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  • 1995 – UM ANO PARA SE LEMBRAR (1)

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Tempus Agendi - Tempo de Agir por Solitudine

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Palavras: 8750
Acessos: 11534   |  Postado em: 10/11/2022

1995 – UM ANO PARA SE LEMBRAR (1)

 

São Paulo, estado de São Paulo

 

--E aí meu 94 foi uma correria só, menina! – Alessandra comentava gesticulando – Esses primeiros períodos me tiraram o couro! Nem sei como não reprovei em nada! Mas, olha, teve matéria que foi de raspão, como os cálculos e as físicas da vida! – revirou os olhos – Fico triste só de pensar que nesse ano que começa ainda tenho que encarar terceiro e quarto períodos! – suspirou – Ciclo básico de engenharia é foda! Se prepara, viu? – advertiu

 

--Mais que preparada! – Elza respondeu de imediato – Depois de um ano de cursinho pré vestibular militar e estudando que nem uma louca, o primeiro ano de engenharia será mais que bem vindo! – passou a mão nos cabelos – Mal posso esperar!

 

Achou graça. – Que bom que você tá tão animada, porque vai precisar de força! – deu um tapinha no braço da outra – Mas, diz aí? E a pegação? Alguma gata interessante nesse ano que passou? – sorriu – Eu fiquei com um veterano numa chopada e depois emplaquei um namoro com um carinha do quinto período, mas terminei com ele em dezembro. – contava as novidades – Ele era meio galinha e eu não vou levar a sério um tipo desses, né? De galinhagem basta a minha! – riram brevemente

 

–Não, eu não fiquei com ninguém... – dizia a verdade – Só estudei, estudei, li mil coisas, comecei a malhar na academia do Clube do Ar e nada mais interessante pra se dizer. – cruzou as pernas

 

Elza e Alessandra conversavam numa lanchonete próxima ao salão da tia da jovem carioca.

 

--E nem veio cuidar das madeixas, né? – Alessandra comentou – Tia Malu disse que não te via desde a nossa formatura de CEFET!

 

--Ah, não dava pra ficar vindo pra São Paulo, amiga! – gesticulou brevemente – Meu curso pré vestibular era em São José e tenente Chiara começou a namorar sério... então ela quer privacidade, né? – olhava para a amiga – Arrumei um salãozinho lá na cidade mesmo. Fazer o que? – sorriu – Pelo menos hoje pude retocar com sua tia, já que meu tio Goulart tá na cidade com meu pai e eles me trouxeram na carona.

 

--Falando neles, como estão? Vieram fazer o que aqui? – queria saber -- Já te contei sobre o meu pessoal e você sabe que vim pra Sampa por causa do aniversário da minha tia, que é junto com o teu. – cruzou as pernas – Aliás, você faz festa e nem convida, né? Nunca convidou, by the way! – comentou chateada

 

Achou graça. – Ai, que chorona! – deu-lhe um tapinha no braço – Meus aniversários nunca foram festanças! Até porque, no dia 15 de janeiro as pessoas ainda tão meio na ressaca do réveillon! – brincou – E tá todo mundo bem na família, apesar da saudade... – pensava em Graça – Meu pai veio fazer um exame que não tem em São José, mas não é nada de mais. E tio Goulart o trouxe porque vai fazer um curso de três dias aqui.

 

–E aquela cabo Fernandão, que fim levou? – perguntou curiosa

 

Achou graça novamente. – Fim nenhum, criatura, ela tá bem! – sorriu – Firme e forte como escudeira do meu pai. – balançou a cabeça sorridente

 

--Mas, olha só, agora me ocorreu... – debruçou-se sobre a mesa – Se a tenente tá namorando, cê vai ficar na casa de quem quando as aulas na USP começarem? – queria saber

 

--Na casa de ninguém! Vou ficar no alojamento universitário. – respondeu resoluta –--Pleiteei vaga e tô com tudo certo pra conseguir. – olhava para a outra – E o campus de engenharia da USP nem é em São Paulo, mas em São Carlos. Mesmo que a tenente ficasse solteira, dormir na casa dela não ia me ajudar. -- explicou

 

Ficou pasma. – São Carlos? Dessa eu não sabia... – pausou brevemente -- E os milicos da tua vida vão deixar você ficar no alojamento? – perguntou incrédula – Não vão arrumar a casa de alguma militar conhecida pra te receber?

 

–Amiga, não tem isso de “vão deixar”. – fez aspas com os dedos – Eu já sou de maior, vou ganhar a vaga e fim. Não tem discussão! – afirmou com firmeza

 

--Hum... – reparava na outra – Sabe... cê tá diferente, Elza Machado! – comentou bem humorada – Mais segura, mais firme, com uma pose assim, até meio... metidinha! – riram

 

--Aquela Elza tímida, bobinha e que pedia a benção a todo mundo já era, meu bem! – respondeu de pronto – Agora eu tô em outra batida, em outro ritmo! -- gesticulou

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Surpresa!!! – todos gritaram assim que a porta da sala se abriu – Uhu!! – batiam palmas – Parabéns!

 

--Ué? – Yara sorriu encabulada – Que é isso, pessoal? – fechou a porta – Hoje nem é meu aniversário! – colocou a mochila sobre a poltrona – Ainda estamos em janeiro... – olhava para todos

 

--Mas é uma data muito importante, menina! – Kedima se aproximou para abraçá-la com força – Parabéns!

 

--Nossa! – abraçou a idosa também – Mas pelo que, dona Kedima? – perguntou quando romperam o abraço

 

--Cara, mas é lesada, né? – Nilton perguntou provocando

 

--Porr*, Yara! – Ítala reclamou brincalhona – Acorda pra vida, mulher!

 

--Amor, você passou no vestibular! – Gil se aproximou e beijou-a nos lábios – Passou pra Ciências Sociais na UnB! – beijou-a novamente

 

--Eu até guardei o pedaço do jornal com seu nome na minha carteira! – Kedima comentou animada

 

--Passei?? – abraçou a namorada – Caramba! – sorria abobalhada

 

--E tirou dez na redação, amore! – Bruna comentou sorridente – Mandou bem!

 

--Vai morar em Brasília, aí, garota! – Sidney brincou

 

--Alojamento universitário mas não deixa de ser a capital, né? – Marleide comentou sorridente

 

--E vai voltar pra cá em todo final de semana! – Kedima afirmou brincalhona – Senão eu vou lá pra capital te pegar no laço! – gesticulava

 

--A senhora e eu, né? – Gil complementou – A namorada vai estudar longe mas vai continuar sendo minha! – segurou a indígena pelo queixo e a beijou nos lábios mais uma vez

 

--Ui, que possessiva! – Tatiana brincou

 

Yara sentia-se nas nuvens. “Eu passei!” – pensou emocionada – “Nem acredito!”

 

 

São José dos Campos, estado de São Paulo

 

--E aí, garota? Animada pro início das aulas? – Fernandão perguntou sorridente – Tô sabendo que logo depois do carnaval a senhora se manda pra São Carlos! – pegou uma bomba de chocolate e mordeu um pedaço – Adoro esse doce! – comentou satisfeita

 

--E graças a Deus o carnaval desse ano caiu pra final do mês! – sorria também – Depois da ralação do ano passado, tive ao menos janeiro e fevereiro pra descansar um pouco antes do início das aulas! – bebeu um gole de suco

 

Fernandão fazia uma visita na casa de Machado. Enquanto ela conversava com Elza, o sargento estava no quintal conversando com o vizinho da casa ao lado.

 

--Sargento Nunes, somente Deus para vislumbrar em plena magnitude toda alegria que abunda em minh’alma! – Machado comentava orgulhoso – Minha Elzinha, meu rebentinho, aquela que carrega 23 cromossomos militares vindos de minha pessoa, -- apontou para si mesmo – indo estudar engenharia aeronáutica na USP!

 

--Ela vai pra São Carlos, né? É longe... – Nunes comentou – E como vai ser isso? Ela vai ficar lá direto?

 

--Oh, claro que não, prezado amigo! – respondeu de pronto – Elza virá nos visitar em todo final de semana! – sorriu – E Deus permiti-la-á de cumprir tal intento!

 

--E como que vai ser, Elza? – Fernandão perguntou ao pegar mais uma bomba de chocolate – Você volta pra cá todo final de semana? – mordeu um pedaço

 

--É ruim, hein? – respondeu de pronto ao pegar uma bomba também – Quase trezentos quilômetros, meu bem! – ajeitou-se no sofá – Eu venho nos feriadões e olhe lá! – mordeu um pedaço – “Se vier!” – pensou

 

--É um orgulho ver os filhos crescendo, buscando o próprio caminho... – Nunes dizia – O negócio é que tem que ficar de olho, né? – debruçou-se sobre o muro – Essa coisa de alojamento universitário, muito jovem amontoado, bagunça...

 

--Ora, meu amigo, por favor! – estava em posição de descansar – Estamos falando aqui de minha filha, Elza Machado, criada desde a mais tenra idade sob o lema da hierarquia e disciplina! – estufou o peito – Ela não está indo viver no alojamento pensando em mixórdia! – garantiu – Seus objetivos residem somente na sede do saber da deusa Minerva!

 

--Sei... – Nunes respondeu descrente

 

--Você já pesquisou sobre o alojamento universitário? – Fernandão bebeu um gole de suco – Como será que vai ser viver lá? – olhava para a jovem

 

--Pesquisei! – respondeu sorrindo – É um prédio com cinco blocos e administrado pelos próprios estudantes! – gesticulou – Soube que o pessoal é tradicionalmente estudioso mas super festeiro! – comeu um pedaço de bomba

 

Achou graça. – Festejar é bom, mas cuidado pra não errar na mão, viu, garota? – advertiu – Tem a hora do estudo e a hora da farra, sendo que o estudo tem que durar mais tempo!

 

--Relaxa que eu quero me formar e farei de tudo pra isso acontecer dentro do prazo. – disse a verdade – “Mas vou zoar muito, com toda certeza!” – pensou – “E beijar bastante também!” – bebeu um gole de suco – “A menos que eu dê muito azar e não haja lésbicas naquela cidade!” – sorria

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

Yara estava com tudo pronto para partir para Brasília no dia seguinte. Apesar de ser quase onze da noite, sentia imensa vontade de conversar com Kedima e decidiu fazê-lo. Desceu as escadas e seguiu até o quarto da idosa. Ao se aproximar da porta, que estava entreaberta, ouviu que uma música tocava bem baixinho.

 

“Tarde que me invita a conversar con los recuerdos (Tarde que me convida a conversar com as lembranças),

Pena de esperarte y de llorar en este encierro (É uma pena esperar por você e chorar neste confinamento),

Tanto en mi amargura te busqué sin encontrarte (Tanto na minha amargura te procurei sem te encontrar),

Cuándo mi alma, cuándo moriré para olvidarte... (Quando minha alma, quando vou morrer para te esquecer....)”

 

Kedima derramava algumas lágrimas muito sofridas, segurando um porta retrato com a fotografia de uma jovem mulher adulta. Estava sentada em sua cama, de frente para uma vitrola.

 

“Tadinha…” – Yara pensou ao observar a idosa – “Sofrendo com saudades de alguém...” – deduziu

 

“Quiero verte una vez más, estoy tan triste (Eu quero te ver mais uma vez, estou tão triste),

Y no puedo recordar por qué te fuiste (E eu não consigo lembrar por que você foi embora),

Quiero verte una vez más y en mi agonía (Eu quero te ver mais uma vez e na minha agonia),

Un alivio sentiré y olvidada en mi rincón (Vou sentir um alívio e esquecida no meu canto),

Más tranquila moriré... (Mais calma eu vou morrer...)”

Libertad Lamarque - Quiero Verte Una Vez Más [1]

 

“Melhor eu voltar pro meu quarto.” – a indígena decidiu antes de esbarrar na maçaneta – “Eita!” – ficou sem graça com o barulho

 

--Quem está aí? – Kedima perguntou ao olhar para trás – Yara? – reconheceu silhueta da jovem e desligou a vitrola – O que foi, minha filha? – colocou o retrato sobre a cama e secou os olhos com as mãos – Pode entrar.

 

--Perdoe, dona Kedima. – entrou no quarto devagar – É que eu vou embora amanhã e queria me despedir da senhora, mas... – encostou a porta e ficou parada de pé – Vim em má hora, né? – perguntou humildemente

 

--Não... – deu um sorriso triste – Venha. Sente aqui. – bateu na cama a seu lado

 

A indígena obedeceu e se sentou ao lado da mulher. – É uma moça bonita. – apontou brevemente para o retrato

 

Olhou para a fotografia mais uma vez. – Minha filha Elissa... – colocou o retrato sobre a mesinha de cabeceira – Estaria com quarenta e três anos se estivesse viva... – suspirou e olhou para Yara – Nessa foto ela estava com vinte e três. – abaixou a cabeça – Morreu com essa idade.

 

Sentiu pena da idosa. – Sinto muito! – lamentou -- E do que ela morreu, dona Kedima? – perguntou com cuidado

 

--Ela se matou. – levantou-se da cama – E uma parte de mim se foi junto... – balançou a cabeça como se quisesse espanar as ideias – Mas e então? – sorriu olhando para a jovem – Animada para a viagem amanhã? Vai conhecer Brasília, viu? – tentava mudar o astral

 

--Eu entendo o que a senhora sente. – a indígena se levantou também – Não há um dia em que não sinta falta da minha mãe. – pausou brevemente – Também carrego muitas saudades... – admitiu – Porque tudo na minha vida parece que é passageiro demais... – colocou as mãos nos bolsos – Eu não sei se volto pra cá em todo final de semana, porque não sei se terei condições pra isso... Dependo do Partido... – abaixou a cabeça rapidamente – Mas volto sempre que puder! -- prometeu

 

--Cuidado que a namorada é brava! – brincou

 

Achou graça. – Acho que ela vai acabar arrumando uns shows pra fazer por lá. -- sorriu

 

--Bem capaz. – concordou

 

--Olha, dona Kedima... é engraçado que parece que lhe conheço há anos. – não sabia o que fazer com as mãos – Mas se a senhora é a mãe que sente saudades da filha, eu sou a filha que sente saudades da mãe... – derramou uma lágrima – Talvez... uma com a outra... ajude a acalmar a dor da saudade da gente, né?

 

--Own, meu bebê, venha cá! – abriu os braços e ela veio – Muito cuidado, minha querida! – advertiu carinhosamente – Eu vou rezar por você todos os dias! Deus há de lhe proteger! – abraçava-a com força – E vai dar tudo certo pra você lá! -- desejou

 

Yara sentiu-se acolhida naquele abraço.

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

Elza entrava em seu quarto no alojamento. -- Você aqui, Patrícia? – perguntou ao fechar a porta – A essa hora pensei que todas vocês já estariam a caminho de casa. – deixou o fichário e a bolsa em cima da mesinha – Achei que eu seria a única nesse corredor inteiro a passar a Páscoa na cidade. – tirou os sapatos – Aliás, a chopada de hoje foi tudo! Cê podia ter ido já que não foi viajar! -- comentou

 

--Não animei pra nada. – deitou-se na cama – Especialmente depois do pé na bunda que Marcio me deu... – lamentou

 

Fez um bico. – Pé na bunda que foi dado há um mês, no mínimo! – respondeu acidamente – Você que demorou a aceitar, né? – pegou toalha e muda de roupa

 

--Pior que você tem razão... – olhava para a negra – Acho que a ficha caiu só depois de ver ele ontem aos beijos com aquela loura sem sal! – reclamou – Parece que foi até passar a Páscoa na casa dela! – falou com despeito

 

Pegou os chinelos. -- Não fica aí curtindo fossa! – aconselhou – Faz a fila andar! – deu tchauzinho – Vou tomar um banho agora, dá licença. – foi para o banheiro

 

--Vai lá... – deu um suspiro e se levantou para olhar o exterior pela janela

 

Ao terminar o banho, Elza voltava para o quarto usando um pijaminha. – Você pelo menos comeu alguma coisa? – olhou brevemente para o relógio – São quase dez da noite e agora não tem mais como comprar nada! A copa também tá zerada. -- comentou

 

--Depois do almoço comi mais nada. – sentou-se na cama – Mas tô sem fome. Relaxa. – fez um gesto despreocupado

 

--Você que sabe. – arrumava suas coisas no armário

 

Patrícia gastou uns segundos calada observando a outra. – Elza, deixa eu te fazer uma pergunta? – cruzou as pernas – Eu ouvi umas fofocas...

 

--Sobre? – continuava arrumando seus pertences

 

--Tem gente aí dizendo que você é... bi... – afirmou reticente

 

--Bi? – achou graça – E por que seria? – não olhava para a colega

 

--O Mauro, aquele carinha do bloco C... – pensava em como dizer – Ele falou que ficou contigo... – reparava na outra – E disseram que você também ficou com a Elaine numa chopada...

 

Riu brevemente. – Mauro disse que eu fiquei com ele? – cruzou os braços e olhou para a morena – Nunca nessa vida! – afirmou enfática – E eu não fiquei com Elaine em uma chopada, mas em duas! – assumiu – E com a Ana Maria também, mas isso acho que ninguém percebeu. – pegou um pente e foi até o espelho

 

--Ah! – ficou sem graça – Então você é...? – abaixou a cabeça brevemente

 

Penteava os cabelos. -- Lésbica! – completou a fala da outra – E não vou te agarrar a força porque estamos sozinhas aqui, fique tranquila! – garantiu ao piscar para ela

 

--Que é isso? – respondeu constrangida – Não tenho medo disso...

 

--Mas eu não dispensaria a oportunidade se você quisesse. – complementou de forma insinuante – “Finge que não tem vergonha de dizer isso!” – falava mentalmente para si mesma

 

Patrícia levantou-se da cama perturbada. “Gente, ela é direta!” – pensou ao se encaminhar para a janela – A gente divide quarto, né? – não sabia o que dizer

 

--E? – terminou de se pentear e virou-se de frente para a jovem morena

 

--E... tem sempre o depois, o dia seguinte... – olhava para a colega

 

--E ninguém precisa pensar no dia seguinte. – aproximou-se como felina – Olha pra você, Pat. – acariciou brevemente os cabelos da morena – Gata, jovem, interessante e sofrendo por causa de um carinha que todo mundo sabe que não te deu valor. – olhava nos olhos – Não fica aí sofrendo por um tipo desses... – deslizou o dedo lentamente pelo rosto da colega – Cê tá carente, eu te acho uma delícia, estamos aqui sozinhas... – sorria -- Ninguém precisa saber de nada...

 

Patrícia sentiu-se tentada a experimentar. – Eu sou hetero... – sorriu encabulada – E nunca estive com uma garota... – parecia hipnotizada pela jovem negra

 

--Pra tudo tem uma primeira vez. – deslizou o dedo suavemente até um dos seios da morena – E você não vai deixar de ser hetero só por causa de uma noite. – segurou a colega pelo queixo – Ou vai?

 

“Eu tô sozinha, tô sofrendo, que se dane! Ninguém precisa saber mesmo!” – espontaneamente Patrícia se aproximou mais, abrindo a boca em antecipação

 

“Consegui!” -- Elza pensou vitoriosa antes de beijá-la sensualmente

 

Sem interromper o beijo, as duas foram se encaminhando em direção a cama de Patrícia. Elza fez com que ela se deitasse e se deitou por cima. Beijos e carícias evoluíam enquanto peças de roupa eram arremessadas pelo quarto.

 

--Ah!! – Patrícia gem*u – Ai, Elza... – fechou os olhos ao sentir um mamilo sendo mordiscado

 

A negra seguiu beijando, mordendo e sugando a pele sob seus lábios até chegar aonde mais desejava. “Depilada? Ai, que maravilha!” – pensou ao abrir as pernas da parceira e mergulhar sedenta no sex* que a aguardava excitado.

 

--AH!!! – gem*u mais alto – Gente... – mordeu o lábio inferior – “Ninguém nunca me fez um oral desses...” – pensou excitada

 

***

 

Elza e Patrícia dormiam abraçadas. Era por volta de nove da manhã. De repente, batidas na porta as despertam do sono.

 

--Quem tá batendo? – Patrícia perguntou preguiçosa – Credo, parece até que o mundo vai acabar! – reclamou

 

--Que coisa! – a negra espreguiçou-se e passou a mão nos cabelos – Quem é, hein? – perguntou mal humorada

 

--Elza!! – uma voz conhecida se fez ouvir – Abra a porta! Vamos pra São José agora mesmo!

 

--Tio Goulart?! – arregalou os olhos e sentou-se de um pulo – Que merd*! – xingou baixinho

 

--Teu tio taí? – Patrícia arregalou os olhos também – Ai, meu Deus! – escondeu-se debaixo das cobertas – Pula pra tua cama, pelo amor de Deus!

 

--Elza, abra essa porta!! – Goulart continuava ordenando

 

--Calma, tio! – levantou-se e começou a catar as roupas – Não posso abrir, tem outras colegas de quarto aqui! – caminhou até perto da porta – Será que poderia me esperar lá embaixo, por favor? – pediu mal disfarçando a contrariedade – Tá acordando todo mundo!

 

--Está bem! – concordou – Mas não demore, desça arrumada e de malas prontas! – ordenou – Vamos pra São José agora mesmo! – encaminhou-se para descer as escadas

 

--Ele desceu? – Patrícia perguntou desconfiada ao se sentar devagar

 

--Desceu! – respondeu de cara feia – Relaxa, que ele não sabe de nada e nem viu nada! – foi até o armário e pegou a malinha – Eu é que vou viajar na marra! – deu um suspiro profundo – Saco! -- resmungou

 

***

 

--O que você tá pensando, hein, Elza Machado? O que? – Goulart reclamava enquanto dirigia – Desde que saiu de casa pra estudar nunca mais voltou! – prestava atenção na estrada – Em plena Sexta-Feira Santa, a senhorita dormindo até tarde sem nem lembrar que tem um pai, que tem família... – falava de cara feia – Quando vi que chegou a quinta e você não deu nem sinal de vida decidi vir lhe buscar!

 

--E fez um barulho desnecessário, né, tio? – respondeu mal humorada – Acordou todo mundo!

 

--Não sei que todo mundo! – respondeu de imediato – Quando cruzei o corredor todos os quartos pareciam vazios!

 

--Mas o meu não tava vazio! – argumentou de pronto – Eu hein, parece até que alguém morreu! – olhava para fora do carro

 

“Elza tá muito abusada!” – pensou contrariado -- Ninguém morreu, mas seu pai tá internado desde terça e você sequer tomou conhecimento! – olhou rapidamente para a jovem – Também, né? Nem liga pro coitado!

 

--Internado?! – olhou surpreendida para o homem – Ah, tio, eu ligo pra ele todo domingo! – retrucou – E ligo pro senhor também, que dificilmente tá em casa pra me atender! – olhou para frente – Dependo de orelhão, não posso ficar ligando toda hora... – pausou brevemente -- O que meu pai tem? – queria saber

 

--Quando chegarmos na cidade, vou te levar pro hospital. – respondeu insatisfeito -- Aí vocês conversam.

 

“O que será que aconteceu?” – pensou intrigada

 

***

 

Elza e o pai entravam em casa. O homem havia levado alta.

 

--Mas o senhor, hein, pai? Francamente! – ajudava-o a caminhar – Onde já se viu isso! – ralhava de cara feia -- Ser internado por conta de surra que levou defendendo prostituta!

 

--Defendendo uma profissional liberal do gozo venéreo! – corrigiu a filha – Sou um militar honrado e acima de tudo um cavalheiro! – sentou-se no sofá com dificuldade – Eu não veria três fanfarrões agredindo uma profissional destas sem interferir. Não admito covardias! – olhou para a filha – E o combate à violência contra o ser feminino, como é que fica? Enquanto eu for vivo, combatê-lo-ei! -- gesticulou

 

--Humpf! – fez um bico – Tá bom, pai, tá certo! – concordou com ele – Não dá pra concordar com essas covardias, mas eu queria saber o que senhor fazia rondando num lugar da cidade que é conhecido por abrigar o baixo meretrício! – sentou-se no sofá em frente ao homem – Não me diga que anda buscando por esse tipo de serviço? – perguntou desconfiada – “Só faltava essa!” – pensou contrariada

 

--Eu não pago pela satisfação da carne, Elza Machado, fique sabendo! – respondeu com o dedo em riste – Passei por tais vielas fugindo de um congestionamento. E daí deparei-me com as cenas de abuso e violência feminil que vos narrei! – dizia a verdade

 

Acreditou no homem. – Tá bom. – balançou a cabeça – Mas e agora, como vai ser? Amanhã é domingo e eu tenho que voltar pra São Carlos. Quem vai cuidar do senhor? – cruzou os braços – E cabo Fernandão tá de férias, né? Viajou e tudo!

 

--Eu posso cuidar de mim a contento, não vos lobrigueis! – ajeitou-se no sofá – Só vos peço que... telefone para vosso pai todos os dias para saber do passamento. – pediu humildemente – Nosso caríssimo recém promovido tenente-coronel Goulart propositadamente se assoberba de trabalho para sufocar a dor da viuvez... e eu... – abaixou a cabeça – Eu não posso e nem devo sufocar nossa garbosa cabo Fernandão com minhas demandas emocionais...

 

Elza sentiu imensa pena do pai naquele momento. – Tudo bem, vou dar meu jeito. – respondeu com brandura – E o senhor, pai? Como faz pra sufocar a dor da viuvez? – perguntou com jeito

 

--Eu... – os olhos marejaram – Eu busco honrar vossa mãe respeitando todas as mulheres... defendendo-as, dando-lhes espaço... – derramou uma lágrima – E, acima de tudo, cuidando para fazer de você uma grande representante dos cromossomos duplo X. – olhou para a filha

 

Os olhos marejaram também. – Com certeza o senhor tem cumprido muito bem com sua missão, pai. – sorriu – Com todas as mulheres!

 

Ficou orgulhoso e estufou o peito. – Obrigada, meu rebentinho! – passou a mão nos olhos – Elza, vamos na igreja hoje à noite? – convidou sorridente – Desejo proferir uma bela oração em intenção ao bem da vossa mãe. Hoje é aniversário do desenlace dela: 15 de abril!

 

--Vamos sim, pai. – concordou e se levantou para sentar ao lado dele – Vamos sim! – beijou-lhe a bochecha

 

Machado sentiu-se feliz.

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

Yara estava em reunião com seus camaradas na sede do Partido Comuna.

 

--As coisas não vão nada bem, camaradas! – Omar dizia com preocupação – Todos aqui estão cientes de que após o retorno do presidente Ferdinando Patrick Meloso dos Estados Unidos, o ministro Casé Terra anunciou a privatização de dezessete estatais! – olhava para os demais – O sistema Telebraza, as subsidiárias da Eletrobraza e até empresas como Petrobraza e Vale do Rio Foice estão na mira desses assassinos econômicos!

 

--Sem contar com a reforma constitucional que esse governo quer enfiar na goela de todos nós! – Clemente interferiu – Os servidores públicos e funcionários de estatais estão se mobilizando para fazer deste mês de maio um grande mês de lutas contra tudo isso! – gesticulou

 

--Sim, camarada, mas temos grandes problemas! – Omar continuou – A Central Plúrima dos Trabalhadores quer convocar a greve geral, porém a Vigor Social é uma central sindical que apoia o presidente e critica o movimento grevista que ainda nem começou!

 

Todos ficaram abismados.

 

--Nós não seremos reféns do jogo de central nenhuma! – Celeste levantou-se da mesa – Está marcado o dia 18 de maio como o dia nacional de luta contra a reforma constitucional e privatizações criminosas! – falava com firmeza – E o Partido Comuna estará firme e forte na construção da greve geral! – ergueu o braço esquerdo com o punho fechado – Firmes na luta! – bradou

 

--Firmes na luta! – todos repetiram o gesto ao se levantar

 

Yara sentia o coração batendo acelerado. “Não vamos deixar esses malditos governantes fazerem do país o que bem entendem!” – pensou decidida

 

***

 

--Amor, eu não acredito nisso! – Gil reclamava enquanto a namorada arrumava a malinha – A gente quase não se vê e quando você vem, ainda passa o final de semana inteiro com o pessoal do Comuna? – estava chateada – Cê tá me chamando pra ir pra Brasília, mas pra que? Pra ficar sozinha enquanto você estuda ou vai pros movimentos grevistas que o Partido quer puxar? – cruzou os braços

 

--Linda, por favor! – foi até ela e a beijou nos lábios – O Partido conseguiu um lugar bonzinho pra todo mundo ficar. E por sorte, ainda é perto da Casa! – referia-se à Casa do Estudante Universitário, onde residia – Você pode ficar pousando lá e a gente se vê todo dia! – sorriu – Vai ter show pra mobilizar as massas e você pode e deve participar!

 

--Show de graça, né? – reclamou – Yara, preciso de dinheiro pra sobreviver, pra pagar o aluguel! Minha mãe sozinha não dá conta, fi!

 

Balançou a cabeça contrariada. – Eu sei, meu bem, mas o momento é crítico! Exige de nós atitude! – explicava-se – A gente não pode ver o governo fazer o que tá fazendo e ficar de braços cruzados! – argumentava com mansidão – As consequências dos absurdos desse governo caem sobre todos nós! E se as coisas já são difíceis pra gente, tudo ficará pior!

 

--Eu sei que você tem razão, mas... – afastou-se devagar – Faz o seguinte? – respirou fundo – Vai pra Brasília, faz o que você acha que tem que fazer e quando voltar pra cá, a gente conversa.

 

--Gil... – aproximou-se dela novamente – Não faz assim, amor? – pediu com carinho

 

--Até mais, Yara. – beijou-a rapidamente nos lábios -- Boa viagem! -- partiu

 

A indígena cruzou as mãos por trás da cabeça. “Que droga!” – pensou contrariada

 

 

Brasília, Distrito Federal

 

--Camaradas, eu tô muito preocupada! – Natália dizia com certa apreensão – Na Bahia a coisa tá um barril dobrado! E ainda tivemos informação de que o Exército tá em prontidão em Porto Alegre, São Paulo, Rio e Recife. – olhava para os colegas – Parece que até no Amazonas tão mantendo um contingente mobilizado!

 

--O governo não quer nem saber de negociar com os grevistas! Tá mobilizando o Exército pra partir pra cima de nós, com toda certeza! – Omar afirmou convicto – A imprensa joga a sociedade contra o movimento e só fala da greve dos petroleiros! É como se mais nenhuma categoria estivesse mobilizada!

 

--Camarada Celeste me falou que é porque eles querem aproveitar o momento pra quebrar o monopólio estatal e preparar os caminhos pra privatizar nossa empresa nacional de petróleo! – Yara comentou – Afinal de contas, essa empresa é um símbolo nacional, né? – pegou o microfone -- Mas eles não vão conseguir! – garantiu – E os estudantes vão se unir a nós nessa luta! – preparava-se para subir no carro de som – Podem acreditar que Brasília vai ser tomada pelos estudantes! – garantiu

 

--Como você tá pensando em atrair os estudantes? – Tarcísio perguntou interessado – Pessoal tá há mais de uma hora falando nesse carro de som e quase não veio ninguém pra perto! – olhou ao redor

 

--Confia em mim. – olhou para um colega – Alex, prepara e vem! -- subiu as escadas do carro. O jovem seguiu atrás com seus equipamentos

 

--Simbora subir também, pessoal! – Natália chamou os demais

 

--Camaradas, será que posso? – Yara perguntou aos homens que já estavam no alto do carro de som

 

--À vontade, camarada. – Hilton respondeu com ironia – Liga o microfone aí e manda o teu recado. – não levava fé

 

Alex colocou seus equipamentos ao lado da jovem e começou a trabalhar.

 

A indígena ligou o microfone. “Nação indígena Kenko Wiwa, por piedade, me proteja, me ilumine!” – pediu mentalmente – “Mãe, me inspire com sabedoria, por favor!” – pensou em Alice e respirou fundo antes de começar a falar – Estudantes universitários, professores, funcionários técnico administrativos, boa tarde! – cumprimentou em voz alta – Vivemos um momento único nesse país após a redemocratização! – aproximou-se da borda do carro de som – Temos aí um governo eleito pelo povo, prometendo mundos e fundos graças à estabilidade do plano Real, -- falava com ironia – mas que também jurou ao Fundo Condenário Internacional que venderia nossas almas em troca de um empréstimo em dólares! – passou a mão nos cabelos – Dólares que, no final das contas, só servirão pra manter esse partido no poder! – olhava ao redor – E agora eles querem uma reforma constitucional que não virá pra melhorar a vida de ninguém aqui! Ninguém no meio do povo! – afirmou com ênfase – Eles querem privatizar nossas estatais somente pra ganhar dinheiro com essa privataria! Dinheiro que vai pro bolso de alguns, enquanto o país fica mais pobre e o desemprego aumenta! – gesticulava – Nenhum país capitalista cresceu entregando suas riquezas aos outros! NENHUM! – falou em tom mais alto – O Capitalismo não é colaborativo! E no Brasil, entendam, nós estamos do lado dos perdedores! – pausou brevemente – Até quando vamos deixar que seja assim? – provocou -- Somos estudantes, se a gente não cuidar de construir um futuro melhor, o que estamos fazendo na Universidade?  – olhou para Alex – Manda ver!

 

O rapaz começou com uma batida puxada e sons de metal ao fundo.

 

--Cê quer parar de reclamar? Só esperando por milagre! – Yara cantava gesticulando – Como é que é? Cê tem protesto pra fazer e pra essa greve acontecer, não fica aí pedindo a Deus que tudo acabe! – movimentava-se – Vem cá mostrar a tua força! Teu compromisso com a classe! – fechou os olhos – E não tem como, não tem como deixar que a sujeirada simplesmente passe!

 

Os estudantes começavam a se ajuntar.

 

--Gente, tá dando certo! – Natália comentou empolgada

 

--Aumenta o som, camarada, aumenta! – Omar pediu

 

--Chega de sofrer, chega de apanhar! Eu quero virar o jogo e mostrar que sei lutar! – Yara cantava empolgada

 

--Chega de sofrer, chega de apanhar! Eu quero virar o jogo e mostrar que sei lutar! – os outros do Partido se aproximavam para cantar também

 

--Essa menina tem presença! – um homem que acompanhava de longe comentou com outro – Tá chamando os estudantes, olha isso! Pessoal tá se empolgando!

 

--Carisma, meu caro. Ela tem carisma, assim como você! – o outro respondeu observando – Fiquemos de olho nela, porque pode ser interessante pra se unir a nosso partido no futuro! – sorriu – O Comuna nunca elege ninguém e um dia ela pode ficar de saco cheio deles.

 

***

 

--Gil, olha pra isso! – Maria chamava pela filha – Olha aquela sua namorada na televisão!

 

--Yara? – correu para a sala – Cadê?

 

--Em Brasília, centenas de estudantes universitários partiram do Campus Lecy Monteiro em direção à Esplanada dos Despautérios, cantando palavras de ordem em apoio à greve geral contra a reforma constitucional e a privatização das estatais. – um repórter anunciava – Liderados por representantes do Partido Comuna, -- imagens de Yara e outros apareciam na TV -- os estudantes permaneceram mobilizados por horas até serem dispersados pelas Forças de Segurança Nacional. – viam-se jovens sendo agredidos – Os membros do Comuna não quiseram dar entrevista!

 

--Ainda bem que você não foi pra Brasília com ela! – olhou para a filha – Senão era capaz de ter apanhado também, Deus que me livre! – benzeu-se – Mas, pelo menos, parece que Yara não se machucou, né? Ela não apareceu de cara quebrada!

 

--Parece que ela tá bem... – respondeu pensativa olhando para a TV – “Nós é que não estamos muito bem juntas...” – pensou com pesar

 

***

 

--Nossa, você foi foda, foi fantástica, foi incrível! – Natália comentou empolgada – Parecia até coisa de filme o modo como conseguiu atrair os estudantes e de repente... – gesticulou – Ai, eu amei tudo! – sorria para a outra – Fiquei impressionada! – olhava para a jovem com admiração

 

--Não exageremos... – sorriu encabulada – O dia foi demais, a gente até apanhou pouco! -- riram brevemente – Mas fiz nada sozinha. – olhou timidamente para a outra – O Partido me ensinou e me ensina a cada dia! – pausou brevemente – E eu devo tudo isso a você! – reconheceu

 

--Ninguém lhe daria o que não tem! – olhava nos olhos – Não tem porque me agradecer. Eu apenas te trouxe pra luta, mas seria uma decisão sua continuar ou não.

 

Yara acompanhou Natália até o local onde o pessoal do Partido estava pousando na capital. No tumulto que se formou durante a repressão ao protesto, as duas se perderam dos demais e chegaram mais tarde.

 

Ficou meio sem graça diante do olhar que recebia. -- Agora eu... tenho que voltar pra Casa. – referia-se ao alojamento – Tá entregue. – sorriu e preparou-se para partir

 

--Espera? – pediu ao se aproximar – Espera! – segurou o rosto da indígena com as duas mãos e a beijou com desejo

 

Yara sentiu o corpo queimar. “Ô, minha Mãe Santíssima!” – pensou – “Que tentação de beijo bom, aleluia, Pai!” – afastou-se gentilmente – Natália, escuta... – falava com jeito – Você sabe que eu tenho namorada e... – sorriu encabulada – Não seria honesto de minha parte.

 

Suspirou. – Tá certo. – concordou ao se afastar também – Mas, se um dia mudar de ideia... – pausou brevemente – Mesmo que eu já tenha voltado pra casa, cê conhece o caminho pra Salvador. – soprou um beijinho – Boa noite!

 

--Boa noite. – deu tchau e partiu – “Ave Maria, ela me deixou de curnicha em brasa, como diria dona Kedima!” – pensava enquanto caminhava andando rapidamente – “E nós, hein, Gil? E nós?” – pensou na namorada e sentiu-se envergonhada pelo desejo que a atiçava naquele momento

 

 

São José dos Campos, estado de São Paulo

 

Machado e Fernandão seguiam de moto pela Dutra. De repente, um carro de uma famosa emissora de TV chama a atenção do sargento. Ao olhar para o interior do veículo, reparou que um homem sentado no banco do carona trocava de roupa.

 

“Hum...” – Machado espremeu os olhinhos ao reduzir a velocidade – “Deveras suspeito!” – pensava desconfiado

 

“Por que será que ele reduziu tanto a velocidade?” – Fernandão reduziu também

 

--Cabo Fernandão! – acenou brevemente -- Direita, volver! – deu voz de comando e guiou a moto para o mesmo caminho que o carro havia feito

 

--Ué, pra onde ele tá indo? – estranhou ao seguir o homem

 

Machado parou próximo ao trevo de acesso à refinaria da cidade e fez sinal para Fernandão, que parou ao lado dele.

 

--O que houve, sargento? – perguntou sem entender – Por que paramos aqui?

 

--Aquele veículo, cabo Fernandão, observai-vos! – indicou discretamente o carro que estacionava próximo à entrada da refinaria – Note-se que é um carro de emissora de TV, com apenas dois homens em seu interior, nenhum equipamento aparente, porém conduzindo algo muito pesado na mala! – reparava

 

--O carro parece arriado mesmo! – observou – Mas o que tem isso de estranho? – continuava sem entender

 

–Os trajes do sujeito no banco do carona, garbosa cabo. Eu o vi se trocando em plena Dutra! – o tal homem abriu a porta do carro e saiu para fumar – Reparai-vos na apresentação do elemento! – olhava na direção do indivíduo -- Profissionais de comunicação não costumam a se vestir desta forma tão...

 

--Comunista! – Fernandão completou a frase do outro – E nem tem porque emissora de TV estar aqui a essa hora. Tá rolando nada! – começava a entender as suspeitas do sargento – Isso tá cheirando a golpe! – concluiu – Esse pessoal que quer entregar o Brasil de bandeja pros gringos tá armando alguma coisa! De repente a emissora nem sabe que um carro dela veio parar aqui com esses caras!

 

--Vades até o posto da Polícia Rodoviária Federal e convocai-vos para virem aqui fazer uma inspeção. – ordenou – Permanecerei de guarda, mirando só de soslaio. – decidiu – Cabo Fernandão, sentido! Avante! – deu voz de comando

 

--É pra já, sargento! – ligou a moto e seguiu em direção ao posto

 

***

 

--Senhores! – Goulart prestou uma continência rápida -- Agradeço por terem me concedido esta oportunidade, pois o momento requer medidas drásticas! – falava de pé – Como é de vosso conhecimento, no dia de ontem, em plena véspera da greve geral que tem sido convocada no seio da população, nossos valorosos sargento Machado e cabo Fernandão perceberam um fato suspeito nas cercanias da refinaria da cidade!

 

--Sim, estamos cientes! – brigadeiro Bacelar respondeu de pronto – Revoltante saber que a Polícia constatou que o tal veículo da emissora de TV conduzia quilos de explosivos na mala! – afirmou enojado – Vários constituintes assinaram um documento exigindo investigações!

 

--Eles armavam um golpe que poderia ter consequências desastrosas! – coronel Dutra comentou -- Urgente saber a mando de quem!

 

--E tudo isso para incriminar os grevistas! – Goulart afirmou convicto – Senhores, não estamos aqui para defender partidos ou coisa do gênero, mas somos os defensores da Nação e o que estamos vendo é um governo se arvorando a fazer uma reforma constitucional ilegítima para, inclusive, entregar o patrimônio nacional em privatizações altamente questionáveis! – falava com paixão – Precisamos descobrir quem armou o frustrado atentado! Entendo que faz parte de nossa missão buscar o ministro da Defesa e questionar quanto ao que está acontecendo, já que o presidente se recusa a dialogar com a população civil e recusou até mesmo o intermédio do ex presidente Ribamar Branco! – olhava para os demais – Até a base de Alcântara eles querem arrendar!

 

--De acordo, tenente-coronel Goulart!– Bacelar e os demais concordaram – Vamos compor uma missão para Brasília e tratar disso, pois não vejo com bons olhos o rumo que as coisas estão tomando! -- decidiu 

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Veja só no que deu tudo isso, Yara! Veja só! – Gil andava de um lado a outro – Você passou o mês de maio inteiro metida em greves, manifestações, apareceu na televisão, fez show, apanhou de polícia, viajou até pro Rio com o pessoal do Partido e pra que? – olhava para a namorada – Pra chegar dia 2 de junho e a greve acabar sem mais! – balançou a cabeça contrariada – Vários funcionários de estatais demitidos, pessoas presas e você... Ganhou nem um tostão com tudo isso! – pensava nos shows

 

--A greve foi um movimento emblemático, super necessário, e eu tenho certeza de que pelo menos algumas empresas importantes não serão privatizadas! – colocou as mãos na cintura – A pena foi que as centrais sindicais não se uniram, não tiveram estratégia de luta e deixaram o movimento ir esfriando aos poucos! – argumentou – Nós do Comuna ficamos firmes e fortes até o último momento! – andou um pouco também – E vamos continuar lutando pra ajudar quem foi retaliado de alguma forma! – gesticulou – Não cantei pensando em ganhar dinheiro, mas apenas pra trazer os jovens pra luta! A música tem um poder, você sabe!

 

As duas namoradas discutiam no terraço do prédio da rapper.

 

–E será que vai conseguir passar em alguma disciplina do seu curso? – provocou – Você chutou o balde, né?

 

--Eu não esqueci que sou estudante! – respondeu de pronto – Posso não passar com dez em tudo, mas eu vou passar!

 

--E de nós, você lembrou em algum momento? – virou-se de costas para a outra -- Será que resta alguma coisa de nós?

 

--Eu nunca esqueci de nós, mesmo quando tive oportunidade pra isso! – pensava em Natália

 

--Não foi só você que teve oportunidades... – os olhos marejaram – E eu também não esqueci...

 

--Amor, não tem porque a gente brigar! – foi até ela e a abraçou com força – Eu amo você, quero você, a gente combina! – beijou a nuca na jovem – A gente se desencontrou um pouco, mas isso não quer dizer que não sobrou nada! – virou-a de frente para si – Eu continuo envolvida e fiel a você! – disse a verdade – Eu te amo! – beijou-a

 

Interrompeu o beijo lentamente. – Eu te acho foda, Yara, mas... – passou a mão nos olhos -- A gente se desencontrou demais! – afastou-se – Já tem o fato inevitável de que você estuda em Brasília, não vem sempre pra cá, eu é que tenho que me virar pra ir pra lá...

 

--Mas eu não venho porque me falta dinheiro, Gil! – interrompeu a fala da outra – Eu não tenho fonte de renda, dependo do Partido e ainda não ganhei o auxílio universitário pra estudantes em situação vulnerável! – expunha a situação -- O governo cortou!

 

--A gente sequer tem a chance de ter privacidade! – continuava argumentando – Você lembra da última vez que a gente fez amor?

 

Balançou a cabeça contrariada. – Gil...

 

--E sempre vai ter uma luta, um movimento, isso não tem fim! – andou mais um pouco – E eu tenho os shows, viajo, também fico distante... Não dá pra conciliar nosso namoro com tudo isso! É restrição demais!

 

--Então você quer... terminar? – perguntou receosa – É isso? – os olhos marejaram

 

Deu um suspiro profundo para conter as emoções. -- É o melhor pra nós! – respondeu simplesmente

 

Yara deu voltas curtas pelo terraço e fez uma última pergunta: -- Tem certeza? – lançou-lhe um olhar esperançoso

 

Derramou uma lágrima. – Tenho! – respondeu resoluta – Infelizmente...

 

A indígena gastou uns segundos calada. – Tá bom, Gil... – concordou com tristeza – Fica bem! – derramou uma lágrima – Fica com Deus! – partiu silenciosamente

 

Gil fechou os olhos e chorou com muita tristeza.

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

Elza entrava no alojamento revoltada. -- Eu não acredito! – fechou a porta de cara feia – Um militar defende a Nação e se ferra! – jogou as coisas sobre a cama – Tá tudo errado! – resmungava sozinha

 

--Nossa, o que foi? – Juliane perguntou ao virar de lado – Que bicho te mordeu, mulher? – estava deitada na cama da parte de cima do beliche – Alguma coisa a ver com o telefonema que você foi dar?

 

--Quem se ferrou? – Patrícia perguntou curiosa

 

--Meu tio! – tirou os sapatos e andou de um lado a outro no quarto – Ele se uniu a outros militares pra cobrar satisfações a esse governo que aí está e foi punido! – dizia o que aconteceu – Todos foram, na verdade... – passou a mão nos cabelos – Eles foram submetidos a um inquérito e agora saiu o desfecho! – controlava-se para não chorar – Meu tio perdeu a chefia do Instituto e vai ser transferido pra Base Aérea de Porto Velho!

 

--Porr*! – Juliane se sentou – Que longe!

 

--É uma merd*! – os olhos marejaram – Primeiro tia Gracinha morre de câncer e agora o tio Goulart vai embora! – derramou umas lágrimas – Droga! – deu um soco na porta do armário – Droga! – pegou suas roupas de qualquer jeito e foi para o banheiro chorando

 

--Tia Gracinha morre de câncer?! – Juliane perguntou sem entender – Cê sabe que conversa é essa, meu? – olhou para Patrícia

 

--Não tenho ideia. – balançou a cabeça negativamente – “Esse tio deve ser aquele que veio aqui na Páscoa, depois daquela noite louca...” – lembrava

 

***

 

--Você é sempre tão forte, tão decidida... – Patrícia falava com mansidão – Quando te vi chorando como uma garotinha me deu uma dó danada! – fez um carinho breve no braço da jovem negra

 

--Eu não esperava uma notícia daquelas... tio Goulart indo pra longe de nós... – olhava para o infinito – Imagino como meu pai deve estar... – suspirou – Não me conformo!

 

--Nada é pra sempre, Elza. E quem tá no poder hoje, amanhã não estará mais. – olhava para a outra – Seu tio vai voltar pra São José, pode acreditar! – buscava consolá-la -- Esse tipo de coisa não se sustenta e pelo que você me falou, o cara tem uma puta formação!

 

--Ele tem... – secou os olhos com as mãos – E eu não quero mais chorar! – decidiu – Chega! – fungou – Não tenho solução pra esse problema! Não quero pensar mais pra não sofrer tanto...

 

As duas moças conversavam do lado de fora do prédio do alojamento, sentadas em bancos de concreto.

 

--Então não chore mesmo! – concordou – Além do mais o período tá terminando, a gente vai passar em tudo e as férias de julho vêm aí! – anunciou animada – Que tal ir pra chopada de encerramento do período que vai rolar na Educação Física, campus de São Paulo? – convidou – A gente podia ir e depois você vai pra sua casa. É perto, né?

 

Achou graça. – E dormir aonde em São Paulo? – olhou para a colega – Eu até animo, mas não tô a fim de dormir na rua.

 

--Minha madrinha mora em Campo Belo e ela é super de boa. – sorriu – A gente pode dormir na casa dela...

 

--É uma ideia... – reparava na outra – “Acho que ela tá querendo repetir a dose!” – pensou maliciosa

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Então, a senhora passou em tudo? – Celeste perguntou bem humorada – Assim que se faz! Gostei de ver, camarada Yara! – sorriu – Terminando o primeiro período com louvor!

 

Sorriu com certa tristeza. – Tive que correr atrás do prejuízo mas no final deu certo. – abriu os braços brevemente – Passei! Mas não foi com louvor, não... – admitiu constrangida

 

Observou que a jovem não aparentava estar feliz. – Esse ar de tristeza que eu sinto em você é por causa da Gil, não é? – a índia abaixou a cabeça – Eu entendo, meu bem. Quem nunca sofreu por amor?

 

--Faz parte da vida, né? – olhou para Celeste – Mas eu vou superar, fique certa. – garantiu

 

--Tenho certeza! – gastou uns segundos calada olhando para a moça – Nossos camaradas do núcleo de São Paulo disseram que vão aproveitar uma chopada que vai acontecer num campos da USP pra fazer um trabalho de base. – comentou – Você podia viajar até lá e participar cantando um dos seus raps. – ofereceu – O Partido pode lhe ajudar nessa viagem e na cidade você poderia ficar pousando na casa de camarada Silvana. – sabia da história do assédio de Renata e por isso não ofereceu a sede regional – Que acha?

 

--É... – balançou a cabeça concordando – Acho que pode ser uma boa. – pausou brevemente – Vou conversar com dona Kedima, porque ela tem que saber do meu paradeiro, mas tô querendo ir sim.

 

--Então se prepare, porque São Paulo te espera! – anunciou animada – E parece que... – piscou em cumplicidade -- Camarada Natália também estará lá.

 

“Camarada Celeste sabe do que quase aconteceu em Brasília?” – pensou surpreendida – “Ave Maria, que o fuxico vai longe no Comuna!”

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Samira postando de novo. Depois a caipira responde os COMENTS. Comentem com fé!!!!! huahuahuahua

 

Música: 

[1] Quiero Verte Una Vez Más. Intérprete: Libertad Lamarque. Compositores: Francisco Canaro e José María Contursí. In: Lo Mejor de Libertad Lamarque. Intérprete: Libertad Lamarque. RCA, 1967. 1 disco vinil, lado A, faixa 3 (3min17)


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Comentários para 9 - 1995 – UM ANO PARA SE LEMBRAR (1):
Minh@linda!
Minh@linda!

Em: 22/01/2025

Boas novas!!!!! Capítulo juntas, que delícia!!

Faculdades diferentes, nada de mesmo alojamento... não dá pra ter tudo, né?

Primeiro, quero expressar o meu Amor por Machado e dizer que ri muito com a "Profissional Liberal do Gozo Venéreo." Kkk Ele é um, verdadeiro, herói da Pátria!

Elza está mais segura, dona de si..mesmo, que em alguns momentos, se molde a agir como uma pessoa que ela não é. Mas faz parte da dinâmica do: Ninguém mais me machuca ou Ninguém mais me humilha. Por fora alguém com uma postura dominadora ou até temida. Por dentro um doce, uma menina. Ela está se sentindo um pouco mais livre, longe de casa, apesar de Goulart cortar as asinhas dela, no momento certo. Gostei da interação dela com Machado! Pouco a pouco o laço que existe entre eles se fortalece. Ainda mais agora com a transferência de Goulart. Nem sempre somos presenteados por fazer o que é certo.

Já Yara está vivendo, totalmente, pro partido. O fim do relacionamento já era algo esperado, em decorrência da dedicação ao Comuna e ainda ter que se dedicar aos estudos.

Gosto de como ela se apresenta frente as dificuldades e decepções. Como não se iguala aos seus algozes. A uma liderança nela, bem presente. Tô curtindo muito ela como cantora de rap! Uma boa forma de expressar o que acredita e dá voz a sua luta, encabeçando protestos, totalmente politizada.

Gosto de como você aborda os contextos políticos e como influenciam nas nossas vidas, Autora! Bem educacional!

Quando penso em privatização me vem a mente o desastre em Brumadinho e Mariana, às vidas perdidas,  o impacto ambiental e as coisas que não voltam mais.

E Yara, será Comuna até o fim ou se enveredara por outros partidos, já que tem gente de olho nela?

E essa Chopada, em?!

É agora que elas se encontram Autora? 

Lembrando que Natália tá na linha do pênalti.

 

 


Solitudine

Solitudine Em: 22/01/2025 Autora da história
Olá Minha Linda!

Então quer dizer que você foi conquistada pelo valoroso Machado? Gostaria de tê-lo como pai (com todo respeito ao seu)?

Fico feliz em saber que você gosta do meu proseado mais político. Este conto é o meu lado militante devassado para vocês. rs

Yara se encontrou no rap como mais uma ferramenta para a luta. É diferente do caso da Gil.

A chopada... continue lendo! rs

PS: Natália, não; camarada Natália! rs

Beijos,
Sol



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 23/01/2025
Não seria ruim ter um pai como Machado.
O meu, eu acredito que já tenha falecido.



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 23/01/2025
Já li o capítulo da Chopada! Meu coração está escangalhado. Camarada Natália que aproveitou



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 23/01/2025
Eu respondi no automático a sua pergunta. Baixei, totalmente, a guarda com você e, você está me avaliando! Kkkkkkk
Nunca senti falta de um pai, só pra constar.



Solitudine

Solitudine Em: 23/01/2025 Autora da história
Olá querida!

Avaliar, analisar pessoas e situações é tão natural para mim quanto respirar. Faz parte do meu processo de conhecer. Mas não se preocupe, não é algo negativo.
Se você "baixou a guarda" é um sinal de confiança que muito me lisonjeia. Não trairei isso, pode acreditar.
Beijos,
Sol


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PaudaFome
PaudaFome

Em: 29/06/2024

E elas vão se conhecer??  Oba só quero ver!


Solitudine

Solitudine Em: 10/07/2024 Autora da história
Você verá. Continue aqui.

Beijos,
Sol


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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 16/01/2024

Tá ficando cada vez mais interessante! Agora as narrativas se misturam. Elas vão se conhecer uhu!!


Solitudine

Solitudine Em: 16/01/2024 Autora da história
Este veio repetido.

Lettera, por favor, não apague!

Beijos,
Sol


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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 16/01/2024

Tá ficando cada vez mais interessante! Agora as narrativas se misturam. Elas vão se conhecer uhu!!


Solitudine

Solitudine Em: 16/01/2024 Autora da história
kkkk E vamos ver como será isso!

Creio que seja Ontracksea. Aliás, este nome fez lembrar da empresa Ontrack a qual pertencia (ou ainda pertence, não sei) ao grupo Seagate. Você é da área de informática?

Beijos,
Sol


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Femines666
Femines666

Em: 30/03/2023

E eu adoro suas aulas de política!!!


Solitudine

Solitudine Em: 31/03/2023 Autora da história
Proseados caipirescos. rs
Obrigada!


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Femines666
Femines666

Em: 30/03/2023

Pode parecer bem contra o senso comum mas tô adorando essa Elza malvada e cheia de presença. Adoro mulher assim! Ela só precisa melhorar com o pai pra ficar perfeita!

Yara é um amorzinho! Como será essas duas na chopada?


Solitudine

Solitudine Em: 31/03/2023 Autora da história
Olá querida,
Eu entendo sua posição em relação à Elza. Sinto a mesma coisa que você! kkkk
As duas estão amadurecendo. O conto quis mostrar estas diferentes fases delas, sempre bem integradas no contexto político do país.
Beijos,
Sol


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mtereza
mtereza

Em: 31/12/2022

Será que vai rolar finalmente o encontro entre as duas ansiosa 


Resposta do autor:

No que será que vai dar isso? Continue de olho! rs

Beijos,

Sol

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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

Boa tarde,

Foi mais forte do que eu...

E que ano frenético! Elas vão se conhecer e vai ser uma merda! Mas eu tô shippando!

BBS

Jo Abreu {}


Resposta do autor:

Olha o repetido! rs

Beijos!

Sol

Responder

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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

Boa tarde,

Foi mais forte do que eu...

E que ano frenético! Elas vão se conhecer e vai ser uma merda! Mas eu tô shippando!

BBS

Jo Abreu {}


Resposta do autor:

kkkkkkkk É, de fato dessa vez não foi um encontro muito bom. rs

Vamos ver como serão os outros?

Beijos,

Sol

Responder

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Samirao
Samirao

Em: 13/11/2022

Amore, quando acabar o parte 2 me manda pleasinho? Huahuahua 


Resposta do autor:

Mandei, não foi? kkkk

Beijos,

Sol

Responder

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Seyyed
Seyyed

Em: 12/11/2022

Caipira que capítulo foda! O melhor até agora é olha que TA é trifodona! Despertou até meu lado rebelde hehe Elza tá sinistringa e Yara se tornando uma liderança. Vai pegar fogo e sair faísca nessa chopada. Verdadeira briga da Tempestade com a Mulher Maravilha  hahaha 


Resposta do autor:

Olá querida!

kkkk Gostou? Fico feliz! Cuidado com essa rebeldia aí! A caipira não quer vem ninguém fazendo loucura à toa, olha lá! rs

kkkk Adorei esse trem de Tempestade com Mulher Maravilha! Vamos ver como será isso!

Beijos,

Sol

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Vanderly
Vanderly

Em: 12/11/2022

Bom dia!

Comecei a lê esta história há alguns dias mas não estava locada, por isso não pude comentar. Mas como prometi para a Leila aqui estou.

Eu estou gostando bastante, apesar da ansiedade em querer que a Yara encontre a Elza. Acredito que será fogo e gasolina.

Já ansiosa pelo próximo capítulo.

Abraços fraternos!

Vanderly


Resposta do autor:

Boa noite!

Tudo bem?

Então nossa querida Lailinha te convenceu a vir aqui comentar? Fico feliz e lisonjeada! Você é uma autora conhecida, agradeço pela atenção. E que bom que esteja gostando!

O que será que vai acontecer quando estas duas moças se encontrarem? Vamos ver o que vai ser nessa tal chopada.

Beijos,

Sol

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 12/11/2022

Eita será que as duas vão se encontrar Yara e Elza.


Resposta do autor:

Olá querida!

Será? Vejamos!

Beijos,

Sol

Responder

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kasvattaja Forty-Nine
kasvattaja Forty-Nine

Em: 11/11/2022

Olá, tudo bem?

 

Quer dizer, então, que nossa — olha só a possessividade de Kasvattaja — querida Autora abandou o ''Fugere Urbem'', o ''Locus Amoenus'' e o ''Aurea Mediocritas''? Kasvattaja achou que Solitudine iria seguir nessa ''balada'', não necessariamente nessa ordem. Enfim...

Realmente, 1995 é um ano para lembrar-se e não ser esquecido, afinal — como Solitudine deve saber — foi quando ocorreu o Massacre de Corumbiara onde a polícia e pistoleiros armados mataram mais de uma dezena de camponeses que ocupavam a Fazenda Santa Elina.

Uma história, e verdadeira, estarrecedora!

Quanto ao capítulo, as nossas meninas estenderam o ''Carpe Diem'' — Kasvattaja só acha —, ''aproveitamento'' que deixará muitas ''feridas'' por aí...

Pelo andar da ''carruagem'', em um futuro próximo, não muito distante, teremos mais ''confrontos'' entre Elza e Yara do que ''encontros''...

Kasvattaja só acha...

Belo capítulo!

É isso!

 

Post Scriptum:

 

''Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. ''

Ricardo ''Pablo Neruda'' Eliécer Neftalí Reyes Basoalto,

Escritor.


Resposta do autor:

Olá queridíssima!

Tudo bem? Feliz com sua presença constante. Continue assim! ;)

Aliás, a caipira não foi privatizada, portanto, pode ser possessiva à vontade! rs  

Sim, eu mudei o ritmo. Não estranhe que a caipira tem dessas. Mas sempre fiel ao foco. Espero que esteja gostando ainda assim.

Infelizmente a história nacional é marcada por massacres e genocídios aos mais vulneráveis. Por isso a luta é tão necessária. Sendo que luta não é um sinônimo de guerra, mas eu sei que você me entende.

Nossas meninas estão fazendo o que acham que devem fazer. Talvez ainda não tenham aprendido que tudo gera consequências e não existe liberdade sem responsabilidade.

Confrontos ou encontros? Ou os dois? Vejamos...

Obrigada, querida!!

Beijos,

Sol

 

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Mille
Mille

Em: 11/11/2022

Oi Sol 

Yara está nos surpreendendo e conquistando espaço dentro do partido e chamando atenção.

Eu gosto muito dela.

E o que dizer de Elza a mulher agora é segura e não quer mais ser um passaro agailado.

Momento emocionante como Elsa e o pai falando da mãe, e Yurinha com a senhorinha.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá querida!

Fico feliz que você goste de nossa indígena. Eu também gosto dela! rs

Elza quer sentir o gosto pleno do que ela entende ser liberdade. E o fato de ir estudar mais longe está ajudando muito neste sentido. A menos quando o tio chega sem ela esperar! rs

Um capítulo tão militante, tinha que ter seus momentos de fofura. Faz parte. Senão, não seria a caipira! rs

Obrigada por sempre vir me dizer o que achou dos capítulos. Fico muito feliz com isso!

Beijos,

Sol

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Dandara091
Dandara091

Em: 11/11/2022

Alô autora!

Adorei esse capítulo. Sem palavras. 

#firmenaluta

#negritudecombativa

#PartidoComuna kkkk

 

 


Resposta do autor:

Alô guerreira Dandara!

Fico feliz que tenha gostado tanto e que esteja sempre vindo aqui!

O Comuna te encantou mesmo, viu, fi? rs

Beijos,

Sol

Responder

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Irina
Irina

Em: 11/11/2022

Kotinha!!!

Como estás? Desejo que mui bem!

Capítulo maravilhoso e deveras envolvente. Ri com vosso prestimoso Machado e a garbosa Fernandão, os quais também salvaram a pátria ao impedir que um atentado terrorista ceifasse vidas e destruísse o patrimônio brasileiro. Até mesmo o senhor Goulart, sempre tão centrado, esteve a me surpreender com uma postura corajosa e combativa diante dos desmandos governamentais. 

Elza está a se portar como uma sedutora que não quer mais se envolver, igualmente distante da família pelo coração. Talvez a iminente partida do tio possa quebrar-lhe a crosta dentro da qual ela se abrigou. Será?

Yara formando-se grande líder, apesar de ainda padecer na carência da menina sem família.  O Comuna faz bem a ela mas a senhora Kedima é a leveza que faltava.

Nossas duas moçoilas estarão a se encontrar na referida "chopada"? Mal vejo a hora banza, minha Kotinha. 

Com grande estima,

Irina


Resposta do autor:

Olá minha querida!

Fico mais que feliz com sua boa recepção a mais um capítulo e com o fato de estar vindo sempre me dizer o que achou. É muito bom receber comentários!

Como Elza reagirá com a transferência de Goulart? Aguarde...

O que acontecerá nessa chopada? Aguarde...

Veja como a caipira anda cheia de mistérios! kkk

Elza e Yara ainda têm muito chão pela frente. Continue acompanhando!

Beijos,

Sol

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Zaha
Zaha

Em: 10/11/2022

 Boa noite, Sadikii, Solvisky, queridinha das caipiras!!!!  

Tudo certinho na sua semana? Te mando um abraço mesmo assim!!!

Olha só, muita coisa passou!!! 

Elza e Yara, passaram por algumas mudanças. Positivas e outras, nada edificantes, no caso de Elza 

Nessa brincadeira de Goiás para Brasília, para São Paulo, me perdi geral!! Tive que ler de uma, rápido devido a fatores externos...mas aqui estou!!

Vamos então falar das meninas que agora viraram mulheres, porém as duas numa bagunça retada!

Yara, está mais pé no chão, seguindo o caminho que acredita ser a mudança,nisso, as coisas não saíram bem no romance, mas faz parte do caminho que escolhemos, sacrificar quando lutamos por um ideal, mas a bichinha sofre, né?! Porém,ela não estava muito envolvida, essa et a verdade, caso fosse certo, Natália não teria atiçado ela. Acho que o sofrer é mais por esse sentimento de perda que sempre a segue,pois nem estavam mais como apoio para a namorada! Espero que não mergulhe  mais profundo do que o ar lhe permita, pode não poder sair ..ela tá muito envolvida com a causa ,o que tá mais que certo, porém,necessita focar nos estudos se quer representar melhor seus ideias e encontrar novos rumos, sempre necessários. 

Muito sensível o momento de Kedima com Yara e bonito o que Yara disse!!! Sabe que passei a semana pensando na sua amiga e em como vc tava.   TB pensei....ela poderia fazer a próxima estória se aprofundando no tema, vc sempre coloca algo referente, mas eu gostaria ,quando tiver a oportunidade... Se a estória quiser ser contada. ..

Elza, mudou bastante, mas já era esperado! Algumas pessoas mudam diferentes com as dores, algumas se fecham, outras colocam uma armadilha de indiferença, tudo que importa sou eu e meus sentimentos, que agora não estou presenteando. Agora vou tirar,n mais vão me tirar, vou pegar o que quero, quando quero e nisso, ela vai passando o rodo, levado a vida sem se importar. Inclusive o pai ela deixou de lado. Sei que foi criada muito rígida e é normal que passe pelo momento da rebeldia ou que queira mais liberdade, porém deve ser mais presente. Logo o tempo fará ela ver o caminho por onde estará sendo levada.

Elza vai se reencontrar logo, pois é uma pessoa que foi bem criada, se perdeu ao estar sola, sem ninguém para realmente escutá-la. A vida é difícil, mas n devemos jogar no outro que não tem nada a ver o que fizeram outros com nós!

Os humanos quebram e depois partem os corazões, quebrando outros TB.... Até quando?

Estou preocupada com o próximo capítulo, o que vai passar com essas duas meninas...

Adorei o capítulo, adoro como Machado fala e hj foi muito boas as palavras usadas, ri muito! TB, adorei as rimas do freestyle, mandou bem!!!

Momentos sensíveis que me deram um aperto no peito, mas no decorrer da leitura foi amenizando.

Os temas abordados sempre muito relevantes e ainda que vc troque palavras, nomes, sempre são demais!!! Dar uma leveza no assunto, porém sem tirar a seriedade que necessitamos ter.... Trazendo temas que devemos sim nos comprometer como pessoas vivendo numa mesma sociedade, com as mesmas necessidades. Cada um fazendo desde onde pode e como pode. Necesitamos de una mudança e ela não vem com um novo presidente apenas, necessitamos mudar nossa mente, nossa forma de viver, pensar no futuro. O que faremos para contribuir para uma mudança que levará seus anos, pois nada muda drasticamente, nada muda sem lutar, nem nos mesmos mudamos, melhoramos sem lutar dia , após dia ..

Então, querida escritora! Amo suas estórias e você é a única responsável pelas pessoas que a lêem. Só precisava e precisa de tempo. Vc postou duas estórias esse ano, então já tá ficando conhecida de novo, reconquistando os veteranos, conquistando os novos. Tudo fluido muito bem!!!

Por quê? Porque vc escreve bem pra cacete, suas estórias são divertidas, fluídas, enredo maravilhosos, vc sabe levar o leitor a refletir e aprender ou se enterar de uma forma interessante, sem ser monótona. Vc n escupe conhecimento, vc compartilhar ideias, sentimentos, verdades que muitos não podem ver. Seja pela razão que for!! 

Estou muito feliz de estar aqui, de ler suas estórias, de ter conhecido vc, de ser sua amiga e leitora!!! Por isso, sempre farei o possível para estar....

Bem, vc brocou geral!!!! Lindo finde para vc! Responderei o último em.breve ,os demais eu os separei, pra tempos de crises....

Beijos, super, hiper, caipirescos!!!!

PS¹: Espero que seja do seu agrado....

PS²É tanto lugar que nem sei de onde vem a tal "curnicha"... só sei que o dialeto caipiresco tá entrando com força por aqui kkkk " Deixe de peitica"...nem te conto...é "pegadizo " isso!!!!! Kkkk 

 

 

 

 


Resposta do autor:

Olá querídissima Lalitz, Rosa Dourada!

Elza e Yara têm vivido muitas coisas marcantes, cada uma no seu "mundo próprio" e têm reagido de formas diversas a tantas experiências.

Yara está sempre se mudando, por isso que você se perde. rs Mas, fique tranquila, que logo se encontra! Nossa indígena se envolve nas causas que o Comuna abraça, de corpo e alma, e nisso acabou se "desencontrando" da namorada. Nenhuma das duas agiu por mal, foram os encontros e desencontros da vida.

Elza não é uma pessoa ruim, muito pelo contrário. É exatamente o que você descreveu. Ele sofreu, achou que o caso de Renata foi a gota d'água e se protegeu numa casca dura para não sofrer mais. Porém, é o tipo de coisa que não se sustenta. Vamos ver o que acontecerá com o tempo.

Machado é uma pessoa fofinha, não? E dentro de sua erudição desmedida, acaba sendo divertido. Para mim, pelo menos! rs

Obrigada por todo esse carinho e seus elogios que tenho certeza serem sinceros. Lailitcha não faz demagogia com ninguém. São recíprocos todos os bons sentimentos que você me passa e, como te disse várias vezes, você já me deu muitos motivos de orgulho. Especialmente com esta sede de aprendizado, que valorizo e admiro muito.

Menina, ainda não descobriu da onde vem a coisa curnichesca? Não é da Bahia, nunca foi. É coisa de caipira. Fique atenta! rs

Beijos caipirescos!

Sol

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Samirao
Samirao

Em: 10/11/2022

Habibem dah !!!!! Esse capítulo foi fodastiquérrimo! Amei! Teve de tudooo! Elzinha arriscando e se conseguido ser a sedutora ao mesmo tempo viu o pai com mais carinho mesmo que depois de uma prensa do Goulart huahuahua Machado me mata com as doideira dele! Huahuahua e ele também teve seu momento de herói junto com Fernandão pra salvar o dia Goulart também foi foda e foi punido. Bem vida real! Amei Yara na luta e você trazendo o que rolou em 95 de volta deu um back to the past in my mind adorei! Yara e Kedima muito fofas!!! Yara e Natália sob as bênçãos do Comuna huahuahua Agora tô louquinha pra ver Yara e Elza se conhecendo na chopada!!!! Não demora a fazer o parte 2 viu? 95 foi um ano para se lembrar I agree bjuss


Resposta do autor:

kkkkkkkkk Ai, ai, dona Samira, você e esses adjetivos loucos! rs Sinal de que realmente gostou e isso me deixa feliz. Sua empolgação com os contos é muito bonita e verdadeira. Fico lisonjeada.

Esse capítulo teve um ritmo e um foco diferente dos demais. Propositadamente por conta dos momentos que nossas meninas viviam antes de... se conhecer? Vamos ver! rs

Aquele ano de 95 teve muitas experiências e fatos marcantes. Aliás, para mim, a década de 90 foi incrível, até no que foi ruim! rs

Beijos!

Sol

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