Na comemoração de 4 anos de namoro decidiram viajar por cinco dias. Esquecer um pouco à rotina que as cercavam.

Cacau sentia vontade de ter um filho e Emme sequer tocava no assunto de casamento e muito menos em ter filhos.

Depois da viagem, teve a ideia de convidar Juliana e Isa para um almoço.

Agora Juliana tinha um filho, Cauan, faria três anos em breve e Emme não conseguia segurar o bebê desde que nascera. Sempre teve medo de derrubar por achar aquele ser tão pequeno e tão delicado. 

Emme estava certa, Isa e Juliana faziam um casal bonito e já falavam em casamento, logo, já moravam juntas desde que a criança nascera. 

_Emme, Juliana achou um tempinho, o que custa receber elas? – Emme sentia-se cansada ainda da viagem. 

_Tá, tudo bem. O Cauan vem? 

_Amor, mãe e filho são um só nessa fase. Juliana não vai deixar ele com babá. – Disse rindo. _Laura, anda aqui. Me ajude. 

_Ah mãe, tô ocupada. – Laura gritou. Cacau foi até a sala. 

_Vendo Netflix? Dar uma ajuda aqui pra sua mamãezinha. E me conta como foi ter a casa cinco dias só pra você.

_A senhora sabe, o de sempre. – piscou o olho para Emme. _Estudando e estudando. 

_A Laura tá namorando. – Emme contou, como resposta a menina jogou uma almofada em seu rosto. 

_Eu te pedir para não contar agora. 

_Não sei pra quê tanto segredo. – Defendeu rindo. 

_Quem é o rapaz? 

_Da faculdade.

_Ele fuma alguma coisa? 

_Não mãe.

_Eu quero conhecer esse rapaz. Traga ele ainda hoje, ok? 

_Tá bom mãe. 

_Amor, elas chegaram. – Emme avisou e se aproximou de Laura. _É melhor ela saber que você já namora Laura. Você já tem 21 anos, é normal isso ter acontecido.

_Você está certa. Oiiiii. – Se levantou e pegou Cauan no colo. _Meu Deus Ju, que criança mais linda. Amo criança, oi neném lindo. 

Juliana abraçou Emme. 

_Ah Deus, que bom que vocês chegaram. Eu vou ali no banheiro e volto logo. – Disse entregando a bolsa de Cauan. 

Isa logo em seguida entrou. Estava estacionando o carro. Abraçou Emme. 

_Que saudades minha amiga. Cadê Juliana? 

_Foi ali ao banheiro. 

_Ah ótimo, nossa, que bom que vocês chegaram. Eu vou ali no banheiro, volto já. – Entregou a Emme outra bolsa contendo fraldas e brinquedos.

_Tá ok, eu seguro as coisas do Cauan.

Cacau e Emme se olharam. 

_Elas tão apertadas? 

_Já já elas voltam. 

Laura ficou com o pequeno por um bom tempo, enquanto via Cacau ir para cozinha e Emme montar à mesa.

_Amor, elas tão demorando no banheiro. 

_Mãe, tenho que estudar agora.

Cacau segurou o pequeno no colo.  _Já já te chamo para o almoço. Emme, vai ver o que elas tão aprontando. 

Emme foi com Laura até o banheiro. Não estavam. Em seguida saíram à procura delas em todos os cômodos ate pararem no quarto de hóspedes e viram as duas dormindo, pareciam estar tranquilas. 

_Ué, tão dormindo? 

_Cuidar de criança não é fácil. – Disse Laura e logo foi para o quarto. 

Emme disse à morena o que elas estavam fazendo. 

_Ah Deus, elas confiam na gente. Segura o Cauan aqui, vou olhar ali o almoço. 

_Você é a madrinha de consagração Cacau.

_E daí? Você também é a madrinha e eu tô olhando a comida que a Ivete deixou no fogo. 

_Eu olho. 

_Negativo, a última vez você deixou queimar. 

_Porque você quis fazer sex* oral em mim em cima da mesa. 

_Não fala essas coisas que ele tá ouvindo. Amor, me desculpa dizer mais todas as vezes queimaram e a gente só tem essa comida. Então, é seu dever segurar, enquanto eu olho. Deixa que eu cuido da mesa também – colocou-o no sofá _você consegue. – E saiu rapidamente. 

Emme sentou perto dele. 

_Quer assistir alguma coisa? – Olhou para ele. _Um filme de luta, que tal? Eu gosto de romance, mas você não pode assistir. 

O pequeno olhou para ela e começou a chorar. 

_Amor, ele tá chorando. Vou chamar a Juliana. 

_Canta pra ele. Deixa elas descansarem. 

_Eu não sei cantar, eu posso desfilar. – Num impulso colocou-o no chão devagar e passou a desfilar. Ele continuou a chorar. _Ah, lembrei. Galinha pintadinha. – Rapidamente colocou o musical e passou a aplaudir. _Ele continua chorando Cacau. 

_Dança com ele Emme. Ver se ele fez caquinha, eu vi ai uma mamadeira, ele pode tá com fome também. 

Emme pegou-o no colo e fez o que a morena pediu. Saiu dançando com ele pela casa, até que se calou. 

_Amor, ele calou a boca. Meu Deus, não pesa nada. Ai meu Deus, eu tô segurando uma criança. Oi neném. – Olhou-o e sorriu beijando sua cabeça. _Tá vendo pouco cabelo na minha cabeça é? Quer pegar? Que criatura mais adorável. – Cacau se aproximou e segurou sua mãozinha.

_Lindo, não é? 

_É muito gostoso. Nem acredito que um serzinho desse conseguiu derrubar duas mulheres fortes. 

_É, mais no final é gratificante. – Beijou o rosto de Emme e voltou para a cozinha. 

Emme ficou com ele durante aquelas horas. Quando as duas acordaram, encontraram Cauan limpo e quieto ouvindo o musical. Elas agradeceram os cuidados durante aquele tempo e disse que precisavam de um tempo para descansar. 

Passaram a tarde com elas e no dia seguinte, Emme ligou e pediu para fazer uma visita ao pequeno e assim seguiu durante semanas.

_A festa dele de três anos vai ser em casa, eu faço questão. – Disse Emme. _vamos organizar um festão, encher de balões, decoração, chamar muitos amigos. 

_Ah, não precisa Emme. 

_É um presente. Ele merece, só se faz 3 anos uma vez na vida. 

E Emme fez. Tinha se apegado ao pequeno, fazia todas suas  vontades e Juliana gostava daquela aproximação. 

_Comprei hoje um presente para o Cauan, você acha que ele vai gostar? – Cacau mantinha-se ocupada olhando para vários papéis.

_O que você comprou dessa vez? 

_Um carro de controle remoto. 

_Aqueles pequenos? Que bom amor, ele vai gostar sim.

_Não. Aqueles que a mãe controla enquanto ele tá dentro. – Cacau lhe olhou. 

_É o que? Você tá louca? Um carro desses é caríssimo Emme, você sempre exagerada. Não consegue ser equilibrada em nada. Quando compra roupas é exageradamente, quando compra calçados é da mesma forma, você acabou de tirar um carro, teu carro é caríssimo e agora tirou um carro para uma criança que coloca tudo na boca? Você não tem um banco, eu estou no vermelho. O Cauan é nosso afilhado, mas não deve toda semana encher ele de presente. Acha que eu ganhei na mega sena? Você tem funcionários para pagar e eu também. Não devemos sair por aí comprando tudo o que dar na cabeça. Devolve o carro. – Disse no final. Emme decepcionou-se. _Eu estou no vermelho Emme, você sabe muito bem que eu deixei de receber dinheiro da empresa de San Caetano. 

_Eu te ajudo. 

_Como? Me diz? 

_Bom, a Emme store tá tendo muito lucro. 

_Exatamente, a Emme store, que quando você não está doando, você está gastando. Só para de gastar pelo amor de Deus, senão vamos nos afundar. Ah, por favor, me deixa quieta. 

_Eu peço dinheiro a mãe, se a situação está tão feia assim para você. 

_Não, você sabe como eu sou. Só para de gastar, ok? 

Emme preocupou-se. Foi até Juliana e quis saber a real situação da fábrica. 

_Estamos no vermelho Emme, essa é a verdade. A Cau está com umas despesas a mais devido ao transporte dos tecidos e umas máquinas foram quebradas em San Caetano, ela teve que mandar dinheiro para o pai. 

_Ela me falou, mas eu não tinha ideia. Tenho que sair agora. 

Juliana despediu-se da amiga e logo depois foi a sala de Cau. Estava estressada, dava para ver em seu semblante.

_Ei, não se preocupa, você vai conseguir quitar todas as dívidas. 

_Espero que sim, não quero falir algo que eu acabei de possuir, você entende? – Tirou os óculos e olhou-a. _ Essa empresa tem menos de três anos Juliana, não quero fazer empréstimos, os juros estão altos e a economia não está nada bem. Eu preciso pegar um ar.

_Tá, eu cuido aqui das coisas. 

_Obrigada. 

A morena saiu, passou a pensar em uma forma de conseguir um bom dinheiro e sua única conclusão foi pedir um empréstimo. Voltou para a empresa e somente a noite foi para casa. Tinha passado a tarde sem se comunicar com Emme e Laura estava na agência. 

Tomou um bom banho, depois colocou seu blusão confortável e deitou por alguns instantes. Ao acordar Emme estava com seu computador ligado. 

_Oi. 

_Oi, deita aqui comigo. – Pediu com carinho e Emme se aconchegou ao seu lado. _Desculpa por ter gritado hoje com você, eu estava exausta e acabei descontando. 

_Tudo bem, você está certa. Eu sempre fui consumista, enfim... 

_Que horas são? 

_Já está tarde, Laura passou aqui e nos deu boa noite. 

_Vamos dormir não é? 

_Vamos sim amor, mas antes quero te dar um coisa. 

_Ah Emme, é presente?

_Sim, é um presente, mas você vai gostar e eu espero receber uma boa noite de contribuição – Emme lhe entregou um envelope _abre.

_Um cheque? – Disse ao abrir.

_Isso mesmo. Para você, e nada de orgulho, ok? Eu te ajudo e você me ajuda, é assim que funciona. 

_Mas Emme, de onde você tirou esse dinheiro? 

_Eu não sou tão consumista assim, quer dizer, sou um pouco, mas eu economizo também. – Disse satisfeita. 

_Ai amor, obrigada. – Lhe abraçou. _Obrigada, obrigada mesmo. Você salvou minha pele. 

_Eu sei! Mereço uma noite de amor bem prazerosa? 

_Todas as noites de amor, Emme. Eu amo você. Mas o carrinho você devolveu não é? 

Emme sorriu alto. 

_O que você acha? Foi o jeito. 

_Quando ele crescer mais um pouco eu prometo que damos um carrinho a ele, amor. Agora é desnecessário, você não concorda?

_Tá, eu concordo. 

_E esse sutiã que eu amo? – Perguntou beijando seu colo.

_Coloquei especialmente pra você hoje, um dia importante, dia que eu te salvei de dívidas maiores. – Beijou-a. _Eu aceito me casar contigo. 

_Ow, achei que já estávamos casadas. 

Emme então sorriu e apertou seu nariz. 

_Engraçadinha... moramos juntas, mas quero ter teu sobrenome e já podemos fazer isso. 

_Está falando sério? 

_Já me viu falar algum dia sobre casamento? – Como resposta, a morena lhe olhou com desejo. Passou a mão pelo seu ombro, até chegar no sutiã e tirá-lo com uma mão só. Experiente, segurou a nuca de Emme e lhe tomou, amando cada parte de seu corpo.

Cacau via em Emme uma parceira de vida. Comemoraram e em seguida comunicaram aos familiares. Tempos depois descobriu que a menina dos olhos claros tinha vendido seu colar Justino e pego todas as suas economias para lhe dar aquele dinheiro.

As duas se casaram numa cerimônia pequena, logo depois que a crise na jeans Rolim passou. Cacau estava mais tranquila, pôde dar uma festa como Emme merecia e esperava que aquele fosse o terceiro e último casamento de sua vida.

_Vamos jogar o buquê? – Sugeriu Emme. 

_Claro. – E ao jogarem o buquê, viraram rapidamente e sorriu quando Léo pegou-o. 

_Amiga, será se você me arruma um príncipe para eu finalmente me casar? Porque você é santa casamenteira. As duas ali já vão para a segunda lua de mel. – Apontou para Juliana e Isa. 

_Eu vou te arrumar um lindo príncipe, meu príncipe. – Foi até o amigo segurando o vestido e tomou seu rosto.

_Será se você me empresta esse teu vestido que está lindíssimo?

_Empresto, e o salto 15 também. – Piscou o olho para o rapaz. 

_Eu amo você. 

_Eu também. Agora vamos dançar, que a noite está apenas começando.

Laura depois que se formou, passou um ano fazendo o que queria, viajou, fez tatuagens, fez um curso de fotografias e preferiu aperfeiçoar sua área em outro país, queria criar e mostrar seu trabalho a grandes profissionais.

Cacau chorou, não queria perder sua menininha, se dependesse dela Laura viveria sempre debaixo de suas asas. 

_Mamãe, vão ser só dois anos e eu venho sempre te visitar nas férias. Vou ser a maior estilista que o mundo já viu. E quero a Emme usando minha coleção. – Emme sorriu e assentiu. 

_Olha Laura, não apronta e nada de usar a verdinha. 

_Ah, por Deus Emme. – Cacau tomou à frente. 

_O quê? Eu não estou falando nada demais. – Beijou o rosto de Laura. _Boa viagem meu amor e se divirta.

Cacau passou semanas sentindo falta da filha. Emme sempre ali, ao seu lado lhe abraçando e lhe acalmando. A menina fazia falta, mas ela não era mais uma menina, havia se tornado um mulherão. 

_Amor? 

_Oi Emme?

_Você já tem quarenta e dois. 

_Está tentando me animar? 

_Bom, um pouco – passou o vinho para ela e logo depois entrou na piscina. beijou seu ombro. _Parece que a cada dia você fica mais linda.

_Diz isso porque você sempre gostou de pessoas mais velhas.

_Eu tenho o direito de achar minha esposa bonita, ou não tenho?

_Desculpa Emme. – Respirou fundo. _Obrigada, tá bom? É que vivo o tempo todo com os pensamentos em Laura.

_Ela tá estudando, está fazendo o caminho dela igual você quando era mais jovem e igual eu meu amor. 

_É, eu sei. – Sorveu um pouco de vinho. 

_Cacau? 

_Oi amor. 

_Eu quero ter um filho com você.

_Espera, é o quê? 

_Minhas crise estão controladas, você sabe meu estado normal, já estamos juntas há quase sete anos, eu sei teus segredos, você sabe os meus. Já nos casamos e você merece um filho, o que acha? 

_Ah meu Deus... isso é por que a Laura foi embora? 

_Não, isso tem a ver com nós duas Cacau. Se lembra de quando eu disse que eu queria primeiro viajar, curtir muito você, me tornar uma pessoa melhor para depois eu pensar em filhos? Você me esperou Cacau, aguentou minha crise quando eu estava em Vilarinho, me perdoou pelo beijo que dei em Bernadete, viu eu quase entrado novamente numa fase mania por causa da doença do Léo e o mesmo amor que eu sentir por você quando começamos a namorar é o mesmo amor que eu sinto hoje, aqui na piscina. 

Cacau segurou-a no colo. 

_Enme, eu sempre te pedi um filho. Você tem certeza? Você é a mulher que eu amo, nunca quis adotar porque eu decidir esperar teu tempo, você aguenta meus momentos que estou chata, é a pessoa que me ensinou muito mais sobre o amor, me mostrou que dinheiro é bom, mas não é tudo. Você é bondosa com as pessoas, me faz ver o mundo diferente, me faz ser mais humana e você fez um cacau atrás da tua orelha. – Sorriu. 

_A única tatuagem que eu conseguir fazer na vida. 

_Você tem certeza Emme?

_A certeza que tenho é que quero viver contigo todos os meus dias e você? 

_Sabe que sim. 

_Minha única preocupação é com minhas inconstâncias, sabe como eu fico. – Contou triste.

_Eu sei meu amor, mas você sabe que eu e sua mãe a gente está aqui para cuidar de você antes do quadro piorar e eu sei identificar quando você não está bem. Eu cuido de você e você cuida de mim, não é mesmo? Tem certeza Emme? Olha que eu vou começar a criar expectativas reais.

_Se quiser podemos ir amanhã, eu tenho certeza. Nós merecemos e você merece, ele vai ser de nós duas, vamos ser mães meu amor. – Disse emocianada com a certeza de que era àquilo que queria.

_Ah Emme, eu te amo com todas as minhas forças e eu sempre soube que a gente daria certo. 

No dia seguinte, seguindo o combinado foram à procura da melhor clínica de fertilização. 

Juliana soube da novidade e ficou feliz, assim como Léo que colocou na cabeça que seria tio. 

_Tio, irmão, padrinho, se quiserem posso até ser o pai... – Ele contava todo feliz. 

Emme viu seu mundo se transformar. Sentir alguém dentro de si, era mágico. Entendia o motivo de a morena tantas vezes falar de filhos. 

_Não queremos saber o sex*. Eles precisam somente saber que vão ser amados. 

_E vocês me contam dessa forma, por vídeo chamada?

_Desculpa Laura, é que não deu para esperar suas férias e a médica disse que é gêmeos. – As duas tinham acabado de receber a notícia.

_Vocês estão falando sério? 

_A gente não iria brincar com algo sério meu amor, são dois em um mesmo pacote. – Cacau disse segurando a barriga de Emme. 

Laura gritou e pulou. 

_Venha logo para casa, vamos fazer muitos registros da família. 

Fernanda ficou emocionada com a ideia de ser finalmente avó. Já era hora. Na verdade, achava que já estava passando da hora e quando soube que seria duas vidas, preparou uma festa grande, convidando os amigos mais próximos. 

Algum tempo depois...

_Oi, meu nome é Emme Albuquerque e esse é o meu canal. Hoje vou contar para vocês como eu descobrir o meu transtorno bipolar e como eu lido com isso diariamente. Já falei aqui sobre minha carreira como modelo, minhas viagens ao exterior, divulguei para vocês minha loja online, fiz vídeos sobre maquiagens, contei sobre a doença do meu melhor amigo, falei do meu namoro, meu noivado e meu casamento com a empresária Cacau Rolim e sobre a nossa vida no dia a dia, e a chegada dos nossos filhos, Benício Albuquerque Rolim e Belinda Albuquerque Rolim. Mas eu nunca falei abertamente sobre minha Bipolaridade, talvez por vergonha, ou pelo medo de sofrer preconceito, ou porque eu não queria mesmo  falar sobre isso, porque é algo tão delicado, mas que as pessoas precisam saber e passar a não tratar como uma bobagem e sim tratar como de fato ela é, que é uma doença que não tem cura, mas tem como controlá-la. Eu sou a Emme Albuquerque e hoje vamos falar de Transtorno Bipolar. 

_Excelente Emme, parabéns. – Léo disse logo depois que finalizou a filmagem. 

_Obrigada você por me ajudar. Não estou dando conta de tanta coisa, já já eles vem da escola e acabou meu descanso. 

Não demorou muito para que Cacau chegasse com os meninos.

_Mamãe, mamãe. – Os dois correram para lhe dar um abraço. 

_Oi meu amores. – Bocejou. _Como foi à aula?

_A Belinda empurrou um amiguinho na cadeira. 

_Ele roubou meu lápis. – Belinda defendeu-se.

_Filha, mas que palavra feia...

_Eu já conversei com ela. – Cacau tirou o casaco. Estava também cansada. _Ela não vai mais fazer isso. Oi amor. – Deu um breve selinho em Emme. 

_Oi.

_Eu vou indo, a noite eu te vejo, ok? – Disse Léo se ajeitando. _Até mais crianças. 

_Até mais tio Léo. – Os dois disseram juntos. 

_Anda, vamos tirar as roupas e tomar banho para almoçar, a mamãe preparou uma comidinha muito gostosa.

_Eu quero chocolate. – Benício disse.

_Só depois do almoço. – Emme disse pegando-o no colo. _Quem comer primeiro vai poder escolher a sobremesa. 

Cacau segurou Belinda, e seguiram as duas para o banheiro. 

_Amor, prometo que vamos arrumar uma babá logo, tá bom? 

_Tudo bem Cacau. 

_Já tomou seus remédios hoje? 

_Já sim, e a Laura mandou notícias? 

_Disse que volta em uma semana e vai ficar de vez conosco. 

_Ah que bom. Está na hora de ela dar uma parada do trabalho. Arrumar alguém não é? E se casar. 

_Como se você não conhecesse a Laura, ela gosta de se aventurar, só se ela conhecer alguém que mexa com ela completamente. Estava pensando aqui, depois do almoço vamos na casa de Juliana?

Emme então sorriu.

_A casa da Juliana está em reforma amor, esqueceu? A família dela cresceu também e ela não vai poder nos ajudar agora. 

_E que tal irmos na casa de tua mãe?

_A mãe tá no trabalho e todo dia ela vem aqui nos ajudar amor. 

_E o Léo? 

_Amor, o Léo tá trabalhando editando meus vídeos, já estou sobrecarregando ele demais e ele mau sabe cuidar de si.

Após banharem e alimentarem as crianças, Cacau e Emme trancaram o quarto e os colocou-os na cama. As duas deitaram juntos à eles e ficaram agarradinhos, sorrindo e brincando com cada um, sentindo a paz de terem uma família.

_Obrigada Emme por me dar essas duas crianças lindas. Vocês são tudo na minha vida.

_E você é tudo o que um dia eu quis, obrigada por ter esperado o meu tempo, no final o que vale é isso, uma cuidar da outra e eu continuo loucamente apaixonada por você. – Segurou sua mão e abraçaram os meninos.

_Eu sou apaixonante mesmo. 

_Você é uma convencida, dona Cacau Rolim.

_E você é o meu amor, Emme Albuquerque Rolim.

Emme sorriu e ajeitou seu cabelo. 

_Crianças, que tal uma guerra de travesseiros?

Fim

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo