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Amanhã, talvez… por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 3

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Palavras: 1403
Acessos: 1308   |  Postado em: 01/07/2021

Capitulo 2

 

 

Vitória olhou as horas mais uma vez e teve a impressão que o tique taque era dentro do coração. A ansiedade que sentia não era algo angustiante, bem longe disso, mas se pensasse com clareza...

            --Eu sou uma doida! Devo admitir que as pessoas têm razão. Aquela situação toda foi surreal... o que faria aquela mulher voltar? E se ela voltasse, eu teria mais assunto? Tento lembrar o que ela me disse, mas de concreto só lembro da cara dela, do jeito...aquela expressão que mescla tristeza com...com o quê mesmo? Ah, eu só sei que ela é linda e aquela forma pausada de falar me embriaga. Vitória, falar para as paredes?

Riu de si mesma e tentou distrair-se com as tarefas administrativas que já revisara mais de vinte vezes. Meia hora mais tarde, esgueirou-se até à portaria para assegurar-se que Tarik ocupava o seu posto. Lá estava ele como um cão de guarda e de olhos fixos na porta. Ela já o tinha avisado que a senhora da noite passada podia entrar. Apenas isso, sem muitos detalhes. Mais e quais seriam eles? De volta á receção, observou a tabela e notou que o casal do quarto 112 ainda não tinha regressado. Os hóspedes eram avisados dos perigos da região. Mas ainda era relativamente cedo...

Quase meia noite. Preocupação pelo casal do 112. Frustração pelo encontro não concretizado. A frustração era mais intensa, o que lhe causava outro tipo de preocupação.

            --Mas não dizem que sou doida? Esse meu estado é apenas a comprovação disso.

Ria da situação e de si, enquanto enchia mais um copo de água na copa.

            --É Vitória, num dia vinho requintado e no outro, água. A isso chama-se equilíbrio. Equilíbrio apenas nisso, porque eu mesma sou uma desequilibrada. Solto fogos de artificio porque passei um dia inteiro sem lembrar naquela Diva sem glamour, e, no entanto, preencho as minhas horas devaneando sobre uma mulher que mais parece uma miragem. Manicómio, há de ser minha próxima paragem. Manicómio!

Percorreu o corredor até à receção, repetindo aquela palavra entre risadas.

            --Quem precisa de manicómio?

O susto foi suplantado pela alegria. Afinal tinha encontro. Lá estava ela com um leve sorriso no rosto iluminado pela luz amarelada da receção.

            --Gosta de me surpreender. Eu já não acreditava que pudesse vir...- Sorriu enquanto flutuava até o seu posto.

            --Foste bastante persuasiva. Mas, ainda pensei muito se deveria...

            --Ainda bem que veio. As noites são mais divertidas na tua companhia.

Riram.

            --A minha com certeza foi. Depois de um dia...tudo bem?

            --Tudo! Não dormi quase nada, mas estou firme aqui nesse meu job.

            --Mas aos fins de semana, fazes apenas as noites aqui...

            --Eu contei tudo isso?

Emma riu ao se lembrar da conversa da madrugada passada. Aquela mulher era...bom, não sabia definir muito bem o que ela lhe causava, mas já não se preocupava com esses detalhes.

            --E para hoje? Vinho? - Sorriu timidamente.

            --Não! Passei longe da adega...aliás, eu nem sei muito bem o que fiz desde que saí daqui...

            --Entende-se isso como um bom sinal, ou nem por isso?

Emma encarou-a de forma diferente. Parecia perscrutar-lhe a alma.

            --Há mais ou menos um ano que parei de tentar entender a vida de uma forma lógica.

            --Então deve ser por isso que me deste atenção, eu sou pura incoerência. -Cruzou as mãos sobre o peito e abaixou a cabeça.

Riram juntas.

            --Achava que tu é que tinhas me dado atenção. - disse mais séria.

            --Então? Estou aberta a propostas...

            --Quero ar! Hoje eu quero ar.

            --Hã?

            -- Quero respirar, ver o céu, quem sabe a lua...

            --Eu não posso sair daqui, infelizmente...- O tom era de profundo pesar.

            --Eu sei disso. Mas com certeza tens uma varanda, um quintal. Não és a mulher sonhadora? Quero que me contes os teus sonhos...todos.

Vitória engoliu em seco e buscou o ar com força. Precisava acordar. Sim, aquilo só podia ser um sonho.

            --Eu falo demais...- A timidez aumentava e isso a confundia.

            --Ainda tenho tempo. - Emma engasgou-se nas palavras, mas disfarçou muito bem.

            --Eu só acredito nessa cena porque eu sinto o teu cheiro. Sonhei com ele...pensei nele de olhos abertos...esse perfume tem cheiro de coisa boa, de mistério, de...pareço repetitiva, mas ele combina contigo. Já sei. Vem comigo.

Num rompante puxou Emma pela mão e subiram algumas escadas. A emoção suplantava as dores nas pernas, costas...

No terraço do edifício:

            --Temos ar fresco, um céu com estrelas muito tímidas, e uma lua algures por entre as nuvens. A senhora está satisfeita? Ah, ignore as tralhas do senhor Júlio, ele é acumulador.

Emma riu. Experimentou tanta coisa que julgava ter esquecido. Precisava tirar o foco de si. As emoções a chacoalhavam e traziam algo que não lhe cabia mais...

            --Muito satisfeita. Fala-me dos teus sonhos. -Sorriu encostando-se numa parede.

            --Tenho muitos...alguns bem megalómanos.

            --É para isso que servem os sonhos.

            --Sonho em viajar o mundo e eu só conheço 3 países. Sonho em trabalhar em Paris, num hotel maravilhoso e sei falar francês. Sonho em assistir concertos que me deixem arrepiada, concertos das minhas bandas favoritas. Sonho em ter o meu próprio hostel, que tanto pode ser na praia, como no campo. Sonho com um grande amor, alguém com quem tenha cumplicidade, afinidade, com quem possa me conectar no olhar. Sonho em levar a minha mãe ao Japão, que é seu maior desejo...vamos passar a noite falando dos meus sonhos?

            --Eu não consigo imaginar coisa melhor...- Engasgou-se mais uma vez e desistiu de tentar disfarçar.

            --Acho que alguém vai ganhar um bónus -sorriu - não pediste chuva, mas...

Emma olhou para cima e abriu os braços. Adorava a chuva...queria receber...as vontades não faziam qualquer sentido. Já não tinha desistido? O coração batia com a força de uma chuva torrencial...

            --E os teus sonhos? - Vitória olhava-a hipnotizada. Estava perto demais...

            --Eu? Não posso mais...

            --Ah, vá lá...apenas um...

Ela estava perto demais. Emma ouvia a chuva torrencial no seu peito.

            --Sonho da Emma de 18 anos...

            --Hum-hum...realizado?

            --Não...também não sei por qual motivo...

            --Diga...

            --Dançar na chuva.

No instante seguinte, tinha seus dedos entrelaçados aos de Vitória que sorria para ela como se tivesse visto uma constelação de anjos. A mão dela era quente, apesar da chuva. Começou a cantarolar e puxou-a para si. A chuva era boa mensageira...

            --Não posso...minhas pernas...- Emma teve vontade de chorar. Sentiu-se impotente. Sentiu raiva. Mas a chuva torrencial no coração transformava tudo...varria mágoas...

            --O que tens nas pernas?

            --Hoje não...quem sabe outro dia...quem sabe... - Chorava.

            --Queres dançar? Realizar o teu sonho?

            --Não posso...

            --Podes sim. Espera...um minuto.

Ela voltou carregando uma cadeira de escritório com rodinhas.

            --O que é isso?

            --Quinquilharias do senhor Júlio, mas que agora vão nos ajudar a realizar o teu sonho.

O que aconteceu a seguir, reverberaria pelo coração de Emma pelo resto dos seus dias.

Vitória sentou na cadeira certificando-se que ela era estável. Levantou uma das mãos e pediu que Emma sentasse nas suas pernas. Ela fê-lo sem titubear. Com um braço segurou-a com força e com a outra manobrou a cadeira numa dança perfeita. Sob a chuva, riram. O momento era de entrega sem ressalvas. Emma encostou a cabeça no ombro de Vitória e permitiu-se embalar pela dança. A realidade era muito melhor do que o sonho.

Olharam-se. Os olhos buscavam-se. Ansiosos. Não tinha como evitar o aprofundar dos toques. A magia exercia o seu domínio. Vitória fechou os olhos ao ser beijada. O beijo carregava tanta vida que chegava a ser ofensivo. Vida pulsante, no coração, corpo, nas veias. Esqueceu a efemeridade dos seus dias, rendendo-se ao prazer do momento.

Despertaram do torpor, a chuva já tinha cessado. O despertar trouxe medos, receios...realidade.

            --Preciso mudar essa roupa...afinal estou a trabalhar. - Sorriu.

            --Sim...- Foi tudo que Emma conseguiu dizer.

Depois de vestir roupas secas, Vitória voou até à receção. Nem sombra de Emma. Confirmou com Tarik que ela tinha ido embora. Fazia sentido. Ela mesmo se pudesse, sairia correndo. Tinha extrapolado...

            --Ah, mas foi a melhor coisa que fiz...Vitória, cuidado...cuidado...

Riu das suas loucuras.

            --Como se eu pudesse parar de sonhar...

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
rhina
rhina

Em: 11/08/2021

 

A incógnita da vida.

Onde existe o que nem sempre se quer mas o se faz necessário acontecer.

Vitória encontra seu milagre......mas e Emma?

Rhina

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 13/07/2021

Daçando na chuva...

Maravilhoso! Pura poesia! Muita emoção, Nadine! Choro junto com Emma...

Beijos,

Bruna

Responder

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keique
keique

Em: 02/07/2021

Vitória continua me fazendo sorrir.

E agora eu quero muito mais...

Abraço

Responder

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