Capitulo 20 - Diga sim para o céu
Medo? Por que algum dia eu tive medo de um momento como esse?
Estou tão feliz flutuando nos braços dela, que parece que estou sobrevoando algum paraíso, uma dimensão desconhecida...
Fazia semanas, poucos meses talvez, que andávamos ensaiando esses passos entre nós. No mundo de hoje, isso até soa inverossímil, ainda mais no chamado mundo queer. Aquela história de sapatão trans*r no primeiro encontro e já vir de mala e cuia no segundo, vocês sabem...
Mas é que havia algo de especial acontecendo comigo. Já contei à Márcia: uma vez eu disse à Simone que não tinha muita ideia do que gostava na cama, até porque meus orgasmos solitários, até então, eram frutos de fantasias bem típicas de uma mulher nova sem vida sexual. Minha psicóloga me disse que, pelo menos, eu sentia prazer de forma crua e orgânica, não importavam os meios. Ela já tinha atendido moças e mulheres, algumas até bem mais velhas do que eu, que nunca tinham ouvido falar de masturbação, que dirá goz*r...
Jordana vinha me tocando e explorando meu corpo desde que pudemos ficar juntas, depois dela sair da rehab. Às vezes, assistindo séries ou filmes, ela vinha com beijos e toques, aparentemente inocentes no início, e depois expandia seu perímetro de ação, como se quisesse mapear meu corpo.
“Aqui, você gosta? Assim? Mais forte ou mais suave? E aqui? Hum, que delícia, adoro fazer isso em você também...”
Usando a língua em partes que eu jamais imaginaria sentir tesão, como a dobra atrás de minhas orelhas, ou pouco acima da fenda de meu cóccix, ela tocou meu clit*ris várias vezes, mas me deixou ir até o fim apenas uma. Estava adorando aquele joguinho de gato e rato, mas eu não ia deixar barato. Estava planejando minha saborosa “vingança” enquanto ela brincava daquele jeito comigo – embora eu tivesse noção de que ela estava respeitando meu tempo e meu espaço, de um jeito que ninguém até então tinha feito.
Desta vez, nos braços fortes dela, que começavam a ganhar uma bela musculatura definida por causa das lutas e dos exercícios, eu não me senti, absolutamente, a princesinha sendo levada para seu leito nupcial pela primeira vez. É que, vocês entendem: virgem sim, desinformada e despreparada, jamais!...
As vantagens de ser uma enfermeira e uma pesquisadora dedicada: acontece eu também sei como explorar anatomias muito bem!
Foi por isso que a surpreendi um dia, quando ela apareceu com os músculos dos ombros tensionados e uma contusão na coxa esquerda depois de um treino intenso: soltei-lhe os trapézios rígidos, orientei-a a se deitar na cama, me ajoelhei diante dela, coloquei sua panturrilha sobre meu ombro, e comecei a massagear habilmente o quadríceps dolorido. Os gemidos de dor dela foram, aos poucos, se tornando sem-vergonhas, e ela notou o que eu fazia de propósito.
“Sua safadinha! Tá tirando uma casquinha de mim...”
“De que adianta eu ter um mulherão desses se não puder me aproveitar?”
A essa altura, a ponta de meus dedos estavam alcançando a curva onde termina a perna e começa a virilha. Jordana estava usando um shortinho esportivo excitantemente curto, que facilitava meu trabalho. Ela mordeu os lábios, os olhos semicerrados.
“Eu tô toda suada, preciso de um banho” – ela ainda tentou se defender.
Não dei ouvidos e abracei aquela perna de musculatura definida; comecei a distribuir na parte interna de sua coxa beijos lentos, quentes, roçando meus cílios em sua pele. Que delícia senti-la tremendo ao fazer isso!
O leve suor dela na região próxima ao paraíso tinha um perfume excitantemente pecaminoso! “Vamos, você já viu isso em vídeos, leu livros eróticos, você consegue!”, disse a mim mesma. Ainda assim, o medo de fazer errado e estragar o momento me incomodavam, mas não me acovardei.
Agarrei cada coxa dela com uma mão e afastei-as leve e gentilmente. A expressão de espanto no olhar dela foi impagável.
“Peraí...”
Acho que ela estava acostumada a ser só a “ativa” no sex*, então parei. Fiz minha melhor carinha de criança pidona, e disse:
“Deixa eu só sentir seu cheiro, por cima da roupa mesmo?”
“Amor, eu preciso de um banho...”
“Não tá me parecendo...” – respondi num sussurro, os olhos fixos no dela, e esbarrei meu queixo em seu púbis mal coberto pelo shortinho de tecido fino e pela cueca. Depois, depositei, por cima da roupa mesmo, de olhos fechados, um beijo intenso em sua região sensível.
Que cheiro de fêmea deliciosa, meu Deus! Imagine o gosto daquilo... Só de pensar, comecei a mover meus lábios, massageando-a, simulando um oral. Percebi que Jordana quis resistir a principio, mas o prazer daquela “transgressão” aos seus próprios princípios calou suas palavras e transformou-as em grunhidos lascivos.
Quis fazer uma travessura: arreganhei os lábios em um sorrisinho sacana e mordi o shortinho, afastando-o para o lado. Antes que Jordana pudesse reagir, minha língua quente pousou sobre o já lubrificado tecido da cueca, e molhou-o ainda mais.
“Núria...”
Usei língua, lábios e dentes como se a beijasse na boca. A essa altura, ela já não continha mais seus suspiros e ofegos. Vi suas mãos apertarem e quase rasgarem o lençol da cama. E foi assim mesmo, sem despirmos uma só peça de roupa, que dei prazer pela primeira vez à mulher que eu amo. Ela mesma mal acreditava que estava arfando, toda indefesa, depois desse inesperado orgasmo.
Nos meus lábios ficou muito de seu néctar, mesmo que os tecidos houvessem absorvido a maior parte. Lambi e saboreei, como o resto de uma calda doce que sobrou depois da sobremesa terminada.
Achei graça quando ela pegou um fino cobertor e se escondeu toda envergonhada e rindo de nervoso. Tentei puxá-lo.
“Amor, olha pra mim!”
“Não!”
“Vai me dizer que nunca te ch*param antes?”
“Já, mas foram exceções. E... Teve vez que eu tava chapada também.”
“Então foi contra sua vontade?”
“Não, eu só deixei por curiosidade e doideira da minha cabeça mesmo. Tá sussa.”
Para não deixá-la mais desconfortável, abracei-a por cima do cobertor mesmo.
“Queria pelo menos saber minha nota...”
“O quê?”
“De zero a dez, quanto merece meu primeiro oral feito em alguém?”
Não disse isso por ego. Estava insegura de verdade. Afinal, o fato dela goz*r não queria dizer que tinha sido bem feito, até porque ela chegou lá bem rápido.
“Cê tá me zoando, né?” – ela respondeu, ainda debaixo do cobertor.
“Jordana, isso é sério...”
“Ai meu Deus, por que eu fui namorar uma nerd?” – ela finalmente botou a cabeça pra fora, me olhando zombeteira – “Isso aqui não é prova de mestrado não, viu, senhorita?”
Fiz um biquinho. Ela riu, entregando os pontos.
“Eu não vou dar nota nenhuma, porque isso aqui não se mede com pontuações. Só vou te dizer uma coisa: você conseguiu fazer a ‘ativona’ aqui ficar com vontade de ‘te dar’ de novo. Pronto, tá feliz?”
“Meu Deus, Jordana!” – gargalhei.
“Ué, cê não queria uma resposta? Tá aí. Não tem zero, nem dez, nem vinte, nem cem, nem porr* nenhuma. Só tem eu querendo revidar o que você me fez agora!” – ela afastou o cobertor e se lançou sobre mim, fingindo estar braba.
Mas apenas ficamos roçando nossos joelhos entre as pernas uma da outra, até porque, mesmo com a melhor massagem do mundo, Jordana estava moída naquele dia, ainda cheia de dores pelo corpo. O treino realmente tinha sido muito duro: o velho mestre coreano dela foi supervisionar a turma, e pegou pesado.
Uma semana depois...
E eu que pensava que me deitaria com uma bonequinha de porcelana, com a qual eu teria que ter todo o cuidado do mundo na hora de pôr a mão... Nunca fiquei tão feliz de estar redondamente enganada!
Tá, ela sempre teve essa coisa de ninfeta, apesar de ser maior de vinte e um anos, e só quatro anos mais nova que eu... Não se parece com a Anita daquela série que me fez tocar siririca até ficar com tendinite no começo de minha adolescência, mas o jeito... Em um momento, ela parece a Chapeuzinho Vermelho perdida na floresta, e no outro, uma linda e delicada piranha que vai me fazer comer na mão dela... Digo isso sem ofensa, porque simplesmente amo isso nela, me deixa louca!...
E com esse conjuntinho de lingerie rosa então...
Um dia, me lembrei de que, na primeira vez que “transei”, tive uma alucinação com a fadinha do Peter Pan. Núria tem muito dela, pra falar a verdade. Algo dentro de mim já pressentia isso desde o dia em que nos reencontramos no CAPS.
Eu estava impaciente, delirante. Praticamente joguei-a na cama, e ela não pareceu se assustar, nem se incomodar. Bom! Também nem dei tempo dela fazer nada a respeito, porque minha boca já estava na dela, e minhas mãos arrancaram aquele robezinho com certa violência. Desculpa, amor, se rasgar, compro outro. Prefiro te pedir perdão que te pedir licença...
Prendi-a debaixo de meu peso. Minhas mãos seguraram seus pulsos finos sobre o travesseiro. Ah, esses gemidos devassos abafados pelos meus lábios e língua! Gem* mais, minha fadinha! Hoje você não me escapa!
Eu já estava me esfregando nela, sedenta. Seus dentes apanharam meu lábio inferior e o sugaram. Doeu um pouco, e isso me excitou ainda mais...
“Gostosa...” – ela choramingou debaixo de mim, seus olhos quase fechados e vidrados. Exigiu – “Quero toda sua pele na minha! Agora!”
“Hum, tá pensando que é você quem manda, é?” – brinquei.
Ela mordeu de novo meu lábio inferior, um pouco mais forte. Soltei um “ai”, e ela sorriu, ainda me prendendo entre seus dentes.
“Não estou pensando, eu mando aqui hoje!” – ela disse sem abrir os dentes – “Você vai tirar toda a sua roupa e vai se deitar em cima de mim, ok?”
Falou com tanta autoridade, que desta vez fui eu quem fiquei pasma. E, pra falar a verdade, o olhar firme daquela criatura de quem, até então, eu só tinha visto o lado angelical, me deu uma queimação deliciosa entre as pernas...
Eu nunca tinha tirado a parte de cima da roupa diante nenhuma parceira sexual, nem pras minhas ex-namoradas. Não gostava de mostrar os queloides das cicatrizes em minhas costas e em meu ombro direito, cortesia de meu pai... Mas, desde que Núria se abriu e me abriu, de pouquinho em pouquinho, para uma intimidade física que eu nunca experimentei antes, inclusive massageando e beijando minhas costas depois de um treino, dizendo que aquilo não tirava em nada minha beleza perfeita – nessas exatas palavras, juro! Meu ego foi lá na estratosfera nesse dia, pra ser sincera –, deixei de neuras, e resolvi dizer sim ao céu.
Ela entreabriu os dentes, me deixando escapar. “Sim senhora, meu anjo dominador!”, pensei, enquanto tirei a camiseta, o top, depois meu short de malha e a cueca. Os olhos dela se abriram mais, percorrendo todo o meu corpo.
Deitei-me sobre ela. Sua pele parecia estar pegando fogo. Suas pernas enlaçaram minha cintura com força. Desculpa mais uma vez, amor, mas esse seu sutiã lindo vai sair do caminho de qualquer jeito mesmo. Arranquei-o por cima da cabeça dela, ignorando o fecho nas costas. Ela me agarrou pelo meio das costas e pela nuca, me pressionando contra si, e então eu entendi:
“Acha que eu iria desperdiçar a chance de sentir esses peitões divinos roçando em mim?” – ela disse, esfregando-se neles de olhos fechados. Ah, meu Deus, minha ninfetinha depravada!
O esfregar de nossos mamilos endurecidos como botões estava nos enlouquecendo igualmente. E, para minha surpresa, ela abaixou a cabeça e caiu de boca no meu seio esquerdo, enquanto dedilhava meu mamilo e aréola direitos.
Inconcebível... Completamente inconcebível para mim, mas... Eu não conseguia dizer não! Não conseguia parar! Ali estava eu, a sapatão masculina, habituada a dar as cartas e desfrutar do corpo das passivas como bem entendia, totalmente entregue naquele ritual de quase amamentação, deixando Núria desenhar o círculo grande de minha aréola, lambiscar e ch*par o bico com sua língua rosada sem-vergonha. Sua outra mão me agarrava o outro seio com gosto, com a pressão exata para me enfraquecer de tanto tesão...
Era óbvio que, a essa altura, eu provavelmente já estava gem*ndo mais que dobradiça enferrujada. Às vezes, sugava o ar entre os dentes, queria pedir para que ela parasse com aquela maldita tentação deliciosa, mas eu não tinha mais voz para ir contra meu próprio prazer. Então, esfreguei com força minha genitália na coxa dela, até que meu corpo todo se curvasse loucamente no orgasmo. Urrei descontroladamente.
Ela me deu um último beijo no seio e soltou uma risadinha de fadinha sapeca. Eu queria dizer tanta coisa, mas de que jeito? Aquela mocinha doce, esbelta, carinha de inocente, arriou meus quatro pneus...
“Núria... Você... Uffff! Que isso, garota, como você me faz uma dessa?”
Ela beijou várias vezes meu colo, antes de responder:
“Agora, eu quero que você me coma. E quero seu outro peito, enquanto isso.”
Meus olhos até congelaram nos dela depois dessa. Ri meio suspirado:
“Que fixação é essa pelos meus peitos, menina?”
“Algum problema?” – ela disse, atrevida.
“Nenhum... Acho...”
“Você negou por tanto tempo essa possibilidade de prazer a você mesma e às outras mulheres com quem se relacionou, que agora que descobriu, tá sem rumo, né?”
“Será que você é virgem mesmo? Nunca vi uma tão pervertidinha desse jeito...”
Ela riu e pegou em minha mão, e me orientou a tirar sua calcinha mínima.
“Descubra por você mesma...”
Gente, quem sequestrou minha namorada e colocou essa putinha gostosa no lugar? Eu tinha grandes expectativas para nossa primeira vez, mas aquilo...
Sem hesitar, puxei a pecinha fina pernas dela abaixo. Meus olhos foram automaticamente para o espaço entre suas coxas, e... Cheguei a duvidar do que estava vendo: não só a região ao redor da vulva dela estava brilhante de líquido, como havia uma pequena poça no lençol.
“Nossa, que molhadinha!” – surpreendi-a, separando de repente seus joelhos e me jogando de cara bem ali.
“Ei, esse não foi o combinado! Ai!...” – ela também não conseguiu se reprimir assim que minha língua a tocou.
Cheiro e gosto de Núria. Eu não precisava pedir mais nada. Só seguir meus instintos e ser feliz. Não havia vaidade, nem vontade de exibir minhas habilidades, como antes, com as outras. Só meu coração, minha alma, e meu pedacinho de paraíso em forma de mulher-menina naquele instante.
Eu queria retribuir a tortura que ela tinha me proporcionado. Cada vez que sentia que ela ia explodir, me afastava e beijava o interior de suas coxas e seu monte-de-vênus. Ela começou a perder a linha:
“Pelo amor de Deus, não tira mais a boca da minha bucet*! Eu não aguento mais!”
“Que feio! Dizendo o nome de Deus em vão no meio da ‘fuleiragem’” – zoei.
“Que se foda!”
E não é que a sacaninha me deu uma chave de perna, rebolou selvagemente na minha boca e gozou, gritando muito mais alto do que eu? Essa até os vizinhos devem ter ouvido...
Ela respirava alto e gemia ainda depois da goz*da. Sorri e fiquei admirando seu rostinho corado e suado, os seios subindo e descendo pela respiração forte, as pernas largadas abertas ainda... Uma cena e tanto!
“Anjinho! Meu anjinho safado!”
Jordana dizia isso enquanto me enchia de beijos molhados e lambidos pelo rosto, pescoço e mamilos. Acho que, como eu, de algum modo secreto, ela adora misturar o sagrado e o profano ao mesmo tempo. Aquela piadinha sobre dizer o nome de Deus em vão só não me fez rir, porque eu tava louca para chegar ao ápice que ela, malandramente, estava adiando.
Olhei bem dentro daqueles olhos lindos cor de madeira dela:
“Se eu sou um anjo, você, definitivamente, é uma Deusa!...”
Beijei-a longamente. A impressão de seus quatro lábios debaixo melados em minha coxa quando ela gozou ainda era forte. Mordiquei mais uma vez sua boca para relembrá-la:
“Você ainda me deve uma coisinha, sabia?”
“É? O quê?”
“Não se faz de sonsa não. Você é linda, mas não vai me engambelar com esse sorriso perfeito. Eu te quero dentro de mim, agora!”
Ela ergueu as sobrancelhas.
“Tem certeza? Você não preferia, sei lá, que eu vestisse um cintaralho, algo assim?”
Minha resposta soou algo pedante, mas não ia mentir sobre meus sentimentos e vontades:
“Não preciso de um objeto fálico, artificial e sem graça pra me invadir. Prefiro a minha namorada, que é muito mais gostosa, habilidosa, macia e quente” – beijei-lhe lambendo cada ponta de seus dedos da mão direita. Em seguida, guiei essa mesma mão, de longos dedos finos e bem feitos, para o meio das minhas pernas.
Com os olhos queimando de desejo, ela se posicionou em cima de mim. Abri bastante as pernas, convidando-a. Agarrei seu seio direito e comecei a degustá-lo, arrancando da minha deusa um ronronado.
Cuidadosamente, ela percorreu meus pequenos lábios, meu clit*ris, antes de circular a entrada de minha vagin*, como que medindo-a. Seu dedo entrou com grande facilidade. Abri muito a boca pra sugar o ar e quase cantei de excitação.
Seu dedão logo se postou sobre meu ponto sensível e começou a manejá-lo.
“Minha deusa! Meu amor!” – balbuciei, fora da realidade.
Depois de um tempo naquela entra e sai maravilhoso, ela acrescentou o segundo dedo. Desta vez, parecia que algo realmente se alargou um pouco na minha entrada. Mordi os lábios e sorri.
Acho que ela estava com medo de me machucar, mas eu a queria demais para ficar de enrolação! Projetei meu quadril com mais força e velocidade contra sua mão, e ela entendeu o recado. Logo, o terceiro, e até mesmo o quarto dedo dela estavam dentro de mim, e ela me estocava sem piedade.
Foi nessa hora que os decibéis da minha voz devem ter chegado em todos os andares, porque me desfiz de qualquer filtro e me deixei levar loucamente:
“Ahhh, me come!!! Me come mais!!! Mulher gostosa do caralh*!!!! Fode minha bucet* com força, sua gostosa!!!! Ai, que delícia você metendo em mim! Me arregaça! ME ARREGAÇAAAAA!!! AHHHH, JORDANAAAAAA!!!!! DELICIOSAAAAAA!!!”
Acho que, para me calar, ela recolocou seu seio na minha boca. Tinha tirado depois de eu me empolgar e morder seu mamilo um pouco forte demais. Ch*pei-o extasiada e enrosquei minhas pernas de novo ao redor dela, fazendo com os quadris uma força contrária ao seu dedão.
O orgasmo veio feito uma lufada de furacão que leva tudo, destrói, abala, tira o senso de direção. E, no meu caso, de novo, tirou a noção de volume da voz, porque gritei absurdamente desta vez.
Já nos meus estertores finais, Jordana me beijou, num esforço desesperado para evitar o que acabou acontecendo pouco depois: o interfone tocou.
Ela me olhou preocupada, mas eu a impedi de sair de dentro de mim, prendendo-a feito um polvo com meus braços e pernas.
“Deixa... Tocar...” – disse-lhe, arquejante.
“Amor...”
Beijei-a, enquanto o barulho irritante do aparelho continuava, e eu nem dava bola. Depois de insistir inutilmente, desistiram, e o interfone voltou a silenciar.
Jordana riu baixinho.
“Caralh*, você vai acabar levando uma multa...”
“Pago com prazer. E com muito prazer, por sinal!...”
“Sua louquinha tarada!”
Ambas rimos, as testas suarentas coladas.
“Amor...”
“Hum?...”
“Vou precisar tirar minha mão, tá ficando dormente...”
“Ah, desculpa...”
Quando Jordana saiu, parecia que um vácuo enorme havia se criado no meu baixo ventre. Estranho e bom ao mesmo tempo.
“Ih, acho que cê não vai gostar de ver isso aqui...”
Abri os olhos e ela me mostrou sua mão manchada de sangue. Em seguida, seus olhos apontaram para o lençol da cama, na direção onde meus quadris estavam. Havia um misto de sangue e secreção vagin*l ali.
Em uma situação normal, eu arrancaria o lençol e o levaria correndo para jogar alvejante efervescente nas manchas e deixar de molho, antes de passar sabão de coco em pedra e esfregar à mão. Mas, naquele instante, aquela visão me encheu de uma sensação incrível, que eu não sabia descrever. Ao reerguer o olhar para Jordana, que tentava não tocar em nada, toda preocupada, eu sorri de orelha a orelha e compreendi: aquela pequena “bagunça” era um sinal materializado de meu amor por ela. Cafona e antiquado pra cacete isso, eu sei, mas o amor é cafona, ridículo mesmo. Eu já havia sofrido demais por tentar racionalizar esse sentimento, e dei com a cara na parede todas as vezes. Então, que se dane! Agora sou brega, com orgulho!
“Eu tô com vontade de guardar este lençol assim mesmo, como uma lembrança de hoje...” – eu disse baixo, para espanto dela, que caiu na risada.
“Vai usar de ‘prova’ contra mim?” – ela brincou.
“Eu diria uma prova a seu favor” – beijei-a.
“Vou lavar a mão, peraí.”
Enquanto ela estava no banheiro, perguntei:
“Tá dolorida?”
“O quê?
“Sua mão.”
“Ah, um pouquinho. Mas valeu muito a pena! Se precisar, eu uso a outra, apesar de não ser tão boa. Mas quem deve tá dolorida mesmo é você, não tá?” – ela voltou sorrindo com uma ponta de orgulho.
Pensei um pouco, observando-a. E pedi:
“Acho que quero que você me coma de outro jeito agora. Isso é, se você não tiver nojo do meu sangue nessa sua bucet* deliciosa...”
Os olhos dela faiscaram.
“Nojo? Da sua gostosura? Só se eu tiver muito louca!” – ela avançou pra cima de mim, apanhando-me com mais um beijo guloso.
Apesar de sensível, eu ainda queria demais ela em mim. Ela se deitou de barriga para cima e, cuidadosamente, me fez me encaixar entre as pernas dela. Assim que nos tocamos, abri meus quatro lábios com os dedos, ela abriu os dela, e deixamos nossos clit*ris se friccionarem em toda sua nudez.
Deus do céu, por que esperei tanto tempo para fazer isso?
Eu rebol*va por cima dela, jogando a cabeça para trás, deliciada, dizendo todas as obscenidades que me subiam à boca, irracionalmente. E, olha, se me perguntarem quantas vezes nós goz*mos nessa posição, desculpa, mas não tenho a menor ideia. Tonta seria se parasse pra contabilizar orgasmos naquele momento de puro deleite...
Só sei que paramos depois de muito cansadas. E que, depois de um cochilo que deve ter durado uns dez minutos, no máximo, nossos estômagos roncaram, quase juntos.
“Nossa, quase onze da noite!” – olhei para o celular. Era meu último dia de férias – “Quero ver como vamos trabalhar amanhã!” – eu ri.
“Cansadas, descabeladas, com esses ch*pões no pescoço, andando de pernas abertas, mas felizes que nem duas vadias que deram a noite toda” – ela tripudiou, e completou, gaiata: – “Mas, pelo menos, não vamos com fome, porque aí é exigir demais desta vagaba aqui.”
“Romântica você... De anjinho agora virei uma vadia, só porque dei pra você?” – zombei.
“Tá bom. Então, me desculpa, minha putinha linda. Esta putona aqui ama você demais, demais, demais, muitão!” – ela me agarrou e beijou meu pescoço, fazendo cócegas. Ri e beijei-a de volta diversas vezes.
Nos levantamos nuas mesmo, dizendo bobagens cada vez maiores para rirmos juntas, enquanto esquentávamos nossos hambúrgueres no micro-ondas.
Fim do capítulo
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thays_
Em: 26/06/2023
Menina do céu, nem sei o que comentar, que capítulo! Adoro essa história da ativona que não resiste, Duda que o diga kkk ri demais com a parte do gemendo mais que dobradiça enferrujada kkkk é mto bonito de ver a confiança que uma tem na outra. Que venham mais capítulos como esse!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 23/06/2023
Eita! Saiu da miséria as duas kkkkk.
Billie Ramone
Em: 24/06/2023
Autora da história
Uma hora tinha que tirar o atraso né kakakakaka :))))))))))))
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Billie Ramone Em: 27/06/2023 Autora da história
Kakakakakaka queeeeeeimaaaaaa quengaral!!!!! :)))))))))))))))
A Jordana até gosta de umas brincadeiras "de passiva", é que ela até então não tinha confiança suficiente pra fazer isso na frente de outra pessoa, a não ser sob efeito de algum "tóchico" :(((
como não pretendo que ela volte a transar cheirada, dopada, qualquer coisa alterada, vai ter mais cenas interessantes nesse sentido, com ela totalmente sóbria, pode apostar ;)))))))