Capitulo 84
Recomeço – Capítulo 84
Era de manhã. O sol batia forte contra a janela. Nem parecia que era meio da semana, pois os corpos deitados na cama, dormiam tranquilamente, sem se preocupar com as horas.
Haviam tido uma noite intensa de amor, ignoraram totalmente o fato de que precisavam dormir.
Um som insistente de campainha começou a tomar conta do ambiente.
Norma, não entendendo o que estava acontecendo, abriu os seus olhos e olhou para os lados procurando uma justificativa para o que estava acontecendo. Contudo só encontrou a razão de seu peito esquerdo estar quente e transbordando amor.
A campainha tocou mais uma vez...
Laura parecia estar dormindo tão profundamente que nem esbouçou reação.
— Droga! — Disse baixinho. Estava chateada por ter que levantar da cama naquele momento, pois queria muito acordar já abraçando sua amada.
Meio a contragosto, Norma se levantou e pegou um roupão para cobrir o seu corpo nu.
Ao chegar a sala, atendeu a porta e se deparou com sua sindica que a olhava um pouco sem graça.
— Bom dia, Emília, aconteceu algo? — Norma estava confusa, visto que nunca havia recebido a visita daquela senhora de 60 anos.
— Bom dia, Norma! — deu uma pausa. — Perdão lhe incomodar logo cedo, mas é que recebi reclamações de seus vizinhos.
— Com relação a quê? — Fingiu-se de inocente, mas no fundo sabia o que era. Isso fez suas bochechas esquentarem.
— Gemidos... altos — A mulher falou baixinho. Estava constrangida por ter que falar sobre esse assunto com a ruiva. — Eu sei que a gente, às vezes, se empolga, todavia, precisamos nos conter.
— Perdão! Isso não vai voltar a acontecer — Norma disse e após alguns minutos voltou para o quarto.
Quando chegou, foi presenteada com a cena de Laura nua procurando as suas roupas pelo quarto.
— Quem era? — Laura indagou ao olhar para sua amada que estava encostada ao batente da porta, lhe admirando.
— A sindica. — Olhou para os detalhes do corpo da amada e sentiu sua boca secar. — Ela veio fazer uma reclamação.
— Sobre? — Laura parou em frente a ruiva.
— Sobre os nossos gemidos — comentou e viu a médica gargalhar.
— Tá vendo, a gente precisa logo nos mudar para minha casa.
— É quem disse que eu aceitei o pedido de ontem?
— Não aceitou, mas acho que vai aceitar. — Laura segurou na cintura da ruiva e a puxou para de encontro ao seu corpo. — Por que você fica se fazendo de difícil, sendo que você também deseja o mesmo que eu?
— Não é questão de me fazer de difícil. Só estava querendo ir com calma, mas vejo que não dá certo. — Envolveu o pescoço de Laura com seus braços, fazendo com que os corpos ficassem bem colados.
— Recebeu a mulher assim? — Laura perguntou ao beijar o pescoço da ruiva.
— Assim como? — Norma sentiu seu íntimo começando a reagir.
— Sem nada por baixo?
— Estava com pressa!
— É bom que facilita muito! — Laura encostou o corpo da namorada na parede.
— A gente acabou de receber uma reclamação e você já fica querendo receber outra.
— É só gem*r baixinho! — Laura beijou o queixo de Norma e foi subindo com seus beijos até chegar a boca.
Entregando-se totalmente ao momento, Norma segurou a face de Laura com suas duas mãos e aprofundou o beijo.
Enquanto sentia a língua quente de Norma invadindo a sua boca com urgência, Laura começou a desamarrar o roupão que a ruiva estava usando e quando finalizou a tarefa, sentiu algo quente escorrer por entre suas pernas, após o contato dos dois corpos nus.
— Você linda — comentou ao abandonar os lábios da ruiva.
— Você que é. — Norma apoiou o seu corpo na parede e sentiu a ponta do dedo de Laura deslizar por seu corpo.
— Se a perfeição existir, tenho certeza que ela é você. — Laura olhou de forma intensa para os olhos da amada. Amava muito aquela mulher à sua frente, tinha certeza disso.
Sob os olhares atentos de Norma, Laura envolveu um dos seios expostos com sua boca e ouviu um gemido baixo.
Riu, pois sabia que a namorada naquele momento estava tentando se conter por conta da reclamação recebida.
— Laura – Norma disse quando a médica começou a descer com os beijos para seu abdômen.
— Amo esse seu cheiro – falou quando seu nariz tocou abaixo do umbigo da ruiva.
Dando-se conta de onde aqueles lábios iriam chegar, sentiu o seu íntimo se contrair e depois algo quente deslizando por uma de suas coxas.
Laura lambia a coxa de Norma sem pressa. Sabia que a amada ansiava senti-la intimamente, contudo queria tardar o quanto fosse possível, pois ansiava ver a ruiva pedindo para ser tocada.
— Você está sendo má comigo. – Norma levou sua cabeça para trás quando a língua quente deslizou por sua virilha lentamente.
— Acho que não, pois você está amando. – Laura apoiou uma das pernas de Norma em seu ombro e envolveu o íntimo da ruiva sem pré-aviso.
Escutou um gemido alto que logo foi contido.
— Laura – disse manhosa.
Sem dizer mais nada, Laura começou a ch*par devagar e quando teve oportunidade começou a penetrar a ruiva com sua língua, fazendo com que sua amada não conseguisse mais se conter.
Norma segurou firme nos cabelos cacheados da médica e começou a rebol*r devagar, mesmo sentindo todo seu corpo tremer naquele momento.
Quando percebeu que Norma logo goz*ria, Laura a penetrou devagar, fazendo com que Norma levantasse um pouco seu corpo.
Enquanto movia seus dedos lentamente, Laura beijou uma das coxas de Norma e depois beijou o íntimo devagar, fazendo o outro corpo estremecer.
— Goz* para mim – pediu quando sentiu as paredes do íntimo da ruiva se contraindo em seus dedos.
Após Norma se entregar totalmente ao momento, Laura levantou o seu corpo e abraçou a ruiva.
— Fala que não quer ter algo assim todas as manhãs – provocou a sua amada após depositar vários beijos na face tranquila.
— Impossível eu dizer isso, pois quero você sempre. – Segurou a face de Laura e a beijou com urgência.
— Eu sei que devo estar atropelando todos seus planos para sua vida, mas, Norma, você aceita morar comigo? – perguntou olhando diretamente nos olhos da amada.
— Se fosse há algumas semanas, eu diria que não – Deu uma pausa e notou que o olhar de Laura estava demonstrando ansiedade – Mas eu aceito sim. O que mais desejo é dividir os meus dias com você!
_*_
Paola desceu do táxi e encarou o grande prédio a sua frente. Fazia alguns dias que não havia tido notícias do engenheiro. Isso era algo que lhe preocupava muito.
— Espero que você não tenha feito nenhuma besteira. – Caminhou até a entrada do prédio e se deparou com o porteiro.
— Bom dia, você está a procura do senhor Ricardo, né? Eu estava aqui a última vez que o visitou – O senhor de meia-idade disse calmamente.
— Imagino que tenha um recado para mim?
— Tem sim! – o senhor caminhou até uma das gavetas disponíveis e pegou um envelope. – Paola? – perguntou para se certificar e a morena assentiu. – Ele me entregou na última vez que nos vimos, pediu para você não procurá-lo.
— Obrigada – Paola voltou a caminhar em direção a rua e colocou o envelope em sua bolsa. Queria ler com calma. Quando estivesse em sua casa – O que você fez, meu amor? — perguntou-se.
Após chegar em casa, Paola se sentou no sofá e abriu o envelope.
“Olá, Paola
Imagino que você tenha ido me procurar em meu apartamento e recebeu esse envelope do porteiro. Bom... não quero me estender com esse recado, então vou ser claro. Resolvi dar um tempo de tudo. As coisas que fiz nos últimos dias estavam me consumindo por dentro. Eu não fui uma boa pessoa, nem com quem eu mais amo, que é minha mãe.
Antes que eu pudesse fazer uma burrada maior, eu resolvi tratar o meu vício pela bebida.
Ficaremos um tempo longe, acho que assim será bom para você pensar se realmente quer ficar com uma pessoa como eu. Acredito que você chegará a conclusão que não.
Desejo que você seja feliz. Temos erros do passado, contudo acredito que estamos desejando nos tornar pessoas melhores.
Quero poder te reencontrar depois que eu sair de onde estou e pode ter certeza que quando você me encontrar, eu não serei mais o mesmo que você viu pela última vez.
Beijo, cuide-se!
Ricardo"
Quando terminou a leitura, Paola devolveu o papel ao envelope e ficou pensativa. Talvez o melhor a se fazer depois daquele momento era esperar para ver para onde o tempo iria lhe direcionar.
_*_
Fazia um tempo que Raquel estava em sua sala e ela não conseguia parar de sorrir.
Na noite anterior, Sófia e ela começaram a planejar o casamento. Logo aquele sonho se tornaria realidade e isso lhe animava muito.
— Raquel? – Uma voz masculina começou a tomar conta do ambiente, era o arquiteto que havia começado a trabalhar com ela.
— Entra, Pedro! – Ajeitou-se na cadeira e viu a porta sendo aberta.
— Eu não queria te atrapalhar, mas é que tem uma mulher aqui querendo falar com você.
— Mulher? – ficou confusa. Será que era Norma ou talvez Paola? Pensar na última possibilidade não lhe deixou animada — Deixe-a entrar! – disse e o homem assentiu.
Após algum tempo, ela escutou o som do toque de saltos no chão e viu a imagem da última pessoa que ela esperava ali.
— Mãe!
Fim do capítulo
Olá,
O que acharam do capítulo?
Espero que tenham gostado.
Beijinhos^^
Van
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 22/11/2020
Kkkkk... Norma vc precisa ir logo para a casa de Laura... kkkkk essas duas são demais
patty-321
Em: 30/10/2020
Aeeee norma! Aceitou. Um médica delícia como a Laura não dava pra ficar pensando muito. E agora, Raquel?
Resposta do autor:
Olá,
kkkkkk Norma não podia dizer não, as duas combinam muito.
No próximo capítulo vamos ver o que vai acontecer com Raquel.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van^^
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Vanderly
Em: 29/10/2020
Boa noite Van^^!
Gostei do capítulo, achei bizarro essa reclamação da síndica sobre os gemidos, kkkkk.
Eu morei numa casa, em quê morava um casal no andar de cima, pense no barulho quê eles faziam na hora do sexo. Kkkkk
O quê será que vai acontecer nesse encontro entre Raquel e a mãe? Ansiosa por saber o teor dessa conversa.
Beijos!
Resposta do autor:
Olá,
Até eu fiquei surpresa com a reclamação. kkkkk
Deve ter sido horrível conviver com estes seus vizinhos. rsrs
O encontro entre Raquel e Rita vai ser no próximo capítulo.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van^^
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