostrar que não seria capaz de nada parecido...não com ela, jamais.
Ela correspondeu ao beijo com tamanha entrega que senti meus sentidos falharem.
Não falamos mais nada, não com palavras. Nossos gestos eram expressivos...o sorriso dela era meu combustível...o bater do meu coração o termómetro...ficamos nos beijos, nos olhares...fiquei na minha certeza que queria ser melhor para aquela menina, queria ser melhor para ela, queria que ela jamais duvidasse de mim...aquelas certezas todas baralharam-me a cabeça mas meu coração estava no lugar certo.
A música continuava tocando embalando nossos beijos, nossa entrega...por mim ficaria ali até...
Tocava Burning from the inside dos Tenishia e eu me sentia tomada por um fogo de vida, estava acesa...viva.
Beijei cada parte daquele rosto, os cabelos, a ponta dos dedos...cheirei a pele, os cabelos...ela sorria e se aninhava em mim...mundo perfeito, momento para lembrar por várias vidas.
Os olhos de Skya...nada é mais apaixonante do que o olhar dessa mulher, ela me olha como se fosse o melhor dos presentes...quero ser o presente dela...ela é o meu presente, o melhor de todos...Skya...Skya...Skya...meu coração batia por ela...eu estava assustada, petrificada, mas a vontade de ficar ali era maior do que qualquer medo...
Ela subiu em mim, sentou-se nas minhas pernas...abraçou-me com doçura...meu coração batia...batia...meu corpo queria o dela, eu queria aquela mulher...tanto.
Os beijos eram cada vez mais perfeitos e eu queria fundir e eternizar e ela parecia querer a mesma coisa...
Um telefone ao longe insistia em tocar, já o ouvira outras vezes mas o foco em Skya era intenso demais...mas ele insistia...insistia...
--O telefone...
--Umhum...inconveniente...
Ela riu...eu adorava o sorriso, o riso...perfeito.
--Vou atender...contra a vontade mas vou atender...
Ela não queria soltar-me e nem eu queria sair dali mas alguma coisa me dizia que precisava atender a chamada. Atendi.
Não ouvi quase nada, ou melhor não entendi quase nada. Do outro lado estava uma Rebeka nervosa, assustada, que mal articulava palavras com sentido.
--Catherine...aconteceu alguma coisa? Estás pálida...
--A Karen...aconteceu alguma coisa muito séria, não entendi muito bem porque a Rebeka está muito nervosa, mas a Karen não está bem...parece que é grave...
--O bebé nasceu?
--Não sei...ai, não pode acontecer nada à Karen...
Levei as mãos à cabeça tomada pelo desespero.
--Calma...respira...-Ela abraçou-me e tive vontade de chorar...não sou dada a essas emoções mas queria chorar...
--A Karen...não...
--Vamos para lá, é melhor do que ficar aqui sem informação precisa.
--Vamos.
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Chegamos ao hospital e o cenário era de caos. Muita gente correndo de um lado para o outro, gritos quase histéricos de atendentes e pessoas que aguardavam, e demoramos a encontrar Juan e Rebeka. Na realidade nessa altura já havia mais gente aguardando notícias de Karen, a mãe de Rebeka, vizinhos e outras pessoas que não conhecia.
Em meio à barafunda fiquei a saber que um carro escolar sofrera um acidente numa cidade vizinha e que vários feridos graves haviam sido transportados para o hospital.
Juan parecia transtornado e era amparado pela irmã. Rebeka correu para junto de nós e abraçou Skya. Meu coração a essa altura dava cambalhotas desgovernadas e minhas pernas pesavam toneladas.
--A Karen? O que aconteceu? - Perguntei a Rebeka que tinha os olhos vermelhos.
--Ainda não sabemos ao certo mas algo de errado aconteceu...ela está na mesa de cirurgia...
--Mas é normal, uma cesariana...não é?
--Não é apenas isso...parece que houve uma complicação...não sei ao certo, ajude o meu tio Catherine, ele está em desespero...se acontece alguma coisa à Karen e ao bebé...
--Não vai acontecer nada, nada.
Corri para dentro do hospital atrás de notícias. Todos pareciam anestesiados e sem capacidade de reação.
Alguns minutos depois, após uma conversa com um dos médicos que assistia Karen, minhas forças sumiram. Meus olhos ficaram turvos pelas lágrimas, meu coração perdeu forças e minha sensação de impotência alastrou-se.
Saí para a rua por um outro lado para que não me vissem...chorei, lágrimas de impotência, de raiva. Não conseguia pensar em nada além de injustiça...Karen não merecia sofrer assim, ela merecia tudo de melhor nessa vida.
Respirei fundo, tentei aparentar uma calma que estava longe de sentir, precisava ajudar Juan...não tinha forças, mas precisava ser forte.
Minhas mãos tremiam...precisava de uma amiga por perto, precisava de Susan.
Liguei e ela veio em 15 minutos, ainda estava no mesmo lugar.
Abracei minha amiga e chorei como criança.
--Calma Cathe...
--A Karen não pode morrer Susan, não pode...
--Ela não vai morrer, essa síndrome é séria mas ela é jovem, forte e quer muito ter esse bebé, acredite, a Karen vai ultrapassar esse momento e vamos todos chorar de felicidade.
Apertei as mãos de Susan, precisava acreditar naquela possibilidade. Os olhos dela me acalmaram...Susan era assim, a personificação da paz.
Entramos na área onde a família de Karen estava no momento em que davam a notícia que o bebé tinha nascido.
--Nasceu?
--Sim, uma menina linda e saudável.
Juan pulou de alegria e foi abraçado pela irmã. Mas o médico permaneceu no mesmo lugar e com cara de preocupação.
--E a Karen? Minha mulher está bem? Posso vê-las? Quero ver minhas meninas.
--Infelizmente a sua esposa não está bem...ela teve problemas sérios que se agravaram com o nascimento da bebé...o útero não...
--Salve a minha mulher doutor, salve a Karen pelo amor de Deus.
Juan ajoelhou-se aos pés do médico e senti meu coração na boca.
O médico ajudou Juan a erguer-se e prometeu fazer tudo para que o desfecho daquele episódio fosse pura alegria.
A hora seguinte foi de pura agonia, sabíamos que Karen estava sendo submetida a uma cirurgia mas não mais do que isso.
Susan ficou dando conforto a Juan e Mercedes e Skya e Rebeka saíram por alguns minutos daquele cenário de dor.
Sai para tomar ar, não aguentava mais lidar com a angústia da incerteza.
Estava sentada num banco de jardim dentro do hospital com a cabeça quase oca e de olhos fechados quando senti mãos firmes nos meus ombros. Encostei a cabeça numa das mãos...mesmo de olhos fechados sabia que era Skya.
Ela abraçou-me e senti meu corpo desmoronar...não aguentava mais ser forte.
--Ela vai ficar bem...vai dar tudo certo.
Chorei. Eu estava à flor da pele. Gostava demais de Karen, sempre soubera disso, que gostava dela, mas a iminência de perdê-la dera outra dimensão ao sentimento. Eu não queria perder a minha amiga, não era justo. Ela queria tanto o bebé, sofrera por ele, para mantê-lo vivo e agora que dera à luz corria o risco de perder a própria vida? Qual era a lógica daquilo?
Aos poucos fui-me acalmando e acreditei que Karen conseguiria superar mais aquela provação.
Voltamos para dentro do hospital e Susan permanecia sentada ao lado de Mercedes. Juan Andava de um lado para o outro e Rebeka conversava com outras pessoas, amigos da família e vizinhos do casal.
O hospital parecia um campo de guerra, muita gente correndo de um lado para o outro, pais em desespero aguardando notícias dos filhos acidentados e a toda hora no altifalante pediam doação de sangue.
Quando tudo parecia calmo pelo menos para o nosso lado, um médico veio correndo saber se alguém presente podia doar sangue porque Karen estava perdendo muito sangue e uma transfusão era vital. A maioria não se lembrava o tipo sanguíneo e todos foram fazer testes. Infelizmente nenhum de nós podia dar sangue a Karen já que ela era do tipo O negativo e só poderia receber de alguém com o mesmo tipo de sangue. O hospital estava com défice de sangue por conta do acidente com tantos jovens e Karen poderia morrer a qualquer momento.
Desespero! Juan gritava pedindo que salvassem a mulher, Rebeka ligava para os amigos e parentes a ver se alguém era O negativo. Nada. Skya fez a mesma coisa. Nada.
O tempo passava e a vida de Karen ficava cada vez mais comprometida.
Olhei ao redor, como que à procura de uma luz e vi Susan ao telefone.
Ela veio até mim em camera lenta ou pelo menos era assim que via...tinha um sorriso no rosto ou seria ilusão?
-A Ciara é O negativo.
Ela sorriu e eu fiquei em transe.
--Ouviste?
--Sim...- Mas não coadunava as ideias.
--A Ciara é O negativo Cathe, ela pode ajudar a Karen.
--E ela vai ajudar?
Susan olhou-me quase com raiva mas no momento seguinte abraçou-me assentindo.
A notícia de que alguém compatível tinha surgido deixou todo mundo expectante e crente em milagres.
Ciara chegou e logo foi levada para fazer os testes.
O tempo passou devagar ou pelo menos era essa a sensação. Sai um pouco do foco, minha cabeça estava baralhada, eu sentia coisas que não sabia definir...confusão total.
Lembrei-me da bebé, com a situação crítica da mãe ninguém lembrara da pequena. Dirigi-me ao berçário, precisava saber se estava tudo bem com a filha de Karen.
Vi alguns bebés mas não poderia adivinhar quem era a filha dos meus amigos. Uma enfermeira passou por mim e perguntei pelo bebé. Fui informada que ele estava num quarto recebendo alimentação. Levaram-me até lá e entrei no momento em que a bebé estava sendo alimentada por uma ama-de-leite. Aguardei até que fui chamada para conhecê-la.
Linda, a cara de Karen. Saudável e rosadinha, um bebé perfeito. Mais uma vez senti lágrimas quentes nos meus olhos.
--Ela é linda. - Disse a enfermeira fazendo um movimento do corpo para que eu a visse melhor.
--Linda...a cara da mãe.
--Ela vai sobreviver para cuidar dessa coisinha linda.
--Com certeza...- Precisava acreditar naquilo.
--Quer segurá-la?
--Não...não tenho o menor jeito.
--Não tem segredo, vem que eu ensino.
Minhas mãos tremeram e morri de medo de deixar aquele ser frágil cair, mas com a ajuda da enfermeira consegui mantê-la firme nos meus braços. A sensação era boa, reconfortante.
Tive a impressão que ela sorriu e minhas esperanças renovaram-se. Conversei com a pequena e prometi que a mãe cuidaria dela e que eu ajudaria no que estivesse ao meu alcance.
Fiquei alguns minutos com a menina até que a enfermeira informou-me que ela deveria voltar ao berçário.
Vaguei pelo hospital com medo de saber o resultado da transfusão. Karen perdera muito sangue porque o útero não se contraira após o parto e ela já vinha de outras complicações. Estava em pânico mas ao mesmo tempo mantinha uma esperança que tudo terminaria bem, aquela bebé linda teria a mãe dela por perto.
Procurei por Skya pelos corredores mas não a vi. Ela me acalmava, na realidade o efeito dela sobre mim era o maior dos paradoxos, me acalmava e me apavorava na mesma intensidade. O olhar dela me acalmava, mas o medo de meter os pés pelas mãos e magoá-la me amedrontava...queria ficar mas a vontade de sair correndo muitas vezes me sufocava...muita emoção para alguém que estava acostumada a camuflar sentimentos mais fortes...
Caía a noite quando consegui entrar na sala onde os parentes e amigos de Karen estavam reunidos.
Todos correram para mim e os sorrisos abertos não deixavam margens para dúvidas.
--A transfusão foi um sucesso. - Gritaram a uma única voz.
Juan abraçou-me com tanta força que ergueu-me no ar. Olhei para Skya que piscou-me o olho. Sorri, ri com vontade. Karen não ia morrer.
Com aquela informação, a maioria dos amigos e alguns parentes de Karen foram para casa descansar. Rebeka acompanhou a mãe para casa e pediu que Skya fosse junto. Eu queria que ela ficasse comigo já que não arredaria o pé dali até Karen acordar, mas não quis ser egoísta e à pergunta dela se ficava bem, respondi afirmativamente.
Juan foi agradecer Ciara que aguardava em repouso até poder ir embora. Eu não morria de amores por ela, mas por ter salvado Karen, seria eternamente grata.
O médico informou-nos que Karen estava fora de perigo mas que teria de permanecer nos cuidados intensivos e sedada por mais algumas horas.
Juan fez inúmeras perguntas e pareceu mais calmo ao final. Fui com ele ao berçário ver a filha e ele chorou copiosamente. Não teve forças para segurar a pequena ao colo mas conversou com ela por alguns minutos e antes de ir embora prometeu que seriam muito felizes.
Ele precisou ausentar-se por algum tempo a fim de resolver pendências no trabalho e pediu que eu ficasse com Karen. Eu não faria nada diferente. Estava cansada mas só sairia dali quando ela estivesse conversando.
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Três dias haviam passado e Karen permanecia internada nos cuidados intensivos mas a cada hora sua condição melhorava.
A bebé teve alta já que hospital não era o lugar ideal para um recém-nascido que vendia saúde. Ela foi para casa nos meus braços já que Juan tinha ido resolver algum problema.
Ao chegar à casa de Karen fui surpreendida por uma pequena festa. A sala estava toda enfeitada com balões coloridos, uma faixa com " Seja bem-vinda minha filha" ornamentava uma das paredes e todos os amigos estavam presentes, inclusive pessoas do escritório.
Mais uma vez experimentei emoções novas e meus olhos encheram-se de lagrimas. Estava muito cansada mas extremamente feliz por poder entregar aquela pequena ao seu lar e ao pai que babava.
Susan e Ciara também faziam parte da comitiva de boas vindas e pude finalmente agradece-la pessoalmente.
Kika e Skya chegaram com um enorme bolo de chocolate nas mãos e todos cantaram uma linda canção de ninar. A bebé parecia estar feliz.
Dante chegou com um carrinho de bebé e antes de acomodá-la, Juan pediu um minuto da atenção de todos.
--Meus amigos, preciso agradecer a cada um de vós aqui presente pela dedicação a mim, e à minha família nesse momento difícil. Sempre soube que tinha amigos, minha mulher bem mais do que eu, mas nessa hora difícil pude sentir a vossa devoção e sou muito grato. A minha família não me abandonou, mas da família não podemos esperar outra coisa, mas tem pessoas que eu sequer conhecia até outro dia e que não nos abandonaram um segundo sequer no hospital...não sou muito bom com as palavras mas queria agradecer e dizer que sem o vosso apoio tudo seria mais difícil. Preciso agradecer à chefe da minha Karen, uma pessoa como poucas, essa mulher que há bem pouco tempo entrou nas nossas vidas, refiro-me à minha vida com a Karen e que no entanto não arredou o pé e não arreda até esse momento, zelando para que a minha mulher fique boa e possa voltar para o convívio dos seus...obrigada Catherine.
Não sei lidar com essas coisas...gratidão? Não sei lidar com isso...sorri, não sabia o que dizer. Ouvi palmas e meu coração acelerou e minha cara ficou vermelha.
--Não precisa agradecer Juan...a Karen faz muito mais por mim...e agora precisamos voltar para o hospital, imagina se ela acorda e não tem ninguém por perto...- Saí pela tangente, não sabia lidar com tantas emoções...
--Concordo, mas antes disso, preciso que me faças mais um favor...
--Hmmm?
--Preciso que dês um nome à nossa filha. Essa é a vontade de Karen...
Eu queria sair correndo dali...minha cabeça estava em parafuso. Olhei para Skya e vi um sentimento enorme nos seus olhos...tremi da cabeça aos pés...olhei para Susan e ela piscou-me o olho, Ciara sorria de forma aberta...todos sorriam para mim.
--Não sei...
--Ela faz questão e eu também...qualquer nome que escolhas será aceite.
--Hmmm...Esperanza?
--Lindo. - Skya e Rebeka gritaram ao mesmo tempo.
--Concordo plenamente, lindo o nome Cathe. Não achas meu amor? - Susan perguntou a Ciara que assentiu com o mesmo sorriso aberto.
--Então é oficial, minha filha chama-se Esperanza.
Juan abraçou-me e Esperanza mexeu os lábios numa espécie de sorriso.
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Ao sexto dia, Karen já apresentava uma evolução considerável e foi-nos dito pelos médicos que em poucos dias ela teria alta.
Passara aqueles dias todos quase que exclusivamente no hospital. Pedira a Rebeka que remarcasse todos os meus compromissos, não tinha cabeça e muito menos vontade para lidar com problemas profissionais.
Estava exausta mas feliz, sensação de dever cumprido.
Entrei na sala de espera depois de deixar o quarto de Karen e vi Skya e Susan numa conversa acesa.
--O que essas moças tanto conversam?
--Essa moça aqui está preocupada com a senhorita e está a convencer a outra moça que também está preocupada a levar-te para casa...Cathe, precisas de um bom banho quente e cama.
--Exagerada.
--Não, ela está certa e vamos agora para casa. A Karen está bem e tem muita gente para fazer turno no hospital...vamos?
Olhei para Skya e mais uma vez senti aquelas coisas todas...coisas sem nome, ou cujo nome me assustavam. Ela permanecera grande parte do tempo ao meu lado, ao lado de Rebeka e eu sabia que elas tinham muito trabalho, ensaios, compromissos...as pessoas me surpreendiam...
Estava cansada e não argumentei muito. Não tinha noção da falta que estava de casa, do meu sossego, de Scoutie, até entrar no meu apartamento, desabar no sofá e ter o meu gato sobre as minhas pernas.
Skya foi para o interior do apartamento e algum tempo depois veio avisar-me que o banho estava pronto. Olhei para ela sem entender mas com a sua ajuda levantei-me e caminhei em direção ao quarto. Ela saiu e eu tirei minha roupa calmamente. Os últimos acontecimentos passaram como filme na minha cabeça...entrei no banheiro e não pude evitar um sorriso e uma sensação de bem-estar. A banheira estava cheia, havia velas acesas pelos cantos, uma música suave tocava...perfeito para relaxar. Entrei na banheira e deixei meu corpo submerso, a sensação de relaxamento foi instantânea.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas se avaliasse pela sensação de tranquilidade no meu corpo, diria que ficara ali por horas.
Vesti uma camisa de dormir, prendia os cabelos quando ouvi a voz de Skya vindo algures de dentro do meu apartamento. Ela chamava-me para comer. Sorri, aquela sensação era boa...alguém cuidando de mim...
Comi torradas com chá e depois tâmaras secas. Skya acompanhou-me mas ela comera apenas tâmaras. Depois do lanche, quis arrumar as coisas na pia mas ela não permitiu, ordenou-me que fosse para outro lado da casa que ela cuidaria de tudo.
Fui para sala de televisão com Scoutie e deitei-me no sofá. Começava a ter sono, muito sono.
Algum tempo depois ela veio, estava com os cabelos molhados e vestia outra roupa. Levantei-me um pouco para que ela sentasse e deitei a cabeça nas pernas dela. A sensação da mão dela na minha cabeça era a melhor possível...tive vontade de chorar, minhas emoções estavam baralhadas.
Ela pareceu adivinhar meu quase desespero e abraçou-me, senti-me protegida. As lágrimas caíram livres...solucei e ela apertou-me mais ainda.
Caía de sono quando Skya levou-me para o quarto. Desabei na cama e adormeci profundamente em poucos minutos.
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--Ela finalmente dormiu com a ajuda de um calmante leve. - Disse Skya à amiga que acabara de telefonar para saber notícias de Catherine.
--Ela está cansada, esses dias todos no hospital...consegui controlar tudo no escritório.
--Vou cuidar dela...
--Fico tao feliz Skya...a Catherine merece alguém como tu, aliás vocês são perfeitas juntas...
--Não estamos juntas Bekie...sem precipitações...
--Gostas dela?
--Muito.
--Então?
--Tenho medos, ela jamais disse que quer ficar comigo, sinto que ela está com algum problema...tenho muita insegurança em relação à Catherine...
--Assim como ela deve ter em relação a ti...juntas vão construir algo forte, vejo muito potencial...cá entre nós, minha chefe é apaixonante.
Risos.
--Diria que ela é irresistível...coitada de mim...
--Coitada? Sorte a tua...a Catherine é dessa raras pessoas que não batem duas vezes na nossa porta, assim como tu és uma mulher maravilhosa...façam o favor de parar de bater com a cabeça e permitam-se...é uma ordem.
--Sim senhora. Será que agora posso ir dormir ao lado da mulher mais linda que já tive o prazer de encontrar nessa vida?
Gargalhadas.
--Ainda estás aqui? Cubra-a de carinho e bons sonhos minha musicista favorita.
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Acordei com uma sensação de cabeça meio pesada mas com o corpo completamente relaxado. Estava na minha cama, na tranquilidade do meu ambiente. Abri os olhos mas não consegui mantê-los assim por muito tempo...preguiça. Meu quarto estava com um perfume diferente...bom. Aspirei e abri os olhos lentamente.
Virei para o lado e parei de respirar por alguns segundos. Skya dormia na outra extremidade, abraçada a uma almofada. Pisquei os olhos algumas vezes...ela estava mesmo ali. Meu primeiro impulso foi abraçá-la mas fui travada por uma sensação de pânico. Sentei-me na cama sem fazer movimentos bruscos. Pousei os olhos na imagem dela...linda, serena, dormindo profundamente. Eu queria outra coisa?
Abracei os meus joelhos, deitei a cabeça nos meus braços e fiquei olhando para aquela menina que muitas vezes era uma mulher e tanto. Skya era infinitamente melhor do que eu...merecia alguém à altura...
Saí da cama, tomei um banho demorado e depois decidi preparar um café de rainha para Skya. Ela continuava dormindo...
Scoutie fez-me companhia na cozinha, isso depois de alimentá-lo como um rei.
Telefonei a Juan para saber de Karen e ele quase gritou de felicidade ao telefone, ela estava muito bem e pedia minha presença no hospital. Sorri feliz e prometi lá estar em pouco tempo.
Preparava fatias douradas quando senti braços quentes ao redor do meu corpo. Fechei os olhos e aspirei o perfume de Skya. O cheiro dela me entorpecia, o carinho me levava para um mundo perfeito...
--Bom dia...eu queria ter acordado primeiro e preparar um café de rainha para ti...- Ela beijou-me a nuca e tive a sensação de estar num sonho.
--E que tal invertermos um pouco as coisas? Cuidaste de mim ontem e hoje eu faço um café de rainha para ti...tudo bem?
Beijei-lhe a ponta do nariz e ela roubou-me um beijo quente na boca. Mais uma vez a sensação de sonho me invadiu. Correspondi com vontade...eu sempre morria de vontade da boca dela, do corpo, do toque...dela.
Ela meteu a mão dentro da minha blusa acariciando a minha barriga e gemi de prazer. Deve ter sido o sinal para ela perder todo e qualquer pudor e me deitar em cima da mesa da cozinha...não pensava, sentia apenas...
Ela beijava-me a barriga desnuda e eu gemia sem parar, eu morria de saudades dela, e não conseguia pensar em nada além do prazer...senti mãos hábeis nos meus seios e quase gritei, mordi a costa das mãos...ela beijou-me a boca e apertei-a contra mim...a mesa era pequena e estava quase pronta para o café...empurrei-a e sentei-me na mesa. Ela olhou-me sem entender, sorri e corri para a sala. Ela riu alto e veio atrás de mim...
Encostou-me numa parede e olhou-me com tanto desejo que senti minhas pernas bambas.
O beijo que veio a seguir foi o melhor de todos...eu tinha que ir além, precisava sentir aquela mulher em todos os sentidos, precisava dela...queria Skya...
Tirei-lhe a blusa e colei-me nela. Meu corpo tremia, meu coração galopava e minhas mãos febris queriam tocá-la, mas ela fazia coisas que me deixavam desnorteada, ardendo de desejo, doida de prazer...deixei-me levar...ela me conduzia tão bem...sempre bem.
De repente estávamos no tapete da sala, ela sobre mim, beijando todos os cantos do meu corpo, me deixando sem ar e ao mesmo tempo ávida por mais...senti a língua, as mãos, uma profusão de prazer...em todos as células do meu corpo...ela prendeu-me no chão com o peso do seu corpo e levou-me às estrelas com a delicadeza dos toques, a ardência dos beijos...gritei o nome dela inúmeras vezes, mordi-lhe os ombros, grudei-me nela, abracei-a com toda a força que possuía e senti o corpo dela tremendo contra o meu...melhor dos mundos...fiquei com a sensação que tudo tinha parado e ouvia apenas o som do bater de estrelas...som de faíscas...luzes da felicidade...tive vontade de chorar e devo ter chorado pois senti a boca quente dela na minha face, mas não tinha a menor condição de reagir nem queria...era perfeita a sensação de felicidade e queria lá ficar...
Algum tempo depois...
--Catherine...tu és tão linda...tão maravilhosamente bela...
Ela falava e beijava meus ombros, pescoço, lóbulos das orelhas e a minha sensação de ter chegado ao céu aumentava...
Não conseguia falar e a sensação era inédita...só queria senti-la, ouvi-la...respirar o mesmo ar, sentir a respiração dela...abraçá-la.
Adormecemos entorpecidas pelo prazer.
Acordei algum tempo depois e ela me olhava com o melhor sorriso. Tive vontade de dizer tantas coisas mas faltou-me coragem.
--A casa ainda está inteira?
--Sim...porquê? - Ela riu e beijou-me a boca.
--Fiquei com a sensação que antes de virmos para cá eu estava a preparar alguma coisa no fogão...
--E estavas.
Risos.
--Sim? E a casa não pegou fogo?
--Não...porque eu sou uma menina esperta e desliguei o fogo antes de...- ela mordeu o lábio inferior e quis repetir tudo...vezes sem conta...que mulher perfeita...e não era apenas pelo sex* maravilhoso...a perfeição extrapolava a nossa sintonia física...
--Estou com fome...-Precisava sair dali ou então ficaria com ela até não ter mais forças.
--E eu morrendo de fome.
Risos.
--Vamos comer mocinha?
--Vamos...agora.
Ela saiu correndo em direção à cozinha e eu ri de felicidade.
**************************************************
Se a intenção do povo que vivia ao meu redor era proporcionar-me doses cavalares de emoção, estavam a ser bem-sucedidos.
No hospital, numa salinha reservada, encontrei Karen sentada numa cadeira, sem aqueles aparelhos todos e quase completamente recuperada, no colo tinha a pequena Esperanza. Uma porta abriu-se e entraram Juan, Rebeka, Mercedes, Susan, Ciara, Dante e mais alguns amigos que reconheci do período crítico de Karen.
--Karen... - Abracei-a com todo o carinho que preenchia o meu coração.
--Catherine...obrigada por tudo. Não posso ter picos de emoção...ainda não, mas não podia deixar de agradecer-te por tudo.
--Agradecer o quê? Karen, tu farias isso e muito mais por mim...já fizeste tanto...
--Lembras de eu sempre dizer que és das melhores pessoas que já conheci? Pois, eu quero que sejas madrinha da minha Esperanza...adorei o nome que escolheste. Aceitas?
Eu senti-me baralhada. Raras vezes na vida eu ficava muda por não saber o que dizer, mas naquele momento eu não sabia o que dizer...era muita responsabilidade, muita confiança...eu merecia?
--Aceitas? - Juan e Karen perguntaram ao mesmo tempo.
Olhei para Susan que sorria, desviei o olhar para Skya e não tive dúvidas...
--Sim...aceito e com muito prazer.
Fizemos uma pequena festa no quarto reservado mas sem exageros. Eu mal conseguia atinar as ideias...era muita emoção. Senti-me parte de uma família...senti-me amada por aquelas pessoas...senti-me desejada pela mulher mais encantadora que conhecera...senti que gostava dela de uma forma única...cada vez mais...a sensação era boa mas ao mesmo tempo causava medo, pavor...não sabia se seguia a esperança ou sucumbia ao medo...
***************************************************
--Tens a certeza Cathe? - Susan olhava-me com uma expressão indecifrável.
--Tenho Sue...preciso disso antes que enlouqueça...
--Entendo...mas precisa ser assim?
--Assim como?
--Quase fugida...
--Precisa...tenho que ir agora...
--Tudo bem Cathe, mas sem falar com a Skya?
Suspirei profundamente...doía demais mas precisava ser assim.
--Se eu olhar para ela não vou conseguir seguir em frente...
--Cathe...ela pode não entender...
--Provavelmente é isso que vai acontecer...
--E essa possibilidade não te assusta?
Mais um suspiro.
--Muito Sue...mas preciso disso e a hora é essa, nunca estive tão certa...
--Só me resta apoiar-te e torcer para que estejas certa e que tudo termine bem...
--Não sei como vai terminar mas preciso começar...
Susan abraçou-me forte e pude sentir toda a intensidade do carinho que ela tinha por mim.
Não pensei muito para não perder a coragem. Entrei no carro e dei partida rumo ao aeroporto.
Fim do capítulo
Olá pessoal,
Tive que ausentar-me por contigências da vida mas assim que sobrou algum tempo para respirar voltei à historia...estava com saudades.
Nao sei se rezaram por mim rsrsrs mas deu tudo certo e consegui meu objetivo com mestria. Estou feliz e pronta para novos desafios que são uma constante na minha vida.
Espero que gostem do capítulo...mais emoção a caminho :-). Escrevi a correr e sem muito tempo para acertos portanto relevem qualquer erro...coisas melhores virão.
Obrigada Simone, pela paciência e pela amizade apesar das circunstâncias...tuas orações eu sei que ajudaram e muito. Valeu moça.
Boa leitura.
Nadine Helgenberger
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Sarah Spagnol
Em: 17/12/2015
Oi Nadine!!
Não acredito que a Cathe fugiu novamente... Me coloco no lugar da Skya e, sinceramente, eu ficaria furiosa, mas também devo confessar que não vejo a hora dessas duas se acertarem. Tenho algumas possibilidades em mente, mas prefiro esperar para que você me surpreenda. Beijos <3
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vickviegas
Em: 15/12/2015
Sei que precisas de tempo ... como falei outrora, há vida além da autora. Rsrsrsrs. Mas!!!!! Isso não me impede de contar horas... minutos e segundos pelo teu... " O RETORNO PARTE 2" ... abraço, espero que esteja tudo a contento
.
Fica com Deus.
At.te,
Drika.
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vickviegas
Em: 15/12/2015
Sei que precisas de tempo ... como falei outrora, há vida além da autora. Rsrsrsrs. Mas!!!!! Isso não me impede de contar horas... minutos e segundos pelo teu... " O RETORNO PARTE 2" ... abraço, espero que esteja tudo a contento
.
Fica com Deus.
At.te,
Drika.
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vickviegas
Em: 15/12/2015
Sei que precisas de tempo ... como falei outrora, há vida além da autora. Rsrsrsrs. Mas!!!!! Isso não me impede de contar horas... minutos e segundos pelo teu... " O RETORNO PARTE 2" ... abraço, espero que esteja tudo a contento
.
Fica com Deus.
At.te,
Drika.
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vickviegas
Em: 07/12/2015
Como versas o título " perdida em emoções"...
A Cathe não estás a fugir, busca se encontrar... ele é uma fugitiva de si... É isso que creio.
Como é bom tê-la de volta.
Espero que não tenhas que se ausentar novamente.
Quanto ao capítulo!!!!!! Não há o que falar.
Singular. Ímpar.
Obrigada NH.
Fica com Deus.
Ass. Drika.
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Ana_Clara
Em: 07/12/2015
Acho que esse final foi pra nos deixar loucas, né Nadine?! kkkkk Muitas pensarão que a Cathe está fugindo, outras pensarão que ela fará uma surpresa e assim por diante. Eu realmente não quero acreditar que o medo a fez fugir da minha menina dos sneakers. Sinceramente quero acreditar que dessa vez ela vai se entregar ao amor e viver essa nova fase. Eu amo essas duas juntas, amo esse momento tão lindo que elas viveram neste último capítulo. Quero simplesmente acreditar que a Cathe não fará nossa menina sofrer. Ela mesma disse que não quer isso acontecendo, então me apego nessa quase promessa e confio na doidinha.
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Mariaravel
Em: 07/12/2015
Capitulo em que as emoções tiveram à flor da pele, deixando-me ao ler ora presa ao chão, ora levitando nas estrelas, sempre muito boa a janela de liberdade que me proporcionas com a tua escrita ... ;)
Ainda bem que correu tudo bem contigo, e é bom para nós também, àvidas leitoras, que te temos de volta :)
Até ao proximo ;)
Resposta do autor em 07/12/2015:
Muito obrigada.
Bjs
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Fanatica
Em: 07/12/2015
Mais um capítulo perfeito e não podia ser diferente! Desejei tanto um capítulo, mas pensei tanto que quando abri o site que o vi não pude conter o sorriso... Obrigada :)
Muitas emoções mesmo hein, desde Karen até essa entrega perfeita e esse final, aí Dios! Que vontade de mais.
Bjs my gift, capítulo lindo, arrasas sempre...
Resposta do autor em 07/12/2015:
Muito obrigada.
Não dizem que quando queremos muito o pensamento materializa? rsrsrsrs, eis a prova :)
Vem mais por aí...aguarde rsrsrs
Bjs
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mtereza
Em: 07/12/2015
Nadine que bom VC de volta com o presente fico imensamente feliz que os seus planos tenham dado certo toda energia positiva para que continuem assim vc merece. Quanto a história que capítulo foi esse emoções não faltaram do início ao fim agora esperar a Cathe resolver as questões dela que TB aposto que será com a família e voltar rápido e inteira para os brachos da nossa Skay
Resposta do autor em 07/12/2015:
Muito obrigada.
Bjs
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Simone
Em: 07/12/2015
Olá, Nadine! Isso é que é uma mulher de palavra! Cumpriu o prazo direitinho, rsrsrsrs.
Não tem nada o que agradecer, linda. Na verdade, sou eu que agradeço essa sua disponibilidade e carinho. Conte sempre...
Adorei o capítulo. Ah, adivinheiiii! Cathe madrinha, tudo de bom!!!! Nossa , foram muitas e fortes emoções. Como sempre, me surpreendeu. Acho que a Cathe foi procurar a própria família, no caso, o pai...
Ansiosa pela continuação.
Beijos!
Resposta do autor em 07/12/2015:
Rsrsrsrs, sim, pelo menos tento manter a minha palavra...
A Catherine só podia ser madrinha da menina rsrsrs
No 18 vais saber o destino da Cathe rsrsrsrs
Bjs meu bem...mais uma vez, gracias.
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Sem cadastro
Em: 07/12/2015
Que capítulo tenso e intenso. Quanta emoção, Naná e que nome lindo! Tudo foi bem.
Vamos ver se Catherine vai ter coragem para assumir seu amor por Skya. Acho que ela foi resolver seus problemas familiares e depois irá se entregar de corpo e alma a essa menina-mulher.
Feliz por tudo ter dado certo em sua vida.
Já estava com saudades!
Beijos e abraços
Resposta do autor em 07/12/2015:
Oi meu bem,
A Cathe é doida, vamos lá ver o que ela vai aprontar dessa vez...eu já sei que vou AMAR escrever o 18 rsrsrsrs.
Valeu. Bjs
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Cabrita de Paulo
Em: 06/12/2015
Tenha certeza q sempre torcemos para q teus 'objetivos' sejam bem sucedidos, tu merece, és especial.
Cap MARAVILHOSO, algo me diz q Susan e Rebeka vão dar uma mão para q Skya não fique tão perdida com esse novo sumiço de Cathe, algo me diz q ela foi aparar as arestas soltas na vida dela para então se jogar de cabeça nessa nova etapa da sua vida.
Parabéns, a espera foi mto bem recompensada, esse cap. foi maravilhoso.
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lih
Em: 06/12/2015
Hey moça quanto tempo! Resolveu tirar férias da gente? Já estava com saudades...
Esse capítulo foi bem agitado, ainda fico meio zonza com as atitudes da cathe, até pouco tempo atrás tava sofrendo por causa da Skya, agora se acertaram e ela resolve fugir, tô desistindo de entende - la. Enfim, confusões da cathe a parte, adorei o capítulo e o rumo que a história está tomando, espero que essa viagem que a Catherine vai fazer sirva para ela se resolver.
Não demore mais tanto tempo para postar... Tomara que tudo ocorra bem daqui em diante na sua jornada. Bjos
Resposta do autor em 07/12/2015:
Oi,
Nao tirei férias, mas como deve calcular isso aqui é apenas uma parte de mim, há outras responsabilidades e nem sempre dá para conciliar, ainda que o esforço seja grande...
Bjs
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