Cinquenta
O silêncio seria total, não fossem os habituais ruídos que diariamente preenchiam os cômodos do espaçoso apartamento: a bomba de ar dos aquários, o tic-tac do grande relógio cuco, a água da fonte artificial batendo nas pedras e o murmurinho de conversas esparsas vindas de algum lugar ali perto, eventualmente com alguma risada se destacando e se fazendo ouvir.
Na sala principal, uma caixinha de som tocava, bem baixinho, as notas de uma música de Angus & Julia Stone (“Love song”), e alguém ao fundo cantarolava junto com os irmãos cantores. O confortável sofá azul estava vazio, com algumas almofadas meio em desalinho em cima do encosto, abrigando um boneco do Homem Aranha, e as cortinas de renda estavam bem abertas, permitindo que a luz exterior entrasse. Os vidros das janelas, que proporcionavam uma das mais belas paisagens daquela parte nobre do Rio de Janeiro, transpareciam agora os raios de sol, que entravam desimpedidos no aposento, iluminando tudo, tocando cada canto da casa.
Todo o apartamento estaria meticulosamente arrumado, como sempre estivera, não fossem os dois carrinhos de bebê e algumas bolsas que bloqueavam parte da porta da cozinha. Fazia cerca de dois anos que aquela conversa com Cícera havia chacoalhado o mundo das duas Bias – e desde então aquele lugar tinha mudado. A casa de Beatriz e Fernanda ganhou vida! Novas vidas!
As irmãs demonstravam superação com relação àquele episódio, que eventualmente até voltava às conversas, apenas porque tinha sido o começo do relacionamento – entre elas e os demais membros daquela família, incluindo Cícera, que não demorou a largar o emprego; assumiu seu devido e merecido posto de avó e bisa. Desde o casamento de Beatriz, tinha também virado a melhor amiga de Nívea, mãe de Fernanda, que agora se dizia friendly e ficava contentíssima quando encontrava os amigos LGBTQIA+ da filha.
Beatriz foi convidada por Bianca para ser madrinha de Laura, que não demorou a nascer, e Teresa batizou Lucas, o caçula, que nasceu no ano seguinte. Fernanda brincava dizendo que era a “padrinha” dos bebês de Bianca, e sempre partia dela a iniciativa de levar Joaquim para passar o fim de semana com ela e Beatriz.
O casal ainda trabalhava junto na clínica, mas Fernanda assumia cada vez mais os atendimentos, pois Beatriz vinha se ocupando nos últimos meses a outras atividades (como uma nova especialização em psiquiatria infantil e trabalhos voluntários que desenvolvia na casa de Cícera).
Apesar de seu perfil acadêmico, vinha aprendendo com a avó algumas artimanhas da natureza – incluindo a humana. A relação entre as duas teve um enorme salto (em questão de qualidade e amor), e a convivência entre ambas se intensificava a cada encontro. Graças a tudo isso, o armário de chá da clínica também se renovou.
- Bia? Anda, mulher! – Bianca chama, do pé da escada, um pouco impaciente. Mesmo com os braços vazios, se chacoalhava de levinho, como se ninasse algum bebê.
- Eu disse que demoraria para me arrumar – Beatriz resmunga, descendo os degraus, apressada. Olhou para Bianca, que já estava arrumada, bem vestida e maquiada, como ela, e mudou o tom da voz, quando sorriu – Você está linda!
- Você também – Bianca responde, igualmente gentil. Seus olhos deslizaram para os pés descalços da irmã, e olhou para o relógio do pulso, disfarçadamente.
- A gente podia ter feito como eu propus, de você se arrumar antes – Beatriz resmunga, sentando no sofá para se calçar. Não gostava de fazer nada na pressa, especialmente se produzir para um evento importante – Eu disse que ficava com as crianças, numa boa. Mas não... quis enrolar tudo para ficar agora me acelerando.
- Você parece a noiva... – Bianca sussurra, em um suspiro, de maneira zombeteira. A cutucava às vezes só por esporte; apenas pela provocação mesmo.
- O quê? Bia! – Beatriz reclama, fingindo estar zangada. Em contraste com a voz, havia um sorriso em seu rosto – Alguém já te disse que você é encantadoramente chata?
- Oh, sim. Todos os dias, mas não com essas palavras.
As duas sorriem e trocam um rápido abraço, despretensioso. Bianca estava ainda mais feliz naquela manhã: além dos compromissos importantes que ocupariam praticamente todo o seu dia, e que mudariam sua vida, enfim, acabara de ganhar de Fernanda o presente mais maravilhoso que alguém já tinha lhe dado: uma estátua esculpida em madeira, de uma mulher grávida puxando pela mão um menino de pés descalços.
Era uma belíssima obra de arte, carregada de uma riqueza de detalhes, e ela ficou ainda mais envaidecida quando soube que Beatriz era a artista responsável por aquela estátua. Fernanda parecia tão satisfeita em presenteá-la com a peça possivelmente por isso. Adorava o lado artístico de sua mulher, desde quando apenas namoravam. Aquela estátua, inclusive, teve sua admiração à primeira vista (e ela até duvidava que um dia a daria para alguém!).
Ao presentear a cunhada com a peça esculpida por Beatriz, Fernanda contou que na época em que ficou pronta, e disponível para venda, Cícera havia a incentivado a comprá-la, especialmente quando ela revelou que tinha gostado tanto (parecia mais apegada que a artista). Cícera tinha garantido que ela jamais se arrependeria por adquiri-la e, segundo Fernanda, a maneira como falou a convenceu. Na ocasião, disse que a estátua um dia seria um presente especial para quem, na verdade, tinha sido a inspiração oculta de Beatriz.
Fernanda revelou não ter ligado para o comentário na época, porque até então entendia só metade das coisas que Cícera dizia, o que fez todos rirem. Inclusive Cícera, que não disse como poderia saber daquilo. Mas sabia. Claro que sabia!
Fernanda não sabia explicar nem para si mesma, mas praticamente desde o dia em que vira a estátua – batizada de “Incondicional” – tinha sentido uma emoção sem tamanhos (até mais do que quando viu o quadro colorido – “Amor” – que também a deixou emocionada em níveis inexplicáveis). Ao dar o presente, contou à Bianca de uma vez em que viram na rua uma mãe com um menino, idênticos à estátua (e Bianca sorriu, alisando os detalhes esculpidos), e suprimiu a informação de que comprou a estátua quando ela e Beatriz estavam terminadas (inclusive estava em seu carro, quando reataram, numa tarde quente, no estacionamento da universidade).
Essa informação Beatriz tinha posse, e mandou um beijinho no ar para a esposa, quando a viu abraçando sua irmã. Em breve completariam três anos de união, e ela ainda a amava muito. Talvez até mais do que no dia do casamento (que foi quando sentiu pela primeira vez o amor transbordar do peito)!
- Laurinha acordou! – Fernanda anuncia, com uma criança rechonchuda nos braços. A menina tinha os olhinhos agitados, e sorriu ao ver Beatriz – O que vocês tanto fazem, para demorarem tanto?
- A culpa é da Bia – as duas respondem, ao mesmo tempo, e riem juntas.
- Manhê! – Joaquim chama, aparecendo por ali – Posso te ajudar a trocar a fralda dos bebês?
- Não, Joca – Bianca responde, afagando a cabeça do menino, que estava com uma gravata borboleta – Nem sempre que os bebês choram é porque estão com a fralda suja, Joaquim!
- Mas a Laurinha fez cocô! O cheiro está horrendo!
- “Horrendo”? De onde você tira essas palavras, meu amor? – Bianca estava rindo. Pegou a menina no colo e viu que precisaria mesmo trocá-la antes de saírem.
- Ué! Você não disse que ia usar aquele vestidinho lilás? – Fernanda indaga, vendo Beatriz vestindo uma calça e uma camisa social. Complementou o visual com suspensórios e uma gravata borboleta igual à de Joaquim. Sentou ao seu lado e lhe deu um beijo – Está maravilhosa, não me oponho à sua escolha, só quero saber.
- Eu ia! Mas ele ficou horrendo em mim. Me senti medonha, assim fico mais confortável – responde, colocando nas orelhas um par de brincos e dando uma piscadinha para Joaquim.
- O Fábio já está na portaria. O porteiro disse que ele está nervoso –Cícera anuncia, sorrindo e segurando nos braços um bebê enrolado em uma mantinha fina, que dormia.
- O Fábio? Nervoso? – Bianca satiriza, sentando Laura no sofá, depois de trocar sua fralda. Disfarçou e cheirou Lucas, que estava no colo da avó – Ele podia era ter subido, para ajudar com esse monte de filho que fez em mim.
- Deixa ele! Não é todo dia que as pessoas se casam, Bia – Samanta comenta, enchendo o rosto de Laura com beijos estalados após pegá-la no colo. A menina ria alto.
- Gente, não é um “casamento”! Quer dizer... É, mas...
- Claro que é um casamento, Bia! Chamam de “casamento no civil”, portanto é um ca-sa-men-to – Beatriz fala, pausadamente, colocando nos ombros as bolsas de fraldas e trocas de roupa das duas crianças pequenas – Olhe, você me apressou e estou pronta. Não diga depois que fui eu quem atrasou.
- Você está linda! – Fernanda elogia, beijando-a com amor – Mas foi você quem atrasou, Bia.
- Pronto, Bia? – Beatriz pergunta, prestes a empurrar o carrinho de Laura, que estava carregado com as bolsas.
- Pronto – Bianca responde, checando se não tinham se esquecido de nada – Estão todos aqui, né?
- Nunca imaginei que um dia faria “chamada” na hora de sair de casa – Beatriz brinca, conferindo que Laura estava com Samanta e o pequeno Lucas no colo de Cícera – Sim, todos aqui. Joca, chama o elevador para a tia, por favor?
- Claro – o menino fala, caminhando à frente das mulheres. Ele viu que o chão era escorregadio para seus sapatos de festa, e ficou dançando no saguão enquanto aguardavam. Samanta o acompanhou, numa performance que tinham visto juntos no TikTok.
- Esse guri é encantador! – Fernanda diz, sorrindo para Bianca.
- Somos pessoas de sorte, não somos? – Beatriz comenta, sorrindo para ela (e para Laura, que ria no colo da cunhada, que só parou de dançar quando o elevador chegou).
- Somos pessoas de muita sorte! – Bianca concorda, apoiando de leve a cabeça no ombro da irmã, que afagou seu cabelo.
- Tia? Eu estava aqui pensando... – Joaquim fala, segurando a porta para que todas entrassem. Era sempre assim que começavam suas teorias, que sempre faziam Beatriz rir – Estava vendo aquelas rosas que a tia Nanda te deu...
- Sim? – Beatriz pergunta. Era sempre prazeroso acompanhar o raciocínio de Joaquim, que há três dias usava gravata (para treinar, segundo alegou), e repetia o gesto que vinha fazendo, ajustando os dois lados da gravatinha, presa atrás do colarinho por um botão.
- As rosas são lindas, e têm um cheiro muito, muito bom. Por que ninguém come flor, tia? Digo... Rosa tem um cheiro melhor que ervilhas, e sopa de ervilha é bem gostosa... então uma sopa de rosas deve ser boa, não é? Ou margaridas!
- Sim... – Beatriz responde, com a mesma careta que sempre fazia diante das indagações do sobrinho – Quer dizer, não...
- Isso até tem lógica, mas zero de sentido, não é? – Samanta pergunta, cutucando o menino, que acompanhava os números dos andares mudarem no painel do elevador, falando os números como se fosse contagem regressiva de réveillon.
- Eu vi no livro da tia Bia que a lógica pode ser um método usado para chegar à conclusão errada com confiança – Joaquim sorri, no momento em que a porta do elevador abre e a figura de Fábio é notada, ao lado de Renato, que aplaude quando as vê.
- Enfim, as noivas! Quer dizer, as irmãs! – Renato brinca.
- O que você anda dando para esse menino ler? – Bianca questiona, no ouvido de Beatriz – Esses dias ele começou a me fazer um monte de pergunta que eu não soube nem como fazer para procurar as respostas na internet!
- Apenas coisas interessantes, acredite – Beatriz sorri, piscando um olho – Joca? Fala para a mamãe o que devemos dizer quando alguém reclamar sobre a vida – ela dá um beijo estalado no amigo, que cumprimentava Joaquim com um aperto de mãos ruidoso.
- Olhe diretamente nos olhos da pessoa e diga para que ela coma uma lesma viva pela manhã, e aí nada mais de pior vai acontecer durante o dia. “Ch*pa um prego até virar tachinha” – ele emenda, imitando o tom de Beatriz, misturando um pouco os assuntos que falava.
- Opa! Que papo de maluco é esse? – Fábio ri, beijando Bianca e se esquecendo de parte do seu nervosismo. Achou a mulher tão linda que ficou meio sem jeito – Está maravilhosa! Seja minha para sempre! – ele cochicha, no ouvido da mulher.
- As palavras de um louco são os pensamentos de alguém em sã consciência, papai – Joaquim afirma, parecendo saber o que falava, e Cícera foi a primeira a rir. O menino saiu correndo em disparada logo em seguida, empurrando um dos carrinhos de bebê.
- E aí? – Renato pergunta – Alguém aposta em mais um psiquiatra na família?
- Tem meu voto – Fernanda afirma, sorrindo. Ela, assim como a esposa, usava calça social e suspensório, e tinha na mão esquerda uma aliança dourada e reluzente.
Todos riram e dividiram-se em três grupos, que seguiram em cortejo até o cartório, em carros separados. A cerimônia de casamento foi breve, e demoraram mais tirando fotos no final. Teresa foi a madrinha, e a única dos antigos amigos que esteve presente no evento. Fábio e Bianca tinham discutido longamente essa questão (que tinha até influenciado na demora para o casamento acontecer), porque ela não se sentia confortável com a possibilidade de a irmã, de alguma forma, ficar constrangida. Bianca agora sempre se preocupava com esse tipo de coisa. Se vigiava, obviamente, mas não tinha controle nenhum sobre o que os outros diziam ou achavam, e conhecia bem as pessoas do seu convívio, então preferia evitar conflitos. Pelo bem de sua relação com Beatriz (e Fernanda, e Renato, que estava sempre presente, e até mesmo de Samanta, que ela ainda não tinha entendido qual era a dela – mas se convencia também de que pouco importava).
Com Beatriz, Bianca aprendeu a não ficar na superfície das pessoas, presa às aparências, amarrada aos preconceitos. Até porque “ninguém é nada”, Beatriz dizia, a uma Bianca sempre atenta. “Somos; estamos”, complementava, com sabedoria.
Com a irmã, Bianca também se sentiu amparada o suficiente para assumir algumas rédeas que careciam de certo controle – como as de sua vida. Decidiu abrir um negócio próprio em casa, e vendia marmitas com receitas de sua mãe, anotadas com a letra firme, num caderno velho que ela resgatou em sua casa.
Samanta desenvolveu para a irmã de Beatriz um plano de negócios, e também de marketing, para as redes sociais, porque estava estudando isso. Os negócios vinham bem desde então.
Do cartório seguiram para um restaurante, e agora Bianca e Fábio finalmente eram “marido e mulher”, aos olhos da lei. Logo que se acomodaram e as bebidas foram servidas, Fábio pediu para que todos pegassem seus copos, para um brinde.
- Queridos familiares, meus amigos queridos, é com muita alegria que os recebemos aqui neste dia tão importante, o dia em que Bianca finalmente disse “sim” para mim – ele diz e todos riem.
- Agora o negócio ficou sério, hein – Beatriz brinca.
- Só espero que dure a minha vida inteira – Fábio afirma, antes de beijar a esposa, que levantava o copo, com Lucas no colo, mamando. Laura estava ao seu lado, com Cícera, que segurava uma mamadeira para a menina – Bom, quero agradecer por vocês estarem aqui, e dizer que todos os que estão hoje em volta desta mesa acompanharam, de uma maneira ou de outra, a união desta família, a nossa formação, como se deu o nosso elo (nossa “história de novela”, como diz a Terê). E considero que só é possível eu sentir essa alegria que sinto agora graças a você, Beatriz, que não só me incentivou a criar coragem e vergonha na cara e me casar com a sua irmã, como também foi peça fundamental em momentos críticos de nossa vida. Sendo assim, considero justo inclui-la em meu brinde de casamento – ele limpou a garganta, falando de um jeito emocionado – Até porque as palavras que quero dizer foram retiradas de um livro que você me emprestou (e olhe que sempre detestei ler! Seu poder de persuasão é inquestionável, cunhada) – comenta, provocando algumas risadas – Retirei o que vou dizer agora do livro “Paraíso”, que pertence à “Divina Comédia”, de Dante Alighieri. É a introdução ao “Canto Primeiro”, e diz: “Invocando Apolo, o Poeta conta como do Paraíso Terrestre ele e Beatriz se alçaram ao céu, atravessando a esfera do fogo. Beatriz explica-lhe como possa vencer o próprio peso e subir. É atraído pelo invencível amor”! – Fábio fecha o livro, e volta a erguer sua taça.
Ele faz questão de olhar nos olhos de cada um dos presentes, e se demorou mais ao encarar Beatriz, que chorava emocionada, como ele.
– Foi o amor que nos trouxe até aqui, e será o amor quem nos conduzirá para sempre; porque nossa família é, agora mais do que nunca, sinônimo de amor. Tristes aqueles que não percebem que a vida é mais do que criticar as diferentes formas de amar e exercer a sexualidade, exercer o amor! São justas todas as formas de amor, sendo assim, quem somos nós para condenar ou julgar? Só o amor cura. Só o amor salva. O amor faz florescer. Viva o amor!
- Viva o amor! – Beatriz sorri, apoiando seu copo na mesa e iniciando uma salva de palmas.
Fim!
Fim do capítulo
Grata, leitora querida, por ter chegado até o final dessa história, que ficou agora ainda mais especial para mim, graças à sua leitura! <3
Viva o amor!
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Beah98
Em: 08/08/2022
Olá autora, bom dia!
Primeiro gostaria de parabeniza-la pela bela história, que possui um enredo envolvente e um suspense gostoso de ler.
Achei bonito o romance entre a Beatriz e Fernanda, mas eu já começo a ler uma história com uma torcida declarada desde a sinopse. É na sinopse que o "casal" me ganha, dificilmente isso muda durante a história. E foi exatamente assim referente a sua, acabei me decepcionando muito porque a minha expectativa do romance entre as Bias era alto demais, e os seus próprios comentários nos primeiros capítulos insinuavam isso, então quando se junta a sinopse com as suas suposições acabava ficando claro a possibilidade de existir um romance entre elas, e elas sendo irmãs e você já sabendo disso, seria totalmente impossível. Com isso, acabei de certa forma me sentindo "enganada", decidindo parar de ler. Acredito que tiveram outras, mas o que me motivou a voltar e terminar foi unicamente a sua escrita e a velha frase "quem está na chuva é pra se molhar", claro que continuo profundamente desapontada com o desenrolar do relacionamento das Bias, mas a história no modo geral foi muito linda.
Só uma dica autora, acho que seria interessante retificar a sinopse. A plataforma sendo de literatura lésbica, entre a sua maioria romances, quando se lê a sinopse do seu livro fica CLARO que se trata de um ROMANCE entre as duas Bias, e pode acontecer de pessoas que se interessaram pelo possível casal começar a ler e se desapontar, e não é nada legal essa sensação de estar empolgada com um casal e descobrir que ele seria impossível, começar a ler uma história baseada em uma sinopse e ver que não é bem como está especificando ali.
Enfim, obrigada pela história autora, um beijo!
Resposta do autor:
Olá, leitora! Bom dia!
Poxa, que chato que vc se decepcionou com o meu livro e ainda se sentiu enganada!
Entendo bem o sentimento! Fazia um tempo que ngm comentava nessa história, e meu sorriso foi sumindo conforme eu constatava que o seu comentário, no caso, era uma crítica rs
Honestamente, não acho que eu tenha insinuado que haveria algo entre as Bias, msm em comentários, pq eu sei que as duas são irmãs desde 2007, quando ambas foram criadas (e já nasceram como irmãs). Sou várias coisas, mas não sou tapeadora de leitoras rs
Até pensei em voltar para ler oq eu escrevi, pra tentar entender de onde veio a sua interpretação, mas são muitos comentários aqui e isso me tomaria um tempo precioso, que prefiro investir escrevendo outras histórias.
A sinopse já é bastante explícita, na minha humilde opinião. Ela começa com a frase "Nem tudo o que parece, é". Mais claro que isso eu não sei oq poderia ser!rs Só se eu desvendar já na sinopse o primeiro mistério da história rsrs
Outro detalhe que acho que passou batido é que na sinopse está especificado que a Bianca é heterossexual (eu informo isso, com todas as letras). Agora me diz: como uma hétero se envolveria com uma lésbica? Se fosse "bi", ok... =P
O fato de o Lettera ser uma plataforma lésbica não me impede de escrever sobre duas irmãs, especialmente se uma delas tem um relacionamento sáfico. Agora, existem mesmo, de fato, muitas histórias aqui em que as personagens principais citadas na sinopse se envolvem amorosamente, e realmente não é o caso desta minha história. Tenho outras que sim, mas Amor incondicional é um livro que fala sobre o amor de duas irmãs. Sempre foi.
Enfim, grata por ter lido, msm que molhada na chuva da frustração.
Beijos!
Lea
Em: 26/01/2022
MARAVILHOSA ESTÓRIA!
*Tudo tem o momento certo para acontecer*
Boa noite Caribu! Pq Caribu???
Resposta do autor:
Ah, vc terminou! <3
Grata por isso! Que bom que gostou!
Tudo tem o tempo certo, nada por acaso!
Boa tarde, Lea!
caribu é um tipo de alce (meu apelido), e foi meu nome numa vida em que fui índio!
S2
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Alex Mills
Em: 17/12/2021
Eeee li uma história até o fim! Viva! Ahahaha brincadeiras a parte, foi um prazer ler essa história e ir desbravando o suspense e segredos das vidas das Bias, suas evoluções e mudanças. Além de tudo conhecer a vovó bruxa Cicera ahahaha
Também gostei de ver as Bias se unindo, tornando-se uma família e juntando os amigos mais próximos.
Pelo menos o Joca se autoanalisou e se curou no fim ahahaha e a Cicera só esqueceu de mencionar que o tal menino viria por último ahahaha
Mas eu amei a história dona Caribu. Você escreve muito bem, não deixa nada a desejar. Conseguiu desenvolver todos os polos de maneira muito perspicaz. Espero que vire série um dia!
Muito sucesso para a senhorita e que sempre tenha uma inspiração para escrever (e tempo claro)
Beijos e abraços virtuais ;)
Resposta do autor:
Ah, terminou! <3
Muito que bem, arrasou! E bonitinha, até o fim!rsrs
Que bom que gostou, dona Alex! Seu feedback é muitíssimo importante pra mim, saiba!
Agora já pode ler a outra história, a da Gazeta rsrsrsrsrs
Gosto que o "amor incondicional" aqui seja entre as Bias, de todo jeito, gosto de frustrar quem acha que o amor delas é de outro tipo. Por isso, acho que msm quando for mudar a sinopse, pra vender o livro, ainda vou deixar essa brecha. Só pra surpreender (mas torcendo pra agradar, como foi com vc).
Cícera não errou o palpite!rs Ela disse que viria um menino, veio (risos).
Gosto que o Joaquim tenha se beneficiado tb dessa relação. Provavelmente foi o maior agraciado! <3 Mto fofinho, o meu menino <3
Tomara msm que Amor incondicional vire série um dia!! Se isso acontecer, pode ter certeza de que antes agito aquela "festinha do Lettera" que comentei com vc rs
Que sempre tenhamos tempo e inspiração, grata! Te desejo tudo de volta <3
Em breve eu apareço por aqui com um conto novo!
Beijos!
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Vanderly
Em: 23/11/2021
Bom dia!
Querida autora, eu levei um tempão tentando assimilar essa história; e confesso que por vários momentos pensei em desistir de seguir com a leitura. Pois pela sinopse cheguei a pensar que seria uma história de amor entre as duas Bias, não deixou de ser, mas não da forma que eu pensei.
Bom, apesar de todo o stress que passei entre os conflitos das personagens concluí a leitura nessa madrugada, mas estava com muito sono então deixei para comentar agora. Amei o romance entre Beatriz e Fernanda que no começo pareceu-me um escape. No entanto no decorrer da leitura percebi que tanto a Nanda quanto o Fábio tiveram papéis muito importantes na união entre as duas Bias. Só achei esquisito a posição da avó em esconder a sua existência para as duas por tanto tempo. Houve a explicação no entanto achei irracional demais. Outra coisa: o Fábio ligou pra um tal de Antônio dizendo que queria falar sobre o filho e o homem deu aquela resposta, "dizendo que se o cara lhe devia dinheiro sentia muito, mas ele tinha levado um calote." Acho que isso tinha a vê com o trabalho da oficina, mas fiquei pensando que era o pai da Bianca. Enfim; eu fiquei confusa.
O Joaquim foi a alegria e no fim das contas teve um papel importante na união da família. O garoto parecia ser mais filho da Bianca que da Regina. Aí a gente vê que de fato mãe em quem dá carinho e amor.
Parabéns, foi uma grande aula de psicanálise! E porque não dizer; uma terapia nos fazendo pensar além das aparências.
Um abraço cheio de paz.
Vanderly
Resposta do autor:
Oi, Vanderly! Bom dia!
Primeiramente, grata pelo seu comentário! E pela leitura! E especialmente pelo feedback!
A sinopse dá margem pra erro msm. Provavelmente eu mude (rs) antes de publicá-lo, em breve. Talvez acrescentar um "nem tudo oq parece, é" rs
O cara da ligação do Fábio é só uma pessoa aleatória. Não rem relação com nada, só mostra uma possibilidade, entre tantas outras, mas é para ser só um detalhe... se tá esquisito, vou editar!
Que bom que msm pensando em desistir, foi em frente, e terminou! Grata, isso é importante pra mim! <3
Fábio e Fernanda são fundamentais pra história entre as Bias, assim como a Cícera. No começo eu (a que digita rs) tb fiquei meio assim de ela ter escondido, mas depois aceitei como parte do livro rs O Joaquim tb é importante <3 Mto fofinho, esse menino! <3
Agradeço mais uma vez pela sua companhia até aqui!
Beijos, muita luz na sua vida!
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Andreia
Em: 11/11/2021
Quero e desejo te parabenizar pelo li do trabalho de escrever está linda, maravilhosa, perfeita e fantástica história de amor e superação de toda trama
Poderia ter uma continuação né....
Acertei alguma coisas e errei outras mais imaginação é assim msm né.
Mais uma vez parabéns...
Abraços....
Resposta do autor:
Oi, minha querida!
Eu é que agradeço pela sua leitura, e seus comentários ao longo dos capítulos!
Vc teve um bom faro desde o início, arrasou!
Há mais de uma década cozinho essa história, e te confesso que nunca pensei em continuá-la!
Quem sabe, né!
Tem mais história minha aqui! Vê se te interessa! <3
Beijos, se cuidem, e muito amor na vida de vcs, sempre!
<3
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keique
Em: 10/11/2021
Boa tarde autora.
Que bom ter acompanhado sua história! Lá pelo meio fiquei um pouco incerta e surpresa porque esperava um romance entre as Bias, mesmo não tendo razão para isso, coisa da minha cabeça... Durante a leitura fiquei me perguntando se esse conhecimento sobre a psicologia foi pesquisa ou tirado de suas próprias vivências, seja como for, você mostrou uma familiaridade muito grande, o que fez toda a diferença. A forma como você escreve sobre assuntos cotidianos e ao mesmo tempo distintos, me encanta muito. A sensação que tive com a leitura, com essa sua visão de fora para dentro é de que você é uma observadora voraz de vidas humanas, a forma sensível como descreve situações que passam despercebidas para muitos. As verdadeiras dores de cada um dissecadas a ponto de nos colocarmos no lugar do personagem e experimentarmos sensações bem interessantes! Adoro esse tipo de leitura que vai fundo no que se propõe. Enfim, minha admiração pela sua escrita só cresce me fazendo descobrir ou imaginar que a mulher por trás da autora deve ser tão ou mais interessante!
Parabéns e não pare nunca de escrever, por favor. Abraço e muitas energias boas!
Resposta do autor:
Que delícia de comentário! Grata, keike <3
Grata tb por ter lido, e por ter parado esse tempinho pra me escrever! Isso deixa meu coração de escritora feliz!
Geralmente quem lê pensa msm que é uma história de amor (físico) entre as Bias, já pensei em alertar que não, mas...rs
Que bom que insistiu na leitura, msm incerta!
Na época que esse livro foi escrito (e a base de toda a história foi montada) não tinha internet (ou tinha, mas não em casa rs). Oq escrevi, os assuntos, as conversas entre Bia e Fernanda, tirei, talvez, de vivências minhas, mas anteriores a esta vida (pq nessa sempre fui só escritora rs). Toda noite antes de dormir eu "assistia" oq ia acontecer na história, e aí no dia segte escrevia (uma brisa, mas juro que é verdade).
Sou msm observadora de vidas, e me encanta criar personagens pq acho que cada pessoa é um universo, e esse universo me fascina mais que o pano de fundo que as envolve! Fico contente que tenha reparado nisso! <3 E que role até empatia com oq tá acontecendo com as pessoas! Mto bom, grata de novo pelo comentário!
A mulher por trás da autora se despede, feliz! (me segue no instagram! Vou sortear um livro até o fim do ano! Meu perfil é a.caribu
Não pretendo parar de escrever! Se eu sumir é só pq tô trabalhando bastante (como agora), mas ideia não falta!rs
Beijos, e ótimas energias pra vc tb! Tudo de bom!
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CahReinert
Em: 06/11/2021
Queriada autora, primeiramente, eu amei a sua escrita.
Segundamete, estou na reta final de um mestrado e precisava urgente uma válvula de escape, ler algo que não fosse jurídico e você foi fundamental!
Obrigada por proporcionar essa obra e momentos de prazer com uma leitura deliciosa <3
Resposta do autor:
Querida leitora, que deleite o seu comentário!
Fico feliz que tenha gostado da história, e que ela tenha te distraído um pouco!
Grata por ter compartilhado as suas impressões! E me chama se precisar de ajuda com a revisão da sua tese!rs
Beijos!
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olivia
Em: 01/11/2021
Autora você me deixou sem palavras,queixo caído. Maravilhoso , merece se aplaudindo de pé . Muita emoção,amo, e uma boa dose de magia não faz mau para ninguém!!! Parabéns mais uma vez !! Não esqueça que , estou na fila quando, sair o livro físico!! Meu e-mail oliviarosario5@gmail.com
Resposta do autor:
Minha querida leitora, grata pelo seu carinho!
Fico contente que tenha gostado! De verdade!
Te aviso quando o livro estiver sendo vendido! <3
Beijos!
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Hanna_caroll
Em: 31/10/2021
Pois bem, eu disse que mais lágrimas cairiam, e assim foi.
Muito lindo, emotivo, tudo tão bem encaminhado nesse ponto final da jornada. Fica a pergunta: e agora? Olha, vou ter muitas saudades dessa "história de novela", viu?!
Adorei as Bia's terem se entendido e aprendido com as diferenças de cada uma. Seria tão bom que as pessoas pudessem evoluir como aconteceu com o Fábio e a Bianca. E pensar que haviam capítulos em que o ranço deles estava lá na lua hahaha
E esse Joca?? Que criança mais iluminada, quase que dá vontade de ter um para mim hahaha Se ele seguir o caminho da tia, tem grandes chances de ser um bruxinho também.
A sintonia da Fernanda com a Sam é algo tão palpável, da mesma forma como você conseguiu passar todo o amor e compreensão que existe na relação da Beatriz com a Fernanda.
Achei muito interessante o fato da Beatriz sempre querer estudar, saber mais e aplicar a ciência nas "bruxarias" da Cícera e com a Cícera! Serão uma dupla imbatível.
Esse comentário ficou enorme, mas vale pelos dois últimos capítulos :)
Obrigada pela narrativa ímpar e já anseio pela próxima!
Beijos e uma ótima semana!
Resposta do autor:
Que delícia de comentário enorme <3
Nem me fale sobre " e agora?" rs
Sofrendo estou desde já rs História boa de novela assim deixa falta msm!
Bias se entendendo e Fábio e Bianca evoluindo nos dão esperança no mundo rs
Joaquim é uma gracinha msm! Um docinho de menino <3
Que bom que vc gostou do desenvolvimento da história e dos personagens!
Grata por ter lido, e comentado!
Ótima semana pra vc tb! Até a próxima aventura!
Beijos!
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kasvattaja Forty-Nine
Em: 31/10/2021
Olá! Tudo bem?
O final não poderia ter sido diferente. Condiz com toda a história, do princípio ao fim.
Quanto ao spin-off não há necessidade — quanta ousadia minha, não é? afinal quem decide é a Autora, enfim — por que a história está perfeita da maneira como terminou. Não precisamos de mais nada. O resto é com elas e com nossa imaginação.
Sobre a canção acho que ''Love Song'', de Angus And Julia Stone, ficaria bem:
''Me leva lá menina
Me leve aonde eu quero ir
Para o lugar onde pertencemos juntas ''
Parabéns de seguir com a história e compartilhá-la conosco.
É isso!
Post Scriptum:
''Não podemos confundir sinceridade com grosseria, nem falsidade com bons modos. ''
Hideraldo Montenegro,
Escritor.
Resposta do autor:
Dona Quarenta e Nove, olá!
Estou bem, espero que vc tb!
Fiquei feliz em ver seu comentário! Que bom saber que leu a história até o fim!
<3
Bom saber oq pensa sobre o spin off rs Grata pela sinceridade rsrs
Fiquei msm na dúvida se deveria mudar o final já escrito... Que bom que não mudei rs
Vou mudar a música! Aceito sua sugestão musical! <3
É isso!
Beijos e até a próxima história!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 31/10/2021
Parabéns! Uma bela história.
Resposta do autor:
Grata, querida!
Bom que tenha gostado!
Grata por ler!
Beijos!
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cris05
Em: 31/10/2021
E chegamos ao fim de uma das mais lindas histórias que já li!
Viva a vida!
Viva o amor!
Viva caribu!
#leiacaribu
Beijos!
Resposta do autor:
<3
Querida!
Grata pela companhia, pela sua leitura e por todos os seus comentários!
Confesso que ontem até tive insônia, e pensei em reescrever o final, enfiar ali o casamento de BiaFe rs
Mas sosseguei meu coração, quem sabe um dia esse casamento não aparece por aí, num spin off da vida! <3
Viva o amor!
E um viva para leitoras como vc!
Beijos!
P.S.: #leiacaribu! <3
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