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Tempus Agendi - Tempo de Agir por Solitudine

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Palavras: 9038
Acessos: 11426   |  Postado em: 29/11/2022

VEREDAS

 

 

Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro

 

Elza e Alessandra estavam na rodoviária da cidade aguardando o ônibus que levaria a jovem paulista de volta para São José dos Campos.

 

--Eu simplesmente amei passar esses dez dias com vocês! – Elza comentava animada – Ficar na sua casa, nossos passeios, os dias de praia, a night na cidade... – gesticulava – E o réveillon em Copacabana foi o máximo! – sorria

 

--A gente aprontou, né, amiga? – deu um tapinha no braço da outra – Cê conseguiu até faturar umas cariocas pra se amassar! – comentou gesticulando – Em dez dias fez com a mulherada o que Alana não tem feito num ano inteiro! – riu divertida

 

--Fala baixo, criatura! – ralhou com a amiga mas acabou achando graça – Eu hein? – riu brevemente – Não quero que a rodoviária inteira saiba qual é a minha! – reparava nas pessoas próximas

 

--Relaxa, tá todo mundo desantenado aqui. – respondeu despreocupadamente – Cê deveria ter aproveitado pra esticar essa estadia, né? – olhava para a negra – Daqui a pouco é teu aniversário, aí a gente emendava logo tudo! Nunca veio me visitar, podia ter ficado mais!

 

--Ah, eu até adoraria isso, mas não seria legal da minha parte. Muito tempo pra deixar meu pai sozinho! – balançou a cabeça – Eu só passei a virada aqui porque ele ficou de serviço, mas no meu aniversário sei que não vai estar. – gesticulou – De mais a mais, seu noivo tá voltando de viagem e eu entendo que você precisa de espaço pra curtir com ele, mesmo sendo um comunista! – Alessandra riu do comentário -- E foi a primeira vez na minha vida que passei dez dias na casa de alguém sem que isso fosse pra estudar! – afirmou enfática

 

--Pois é! A virada 98/99 vai entrar pra história! – gesticulou afetada e as duas riram – Como também vai entrar pra história essa tua mudança de visual que eu AMEI! – reparava nos cabelos da outra – Elza afro, com trança raiz completa na cabeça e mais esse jumbo de rabo de cavalo... – admirava – Eu quero ficar igualzinha e meter um jumbão, especialmente agora que mamãe e tia Malu se empolgaram com a tua ideia e decidiram investir num salão black power!

 

Achou graça. – E tenho certeza que elas vão arrasar nesse futuro salão! – sorria – No mais, devo essa mudança de visual a minha musa inspiradora por quem babei por esses quase dois anos e nada... – pensava na professora Ângela – A mulher é casada, mãe, não iria querer nada comigo mesmo... – cruzou as pernas -- Mas ela me ajudou muito na descoberta de mim mesma. Isso não tem preço!

 

--É, tô sabendo... – lembrava da história – Não a conheço mas fiquei fã dessa professora! – cruzou as pernas também – Quando você falava nela, me lembrava até daquela Elzinha do CEFET, que se apaixonava, se entregava, era romântica...

 

--Isso é passado, amiga! – interrompeu a fala da outra – Assim como essa minha paixonite por professora Ângela!

 

Decidiu mudar de assunto. -- E o estágio de férias na Empresa de Aviação, começa quando mesmo? – perguntou curiosa

 

--Taí outra razão que me impediria de esticar a estadia aqui! – respondeu de pronto – Tenho que me apresentar na empresa logo depois de amanhã. – ajeitou-se no assento – E você Alê, não vai estagiar? – perguntou curiosa

 

--Por enquanto não consegui nada, mas vamos ver. – gesticulou -- Nesse período não tenho muita coisa pra puxar, aí sobra mais tempo pra descolar um estágio. – sorriu

 

--Não dá mole com isso! – Elza aconselhou – Você pode e deve arrumar um estágio bem da hora!

 

--Sim senhora! – respondeu sorridente – E já que cê vai se formar um período mais cedo e eu um período mais tarde, acaba que a gente se forma junta, então vamos combinar aqui! – segurou as duas mãos da outra – Eu vou na tua formatura e você vem na minha!

 

--Nem que seja a última coisa que a gente faça! – abraçou a amiga com carinho – Você pra mim é a irmã que eu não tive! – fechou os olhos

 

--E você é a minha irmã CDF! – brincou e as duas riram – Te amo, amiga!

 

--Também te amo! – Elza respondeu com sinceridade – Só não engulo o fato de você querer casar com comunista!

 

Alessandra se desvencilhou do abraço e riu gostosamente. – Eu não aguento com isso! – exclamou divertida

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Tá vendo aí, dona Kedima? – Yara gesticulou revoltada – Esse governo foi péssimo, fez uma privataria danada, arrochou o país e a classe trabalhadora mas conseguiu se reeleger ainda assim! – olhava para a TV de cara feia – Tudo por causa da farsa do plano Real! – fez um bico

 

--O povo comprou essa história, menina. – a idosa olhou para a jovem – Vai demorar pra ficha cair! – levantou-se – Mas não vamos ficar aqui ouvindo esse presidente falando mentira. – pegou o controle e desligou a TV – Aproveitemos que essa casa tá vazia e vamos prosear. – caminhou até a cozinha – Tomando um cafezinho que é melhor! – complementou

 

--Vamos! – levantou-se e seguiu a idosa até a cozinha – Deixa que eu passo o café. – ofereceu – Sobre o que a senhora quer prosear? – perguntou bem humorada enquanto pegava os utensílios domésticos

 

--Falemos primeiro dessa mulherada na sua vida. – puxou uma cadeira e se sentou – Essa camarada Natália e esse resfulengo esporádico de vocês, camarada Jurema e esse clima que tá pintando aí, e eu já notei, -- gesticulava – e agora esse teu choro baixo com Damiana! – prestava atenção na jovem – Aliás essa Damiana mal chegou no abrigo e já te fisgou! – afirmou enfática

 

Yara achou graça dos comentários. – Damiana e eu não temos nada, dona Kedima. Ela só quer saber do Comuna. – colocou o coador no suporte – E ela também me disse que tá numa fase assexuada. – colocou água para esquentar – “Verdadeiro desperdício de aleluia, ô, glória!” – pensava na jovem

 

--Hum. – estranhou o que ouviu

 

--Jurema e eu não temos clima também. – continuava esclarecendo – Ela é hetero e tá de olho num camarada do Partido. – pegou o vidro do pó de café – Já Natália... – suspirou – É o de sempre: a gente fica juntas em algumas poucas épocas do ano e é só. Não tem namoro. – encostou-se na pia e cruzou os braços – Ela nem quer isso.

 

--Humpf! – fez um bico – Não quer namoro mas o resfulengo a bicha quer! – Yara riu do comentário – Você tem que sair disso, menina! – aconselhou – Desde que seu namoro com Gil não deu certo, você nunca mais namorou ninguém! – gesticulou – Só fica nessa pouca vergonha com a camarada e olhe lá!

 

Desencostou-se da pia e colocou o pó de café no coador. – É verdade... – apagou o fogo e pegou a água quente – Mas eu também quero me concentrar em outras coisas por agora. – despejou a água no coador – Tenho que terminar minha monografia pra finalmente me formar e me concentrar no mestrado, cujas disciplinas já tô puxando. – prestava atenção no café – Depois eu penso nisso de namorada.

 

--Essa foi outra confusão na sua vida! – observava a jovem – Você podia ter se formado no ano passado. – cruzou as pernas – Mas preferiu misturar tudo e puxar esses outros trem pra estudar mestrado antes de se formar. – balançou a cabeça contrariada – Doidiça!

 

Achou graça. – Não me formei no ano passado porque não concluí a monografia, dona Kedima. – virou-se de frente para a mulher – E não concluí porque foquei na denúncia ao Tribunal Internacional – explicava – Como a monografia tá vinculada a isso, uma coisa amarra a outra. – olhava para a idosa – E aí, pra aproveitar melhor o tempo, comecei a puxar as disciplinas do mestrado.

 

--É muito enrosco acadêmico pra eu entender! – gesticulou atrapalhada – Mas Deus entende e eu peço a Ele todo dia pra você terminar logo esse trem e o tal Tribunal lhe dar razão!

 

Sorriu. – Agradeço por suas rezas! E pode acreditar que eu também rezo muito por isso. – mirou um ponto no infinito – Quero ver esse genocídio ser reconhecido e denunciado! – falava com decisão – Devo isso à nação Kenko Wiwa e devo isso ao camarada Paulo! – afirmou emocionada

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

--Puta que pariu! – Alexandre arregalou os olhos enquanto lia o jornal – O concurso pra oficial da Aeronáutica não é um concurso é uma tortura chinesa! – estava pasmo

 

--É mesmo! – Marcio concordava com o colega – Porr*, além das provas escritas cobrando simplesmente a matéria toda que a gente aprende na engenharia – lia o jornal ao lado de Alexandre -- ainda tem isso de dados biográficos, inspeção de saúde, prova de condicionamento físico, avaliação psicológica e entrevista! – olhou para Elza – Ferrou, meu!

 

--Ué, gente, vocês esperavam o que? – a negra respondeu como quem diz o óbvio – Achavam que pra se tornar oficial de uma Força Armada era molezinha? – olhava para os dois – Claro que o processo é difícil, mas a gente tem total condição de conseguir passar! – afirmou com segurança

 

--Elza, são só três vagas pra Engenharia Aeronáutica! – Alexandre afirmou enfático

 

--E nós somos quantos mesmo? – sorriu – Três! – respondeu simplesmente

 

Marcio riu gostosamente e se levantou. – Três vagas pro Brasil inteiro, mulher! – balançou a cabeça – Eu não animei. Não garanto que vá me inscrever nisso aí. – coçou a barriga – Além do mais tô super sedentário. É ruim de passar numa prova física!

 

--Também não sei se me animo! – Alexandre comentou ao dobrar o jornal – O concurso é caro e se estende ao longo do ano por causa dessas fases todas. – levantou-se – E a gente ainda vai tá aqui todo envolvido com as matérias pra estudar, projeto final de curso...

 

--Eu não acho que vocês deveriam desistir tão cedo, mas... – levantou-se também – Fazer o que? – pegou seu fichário – Só sei que eu vou me inscrever no concurso! – olhou para os rapazes – E passar, se Deus quiser! – sorriu

 

--Você fala nisso desde que te conheço. – Marcio afirmou – Sempre te ouvi dizendo que seria oficial da Aeronáutica.

 

--É mesmo! – Alexandre concordou – E fala com uma certeza que eu até penso que esse concurso tem só duas vagas. – olhava para Elza – Porque uma já é tua!

 

Achou graça do comentário. – Todas as minhas coisas são planejadas com anos de antecedência! – afirmou convicta – Tenho meus objetivos de vida muito bem traçados na minha mente. – olhava para os dois – Eu serei oficial da Aeronáutica e não há espaço pra dúvidas!

 

Marcio e Alexandre se entreolharam antes de prestar continência à colega, que riu divertida.

 

 

Brasília, Distrito Federal

 

--Os apagões que ocorreram em praticamente todo país ao longo deste mês de março mostraram mais um grande erro estratégico desse governo que aí está! – Yara discursava no carro de som – Além de deixar claro seu descaso com a população, uma vez que especialistas do setor elétrico já alertavam, há pelo menos uns 5 anos, sobre o risco de colapso se nenhum investimento fosse feito na geração e na distribuição de energia! – falava com propriedade – E o que o governo fez? – sorriu sarcástica – Empenhou-se em destruir pouco a pouco empresas importantíssimas como Eletrobraza e Petrobraza, já que não conseguiu privatizá-las diretamente! – acusava – Privatizou empresas subsidiárias do setor elétrico sem consultar a sociedade mas agora quer que a sociedade pague a conta que não fechou, porque as tarifas de energia foram aumentadas absurdamente e ainda se impõe um racionamento que deixa a população às escuras e, inclusive, à mercê do perigo em vias públicas sem iluminação! – denunciava com ênfase – Onde estão os alardeados grandes investimentos na expansão da geração e da transmissão da energia elétrica que as empresas privatizadas fariam? – questionou – Não aconteceram e nem vão acontecer poque quem banca infraestrutura é governo não é setor privado! – gesticulava – É por essas e outras que o Comuna grita: não, não à privatização! – fez sinal para um DJ que a aguardava e começou a cantar – Não, não, não à privatização...

 

--Camarada Omar, por favor! – Jurema se aproximava correndo com dois papéis em uma das mãos – Camarada Yara precisa descer desse carro de som agora mesmo! – olhava para o homem

 

--Ora, mas e por que isso, camarada Jurema? – indignou-se com o pedido – Tem um monte de gente mobilizada aqui e quando ela começa a cantar ainda ajunta mais! – olhava para a jovem – Quem seria louco de tirar ela de lá justo agora?

 

--Tenho dois telegramas bombásticos e ela precisa saber do que tá escrito aqui! – sacudiu os papéis – Ainda é dia e dá tempo dela fazer um monte de coisa ainda hoje!

 

Fez um bico. – Humpf! – continuava não gostando – Quando ela acabar de cantar eu subo e tomo a palavra. – decidiu – Aí você fala com ela, camarada Jurema. – olhava para a moça – “Jovens! Tudo pra eles é urgente!” – pensou contrariado

 

***

 

--Mas o que houve, camarada? – Yara não entendia – Por que essa consumição toda? – olhava para Jurema

 

--Esses dois telegramas chegaram na sede do Comuna hoje cedo e são pra você! – entregou os papéis à colega, que começou a ler – Sorte a sua que eu tava lá separando o material que chegou da gráfica e... – sorriu encabulada – Desculpe aí que eu abri pra ler, mas se não fosse isso... – gesticulava -- Não daria tempo de você pedir a expedição de um passaporte em caráter de emergência. – justificava-se – E tem que ser hoje, viu, fi?

 

De tão nervosa que ficou, Yara nem ouviu o que Jurema disse. – Meu Deus! – olhou abobalhada para ela – O Tribunal! – o coração batia acelerado -- Eles me querem lá no mês que vem pra apresentar minha queixa numa audiência! – comentou o conteúdo de um dos telegramas

 

--Lê o outro! – Jurema pediu ansiosa – Padre Camilo vai contigo, mulher! – antecipou a novidade

 

--O que?? – nervosamente começou a ler a outra folha de papel – Ave Maria, a Comissão Nacional dos Religiosos Católicos do Brasil tá disposta a bancar a ida dele e a minha!

 

--Você não convenceu eles a entregar a denúncia ao Tribunal junto contigo? – lembrou sorridente – Agora eles querem ir até o final!

 

Yara ficou atônita. – Eu vou pra Holanda depor? – não acreditava – Ô, Pai Santo, me segura que eu vou me danar...

 

--Vai se danar coisa nenhuma! – Jurema segurou-a pelo braço – Cê vai agora mesmo atrás de camarada Celeste, porque se os religiosos bancam a viagem, o Comuna há de bancar os gastos com o passaporte de emergência! – puxava a outra para que andasse – Pensa muito não, age! – aconselhou enfática

 

Yara custava a acreditar.

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

--É uma merd*! – Elza entrava revoltada no alojamento – Depois de receber a maravilhosa notícia de que passei na prova da Aeronáutica, ter que aturar um e-mail anônimo falando um monte de putaria com meu nome! Meio campus recebeu aquela porr*! – reclamava sozinha enquanto tirava os sapatos – Vira e mexe é uma merd* dessas, não aguento mais isso! – sentia vontade de chorar – Não, eu tenho que focar na parte boa! – colocou o fichário em cima da cama e foi até o armário pegar suas coisas – Vou tomar um banho e só pensar que fui a única do país inteiro que passei na prova! – lutava para não ceder ao choro – E isso não é pra qualquer uma! – foi para o banheiro – Depois vou ligar pro meu pai e pro tio Goulart pra contar! – decidiu

 

--Cara, tu viu? Elza é muito foda! – Marcio comentava com Alexandre enquanto caminhavam pelo campus – Foi a única que passou no concurso no país inteiro!

 

--Eu não dizia que uma das três vagas era dela? – respondeu de imediato – Mas, fica entre nós, só tô preocupado com uma coisa. – olhou ao redor para ver se alguém os ouvia – Será que essa fama de vadia que ela pegou... e se não deixarem passar na tal da avaliação de dados biográficos? – perguntou preocupado – Ou será que vão usar isso contra ela pra reprovar na entrevista? – conjecturava – Cara, eles pesquisam tudo, a parada é animal!

 

Preocupou-se com o que ouviu. – Será? – Marcio ficou desconfiado – Porr*, se acontece uma merd* dessa... ela morre!

 

Elza saiu do banho e novamente se arrumou. Pegou cartões telefônicos e foi para o orelhão mais próximo para contar a novidade ao pai. “Sargento Machado vai endoidar de alegria!” – pensava buscando mudar o astral – “E depois vai ser tio Goulart a ter um troço!” – sorriu

 

***

 

--Foi muito bom que você tenha voltado pra continuar o trabalho iniciado no Programa de 96. – a psicóloga dizia para a jovem negra – Nossas questões mais tensas e dramas internos requerem tempo pra serem percebidos, compreendidos e trabalhados pra que se transformem em situações minimamente confortáveis. – olhava para ela – Será que você me diria o que a motivou a voltar depois de uma lacuna de dois anos?

 

--Vários motivos... – suspirou – Mas talvez o maior deles seja o incômodo que uma fama de vadia tem me criado por esses dois anos. – confessou – Na verdade, o zumzumzum começou em 96 mesmo, mas era coisa pouca, não dei atenção. – fez um gesto de desprezo – Depois isso foi crescendo, tive um problema com dois brucutus, fomos parar na Reitoria, a história rendeu, – pensava em Marcos e Kleber – mas aí deu um tempo, até porque uma professora se envolveu na treta pra me ajudar e tal... – referia-se à Ângela – Depois voltou de novo, parou, voltou... – franziu o cenho – Essa palhaçada fica uns tempos esquecida, não sei, mas depois volta! – falava com mágoa – É uma merd* que parece que vai me perseguir o tempo que eu permanecer aqui na faculdade, nessa cidade... – pausou brevemente – Acredita que semana passada enviaram um e-mail pra meio campus só pra contar historinha sobre a Elza vadia? Fizeram até montagens de fotos com o corpo de uma mulher e a minha cara! – falava nervosamente – A montagem foi super mal feita e todo mundo viu que não era eu, mas foi uma merd*! – suspirou profundamente – Tá sendo uma merd*!

 

--Você tem sido vítima de uma agressão muito cruel que ataca sua reputação, sua imagem, de uma forma que é difícil combater se você estiver sozinha nesse enfrentamento! Especialmente em uma sociedade machista e racista. – falava com mansidão – Essas maledicências funcionam como penas sopradas ao vento. Você não terá condição de juntá-las e deixá-las presas em algum lugar seguro. – olhava para a jovem – É importante denunciar, se posicionar, mas você não tem condições de fazer isso o tempo inteiro, porque você é uma só. Os caluniadores preconceituosos costumam a ser vários. – pausou brevemente – Nós temos que trabalhar essa situação, seja do ponto de vista psicológico, seja do ponto de vista até mesmo jurídico. – explicava – Esse tipo de coisa viola a dignidade e degrada a saúde mental; por isso, tem que ser entendido como um ato ilícito que pode até ser judicializado!

 

--Então, por favor, me orienta! – pediu agoniada – Eu não sei o que fazer! – confessou humildemente – A pessoa com que eu podia contar pra me ajudar tá fazendo um pós doc no exterior. – falava de Ângela – Me ajuda? – não aguentou e começou a chorar

 

--Isso, desabafa! – segurou uma das mãos da jovem – E tenha certeza de que você não vai ficar sozinha nessa! – sorriu compreensiva – Não vai! – garantiu

 

 

Roterdã, província de Holanda do Sul, Holanda

 

--E terminou agora, em Roterdã, um julgamento ocorrido no Tribunal dos Povos após dois dias intensos de audiências públicas. – a repórter anunciava – A indígena Yara Saraíba, estudante de Ciências Sociais e militante filiada ao Partido Comuna, havia apresentado em dezembro do ano passado uma denúncia de genocídio contra o governo brasileiro, por conta de um massacre ocorrido em 1979 na região do Alalaê Canã, estado do Amazonas. – a mulher explicava a situação – A denúncia teve o apoio da Comissão Nacional dos Religiosos Católicos do Brasil, que entrou como parte interessada no processo e foi representada pelo padre Camilo Roldó. – olhava para as câmeras – De Roterdã, a repórter Renata Calado traz mais informações.

 

Rapidamente a emissora de TV apresentou a correspondente internacional, que aguardava a saída de Yara e Camilo da audiência recém encerrada. – Aqui em Roterdã a movimentação em frente ao Tribunal de Justiça da cidade é surpreendente! – a repórter dizia ao mostrar o entorno – São uma centena de pessoas mobilizadas pela causa indígena, com forte presença brasileira dentre os manifestantes.

 

Elza entrava em seu quarto de alojamento, pois só teria aula novamente a partir das 15h e desejava descansar um pouco. Ao ligar a TV, observou imagens de pessoas segurando faixas e cartazes. – Aquela ali não é a foto do índio que queimaram em Brasília há uns anos atrás? – reconheceu o rosto de Paulo – Que negócio é esse aí? – ficou curiosa

 

–Grupos humanitários e defensores dos direitos humanos de várias partes da América Latina e da Europa também acompanharam esses dois dias de julgamento com interesse e agora comemoram a condenação do Brasil por unanimidade por conta do genocídio de 1979. – a repórter comentava -- Olha lá, gente, a militante Yara Saraíba e o padre Camilo Roldó tão saindo agora! – observou – Vamos tentar conversar um pouquinho com eles. -- buscava se aproximar

 

Elza deu de cara com a imagem de Yara e se surpreendeu. -- E não é aquela maluca?! – observava impressionada – Não acredito! – sentou-se na cama – Que genocídio é esse que tem a ver com ela?

 

--O Brasil foi condenado hoje, pelo Tribunal dos Povos, por conta do genocídio ocorrido em 1979 no Alalaê Canã, estado do Amazonas, no qual centenas de indígenas foram covardemente assassinados, dentre eles, a tribo dos Kenko Wiwa, da qual eu fazia parte e fui a única sobrevivente! – Yara discursava diante das câmeras – O Tribunal entendeu por unanimidade que a responsabilidade do genocídio foi exclusiva do governo daquela época, uma vez que foi o governo quem instalou um programa de nação conscientemente genocida e etnocida contra os povos originários no norte do país! – afirmou emocionada – Nação Kenko Wiwa, família Cayê, Alice Saraíba, Paulo Curimatã, a verdade foi enfim revelada! – derramou uma lágrima sentida

 

Elza estava pasma e muito emocionada. Não tinha palavras.

 

--Eu praticava a obra do Senhor na cidade de Manaus quando recebi Alice Saraíba, uma saudosa ex missionária e aguerrida defensora dos povos indígenas, que chegou em nossa igreja em estado deplorável trazendo nos braços a pequena Yara Cayê, que veio a se chamar Yara Saraíba. – padre Camilo dava entrevista – Eu ouvi o relato dela sobre o genocídio e as ajudei a fugir, pois havia o medo de serem descobertas e perseguidas de alguma forma naqueles anos de chumbo. – olhava para as câmeras – Foram anos vivendo às escondidas, mas agora não há mais o que se temer! A verdade precisa e deve ser revelada!

 

De volta ao Brasil, a repórter âncora encerrava a matéria. -- Anteriormente conhecido como Tribunal Bertrand Russell, o Tribunal dos Povos não tem jurisdição sobre países ou indivíduos, porém, exerce a importante função de alertar à comunidade internacional sobre os crimes cometidos contra a humanidade, além de influenciar sobre a opinião pública a respeito de casos que tramitam nos tribunais de justiça dos países ao redor do mundo.

 

Kedima comemorava a vitória de sua filha pelo coração. – É ditatura... agora eu quero ver negar! – sorria para a TV – Toma, seus papudo! – deu um soco na mesa

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

--Elza Machado. – a psicóloga lia a ficha da paciente – Você esteve aqui no começo de abril depois de dois anos longe, mas se ausentou novamente. – olhou para a jovem – É importante manter a rotina do tratamento pra que ele seja efetivo, querida. -- aconselhou

 

--Eu sei, mas muitas coisas aconteceram. – Elza respondeu calmamente – Foi muita coisa pra estudar, os milhares de exames da inspeção de saúde do concurso da Aeronáutica e mais a prova de condicionamento físico de ontem... Enfim, muita coisa! – gesticulou brevemente – Não deu pra vir antes! – olhava para a mulher – Agora o período tá pra acabar, então fica mais fácil.

 

Balançou a cabeça compreensiva. – Mas e então, querida, como você se sente hoje? Como estão as coisas agora? – perguntou interessada

 

--Agora aquela escrotice do “Elza vadia” – fez aspas com os dedos – deu novamente um tempo. – respondeu de cara feia – E daqui a pouco vêm as férias do meio do ano, então isso também dá uma esfriada nessas baixarias. – cruzou as pernas – Efetivamente me formo agora e período que vem vai me servir só pra correr atrás do boletim, resolver a papelada e outras burocracias; em breve me livro disso pra sempre! – afirmou enfática – Pretendo nunca mais colocar os pés nessa cidade depois que resolver tudo! – falava com mágoa

 

--Entendo esse ressentimento, mas não associe a cidade ou a Universidade ao que aconteceu. – aconselhou mansamente – Em toda parte, são as pessoas que fazem a diferença; pro Bem ou pro Mal. – pausou brevemente – Mas me diga, meu bem, como você fez pra lidar com tudo isso nesse tempo que passou?

 

Gastou uns segundos calada antes de responder. – Dia desses, e isso foi em abril também, eu tava no alojamento e sem querer vi uma reportagem de um julgamento internacional sobre um genocídio que aconteceu em 79. – narrava os fatos – Aí dei de cara com uma mina, uma MC comunista com quem eu discuti numa chopada em São Paulo. – lembrava de Yara – E foi a segunda vez que eu vi aquela mina na TV. – gesticulou – Aí pensei: se ela pode ter voz, espaço de fala e poder de influenciar, por que não eu? – mirou um ponto no infinito – Por que eu preciso passar por humilhações desnecessárias até hoje e ser silenciada? – falava mais para si do que para a outra – Então eu fiz um monte de coisas! – começou a enumerar nos dedos – Infernizei e enchi o saco na Reitoria, na Ouvidoria, conversei com professores, usei a internet pra procurar tudo que foi grupo feminista e de negros de São Paulo, escrevi pra imprensa, conversei com uma advogada, abri um boletim de ocorrência na delegacia e entrei com processo na Justiça Gratuita contra três babacas que sabidamente andaram me perturbando. – ajeitou os cabelos – Sei que vai dar em nada, mas eu quero constranger, silenciar e assustar, igual eles fizeram comigo. – sorriu – Eu quero construir o meu espaço e vai chegar o momento em que o que eu tenho a dizer também será interessante pra muita gente!

 

Surpreendeu-se com o que ouviu. – É uma tática inteligente. – reparava na jovem – Parece que você aproveitou bem o tempo nesses dois meses que passaram. – observou -- E como ficam os seus sentimentos em meio a tudo isso? – insistiu na pergunta – Você ainda não me disse como se sente.

 

--Eu não sinto! – respondeu enfática – Fui tola e dei brechas pra ser atingida por essas coisas, mas isso não vai mais acontecer!

 

Estranhou o que ouviu. – Entendo que deseje que seja assim, querida, mas... – pensava em como dizer – Não é bem desse jeito que funciona. – falava com calma – Por mais que você sufoque e não queira pensar, as dores e sofrimentos ficam ali, escondidos, e voltarão a incomodar invariavelmente. – olhava para a moça – Você não pode anular a sua essência por medo de sofrer! É importante encarar o que nos maltrata para que possamos nos fortalecer e ter mais estrutura pra enfrentar as adversidades da vida!

 

--E é exatamente isso que eu tô buscando fazer, doutora. – a negra respondeu convicta – Me fortalecendo!

 

 

Brasília, Distrito Federal

 

Yara, Maria, João e Jurema encerravam sua reunião mensal com uma oração por todos os indígenas do Brasil. Dedicaram especial atenção ao colega Paulo, assassinado de modo tão brutal.

 

--Acho que... – Jurema começou a falar enquanto secava os olhos com as mãos – De uma forma ou de outra, estamos chegando aonde desejávamos chegar. – fungou – Avançamos em nossos estudos, abraçamos a luta dos povos originários e vimos o sonho de Paulo ser realizado no trabalho que fez com Yara, culminando naquele julgamento histórico! – olhou para os demais – Há muito ainda para ser feito, mas sinto orgulho de nós, que vamos nos formar todos neste mesmo ano de 1999! – sorriu

 

--Também sinto muito orgulho de nós! – João concordava – Essa luta me deu tudo, abaixo de Deus. – segurou a mão de Maria – Inclusive um grande amor! – sorriu para ela

 

--E que Amor não nos falte! – Maria complementou – Tampouco forças para lutar, meu querido! – soprou um beijinho para o namorado – Sei que nossas veredas serão diferentes a partir do ano que vem, -- olhou para Jurema e Yara – mas que o Amor e a luta nos mantenham unidos pra sempre! – desejou emocionada

 

--Acho que todos vocês têm razão, mas não vamos pensar em separação agora! – Yara pediu com medo de perdê-los – Vivamos um dia de cada vez e que sempre nos encontremos na luta! – sorriu para os demais

 

--Sabe que me deu uma súbita vontade de cantar? – Maria comentou – Não sei, mas acho que o momento pede!

 

--Cante, meu bem! – João pediu – Sempre gostamos de ouvir! – as outras concordaram

 

--Ainda vejo seus olhos atrás de mim, -- Maria começava a cantar -- seus tiros ainda me seguem. – fechou os olhos -- Eu não vou cantar mais pra você dormir, minha voz agora tá curando você...

 

A letra da música fazia Yara se lembrar dos gritos e sons misturados que ouviu no dia do genocídio, no Alto Alalaê.

 

“Ainda vejo seus olhos atrás de mim,

Seus tiros ainda me seguem,

Eu não vou cantar mais pra você dormir...”

 

Lembrou-se das tantas cidades aonde morou e da obrigação de ser invisível por auto preservação.

 

“Minha voz agora tá curando você,

Minha voz agora tá curando você,

Minha voz agora tá curando você,

Minha voz agora tá curando você,

Minha voz agora tá curando você...”

 

Lembrou-se de Alice e de sua voz mansa que sempre a acalmava.

 

“Vem manter o espírito intacto sem,

Arara cantando...”

 

Lembrou-se de Paulo. De sua singela declaração de amor.

 

“Vem manter o espírito intacto sem,

Água jorrando...”

 

E de ver o corpo do rapaz reduzido a quase nada.

 

“Vem manter o espírito intacto sem,

Comida chegando...”

 

Pensou em todas as mobilizações que organizou junto a representantes dos povos originários.

 

“Seu maior medo é estar na minha pele,

Seu maior medo é estar na minha pele...”

Kaê Guajajara -- Minha Voz [1]

 

“Ainda há muito pela frente, mas algo me diz e eu acredito...” – Yara pensava – “Estou exatamente onde e como deveria estar!” – olhou para o céu estrelado da capital federal – “E totalmente disposta a cumprir a missão que me cabe!”

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Camarada Celeste! – Yara se aproximava preocupada – Ouvi camarada Omar dizendo que sua candidatura pro próximo mandato da presidência do Partido não será lançada! – desejava ouvir que era um engano

 

--Exatamente isso. – respondeu simplesmente – Já presidi o Partido por muito tempo e é hora de renovação.

 

--Renovação?! – perguntou apreensiva – Ora, camarada, quem nesse Partido tem mais condições de estar a frente de todos nós senão você? – não conseguia aceitar – Ainda mais agora que percebo que o núcleo de São Paulo deseja deslocar o QG do Partido pra lá! – não gostava da ideia – Aqui é bem melhor, porque estamos perto da capital!

 

--Esse desejo eles têm há anos, apenas deixaram mais claro. – olhava para a indígena – Mas eu não vou me candidatar e isso não está sob discussão, camarada Yara! – respondeu com gentil firmeza

 

Deu um suspiro profundo e abaixou a cabeça. – Não consigo entender porque desistiu de presidir o Partido... – lamentou

 

--Já presidi por tempo demais e decidi que era hora de indicar outra pessoa. – cruzou os braços – Aliás, foi muito bom que tivesse chegado mais cedo, porque você tem uma papelada pra preencher.

 

--Papelada?! – levantou a cabeça surpreendida – E por que isso agora?

 

--Porque quando se é candidata a presidência do Partido isso é necessário! – percebeu que Yara levou um susto – Não acreditou que eu indicaria outra pessoa pra me substituir que não fosse você, não é, camarada?

 

A indígena ficou abestalhada. “Ô, glória!” -- pensou

 

 

São Paulo, estado de São Paulo

 

--Elza Machado. – o homem leu o nome da jovem de modo solene – Então a senhora foi a única aprovada no concurso deste ano na carreira de Engenharia Aeronáutica? – olhou para a jovem com firmeza – Suas notas até que foram boas.

 

--Sim senhor. – respondeu disfarçando o nervosismo – Eu me esforcei muito pra isso! -- reparava na banca -- “Meu Deus, que quatro oficiais carrancudos!” – pensou preocupada

 

Elza já havia sido advertida por Goulart que a entrevista é conduzida de modo a avaliar como os candidatos se saem diante de situações difíceis e de pressão psicológica. Buscava preparar-se para o pior.

 

--Seus resultados na inspeção de saúde também foram bons. – outro militar comentou – Assim como na prova de condicionamento físico e na avaliação psicológica. – prestava atenção em todos os movimentos da negra – Parece que se esforçou bastante, realmente. – debruçou-se sobre a mesa – Porém, devo salientar que não gostamos muito do que descobrimos lendo os seus dados biográficos.

 

Sentiu o coração disparar mas se controlou. – Não entendo o que possa desabonar minha conduta, senhor. – parou para pensar – “Não! Não pode ser aquela maldição da Elza vadia!” – não queria acreditar

 

--Aqui diz, -- outro oficial mostrou um relatório – que a senhora não goz* de boa reputação na Universidade onde estuda. – afirmou enfaticamente – Parece que sua conduta tem sido questionada. – estudava as reações da jovem

 

--O que a senhora nos diz sobre isso, Elza Machado? – o último homem que ainda não havia falado se manifestou – Nossa respeitável Força Armada preza por selecionar não só os candidatos de melhor desempenho nas provas mas também aqueles de reputação ilibada!

 

Elza respirou profundamente e pensou na mãe e em Graça. “Não me desamparem nessa hora, por favor! Deus, me dê forças!” – pediu mentalmente -- Eu não me limitei a me inscrever prum concurso. – olhava para cada um dos homens – A maior parte da minha vida foi uma preparação pra estar aqui hoje e realizar o sonho de ser uma oficial da Aeronáutica! – falava com convicção – Os senhores têm todas as minhas informações relevantes! Devem ter visto minhas notas até então e devem saber que eu também nunca reprovei uma disciplina sequer numa Universidade que é conhecida pelo alto nível de exigências! Devem saber que me formarei em quatro anos e meio, ao invés dos cinco normais que a Engenharia requer. – mantinha-se firme e respeitosa – Ocorre que quando se é mulher e negra, nosso lugar é na senzala! Na senzala do preconceito, da sensualidade mucama, do silenciamento! – sorriu – Incomoda, e muito, quando essa mulher negra ousa sair do buraco onde querem que ela fique e eu não caibo em senzala alguma, senhores! – afirmou enfática – A Reitoria e a Ouvidoria da Universidade contam com vários registros de reclamações minhas, corroboradas, inclusive, por professores respeitáveis. Abri um boletim de ocorrência e processo alguns daqueles que sei que atentaram contra minha reputação, porque isso é um crime e eu não me calo diante de criminosos!

 

Os homens ficaram impressionados com a resposta e a reação mas não transpareceram.

 

--Então a senhora nega a veracidade do que acusam contra sua reputação? – mais uma pergunta – Tudo teria sido causado por... – fez um gesto breve – Inveja?

 

--Exatamente! A inveja é a única força que os incompetentes conhecem. – respondeu com segurança

 

--Calúnias ou não, por que deveríamos aprová-la nessa entrevista, senhora Elza Machado? – o homem perguntou à queima roupa – Convença-nos! – ordenou

 

--Os senhores devem ter tomado conhecimento que o Brasil foi condenado por genocídio em um Tribunal Internacional que teceu duras críticas contra o governo militar. – lembrava do episódio de Yara – Esse tipo de coisa faz com que muitos vejam as Forças Armadas com desconfiança e mágoa. – argumentou – É nossa obrigação resgatar diariamente a conexão com os brasileiros e mostrar que somos os defensores da Pátria, da população civil e que nosso papel é valoroso! – olhava para os homens – Eu acredito nisso, acredito que hierarquia e disciplina podem salvar o país da bagunça que se tornou e acredito que posso trabalhar pelo bem da Força Armada com o melhor da minha capacidade!

 

--A senhora fala como se já considerasse uma militar! – um dos homens reparou

 

--Sou militar desde que me entendo por mim, senhor! – respondeu de pronto – Só me falta a formalização de uma realidade! – sorriu

 

Os homens se entreolharam e nada responderam.

 

 

São Carlos, estado de São Paulo

 

--Mas e aí, amiga? Passou, tá dentro ou não? – Alessandra perguntava curiosa –Sabia que esse teu concurso infinito me deixa doida? – reclamou – E eu que pensava que o processo seletivo da SERPOD é que era um saco!

 

Achou graça. – Eu tenho certeza que passei, mas o resultado só vem nesse final de novembro. – explicou à amiga – E vamos as duas comemorar que seremos mulheres recém formadas e já empregadas! – sorriu

 

--Se Deus quiser! – bateu três vezes na mesinha da sala – Você na sua Aeronáutica e eu na empresa que cuida dos dados desse país! – sorriu também – Meu CREA vai sair agora nesse mês também. Quando a SERPOD me cobrar apresentar a papelada vou estar com tudo na mão!

 

Elza e Alessandra conversavam por telefone. A negra usava um orelhão do campus.

 

--Minha documentação já tá toda comigo! Recebi o que faltava hoje. – respondeu de pronto – Vim aqui essa semana só pra isso e pra me desligar formalmente. – explicava – Agora só volto pra formatura, em dezembro.

 

--A gente fez bem em ter proposto aos nossos respectivos colegas pra juntar as turmas de 99-1 e 99-2 numa festa só. – Alessandra comentou animada – Formatura tem que ser em dezembro, que é um mês foda! – gesticulou – E já sabe: dias 10 e 11 de dezembro a senhora esteja aqui no Rio se não quiser ser uma mulher morta! – ameaçou

 

Achou graça novamente. – E a senhora dê seu jeito pra estar aqui em São Carlos nos dias 17 e 18 de dezembro porque senão te prendo! – ameaçou também – Vai ser muito pior que se estivesse morta! – brincou e riu

 

--No dia que eu perder festa, meu bem, manda internar que fiquei doida! – riu também – É ruim!

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

Yara assistia TV com seus colegas de abrigo.

 

--Eu quero que vocês vejam só, que gata! – Ítala dizia a todos – A boyzinha que eu tô namorando foi transferida agora e virou âncora da TV Mundo nas reportagens de rua em São Paulo! – exibia-se – Ela falou que assim que se firmar a gente casa!

 

--Ah, tá! – Sidney afirmou descrente – Ela vai é sumir ou te trocar por outra! – fez um gesto de desprezo – Repórter de TV mundo casada com caixa de mercadinho que vive num abrigo? Pois sim! – falou com desdém

 

--E como que você namorava a garota e a gente nunca viu? – Rosane perguntou desconfiada – Kaô, hein, fi? – fez um bico

 

--Pois é, história mal contada! – Guilhermina também não acreditava – Pra gente conhecer tua namorada tem que ver pela televisão? – olhava para Ítala – E quando a tal morava aqui, a gente não viu por que?

 

Yara só ria.

 

--Vocês são um bandinho de invejosos, sabia? – Ítala argumentou de cara feia – Por isso que eu nunca trouxe Carol aqui, pra vocês não ficarem secando! – gesticulou

 

--A primeira marcha contra o racismo aconteceu no dia 20 de novembro de 1995, que ficou sendo conhecido como o Dia de Zumbi. – o repórter anunciava – Na ocasião, cerca de 50 mil pessoas se reuniram em Brasília, denunciando a ausência de políticas públicas em resgate à dívida nacional para com a população negra.

 

--Todo mundo fica quieto! – Ítala pediu abrindo os braços – Essa é a matéria da Carol! – olhava para a TV – Shh!! – pediu silêncio

 

Yara prestava atenção na reportagem.

 

--De acordo com as estatísticas oficiais a população negra é maioria no Brasil, com cerca de 56% da população se declarando negra ou parda! – Carolina andava lentamente pela Avenida Paulista – Mas os negros ainda são minoria quando o assunto é emprego, renda e escolaridade. – olhava para a câmera – Atualmente os negros representam simplesmente 73% dos desempregados do país!

 

--O que?? Você diz que namora uma gata dessas? – Marleide deu uma risada – Duvideodó! – gesticulou

 

--E eu! – Marcio concordou com a colega

 

--Vocês querem deixar a gente ouvir a matéria, pessoal? – Yara pediu de cara feia – Isso aí é importante!

 

--Invejosos! – Ítala resmungou cruzando os braços

 

--Elza Machado é uma mulher negra de 23 anos. – mostravam-se flashes do dia a dia da jovem em São José dos Campos – Técnica em eletrônica pelo CEFET e recém formada em Engenharia Aeronáutica pela USP, Elza é uma das poucas representantes da população negra a atingir esse nível de formação acadêmica. – a reportagem informava – Jovens negros representam cerca de 72% daqueles que abandonam a escola no Brasil!

 

“Aquela patricinha da chopada!” – Yara reconheceu – “Mas tá diferente!” – pensava ao reparar nos cabelos e no visual da outra – “Ave Maria, tá esbanjando glória com aleluia, misericórdia!”

 

--Eu sofri muito por causa do racismo ao longo da minha vida! – Elza dizia durante a reportagem – Humilhada por causa da minha cor, do meu cabelo afro, dos meus traços fisionômicos... – falava com desenvoltura – Por muito tempo busquei disfarçar tudo isso com maquiagem e alisamento de cabelo, mas depois uma professora me fez ver o erro que estava comentando. – olhava para a câmera – Quem nega a própria identidade não pode ser feliz! A gente precisa sim, lutar pelo nosso espaço, por respeito e pra ter os mesmos direitos que a população branca!

 

Yara surpreendeu-se com o que ouviu.

 

--Elza chegou a ser vítima dos crimes de racismo e calúnia, tendo por isso mesmo registrado um boletim de ocorrência e movido um processo contra os agressores. – outra repórter narrava os fatos – Aprovada em primeiro e único lugar no concurso para oficial da Aeronáutica em sua carreira, Elza pretende continuar seguindo a trajetória de sucesso que a caracterizou até agora!

 

--Ih, tua namorada de mentirinha já saiu da reportagem! – Paula achou graça

 

--Gente, quer deixar eu ouvir? – Yara reclamou de novo

 

--Eu quero muito mais, não vou parar! – Elza afirmou com convicção – Penso em fazer muito pela Aeronáutica, pelo país e quero investir num mestrado, doutorado, aprender vários idiomas... – sorria simpática – O céu é o limite, não é o que dizem?

 

Yara estava impressionada. “Tão inteligente e tão eloquente, só espero que tenha deixado de ser tão ignorante!” – lembrava da discussão que tiveram

 

 

São Carlos, estado de São Paulo / Brasília, Distrito Federal

 

As cerimônias de colação de grau de Elza e Yara aconteciam no mesmo dia, no mesmo horário. As duas jovens mulheres haviam sido eleitas como oradoras de suas respectivas turmas e discursavam diante de muitos.

 

--Como engenheiros que nos tornamos, nossos objetivos são nobres! – Elza falava diante do púlpito – Seremos aqueles que geram e desenvolvem tecnologia no país, através da nossa melhor capacidade intelectual e laboral, e dedicados a transformar o Brasil numa Nação de fato! – olhava para as pessoas – Fazer engenharia é fazer acontecer e nós faremos! Não estivemos estes anos aqui apenas pelo status que um diploma da USP nos proporciona. Nós investimos em aprender a tirar projetos do papel, transformando-os em realizações concretas pelo bem da sociedade brasileira, que já não aguenta esperar por um futuro melhor! – sorriu – Temos que trabalhar e parar de ficar reclamando, porque é com trabalho que se progride!

 

--Nós não investimos estes anos de nossas vidas no estudo universitário apenas em busca de um diploma pra emoldurar e pendurar na parede! – Yara discursava – Temos a obrigação social e moral de devolver ao país, à nossa população, aquilo que dela recebemos através dos recursos públicos que financiaram nossa formação! – olhava para os presentes – Agora nos cabe trabalhar e lutar por um Brasil no qual a riqueza de poucos não se construa sobre a miséria de muitos! – gesticulou – Precisamos urgentemente de um país onde as oportunidades sejam acessíveis para todos e o governo assuma seus compromissos com Educação, Saúde, Infraestrutura e Segurança pública e de qualidade! Chega de privatizar os lucros e socializar os prejuízos!

 

--Esse país carece de disciplina, de organização, de planejamento! – Elza dizia – Precisamos repensar nossos sistemas de gestão e combater urgentemente essa permissividade perniciosa que dá liberdades demais para que todo tipo de corrupção e crimes aconteçam! – pausou brevemente – O raciocínio analítico da Engenharia nos habilita a contribuir em várias áreas de forma assertiva! Não podemos e nem devemos nos furtar de nos manifestar diante dos discursos falaciosos de partidos que fingem fazer política, mas só fazem politicagem!

 

--O Brasil precisa auditar sua Dívida Pública, que já foi paga há muito tempo, e usar seus recursos e divisas em investimentos que contribuam para a melhoria das condições de vida da população! – Yara continuava com seu discurso -- Não adianta uma sociedade injusta e desigual apelar para a máxima do bandido bom é bandido morto quando empurra milhares de jovens para a criminalidade, por falta de oportunidades, ao ponto em que perdoa os crimes do colarinho branco!

 

--A cada um segundo seus próprios méritos! – Elza continuava – O assistencialismo nunca fez e nunca fará bem a ninguém; apenas acostuma as pessoas a não desejarem progredir! – afirmava com convicção – Nós saímos da inércia e chegamos até aqui. Outros também podem se assim desejarem!

 

--Chega de acreditar que o Sistema permite que todos encontrem seu lugar ao sol! – Yara dizia – O Capitalismo é excludente por natureza e funciona de modo a nos fazer acreditar na falácia de que se formos bons o suficiente, se trabalharmos o bastante, chegaremos lá!

 

***

 

--E então, futura primeira tenente Elza Machado? – Alessandra perguntava bem humorada – Ano que vem começa teu Curso de Adaptação de Oficiais e tal, mas e depois? – sorria para a amiga – Aliás, quanto tempo dura esse curso?

 

--Vai de março a julho. E, ao final, eu quero servir no Instituto, que por minha sorte fica em São José dos Campos. – respondeu de pronto – E depois vou trabalhar pra fazer o mestrado lá mesmo no ITA. O doutorado quero que seja no exterior. – contava seus planos – No MIT, especificamente. Só preciso definir a área. – olhava para a outra – E você, o que vai fazer da vida?

 

--Assim que me estabelecer na SERPOD e Jonas tiver sentindo firmeza no escritório, vamos comprar um cantinho pra nós e nos casar. – sorria – Não sei se vou investir nisso de mestrado e doutorado, provavelmente não. – gesticulava – Mas penso em fazer cursos pra estar me atualizando e também uma pós.

 

--Não me conformo com isso de você casar com comunista! – revirou os olhos – Mas, cunhado não se aceita, se engole!

 

--Ô, bobeira, viu? – achou graça – Mas, amiga, olha só, você falou do futuro profissional mas e o lado pessoal, como é que fica? – queria saber – Vai passar a vida pegando mulheres às escondidas?

 

--Eu não penso em compromisso com ninguém, Alê. – respondeu enfática – E tá bom demais assim!

 

--E então, meu amigo? – Goulart perguntava sorridente – Filha formada, bem empregada... – olhava para o outro – Como é que tá esse coração de pai? Eu tô morrendo de orgulho da nossa menina!

 

--Até eu tô orgulhosa! – Fernandão afirmou satisfeita – Imagino o sargento! – esperava a resposta do homem

 

--Meu caríssimo prestimoso, minha caríssima garbosa, -- olhava para os amigos – só o Pai Celestial para mensurar o tamanho da emoção que me abunda n’alma, de cima a baixo e de baixo acima! – estufou o peito – Transborda-me por todos os poros a sensação do dever cumprido na orientação da minha Elzinha, do meu rebentinho, que ora se torna uma menina mulher, exemplo de negritude, forjada no melhor da disciplina militar! – parou para pensar – Oh! – olhou para Fernandão – Garbosa, eis que de hoje em diante teremos que prestar continência à tenente Elza! – viu que a filha se aproximava – Preparai-vos! -- ordenou

 

--Mas já? – estranhou – Ela não começa no ano que vem? – não entendia

 

--Estamos em dezembro e o tempo voa! – Machado afirmou com firmeza – Cabo Fernandão, em continência, um! – prestou continência, no que foi obedecido pela mulher

 

--Machado, eu ainda sou o mais antigo aqui! – Goulart achava graça – À vontade em formatura!

 

***

 

--E então, Yara Saraíba? – Natália perguntava bem humorada – Ano que vem você já defende o mestrado, mas e depois? – sorria para a indígena – Sei que você não é muito de fazer planos pro futuro, mas a nova presidenta do Partido Comuna tem que pensar um pouco a longo prazo, não?

 

Achou graça. – Eu tenho vontade de ser professora universitária. Se abrir alguma vaga pra concurso, vou correr atrás. – sorria – Aí, mais tarde, faço um doutorado, um pós doc... Mas vamos cuidar de uma coisa de cada vez.

 

--E o coração, como é que fica? – cruzou os braços – Não pensa em comprar um cantinho seu pra depois casar, ter uns filhinhos?

 

--Ah, eu... – ficou sem graça – Eu não pretendo sair do abrigo. Quero ficar lá ajudando a dona Kedima no trabalho de acolhimento dela. – passou a mão nos cabelos – Se encontrar alguma companheira disposta a viver isso comigo... – abaixou a cabeça brevemente – Você não quis, né?

 

--Own, não fala assim, amorzinho! – apertou as duas bochechas da outra – A gente mora muito longe uma da outra, eu amo Salvador e você ama Goiás! –gesticulou – Também me aquietei com uma namorada que vive lá, né? – ajeitou os cabelos – O amor vai bater na sua porta e chegar pra ficar, tenho certeza!

 

--O que tiver de ser, será! – Yara respondeu simplesmente

 

--E então, dona Kedima? – Celeste perguntou sorridente – Orgulhosa da sua menina?

 

--Muito! Yara sempre me deu muito orgulho! – olhou na direção da indígena – Agora só desejo que ela encontre uma boa moça, se aquiete com ela e pare com isso de viver dando tiro em curnichas aleatórias! – afirmou enfática – Tem muita curnicha perigosa por aí fazendo miséria!

 

--Como é?? – Celeste riu gostosamente – “Quero nem me atrever a entender isso!” – pensou divertida

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Gentem, a caipira produziu horrores liberou CAPS novos e eu vou infernizar a vida dela e postar logo huahuahuahuahua. Vocês aí tratem de comentar muito! Coments, coments!!

Samira postando, lógico! huahuahuahua

 

Música:

 

[1] Minha Voz. Intérprete e Compositora: Kaê Guajajara. In: Kwarahy Tazyr. Intérprete: Kaê Guajajara. Azuruhu. 2021. Faixa 8 (2min29)

 


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Comentários para 13 - VEREDAS:
Minh@linda!
Minh@linda!

Em: 27/01/2025

Há uma tensão neste capítulo! Aquele friozinho na barriga que se sente, quando marca um encontro com alguém a muito esperado. Como se uma refletisse a outra, mas com um reflexo, ainda, distorcido e embasado.

A dureza de Elza x A leveza de Yara

Uma é Rocha e a outra é Água 

Como vai ser isso, em?!

Dona Kedima terá que tirar seus conselhos da manga!

Yara terá que acumular corações carinhosos, além de muitas glórias e aleluias!

Fiquei arrepiada com a versão Elza militar e empoderada.

Entendo o "eu não sinto", mas não o "A cada um segundo seus próprios méritos."

Me pergunto se isso não a levará a negação da sua sexualidade, já, que parece, que ela caminhará pelo conservadorismo.

Mas apesar de tanto "Eita e Vixe" ficou claro que ela segue os passos de Yara! Que há uma admiração, mútua, entre elas. 

Veredas guiadas pela justiça, mas em águas nada tranquilas.

 

PS: Yara com filho e família!?  Meu lado florzinha está torcendo por isso.

 


Solitudine

Solitudine Em: 28/01/2025 Autora da história
Olá querida,

Muitas questões que não posso responder para não estragar as surpresas e descobertas. Ainda temos muito pela frente. As meninas estão saindo da década de 90 agora.
Quer continuar aqui comigo para encontrar suas respostas? ;P

Lado florzinha? Gostei disso aí!

Beijos,
Sol



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 29/01/2025
Eu faço perguntas pra te perturbar! Ver se tu dá spoiler kkk
Mas não vai rolar, né?!



Solitudine

Solitudine Em: 29/01/2025 Autora da história
Eu quero você interessada, garota. Se eu ficar adiantando os trem, você também descerá dele antes.

Não, não, não... a caipira quer você bonitinha lendo cheia de vontade para saber o que vem depois. rs

Beijos,
Sol



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 30/01/2025
Fiquei com medo, agora kkkk
Tu brava deve ser um trê lê lê, que só!!
Kkkkkk



Solitudine

Solitudine Em: 30/01/2025 Autora da história
Medo?? Uai?? Mas por que? Ela não acredita na caipira... Ô baianinha desconfiada, sô! rs


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PaudaFome
PaudaFome

Em: 29/06/2024

E que as veredas se encontrem de novo porque estou amando tudo!!!


Solitudine

Solitudine Em: 10/07/2024 Autora da história
Olá querida,

Elas irão. Você verá.

Beijos,
Sol


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Ontracksea
Ontracksea

Em: 16/01/2024

Cada capítulo é mais rico que o outro! Adorei a introspecção psicológica, o veredito do Tribunal, Elza lacrando na entrevista da Aeronáutica e depois Yara tendo a chance de ver ela na TV! O dueto das formaturas, pontos de vista tão diferentes... e a música?  Mais um trilha sonora de impacto!


Vou ler todos os seus textos depois desse. Virei fã!


Solitudine

Solitudine Em: 16/01/2024 Autora da história
Fico feliz que você tenha "virada fã", mas prefiro que se sinta uma amiga. rs

Obrigada por esta recepção tão calorosa! Não suma e me deixe saber o que está achando!

Beijos,
Sol


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Femines666
Femines666

Em: 31/03/2023

Achei esse capítulo delicioso! Uma influenciando a outra sem saber, Elza arrebentando na entrevista e Yara na Holanda! Adorei as formaturas se mesclando e as nítidas diferenças entre elas!

Mas cá pra nós, acho que você quis mostrar que mesmo no que é tão diferente havia nítidas semelhanças!


Solitudine

Solitudine Em: 31/03/2023 Autora da história
Olá querida!
Adoro quando vocês matam as charadas!
Exatamente!!!
Beijos,
Sol


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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

Boa tarde, 

Uhum estou vendo uma admiração recíproca começando a surgir no meio de tantas glórias e aleluias? Hit, hit,hit, amei! Shippando essas duas cada vez mais!

BBS

Jo Abreu {}


Resposta do autor:

E tome de repetidos! rs

Beijos,

Sol

Responder

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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

Boa tarde, 

Uhum estou vendo uma admiração recíproca começando a surgir no meio de tantas glórias e aleluias? Hit, hit,hit, amei! Shippando essas duas cada vez mais!

BBS

Jo Abreu {}


Resposta do autor:

kkkk Sim, você está vendo!

Continue na torcida!

Obrigada querida!!

Beijos,

Sol

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 04/12/2022

Oie, de novo!!! Esqueci

https://www.youtube.com/watch?v=JBSt1PcMDCU com letra

Esse que é mais bonitinho, ao vivo! 1986

https://www.youtube.com/watch?v=AXNG1yLPujA

 


Resposta do autor:

Obrigadaaaa!!! 

Beijos musicados,

Sol

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 04/12/2022

Oiê,Sadikii, Solvisky!!!! 

Nao sei como ficou, minha cabeca tá super embolada…rs.Texto ficou tb....

Teve muito empoderamento nesse capítulo!!

 vixi, só glória aleluia…essa muler, n bate bem!!!kkkkkkk. Ainda deixa a gente com isso na cabeca agora….vai vendo!!

 Elza chegou empoderada, amei o cabelo!! Super afro estiloso!!!

 Vimos muitas mudancas em Elza nesse capítulo. No comeco do capítulo vemos uma situacao na faculdade, sobre como ela se comportava em relacao aos casos amorosos dela. Sabemos que com essa cultura do machismo, o homem pode tudo e nao será diminuindo, nada de  adjetivos vulgares, como acontece com as mulheres. Ao contrario, é o fodao! Sendo mulher leva ma fama e as pessoas utilizam essas frases como justificativa e nao se mobilizam. Só reclamam, mas reclamar nao reforma ninguém, nao traz solucoes construtivas, só acumula dor.

Elza tava aí, reclamava sobre o que faziam com ela, seja por ser mulher, por ser negra, por ficar com muitas garotas, mas ela nunca soube o que fazer, nem sequer desde uma base emocional e nem tinha como lutar contra essa agressão, ela deixava  passar pensando que com o tempo melhoraria ou se n dou importância, vai ficar TD bem !! Ela sempre achou que o problema era o lugar também!! Mas sempre é uma sombra se vc n fizer nada pra mudar! Vai te seguir!! E se começa por um tendo consciência. Muitos de nós ainda deixamos  que nos silenciem en muitas questoes e não necessitamos isso, como Elza TB não!!

 Elza comecou a ver como às coisas funcionam e ver Yara de novo, lhe deu um novo olhar para as lutas sociais!!! Ela via Yara como uma comunista vaga, mas não,Yara lutava por seus direitos e de outros. Elza sempre necessita alguém que lhe abra os olhos. Vive muito dentro do seu casulo e sentimentalmente continua aí….

Ela fez um avanço por fora incrível,mas por dentro, esconde o que sente: Dores, medos da rejeicao, raiva,sim, muita raiva, mas sabemos que isso só piora ou nos deixa no mesmo lugar, mas nos ver no espelho n é fácil, porém a única solução pra enfrentar nossos inimigos e o mais poderoso somos nós mesmos! Se damos MT poder ao outro TB nos destrói sem uma base sólida!! Então, fortalecer , não é endurecer como ela acredita ainda…

Gostei do que ela falou na entrevista do concurso que passou, se empolgou no empoderamento, tendo claro o que quería fazer para a mudanca acontecer ou seu papel nessa mudanca

Muito bom, vimos que buscou mais para saber como lutar!!!

Elza abalando em tudo nesse capítulo,, até chamou atenção de Yara de novo.... ignorante, não, mas arrogante...quem sabe!!!!

 Eu gosto dessa parte da Elza: determinada, centrada, com objetivos bem marcados, algo maravilhoso nela, não deixa que nada intervenha!!! Muito focada!! Até MIT ela já tava pensando...rs. Só tem um problema, ela fica muito na vida academia, focando no seu crescimento, exito e esquece o exito pessoal, seu crescimento como humano! É importante os dois....um

equilibrio…

 Yara, ao contrário, vai deixando fluir, mas relaxada....”pra onde o partido me levar eu vou!!” Porque ela cresceu sem saber onde seria sua próxima casa…nao tinha nem como pensar no que poderia fazer, ser. A única estrutura, ordem e disciplina em sua vida estavam na religiao!! Depois disso, ficou perdida, se encontrou no partido e isso meio que deu um norte para onde ir. Já Elza, criada por militares, super estruturada, metódica, já nao tinha certas preocupacoes que Yara tinha, claro, o racismo sempre um grande muro, mas ela se permitiu sonhar, tracar planos, focar nos seus objetivos, isso sempre como exemplo do tio, pai e Fernandao!! Duas mulheres completamente de mundos diferentes e vou gostar de ver elas se encontrando de novo…

 Yara conseguiu finalmente uma audiência na Holanda e teve o que tanto queria!!! Venceu mais uma luta!!Eu fiquei muito feliz!!!!

 Muito emocionante o relato dela!! Pena que vc n pode se aprofundar nesse tema, mas já é ótimo você ter abordado, pois quem quiser saber mais sobre o que passou ou continua passando, é só buscar!!! Parabéns!!!

Prarabéns pra nova presidente do partido!!!

 Veredas… bem, se lutamos pelo mesmo, estaremos na mesma vereda n importa a distância!!! Assim que vemos as duas chegando…..

 Yara passou por muitos caminhos, mas verdade, sempre vamos para onde devemos estar, inclusive quando fugimos, paramos no devido lugar!!

 Elza e Yara,duas mulheres empoderadas, em mundos diferentes, vivendo em ciudades diferentes, mas agora lutando pela mesmas causas sociais!!!Ebaaaa!!! Afinal, tudo se víncula….Amandooooo!!!!!

 Esse machado me deixa com câimbra na minha orofaringe kkkkkk. Ce já ficou com o músculo da garganta contraturado??Tipo, trava, e quando engole dói, tem q fazer massagem com os dedos pra melorar. Eu fico sempre, as veces rindo….

 Kedima né matou com ",dando tiro em curnichas aleatórias” kkk.

 Fica na sua Celeste ...melhor nem saber!!! Dps isso pega na cabeça e vc tem q parar pra n falar alto e passar vergonha kkkkkkkkk

Espero no próximo caps voltar ao esquema do escrevo sem separar rs...vamos ver!!! Depende de como anda a cabeca..kkkkkk. Sempre louca, uns dias menos, outros mais..porém, always confuso!!! rs

Boa noite e que seu domingo seja lindo!!!

Logo lerei o próximo!!! Vou esperar seu comentário!!!!

Beijos caipirescos

 

 


Resposta do autor:

Olá queridíssima Lailíssima Doríssima Principíssima Dahabíssima!!!

As glórias e aleluias de Yara fixaram na sua cabeça? Ih, agora já era! Pegou uma caipirice! kkk

Eu simplesmente achei a sua análise sobre Elza e Yara perfeita!!!! E fico feliz que tenha percebido o que desejei mostrar. Acho que se eu tivesse escrito explicitamente não ficaria tão bem percebido. Realmente adorei! Nota dez para Lailíssima!

Adorei a frase: "sempre vamos para onde devemos estar, inclusive quando fugimos, paramos no devido lugar!!"

Que câimbra! Eu só conhecia aquela na gengiva! kkkk Que bom que Machado e Kedima te fazem exercitar uma musculatura diferente! kk

Por que a recomendação para Celeste? Falaste algo alto e passaste vergonha? rs

Teve nada confuso aqui, pelo contrário. Fique tranquila.

Beijos caipirescos, 

Sol

 

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Samirao
Samirao

Em: 03/12/2022

Engraçado que a pessoa não gostou mas leu tanto né? Só não apaguei essa merda porque habibem ia ficar chateada comigo! 


Resposta do autor:

kkkkkkkkkkkkk Relaxa, habibi. Relaxa!!! E eu não apaguei. Só o faria se o palavreado fosse muito punk.

Vida que segue.

Beijos,

Sol

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Ugly
Ugly

Em: 03/12/2022

Me recomendaram você. Li um pouco de cada do que você escreveu. Não gostei. De nada.  Dessa aqui especialmente. Você não serve pra isso. Caia fora!


Resposta do autor:

Olá,

Em primeiro lugar fico feliz que alguém me recomendou a ponto de te convencer a vir. E que bom que você leu tanto a ponto de chegar até aqui e descobrir que não gostou. rs

Isso faz parte. Não espero ser uma unanimidade. Você tem seu direito de não gostar.

Quanto ao "não servir", essa é uma avaliação individual. Há quem concorde com você, há quem discorde mas a decisão de ficar ou não é minha. E eu fico, pelo tempo que desejar e Deus me permitir continuar.

Tudo de bom.

Sol

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Seyyed
Seyyed

Em: 02/12/2022

Aí Samirão posta o capítulo novo guria! Tu tem mais de um manda bala! Não diga que tu espera que Sadikii é Kasvattaja comentem primeiro? Nãooooooooo hahaha 


Resposta do autor:

Uai?? kkkkk 

Samira, que conversa é essa??

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Vanderly
Vanderly

Em: 02/12/2022

Olá, eu aqui outra vez!

Sol, que maravilha! As meninas finalmente estão formadas!

Olha a Yara recebendo a admiração da Elza e a Yara reconhecendo a mesma e a admirando também!  Não vejo a hora dessas duas se encontrarem!

Vai ser muitas glórias por cima de aleluias que a Yara não vai querer outra coisa. E a Elza então! Oh glória! Risos!

Eu me divirto com essas duas. Kkkkk

As orações de dona Kedima serão ouvidas.

Volta logo!

Abraço!

Vanderly


Resposta do autor:

Boa noite,

Como vai querida?

Fico feliz que esteja lendo, gostando e se divertindo. E também que ainda tenha o carinho de vir me dizer.

Voltei! Agora falta Samira postar os capítulos novos.

Eu faço assim: escrevo, posto e apago. Ou então escrevo, entrego para Samira postar e apago. Tenho nenhum dos contos que escrevi salvos comigo. Então, como dessa vez entreguei tudo para ela, estou "zerada". rs

Esclarecendo, esse "tudo" são dois capítulos.

Beijos,

Sol

Responder

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Lea
Lea

Em: 30/11/2022

Não tenho nem palavras,para falar o quanto amei esse capítulo! As meninas defendendo seus direitos,lutando por serem ouvidas,formadas, aí o coração não aguenta !

 


Resposta do autor:

Olá querida!

Fico feliz que tenha gostado tanto!!!

Não suma! Volte sempre para dar um "oi" a esta caipira. Qual caipira não gosta de um bom proseado? rs

Beijos,

Sol

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Dandara091
Dandara091

Em: 30/11/2022

Alô autora, 

Como disseram aí 

#caipiramerepresenta

#elza&yara  quero ver!!!


Resposta do autor:

Olá querida!

Que bom que também te represento. Honrada!

Quer ver Elza e Yara? Mas será que tem sentido? rs

Beijos,

Sol

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Mille
Mille

Em: 30/11/2022

Olá Sol 

Dona Kedima não deixa a curnicha em paz kkkkk 

Elsa alçando novo desafio e que bom que conseguiu entrar mesmo com a perseguição dos outros.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille!

Tudo bem?

Dona Kedima se preocupa com os sentimentos, a saúde e a integridade de sua filha pelo coração. Daí, o que a curnicha apronta, ela fica de olho!! kkkk

Elza é muito determinada. Ela não se deixaria anular de forma alguma diante de seu sonho.

Beijos e obrigada por sempre vir me "ver"!

Sol

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Irina
Irina

Em: 30/11/2022

Kotinha querida!

Este conto está sempre a surpreender! Maravilhoso capítulo!

Desta vez comento apenas Elza posto foi quem mais esteve a mexer com meus sentimentos. Decerto que a raiz da maledicência fora aquela moça cujo coração nossa Elza esteve a magoar, porém também é mui certo afirmar que o fato do alvo da calúnia ter sido uma jovem negra de desempenho acadêmico de destaque fizera toda diferença. Mais vez, Elza vivenciara o drama do eu versus todos; ninguém a seu lado para acolher ou proteger. E ela não poderia contar com Gracinha ou Goulart, ambos longe por razões distintas; em Machado nossa Elza não confia em uma hora como esta. 

Surpreendi-me no entanto com a "virada de mesa", expressão que aprendi acá. Inspirada em ninguém menos que Yara, Elza buscou ter uma voz e eis que começa a falar. Falar de fato, pois?

As formaturas com os discursos a buscar atingir os mesmos objetivos porém através de vieses distintos! Genial, Kotinha! Genial!

Tu me representas!

Com estima,

Irina


Resposta do autor:

Saiu repetido.

Agradeço por ter tentado mais de uma vez me deixar suas impressões!

Beijos,

Sol

Responder

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Irina
Irina

Em: 30/11/2022

Kotinha querida!

Este conto está sempre a surpreender! Maravilhoso capítulo!

Desta vez comento apenas Elza posto foi quem mais esteve a mexer com meus sentimentos. Decerto que a raiz da maledicência fora aquela moça cujo coração nossa Elza esteve a magoar, porém também é mui certo afirmar que o fato do alvo da calúnia ter sido uma jovem negra de desempenho acadêmico de destaque fizera toda diferença. Mais vez, Elza vivenciara o drama do eu versus todos; ninguém a seu lado para acolher ou proteger. E ela não poderia contar com Gracinha ou Goulart, ambos longe por razões distintas; em Machado nossa Elza não confia em uma hora como esta. 

Surpreendi-me no entanto com a "virada de mesa", expressão que aprendi acá. Inspirada em ninguém menos que Yara, Elza buscou ter uma voz e eis que começa a falar. Falar de fato, pois?

As formaturas com os discursos a buscar atingir os mesmos objetivos porém através de vieses distintos! Genial, Kotinha! Genial!

Tu me representas!

Com estima,

Irina


Resposta do autor:

Olá querida!

Fico muito feliz que você esteja gostando tanto e se identificando.

Concordo plenamento com sua leitura sobre a situação chata que Elza passou na faculdade. Para além de chata, uma situação que se caracteriza criminosa.

Gostou do poder da inspiração que Yara teve sobre Elza mesmo sem perceber? As coisas vão se interligando...

Obrigada!

Que honra por representá-la!

Beijos,

Sol

Responder

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Seyyed
Seyyed

Em: 30/11/2022

Cararra caipi (olha a intimidade hehe) cada capítulo tá ficando mais foda que o outro! Me fala se eu tô entendendo certo mas tu quer mostrar que tem canalha e gente boa na esquerda e na direita? Tu quer mostrar como que a vida acaba empurrando prum lado ou pro outro? Tu quer mostrar que é grande quebra cabeça e tá apresentando Elza e Yara sem juízo de valor? Se é isso, tu é phoda. Todo mundo já sabia disso né? Hahaha Tô achando que o próximo capítulo vai detonar o banhado!!!!


Resposta do autor:

kkkkkk Fico feliz que esteja sempre tão empolgada e bem humorada em relação ao que escrevo. Como você está? Espero que bem!

Você acertou em todas as suas deduções. Quanto ao elogio que me fez, só tenho a agradecer, como sempre!

Tomara que detone! kkkk Embora eu não tenha muita noção do que isso signifique!

Beijos,

Sol

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 30/11/2022

Elas estão vencendo cada uma com suas batalhas.


Resposta do autor:

Que nós vençamos as nossas também!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 30/11/2022

Elas estão vencendo cada uma com suas batalhas.


Resposta do autor:

Olá querida!

Exatamente! E que venham novas batalhas!

Beijos,

Sol

Responder

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Samirao
Samirao

Em: 29/11/2022

Amoreee amei de vc ter me passado os CAPS que eu vou postando conforme a mulherada for comentando e vai rolar uma chantagem huahuahua Também amei esse CAPS mostrando que Yarinha será a líder de esquerda e Elzinha a líder conservadora talvez até da ultra direita será? Tô entendendo o que vc quer e amando!!

Elza arrebentou na entrevista e deu raiva o que ela passou. Ana Maria fez um trabalho bem feito de calúnia e pior que ninguém percebeu que foi ela.  Convívio comigo te fez entender de Direito né? Seus contos arrasam surgiu até com Bertrand Russell. Por isso que sempre disse que vc não fez Direito mas faz muuuuuuuito direito huahuahua 

Tô escrevendo assim só porque não comentei o outro tá?

Mas conta pra mim habibem o que seria um desperdício de aleluia?? Huahuahua  e como se esbanja glória com aleluia? Eu faço isso amore??? Huahuahua bjusss


Resposta do autor:

Olá querida!

Como assim vai rolar uma chantagem? Você só vai postar o capítulo novo depois de um número de comentários? Se é assim, poste porque há muitos comentários. Não deixe as meninas zangadas comigo, por favor.

Qual será o papel destas duas jovens mulheres no espectro político do país? Veremos! rs Você deve estar entendendo mesmo, então se gosta, que ótimo!!

A calúnia de Ana Maria vingou porque já havia rumores sobre essa história de Elza ser bissexual. E com certeza o fato dela ser uma aluna que se destaca, negra, decidida, incomoda muito e faz com que a inveja e o racismo se unam para denegri-la.

kkkkkk Sem comentários sobre essa parte do Direito/direito.

No dia que eu te perceber desperdiçando aleluia vou te advertir. E sim, com certeza você esbanja, e muito, glória com aleluia e tudo que se possa pensar de bom!

Beijos,

Sol

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