Capitulo 24 Meu chocolate quente
Por Virgínia:
Uma semana havia passado desde o aniversário da Pérola, e os dias foram muito corridos pra mim, pois tive provas na faculdade, além do trabalho na fazenda auxiliando a Andréa. Não esqueci daquele beijo trocado com a branquela de olhos de gata, peguei no cartão pensando em ligar várias vezes, mas desisti, por não saber o quê dizer. Talvez ela nem lembrasse mais de mim, a mulher era bonita demais pra ficar esperando a ligação de uma pirralha. Enquanto eu pensava nisso mais uma vez, a Brenda entrou no meu quarto.
- Se arrume, pois temos que ir na cidade depois do almoço, comprar umas coisas da cozinha pra tia Zefa, e ainda quero passar no shopping. - Eu fiz uma careta pra minha cunhada, pois não estava com o mínimo de vontade pra saí de casa naquele sábado, e muito menos ir até a cidade, já quê viajava a semana inteira pra faculdade lá.
Depois das compras encomendadas por minha mãe fomos ao shopping. A Brenda era indecisa demais na hora de comprar umas roupas e aquele entra e sai nas lojas me dava nos nervos. Cansada, sentei numa das mesas da praça de alimentação para esperar. Estava distraída mexendo no celular, quando escutei uma voz conhecida.
- Boa tarde! Posso sentar ao teu lado senhorita? - Olhei na direção da voz, e ela já estava sentada diante de mim. Com aquele sorriso sedutor.
- Boa tarde! Você já está sentada. - Eu retribuí o sorriso.
- É que estou um pouco cansada, pois estava ajudando uma amiga a comprar umas peças de roupas, mas a indecisão dela fez a gente rodar o shopping inteiro. - Eu sorri da coincidência.
- Engraçado, acreditas que eu sentei aqui pelo mesmo motivo? - Ela me olhou sem entender, então expliquei. - Você veio com tua amiga indecisa, e eu com minha cunhada, que ainda está pelas lojas. E tua amiga cadê? - Ela estreitou os olhos.
- Ah, agora eu entendi! A minha amiga já foi. E eu também tenho que ir agora, a gente se vê por aí. - Eu não queria que ela saísse assim, então segurei em seu braço rapidamente quando a vi levantar da mesa.
- Fica mais um pouco, por favor! - Pedi olhando diretamente em seus olhos.
- Eu não posso, tenho um cliente pra atender, depois tenho que fechar o consultório e ir para casa. - Não pensei em mais nada, senão em ir com ela.
- Eu te acompanho então! -
Enquanto saíamos do shopping liguei para a Brenda, apenas avisando que iria em um local fora do shopping e que ela me aguardasse no carro quando terminasse suas compras.
O consultório da Rebeca ficava num prédio ao lado do shopping, instalado no terceiro andar. Assim quê chegamos ela cumprimentou o cliente e dirigiu-se a sua secretária. - Malú, esta é a Virgínia minha futura cliente, faça a ficha dela por favor. - E deu uma piscada pra mim.
- Fique a vontade minha linda, eu te atendo já! -
Enquanto a Rebeca atendia seu cliente passei meus dados para a sua secretária. - Você a conheceu no shopping, ou alguém te indicou? - A secretária quis saber enquanto devolvia meus documentos.
- Isso tem que constar na ficha também? - Ela me olhou desconfiada.
- Não, só estou curiosa mesmo. - Eu confesso que tive vontade de dizer, quê isso não era da conta dela.
- Nenhuma coisa,nem outra. Nos conhecemos sábado passado num aniversário. - Seu olhar passou a ser analítico.
- Ah, entendi, então você deve conhecer a mulher quê está tirando o sono da Rebeca! - Eu fiquei em silêncio, pensando no que ela disse, mas não respondi, afinal não saberia o quê dizer, pois não vira nenhuma mulher com a Rebeca.
Depois de uns vinte minutos a porta da sala foi aberta e o cliente saiu. - Malú, depois de marcar a próxima visita do senhor Orlando, você pode ir. Agora é só nós duas senhorita! - Quando a porta foi fechada, gelei. Rebeca desinfetou a cadeira, e colocou luvas novas após descartar as quê usava.
- Sente-se aqui meu bem. - Sua voz me soou sensual e fiquei imaginando se ela fazia assim com todas as clientes. - Olha, apesar de você não gostar de deitar nessa cadeira regularmente, a saúde da tua boca vai bem, só precisa fazer uma limpeza e aplicação de flúor. - Rebeca falou depois de sua análise profissional na minha boca. Eu tive vontade de dizer quê precisava era de beijar sua boca outra vez.
Depois dela marcar na agenda o dia da limpeza e aplicação do flúor; eu resolvi me desculpar por não ter ligado.
- Eu tive vontade de te ligar a semana inteira, mas fiquei sem saber o quê dizer, então desistia antes de efetuar a chamada. - Ela chegou bem perto de mim.
- E eu fiquei a semana inteira pensando na ligação quê não chegou. - Meu coração já batia forte com a proximidade,mas ao ouvir aquilo senti um frio na barriga.
- Eu, não consigo esquecer aquele nosso beijo. - Falei enquanto olhava pra sua boca. Ela acariciou meu rosto levemente.
- Você quer esquecer? - Seu polegar desenhava meus lábios delicadamente.
- Não! - Minha respiração já estava ofegante. Mentalmente eu já implorava para quê ela me beijasse.
- Eu também não consegui esquecer, então vamos acrescentar mais esse. - Ela aproximou seus lábios dos meus que já estavam entreabertos, sua língua ousada invadiu minha boca me fazendo soltar um gemido de prazer assim que tocou na minha.
Eu já tinha dado uns beijinhos escondido por aí, mas nada que pudesse me tirar o chão, como esse beijo com a Rebeca, pois parecia que eu estava flutuando. Meu corpo estava em chamas com um simples beijo; imaginei ela me tocando com aquela boca em outros lugares.
As mãos da Rebeca faziam um carinho gostoso em meu pescoço, me deixando arrepiada, acariciei seus braços timidamente e sentir seus pêlos eriçarem. Nossas respirações estavam ofegantes, então ela cessou o beijo devagar.
- Ah chocolate quente, eu sabia o risco quê corria ao te provar! Agora estou perdidamente viciada! - A Rebeca sussurrou em meu ouvido, enquanto seus braços envolveram minha cintura num abraço aconchegante.
- É branquela, até quê teu bico é bem gostoso mesmo. - Falei enlaçando seu pescoço, enquanto passava a língua em seus lábios rosados.
- Eu sou toda gostosa pretinha, se quiser conferir, garanto que não vai mais querer outra coisa depois.- Ela falava enquanto distribuía beijos em todo o meu pescoço, ombros,colo, e no decote entre os seios. Minhas pernas ficaram bambas e se ela não me segurasse teria caído.
- Você não é nem um pouco modesta. Quem te garante que vou gostar? - Eu falei com a voz trêmula.
- O teu corpo, que não consegue resistir aos meus toques. - Ela falou voltando a beijar minha boca.
Eu ch*pei sua língua com força assim quê a sentir na minha boca, ela soltou um gemido abafado, suas mãos entraram por baixo da minha blusa, queimavam sobre minha pele nua, gemi quando suas unhas arranharam a lateral do meu corpo na altura das costas. Nossos corpos pareciam está com febre de tão quentes.
- Ah Rebeca, o quê você está fazendo comigo hein? - Gemi sem saber raciocinar direito, estava entregue àquela mulher, minha calcinha estava literalmente molhada.
- Apreciando você, meu chocolate quente;pena quê temos de parar por aqui, pois tua cunhada pode está preocupada. - Ela falou depois de encerrar nosso beijo com vários selinhos, me trazendo a realidade.
Saímos quase correndo do consultório, pela hora a Brenda já devia está me esperando; olhei para todos os lados, até quê avistei a figura andando prá lá e prá cá parecendo uma maluca, próxima ao carro do meu irmão.
- Onde você se meteu criatura, e por que não atendeu o celular? Tem quase meia hora que estou aqui! - A Brenda disparou assim que me viu, sem nem notar que eu estava acompanhada.
- Boa tarde Brenda! - Só então ela notou a Rebeca. - Ah! Está explicado. Boa tarde Dra Rebeca! - A Brenda falou olhando pra mim com certa curiosidade.
- Bom meninas, foi um prazer reencontrar vocês, mas agora tenho que ir vê se encontro um táxi. - A Rebeca falou se aproximando pra dá um beijo no rosto da Brenda, mas quando foi fazer o mesmo comigo a Brenda segurou em seu braço.
- Se você quiser podemos te dá uma carona. A tia Zefa não vai se importar quando souber o motivo da demora. - Eu fuzilei a Brenda com o olhar, afinal o motivo da demora fora ela mesma, mas por outro lado, se não fosse a sua demora talvez não eu tivesse encontrado a Rebeca.
- Se não for um incômodo pra vocês, por mim tudo bem! - Abrir a porta detrás pra ela, sentei ao seu lado, e a Brenda deu a volta pra tomar a direção.
A casa da Rebeca ficava praticamente na rota que teríamos que passar fazendo apenas um pequeno desvio. Duas casas antes da dela ficava a casa da Acácia, que ela nos mostrou quando passávamos próxima.
- Está entregue, sã e salva! - A Brenda falou ao freiar o carro em frente a casa da Rebeca.
- Meninas, vamos entrar um pouco! - A Rebeca convidou, mas pelo avançado das horas não seria conveniente, pois ainda teríamos cerca de uma hora de viagem..
- Melhor não Rebeca, pois já está tarde e não é bom pegarmos a estrada a noite. - Eu falei enquanto descia do carro dando passagem pra ela.
- Então obrigada pela carona, e uma ótima viagem pra vocês. - Eu fui dá um beijo em seu rosto, mas ela virou, e acabei beijando seus lábios sem querer. Ela segurou minha cintura com as mãos e sussurrou. - Até breve meu chocolate quente! -
Entrei no carro ao lado da Brenda com o rosto queimando, uma mistura de vergonha e desejo aflorando em meu ser. - Você é danada negrinha, não conseguiu a morena, mas pegou a branquela! Bem quê eu vi o quanto ela estava te seguindo com o olhar durante o churrasco, e no aniversário da Pérola. E como ficou doida ao saber que tu tinha sumido, e logo se dispôs a ir te procurar com a Helane. - A Brenda sentenciou assim que o carro ganhou alguma velocidade.
- Não é nada disso que você está pensando! - A Brenda gargalhou.
- Eu não estou pensando nada meu bem, eu estou vendo! Confessa que você está caidinha pela galega! As duas com o batom borrado, aposto que vocês estavam se pegando lá no consultório dela! - A Brenda era impossível, não tinha como eu negar nada pra ela, afinal presenciou o beijo.
- Está bem, a gente se encontrou no shopping, ela me convidou pra conhecer o consultório, e depois que a secretária dela foi embora, ela me beijou. Mas por favor, não conta pra minha mãe. Foi só uns beijos,nada sério, então nem meu irmão pode saber. - A Brenda gargalhou do meu nervosismo. - Está bem, não vou contar pra ninguém. Porém fique esperta, pois a tia Zefa estava falando que você agora anda muito distraída, suspirando pelos cantos. E ela tem certeza quê não é mais por conta da Helane. -
Por Rebeca:
Passei a semana inteira com a Rute me atazanando as idéias, toda vez que estávamos juntas em casa. Ela me disse várias vezes que eu estava apaixonada pela mulata, mas eu negava veementemente. Eu confesso que ficava esperando o telefone tocar, e quando isso acontecia atendia as pressas desejando que fosse ela, mas infelizmente a semana passou-se e ela não deu sinal de vida.
Agendei umas consultas rápidas pra o sábado, me concentrar no trabalho ajudava a esquecer daquele bendito beijo. Saí para almoçar com uma amiga, na verdade uma ex ficante, depois ela me pediu prá acompanhá-la até o shopping, eu ainda tinha um cliente agendado, mas daria tempo, pois o consultório era num prédio ao lado. Eu detestava ir as compras com gente indecisa, mas me desligar um pouco do meu mundo seria interessante.
Quando finalmente a Bianca encerrou suas compras, eu estava zonza, ela seguiu pra o estacionamento e eu fui sentar um pouco na praça de alimentação, pois ainda tinha uns minutos até a hora da visita do meu cliente. O meu coração acelerou quando vi àqueles cabelos trançados a minha frente, ela estava sentada numa das mesas de costas prá mim, aproximei devagar pra ter certeza que era ela mesmo. A cumprimentei, sentando a sua frente quando vi que sim. Nós trocamos algumas palavras, mas eu tinha o cliente a minha espera, então levantei já me despedindo dela. A surpresa foi quando ela resolveu me acompanhar até o consultório; fizemos o percurso em silêncio.
O meu cliente já esperava, então a deixei com a Malú, como não devia explicações pra minha recepcionista, apresentei a Virgínia como uma futura cliente, e fui atender o senhor que estava a esperar. A Malú sempre saía junto comigo, dessa vez a dispensei, prá ficar mais um pouco a sós com a Virgínia. Quando a vi deitada na cadeira com aquela boca apetitosa aberta, tive vontade de a beijar alí mesmo, minha boca encheu de água, engolir a saliva, e me concentrei naquela boca linda de forma profissional.
Eu poderia ter feito o procedimento, pois visto a sua saúde bucal não demoraria muito, mas eu queria um próximo encontro, então marquei uma nova visita pra segunda-feira. Ela se desculpou por não ter ligado de uma forma, que fez meu coração palpitar. Eu passei a semana pensando nela, e ela em mim. Eu queria muito a beijar outra vez, e seus olhos em meus lábios diziam que queriam o mesmo. Então nos entregamos ao beijo. Enquanto nos beijávamos acariciei seu pescoço e a vi ficar arreapiada. Ela retribuiu fazendo carinho em meus braços e logo me arrepiei também.
O beijo foi tão gostoso quanto o primeiro, mas durou mais tempo e se transformou em vários. Percebi que tinha me perdido naquele pedacinho de carne suculenta; enquanto a beijava pensava como seria bom passear com a minha boca provando todo aquele corpo. Esse pensamento fez minha calcinha molhar. Ela despertava a minha libido como um poderoso afrodisíaco.
Quando dei por mim, gemia entre beijos quentes e dizia coisas pra ela, que nunca dissera para outra garota. Eu estava entregue, ela estava mole em meus braços, nossos corpos estavam febris. Eu queria provar, sentir de uma forma mais íntima e profunda, mas pela primeira vez na vida, resolvi que não seria de qualquer jeito. O sofá do consultório era bem confortável, no entanto me recusei a conduzi-la até ele. Apesar da minha fama de galinha, nunca me envolvi com nenhuma cliente. A Virgínia era a primeira mulher a beijar alí.
Quando recebi a confissão meio velada através de um gemido, tive certeza que a Virgínia estava no ápice, e se fosse outra mulher, em um outro local, talvez eu tivesse ido até o fim sem me importar com as consequências. No entanto depois de vários beijinhos conseguir encerrar, ou faria umas loucuras com ela alí mesmo.
Saímos praticamente correndo do consultório, a cunhada dela parecia uma doida andando de um lado para o outro, por certo preocupada. Reclamou com a Virgínia, e só me notou quando a cumprimentei, respondeu com um ar de quem diz "eu sei o quê vocês andaram fazendo!"
Como eu estava sem carro elas me deram uma carona. A Virgínia veio no banco detrás junto comigo, percebi os olhares da Brenda pra gente através do retrovisor durante o percurso até minha casa. As convidei pra entrar, a Virgínia recusou alegando está tarde, não insistir, pois realmente estava. Quando nos despediamos ela veio com a intenção de beijar meu rosto, porém acabou beijando a minha boca, pois virei o rosto com esse intuito. Segurei sua cintura com minhas mãos e sussurrei: "Até breve, meu chocolate quente!" Ela entrou no carro as pressas, sentando ao lado da Brenda. Que deu uma buzinada e seguiu viagem.
- Aê! Estamos evoluindo! A Rebeca sendo deixada em casa por uma garota! - Minha irmã falou assim que fechei o portão.
- Ai que susto! Você agora está igual a essas velhas fofoqueiras aqui da rua, quê nem a dona Gertrudes, que soltou uma indireta com a Helane? - A Rute sorriu divertida
- Não meu bem, é quê ouvimos o barulho do carro parando aqui na frente, e como a campainha não tocou, nem você entrou, a mamãe mandou eu dá uma olhada. E eis que vejo a Rebeca beijando uma mulata! -
Eu queria matar a Rute por me entregar assim de bandeja, mas a alegria de ter meus pais em casa, freiou o meu instinto assassino de irmã.
- Papai, mamãe! - Corri para abraçá-los cheia de saudades. Quê alegria tê-los de volta! - Ficamos algum tempo naqueles abraços, até quê meu pai questionou:
- Então, finalmente está namorando? - Fuzilei minha irmã com o olhar e ela riu.
- Não pai, é só uma nova amiga, o resto é viagem da Rute pra me provocar. - Minha mãe me olhou de cima a baixo; eu conhecia aquele olhar de reconhecimento.
- Rebeca minha filha, senta aqui, deixa eu te olhar de pertinho. - Eu tinha uma boa desculpa pra adiar aquela conversa.
- Mãe, eu estou meia cansada, deixa eu tomar um banho, descansar um pouco, então depois do jantar nós conversamos. - Ela apenas acenou com a cabeça e eu saí correndo.
Tomei um banho demorado, deitei, pois realmente estava cansada, cochilei, despertei com o toque do meu celular, era uma notificação de mensagem com número desconhecido, li sem abrir o aplicativo. "Boa noite, acabei de chegar em casa. Beijos! Virginia." Dei um pulo sentando na cama assim que li aquele nome. Abri o aplicativo rapidamente, ela não estava online, mas decidir responder. "Boa noite meu chocolate quente, que bom saber que lembrou de me avisar. Bons sonhos comigo! Beijos nessa boca gostosa."
Depois que terminamos de jantar meu pai sentou numa poltrona ao lado da Rute, e claro, a mamãe sentou ao meu lado. - Querida, eu sei que nunca fui uma mãe muito presente, mas sempre prestei atenção em vocês quando estávamos juntas em alguma atividade. E eu vejo que você está diferente, tem um brilho nos olhos, que há dois meses atrás quando eu e seu pai viajamos não existia. Eu não sei se tem haver com a mocinha que você conheceu no final de semana, não fique zangada por tua irmã ter nos contado, ela também te ama e torce pela tua felicidade. - Soltei um suspiro.
- Eu não sei mamãe, e a Rute não tinha quer contar pra vocês agora. Como disse, a garota é só minha amiga, quer dizer, nem amiga nós somos, apenas nos conhecemos num churrasco, e nos encontramos hoje por mera coincidência. - Minha mãe me encarava com expressão divertida.
- Você gostou dela muito mais do quê dessas outras com quem andou saíndo? - Revirei os olhos.
- Eu não sei mamãe, tudo isso é muito novo, estou confusa. - Baixei a cabeça, não queria olhar nos olhos da minha mãe e demonstrar o quanto estava mexida.
- Tudo bem querida, já sei quê a resposta é sim. Ficar confusa é natural, mas uma hora você vai saber o quê sente, e o quê terá de fazer. - Mamãe me abraçou e encerrou o assunto.
Conversamos mais um pouco sobre a viagem que eles haviam feito, olhamos inúmeras fotos da viagem por toda a América Latina, eles se recolheram ficando apenas eu e a Rute.
- Beca, desculpe eu ter falado da Virgínia, foi sem querer. Eu estava contando sobre o final de semana e escapou. E quando eu falei do beijo lá fora, não sabia que eles tinham vindo até a varanda enquanto falava com você. - Levantei as sobrancelhas ao encarar minha irmã.
- Você é uma chata Rute, as vezes eu tenho vontade de te enforcar, mas aí eu lembro que te amo, e desisto. - Falei enquanto a abraçava.
Antes de deitar vi quê tinha chegado uma nova mensagem da Virgínia. "Oi de novo branquela! Não sei se quero sonhar contigo, acho que prefiro o momento real. Aceito os beijos!" Já tinha mais de uma que ela me respondera, não estava online, por certo já estaria dormindo, mas enviei outra. "Oi pretinha, primeiro a gente sonha, depois o desejo se materializa. Dormirei sonhando com todos os beijos que quero trocar contigo."
Desliguei o celular e o coloquei no carregador, pensando como eu estava agindo que nem uma adolescente boba, e o pior quê estava gostando. Eu deitei, e realmente meu sono foi recheado com sonhos nada respeitosos, com uma certa mulata de lábios apetitosos, o quê me fez acordar com a calcinha vergonhosamente ensopada de gozo. Eu de fato sonhara, mas o prazer foi palpável, ao passar a mão na minha intimidade e vê o quanto estava molhada.
Aquilo era inédito, nem quando eu era adolescente e virgem me aconteceu algo parecido. E eu tive que reconhecer que realmente aquela garota estava mexendo com todos os meus sentidos. Outro fato que começou a me preocupar, era por ela ser muito nova, nunca tinha ficado com garotas da sua idade, pois as vezes a menina poderia ser apenas uma curiosa da vez, e eu não estava disposta a ser cobaia de ninguém. No entanto decidir que com a Virgínia, eu iria dá um passo de cada vez, a menina me atraía, existia uma química gostosa entre nós, então eu deixaria rolar até quando ela quisesse.
Passei um domingo agradável com meus pais, minha irmã e meu cunhado. Troquei umas duas mensagens com a Virgínia, ela confirmou a visita ao consultório. Na segunda acordei um pouco ansiosa, pois receberia a visita da da Virgínia, atendi os primeiros clientes tranquila, mas quanto mais se aproximava o horário dela, mais a ansiedade tomava conta. E quando finalmente ela entrou na sala, minhas mãos estavam trêmulas. Retirei as luvas, o avental descartáveis, os óculos de proteção, lavei as mãos, e o rosto com sabonete antisséptico, sequei numa toalha descartável, só então já mais calma, me aproximei pra lhe cumprimentar com um beijo no rosto; e fui surpreendida com um super beijo na boca.
- Estava louca pra fazer isso. E eu não estava aguentando esperar mais. - Ela falou quando nos separamos.
Fim do capítulo
Olá pessoas lindas, tudo bem?
Olha, eu não imaginei que iria postar esse capítulo hoje, mas aí está.
Agradeço cada comentário, as leituras, e você que favoritou a história e pode ler de primeira, se puder e quiser, por favor... Fique a vontade.
Um ótimo final de semana para todas nós!
Beijos!
Com amor,
Vanderly
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viinha
Em: 18/06/2020
Que fofo elas duas,e que bom que a Virginia tem atitude rsrs
Resposta do autor:
Olá! Tudo bem?
Obrigada pelos comentários e quê bom que estás gostando.
Realmente as duas são lindas juntas. Maluquinhas adoráveis. A Virgínia não quer mais perder tempo. Risos.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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thays_
Em: 17/06/2020
Adoro a Virgínia e a Rebeca! Que bom que vc está nos dando a oportunidade de conhecer um pouquinho da história dessas duas. Nunca me envolvi com mulheres mais jovens, só com mais velhas que eu. Quero só ver como vai ser o desenrolar dessa história. Estou torcendo pras duas darem certo! Beijão!
Resposta do autor:
Olá thays_, tudo bem?
Agradeço pelos comentários, e fico feliz que tenhas gostado.
A Rebeca e a Virgínia fomam um belo par, vamos vê no que vai dá esse romance das duas. Bom, pelo ao menos elas já tem uma fã, torcendo a favor.
Não sei se você percebeu, nas entrelinhas da história, mas vai ter mais casais por aí pra se acertarem. Aguarde!
Bom, ao contrário de ti só namorei com garotas mais novas. Com uma mais velha só rolou um beijo. O único problema que enfrentei foi o ciúmes exagerado de uma delas. Quê achava que por eu ter experiência, pegava todas.
O capítulo novo está aí, depois me diz o quê você acha quê vai acontecer com o Rogério. Será quê ele merece perdão?
Beijos â¤ï¸!
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Brescia
Em: 13/06/2020
Boa noite mocinha.
Uau! Temos um novo casal pintando por aí e pelo que parece já estão perdidamente apaixonadas. A vontade de estarem juntas já se nota pela ansiedade desse novo encontro.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Olá Baci, tudo bem?
Menina, muito obrigada pelos teus comentários!
Ah esse casal ainda vai causar um pouco, antes dessa história terminar. Esse novo encontro chega já, já! Aguarde!
Aí está um novo capítulo pra vocês deixarem seus comentários. O quê acham que deve acontecer com o Rogério? Agora que resolveu mostrar a cara? Confere lá e me diz.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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