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Amanhã, talvez… por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 3

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Palavras: 1280
Acessos: 1562   |  Postado em: 30/06/2021

Capitulo 1

 

Emma já não sabia mais quantos quilómetros percorrera desde que, num rompante, decidira tomar as rédeas daquela situação. Não fazia a menor diferença. Nada mais fazia. Estava no controle da sua vida, ou da morte, se assim preferissem. Não aguentava mais hospitais, novos tratamentos, agulhas, maquinas sofisticadas, diagnósticos inconclusivos. Não aguentava mais mutilações no próprio corpo, dilacerações na alma. Não aguentava mais fingir que um milagre aconteceria. Milagres? Eles não existiam. Não para ela. Todos sabiam que a morte era a sua única certeza, mas insistiam numa batalha inglória. O poderio financeiro da família talvez permitisse muitas outras intervenções, mas ela já não tinha mais forças. Queria morrer em paz e a decisão estava irrevogavelmente tomada.

            --Porr*, logo agora? - Olhou para o marcador de combustível cujo ponteiro estava abaixo da reserva.

O carro morreria a qualquer instante e as redondezas eram assustadoras. Parou numa rua fracamente iluminada. Olhou de um lado para o outro e o cenário não era dos mais animadores. De um lado um beco que não sabia onde a levaria e do outro, duas figuras mal-encaradas caminhavam em sua direção. Pegou a mochila, fechou o carro às pressas e entrou no beco. Viu um hotel com uma fachada duvidosa, mas não pestanejou. Entrou pela porta estreita e percorreu o corredor com quadros de gosto questionável. Tinha os dedos trémulos, e o bater do coração a ressoar nos ouvidos. Queria morrer em paz, jamais assassinada. Finalmente alcançou o que deveria ser a receção.

            --Boa noite. - Disse ofegante.

A rececionista que estava distraída olhou-a sobressaltada.

            --Senhora Carvalho? Mas não deveria chegar daqui a algumas horas? Pelo menos é essa a informação...

            --Não sou a senhora Carvalho...

            --Não? E como entrou aqui? O Tarik deixou uma estranha entrar a meio da noite? Detesto concordar com a Diva, mas é uma espelunca mesmo. - Bufou impaciente.

            --Quem é Diva?  - Nem Emma entendeu a pergunta que fez.

            --Hã? Eu falei da Diva? Sou um caso perdido mesmo. É a última mulher que me deu um chute...meu Deus, quem é a senhora? - Ela pareceu querer redimir-se daquele inicio atribulado.

            --Só preciso de um lugar para passar algumas horas...até amanhecer...fiquei sem combustível e não quero...

            --Não precisa me dar qualquer explicação. Precisa de um quarto?

            --Não...preciso de um bar.

            --Infelizmente não temos um bar à sua altura. Mas eu posso sugerir que fique aqui ao lado. Tem uma saleta com sofás e não precisa pagar nada.

Emma olhou admirada para a moça que de repente parecia solicita demais.

            --Não sou doida! Mas a senhora parece cansada e...

            --Estou muito cansada. Preciso apenas de algumas horas com as pernas esticadas e...

            --A senhora seria meu milagre?

Emma sobressaltou-se. Aquela mulher era doida. Milagre? Ela? Nem em sonhos...

            --Como assim? - Mais uma vez não entendeu seu aparente interesse naquela conversa de doidos.

            --Pedi a Deus que me trouxesse algo hoje. Algo que me levasse para longe de mim, da minha vida cheia de frustrações. Ah, não sou mal-agradecida, mas ultimamente...

            --Qual é o teu nome?

            --Vitória, embora derrota me assenta como uma luva.

Emma experimentou uma súbita vontade de rir, controlada apenas para não desmerecer o sofrimento da outra. Há quanto tempo não ria? Perdera a noção...

            --Só pode ser um milagre. O Tarik nunca sai da portaria, ele parece um cão de guarda e ainda bem. A vizinhança não é das melhores e a porta está sempre trancada. Não pedi a Deus uma mulher porque quero distância, mas a senhora também não me parece interessada em mim...

Dessa vez, Emma riu. A mulher parecia uma doida, alguém muito distante do seu mundo...ainda bem.

            --Eu não sou o seu milagre. Se pudesse, seria o meu. Mas, o que esperaria de um milagre? - Talvez a doença já tivesse atingido o cérebro, só isso para justificar aquele diálogo.

            --Alguém que me ouvisse sem julgamentos, que não desdenhasse dos meus sonhos. Sabe senhora, eu sou sonhadora e as pessoas não entendem, ou então, tenho escolhido muito mal. Para quê que eu fui inventar de gostar de mulher?

            --O que há de errado nisso?

            --A senhora gosta?

            --Não...nunca pensei nisso.

            --Nem perca o seu tempo. Mulher é só confusão, mas eu não consigo me desligar. Sempre digo que não quero mais e...

            --Muitas namoradas?

            --Até hoje, 3, mas que valeram por 100 e no mau sentido. A Diva foi embora com uma jogadora de basket, ela é treinadora...

            --Ainda gostas dela?

            --Sei lá...acho que preciso gostar mais de mim. O bar, meu Deus...

            --Hã?

            --A senhora não queria ficar num lugar sossegado?

            --Sim, aqui ao lado...

            --Vem!

A moça saiu do recuo e pegou Emma pela mão, encaminhando-a para a saleta.

            --É o melhor que temos. - Sorriu.

            --Perfeito! Só preciso descansar as pernas e as costas. - Estas latej*v*m quase lhe tirando o ar. Não queria mais remédios que a deixavam zonza, enjoada. Queria morrer em paz, apenas isso.

            --Gosta de música clássica? - Perguntou ainda sorrindo.

            --Sim...

            --Ainda bem, porque só tem isso aqui. O dono é excêntrico...

Ela mexeu em alguma coisa na parede e logo o ambiente foi invadido por música no tom certo.

            --Fique à vontade. Qualquer coisa, estou aqui ao lado.

            --Vitória - chamou-a num impulso.

            --A senhora não esqueceu o meu nome? -Questionou admirada.

            --Apresentou-se de uma forma tão peculiar...

As duas riram.

            --Sim, senhora...

            --Quer tomar um vinho comigo?

            --Adoraria, mas não temos...

            --Eu tenho! Duas garrafas na mochila. - Apressou-se a mostrar-lhe as garrafas.

            --Ohh, mas essas são caras..., mas a senhora não me parece alguém que ande com vinho na mochila...

            --E pareço com quê?

            --Meu milagre! Vou buscar as taças.

Sozinha, Emma sorriu. Sentou no sofá com leveza, ignorando a dor pungente nas costas.

Dali em diante, o imponderável ganhou ares de naturalidade. Passearam por horas de uma conversa sem expectativas. Vitória, por não acreditar que aquela história pudesse ser real, afinal, ela vivia em devaneios. Uma sonhadora inveterada. Emma, por não ter mais tempo, e por isso, nenhuma expectativa. Talvez por isso permitira-se fazer coisas há muito esquecidas. Rir de si mesma, rir dos outros, rir...

As dores, protagonistas impiedosas dos seus dias, assumiram um papel secundário. Por algumas horas, pôde esquecê-las. Esquecer que elas a comiam viva, comiam os sonhos que algum dia tivera...

            --Vicky...Vitória.

            --Sim...desculpa, não te ouvi.

            --A hóspede chegou. A senhora Carvalho está na receção.

Vitória olhou para Tarik e depois para a estranha das garrafas de vinho. Então não era um sonho?

            --Obrigada Tarik. Já vou.

O colega saiu com passos leves. Ela olhou para a estranha com os olhos faiscantes.

            --Preciso ir...afinal a hóspede chegou.

Riram.

            --Obrigada pelas horas no sofá do teu hotel.

            --Obrigada pelas melhores horas da minha vida nos últimos tempos. O tempo aqui demora a passar...amanheceu e eu nem percebi.

            --Emma!

            --Hmmm?

            --Meu nome é Emma.

            --Lindo. Combina contigo. Amanhã estou aqui. Trabalho aos fins de semana aqui no hotel, mas isso já sabes porque eu não parei de falar nas últimas horas.

Emma sorriu.

            --O que eu quero dizer é que se quiseres voltar...quem sabe outro vinho...se fores um sonho, foste dos melhores...volte. Preciso ir, a hóspede...volte.

Ela foi embora. Antes de virar para a divisão da receção, fez um gesto de súplica e sorriu.

            --Amanhã...talvez, se eu sobreviver...

Uma lágrima correu solta pela face de Emma.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo 1:
rhina
rhina

Em: 11/08/2021

Boa noite.

Então!

Como pode a morte de repente ter os contornos de vida. Vida inesperada. Vida que se vive intensamente como se vc findar. E vai, a de Emma mas para Victoria é só o começo dos primeiros raios em um dia que nasce para brilhar.

Rhina

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 01/07/2021

Nadine... só você mesmo! 

Que leitura interessante! Emma, desejando apenas morrer em paz, encontra essa surpresa dentro da noite - alguém que a vê como o milagre de sua vida, quando Emma não consegue acreditar que algum milagre possa salvá-la... Uma tragédia revestida de alegria inesperada. Lindo demais! Um brinde à Emma - e à Nadine, sempre excepcional!

Beijos,

Bruna


Resposta do autor:

Bruna querida :)


Já viste que eu nao consigo ficar parada rsrsrs. Inventei mais essa enquanto não consigo me alongar na escrita. Adorando o desafio e mais ainda, adorando me desafiar ;)

Bjsss e muito obrigada.

Responder

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keique
keique

Em: 30/06/2021

Emocão e bom humor ao mesmo tempo, mistura deliciosa! Vitória já me alegrou o dia!

Que alegria vê-la participando da brincadeira. Ser tiete nessas horas só atrapalha...kkk

Mas a admiração só aumenta, claro!

Adorei e quero muito mais.

Abraço.

 


Resposta do autor:

Olá,

Vitória é uma figura rsrsrs

Pois é, essa de participar da brincadeira é mais umas das minhas "inconsequências" rsrsrs. Preciso ficar quieta, mas e a noção? Adorando. E é um desafio enorme para mim, pois nao sei escrever nada curto rsrsrs.

Ja postei o da semana 2.

Obrigada. Abraço.

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