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Por Acaso Um Amor por Vanderly

Ver comentários: 8

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Palavras: 4258
Acessos: 4801   |  Postado em: 12/07/2020

Capitulo 32 Ainda bem...

Por Virgínia:

Apesar de toda a apreensão que eu sentir o meu domingo com a Rebeca foi maravilhoso. Ela ficou gelada, mas se saiu bem na conversa com a minha mãe, e agora estávamos oficialmente namorando. 

Eu também tive meu momento de suar frio na presença dos pais dela, mas eles foram maravilhosos, e eu me senti de fato uma princesa africana, como me apelidou a mãe dela. Só uma coisa me deixava um pouco pensativa; o fato da Rebeca ser controlada demais, a gente não dormiu mais juntas desde aquele dia na fazenda, as vezes me dava uma vontade doida de sentir aquele corpo dinovo.

A Helane finalmente chegou de viagem, eu conversei com ela a respeito das nossas suspeitas em relação a Havana,  e logo ela me informou que a mesma iria fazer alguns exames; a Acácia fez as coletas dos materiais e agora era questão de tempo para a gente saber o resultado do teste de paternidade do senhor Rubens em relação a Havana. 

 

Eu e a Rebeca planejamos um almoço em família na fazenda para quê nossos pais se conhecessem pessoalmente, e de forma pretensiosa convidaríamos a Havana, e lá no momento oportuno mostrariamos os resultados dos exames,caso dessem positivo.

O final de semana chegou, e na sexta-feira a tarde viajei em companhia de uma Rebeca misteriosa para a já conhecida vila dos pescadores. Ela estava muito calada e isso me deixava apreensiva. - Rebeca, o quê você vai aprontar comigo dessa vez?- Ela sorriu mordendo o canto da boca, e eu achava lindo aquele jeito de mulher travessa dela.

- Nada quê você não vá gostar! - Ao chegarmos na vila um rapaz nos ajudou com a bagagem, vi que ela entregou a chave do carro para ele, assim que nos acomodamos no barco. - Guarde o carro pra mim Túlio, domingo a tarde o pego de volta.- Um outro nos levou até a ilha, passamos no restaurante da Marta, a cumprimentamos, ela entregou umas chaves na mão da Rebeca, e cochichou algo em seu ouvido, o quê a deixou vermelha e sorridente.

Nós continuamos andando, o rapaz com as mochilas fora na frente, eu já conhecia aquele caminho, mas quando chegamos no chalé fiquei maravilhada. Ele estava pintado na cor laranja fosforescente, e fazia um lindo contraste com as portas e janelas brancas; havia uma faixa branca com os dizeres na mesma cor do chalé esticada na sua frente. "Parabéns Dra Rebeca, desejamos-lhe muito sucesso; na tua vida, na tua arte, e no amor. Nós os moradores da Vila Generosa agradecemos a tua presença!"

- Rebeca! É o teu aniversário e nem me disse! - Ela sorriu limpando as lágrimas do rosto.

- Não! Na verdade é meu aniversário da formatura em odontologia, sendo comemorado por eles na data em que pisei nessa ilha pela primeira vez. Já fazem mais de três anos. - Ela sorria feliz.

- Dra, tenha uma ótima noite com a senhorita Virgínia, e não esqueça, amanhã faremos a festa lá embaixo na praia a parti das dez horas! - O rapaz falou depois quê deixou nossas mochilas sobre uma cadeira de madeira na varanda.

- Obrigada Caio, uma ótima noite pra você também. Nós estaremos lá bem cedo para o café da manhã.- Rebeca falou e ele se foi.

Ao entrarmos no chalé fiquei boquiaberta; o pequeno sofá tinha tinha sido substituído por um maior e bem confortável, um tapete felpudo forrava o chão, na cozinha a mesa ganhara uma bonita toalha estampada, um jarro com flores estava no centro, um fogão, uma geladeira pequena, e alguns armários pequenos nas paredes.

- Pretinha, vá tomar um banho enquanto eu preparo algo pra gente comer! - Entrei no banheiro e encontrei tudo quê precisava pra tomar um banho completo.

Quando retornei a Rebeca estava preparando uma salada com alface, tomate, cebola, pepino e palmito. - Precisa de ajuda? - Aproximei dando um cheiro em seu pescoço. 

- Arrume os talheres na mesa, enquanto eu tomo um banho e visto algo mais confortável. Os pratos e demais utensílios estão nestes armários. - 

Os vinte minutos quê ela passou no banho me pareceram uma eternidade. O cheiro do peixe que ela colocara no forno para assar estava me deixando com água na boca. Quando ela finalmente apareceu vestida numa bermuda de moletom, uma camisa soltinha, e os cabelos molhados fiquei babando.

- Vamos vê se nossa janta está mesmo boa! - Ela retirou o peixe do forno com cuidado, e o colocou sobre a pia, pois estava super quente. Nos servimos da salada, depois ela colocou uma porção do peixe em meu prato, salmão recheado com camarões acompanhado com batatas assadas em rodelas; estava uma delícia. Lavamos a louça, comemos um pouco da sobremesa que a Marta dexara na geladeira, um pudim de maracujá.

A Rebeca serviu dois cálices de uma espécie de licor de pitangas, e fomos ficar um pouco na varanda apreciando as luzes da vila lá embaixo, e o céu completamente estrelado. Enquanto tomávamos o licor fiquei a observando de soslaio, sua boca rosada tocando o cálice delicadamente e saboreando o licor de gosto agridoce bem devagar. Não sei se foi a visão sensual dela na minha frente, ou o licor que me provocou um calor que espalhou pelo corpo inteiro, ou as duas coisas.

- O quê foi? - Ela inquiriu. - Esse licor, está me deixando... - Com calor! - Ela completou. - Ele tem umas especiarias afrodisíacas, que segundo a Acácia despertam a libido. - Eu sorri, já estava me sentindo flutuando;

A Rebeca pegou os cálices que estavam no parapeito e segurou minha mão. - Vamos entrar! - Eu a seguir, ela deixou os cálices sobre uma mesinha de centro. Abriu a porta de um dos quartos, quando eu olhei para dentro havia uma cama de casal enfeitada com pétalas de rosas brancas, e uma almofada vermelha no meio em formato de coração.

 

Por Rebeca:

Depois daqueles três meses de namoro, em quê eu vinha me controlando e fugindo do furacão Virgínia; porquê ela não fazia questão de esconder o quanto queria fazer amor comigo, pois apesar de não se expressar com palavras como na vez quê dormimos juntas, ela me excitava sem pudores, mas eu resisti firme, no meu intento de tornar aquele nosso momento inesquecível.

Ela ficou parada na porta do quarto, olhando encantada para a cama quê eu tinha enfeitado rapidamente enquanto ela tomava banho. Como os lençóis eram em cetim vermelho optei pelas rosas brancas, a pequena almofada em formato de coração era uma surpresa a parte. Depois quê ela fechou a porta, caminhou até mim que a observava sentada num puff próximo ao pequeno guarda-roupas.

- Está lindo! - Seus olhos negros brilhavam como duas tochas de fogo.

Levantei devagar, segurei seu rosto com minhas mãos. - Linda é você minha preta! Minha princesa. - Acariciava seu rosto delicadamente, enquanto pensava como em tão pouco tempo eu fui fisgada por aquela menina; eu estava amando a Virgínia, e aos poucos perdia o medo de que mais tarde ela me deixasse.

- Parece que eu estou sonhando, sinto como se meu corpo flutuassse. Ah Rebeca, você aos poucos está me deixando, como diria a Andréa, "de quatro, arriada os quatro pneus mais a estepe." - Ela me abraçou pela cintura, e eu a conduzir até a cama devagar. Ela tentou me puxar para eu ficar por cima, mas me afastei um pouco, e peguei a almofada.

- Virgínia, eu sei que assumir o namoro com você de uma forma apressada, mas te ofereço esse coração e o quê tem dentro dele, como o símbolo quê quero você prá sempre em minha vida. - Ela pegou com as mãos trêmulas, apertou, cheirou, sentiu a caixinha dentro de um bolsinho, e me olhou séria.

- Rebeca! - Exclamou quando abriu. Eu peguei um dos anéis colocando em seu dedo, ela fez o mesmo comigo. - Como soube meu tamanho?  - Eu a beijei. - A Brenda me emprestou um dos teus anéis. - Ela sorriu. - Adorei a surpresa meu amor, são lindos! - A puxei para mim.

Os nossos lábios se encontraram num beijo faminto. Nossos corações batiam descompassados, eu fui deitando a Virgínia devagar, acariciando seu corpo com delicadeza, nossas roupas foram sendo retiradas aos poucos, em meio as carícias e os beijos.

- Me faça tua meu amor! - A Virgínia pediu baixinho em meu ouvido. Eu escorreguei na cama até chegar aos seus pés; e fui subindo com beijos, carícias e pequenas lambidas; a deixando toda arrepiada, seu sex* estava completamente molhado, excitado, o beijei excitando mais ainda, introduzir a minha língua na sua entrada, e ela soltou um gemido alto, subi encontrando a sua boca, nossos corpos tremiam, ela rebol*va esfregando seu sex* molhado no meu. Coloquei uma das mãos entre nós devagar, ela ergueu as pernas abraçando minhas costas, facilitando mais acesso. A minha mão estava trêmula quando meus dedos tocaram em sua intimidade. Ela gem*u; eu acariciei o seu clit*ris circulando com o dedo, o sentindo duro, desci até encontrar a sua entrada, olhei pra ela, seus olhos estavam fechados, os lábios entreabertos, trêmulos, fui introduzindo o meu indicador devagar até encontrar a barreira. Ela abriu os olhos, nossas respirações estavam ofegantes, aproximei meu rosto do dela.

- Você quer quê eu pare? - Ela me beijou, ch*pando a minha língua bem gostoso, abriu mais um pouco as pernas, erguendo os quadris de maneira que meu de dedo entrou um pouco mais, então deixei ir entrando devagar. Ela gem*u. - Oh! Ah! Ah! Ai, ai! Uh! - Assim quê o senti completamente dentro o retirei devagar, voltando a introduzir em seguida o movimentando, ela começou remexer, enquanto apertava as minhas costas com suas pernas. - Ai, quê delícia, mais rápido amor,vai, ah,oh!- O meu dedo foi apertado, quase esmagado dentro dela. Quando afroxou o retirei devagar. Após nos afastarmos um pouco notei o sangue na minha mão misturado com seu gozo, peguei uns lenços umedecidos, limpei a minha mão e também a sua intimidade. Ela ficou envergonhada virando para o outro lado da cama.

- Ei, não fica assim, a dor e o sangramento é normal. Eu só espero quê não esteja arrependida. - Falei beijando seu pescoço.

- Não, você é maravilhosa, foi lindo. Eu senti mais prazer do quê dor, mas estou com vergonha! - A sua voz embargada mostrava quê ela chorava.Acariciei suas costas em silêncio depois a abracei de conchinha respeitando o seu momento. Depois de algum tempo ela virou pra mim.

- A minha mãe, e o meu pai são descendentes de ex escravos, aquela fazenda já foi palco de muita tortura e sofrimento, antigamente o nome era Engenho Velho, pertencia a um tal de Fernando Nóbrega, um homem cruel. Quando os imigrantes italianos vieram trabalhar na lavoura, a fazenda estava falida, com a morte do Fernando Nóbrega, o avô do senhor Genaro, Giolando Fogazza arrendou a fazenda e começou a criar alguns animais, acabando aos poucos com as plantações de cana de açúcar, e boa parte das de café, anos depois se tornou dono das terras, mandou destruí a senzala pondo fogo em tudo quê lembrasse que um dia alguém foi torturado alí, os filhos dos ex escravos se tornaram seus empregados de confiança e a Engenho Velho virou Fazenda Nossa Esperança, ou Lar Esperança Nossa. Estou te falando isso porque o bisavô do meu pai morreu no tronco depois de ser espancado cruelmente pelo seu senhor branco, mas antes de calá-se para sempre ele disse: "Eu morro, mas haverá um dia em que filhos de brancos se casarão com negras, e no lugar desse tronco será celebrada a união de um casal." -  As lágrimas banhavam nossos rostos.

- Meu amor que história triste, mas com um final emocionante! Eu estou arrepiada. - Sequei as suas lágrimas com beijos, e fiz uma promessa pra mim mesma. "Eu casarei com você minha preta, no mesmo lugar onde teus antepassados foram surrrados." A Virgínia se aconchegou em meus braços, e eu adormeci sentindo seus dedos me fazendo cafuné.

 

Por Acácia:

Durante o dia era suportável a dor de vê a Helane naquela situação; o médico garantira que suspendera a sedação, e acordar dependia da paciente. Os momentos em casa a noite eram um tormento; a Yasmin passou a me desobedecer, se recusou a ir para a escola, a deixei faltar por dois dias, mas depois a obriguei a entrar na Van aos prantos, e ela acabou cedendo. Tudo isso por causa da falta da Helane. 

No sábado, oito dias depois do acontecido num momento em quê eu me arrumava para saí, a Yasmin entrou no meu quarto. - Por que a gente não volta pra nossa casa? A minha mamãe não fica boa logo porquê a senhora brigou com ela! Eu aposto quê ela está mais doente porquê está triste com o quê a senhora fez! - 

Eu saí de casa aos prantos,  o meu irmão Agenor dirigiu o carro calado nos conduzindo até o hospital. Enquanto eu me recompunha ele foi vê a Helane rapidamente. O médico estava permitindo quê ficassemos alguns minutos com ela no quarto. Quando o Agenor voltou, e eu fiz menção de ir, ele segurou no meu braço. - Eu penso que a Yasmin está com razão. -

Eu engoli em seco, e entrei no quarto. Fiquei um tempo a olhando, o seu rosto antes pálido estava ganhando cor, os cabelos curtos deixaram seu rosto mais aparente, dormia tranquilamente um sono de dias. Eu pensei nas palavras da minha filha, e na conclusão do meu irmão; então falei com ela, mesmo quê não pudesse me ouvir, toquei em sua mão com a ponta dos dedos, mas logo uma enfermeira avisou que o meu horário de visitas terminara.

Eu pretendia visitar a Helane no domingo pela manhã, mas a Tereza me informou que o Rogério tivera uma crise, estava internado e seu estado não era nada bom. Falando em Rogério a Yasmin aceitou ir vê-lo algumas vezes, havia alguma afinidade entre eles; então por causa dela decidi ir visitá-lo naquela manhã de domingo. Ele ficou feliz ao me vê, e ao saber da Helane porque perguntara por ela, e eu lhe contei parte do caso, ele desejou melhoras. E me deixou intrigada com um pedido: "Quando ela estiver boa, peço quê venham me vê e tragam a nossa filha."

Eu cheguei em casa cansada,tomei um banho, fiz uma merenda, pensava em ir vê a Helane ainda, apesar de quê o horário de visitas estava quase encerrando; mas a Paula começará a trabalhar lá como técnica de enfermagem, e estava de plantão naquele dia. Caso não me deixassem entrar ela daria um jeito; enquanto eu pensava a minha mãe me interrompeu:

- A Yasmin insistiu tanto para ir na casa de vocês, que seu pai a levou, deixou lá com a Dina, e disse pra você ir buscá-la mais tarde, pois ele saiu com o Nonô. Aqui está a chave da caminhonete. - Eu arqueei as sobrancelhas.

- Agora vocês deram prá fazer todas as vontades dessa menina! Eu já estou atrasada para visitar a Helane! - A minha mãe me olhou bem séria.

- Passe lá primeiro e leve a Yasmin junto, a Pérola pôde entrar um pouquinho pra vê a tia, acho que eles vão deixar a Yasmin vê também. - Eu balancei a cabeça em negativo.

Enquanto eu dirigia em direção ao hospital um filme começou a passar em minha mente: O primeiro dia quê encontrei a Helane na adolescência e aquele beijo esquecido, o primeiro dia quê reencontrei a Helane e fui atraída por aquele olhar azul acinzentado, o segundo no aniversário da Yasmin, onde ela entrou em minha casa pela primeira vez; quando abrir as portas da casa pra ela, estava abrindo as da minha vida e não sabia;  o terceiro dia que ganhei aquela carona inesquecível,e irrecusável, em que quase nos beijamos; o quarto dia quando finalmente nos beijamos, e dormimos juntas pela primeira vez; o primeiro presente junto com uma declaração de amor camuflada num vaso de begônias vermelhas, o quinto dia e o pedido de namoro, a apresentação aos seus pais, o jantar na casa dos meus, a nossa primeira vez na fazenda, onde reencontrei a sua vó, nossa noite de amor no casarão, nossa manhã de amor no nosso refúgio em frente a cachoeira, o pedido de casamento; tudo foi passando velozmente em minha cabeça até chegar o momento atual.Eu dei meia volta no carro e fui em busca da Yasmin, com a decisão quê lá mesmo eu ficaria, e esperaria a minha amada voltar pra casa.

- Pai, quando o senhor chegar, pois sei quê saiu com o Nonô, venha pegar o teu carro aqui em casa! - Eu falei assim que o meu velho atendeu.

- Está bem querida, amanhã cedo eu busco aí. Deus te abençoe! - Eu sorri. - Amém! - 

Quando parei em frente a casa senti uma paz, que desde aquele fatídico dia não existia. Como estava sem a chave toquei a campainha e logo a Dina veio atender; apesar de séria ela parecia animada. 

- Venha, a Yasmin está na cozinha, nós estamos fazendo brigadeiro. - A Yasmin não tinha mais limites, brigadeiro quase na hora do jantar; pensei.

- Mãe! A senhora demorou, eu pensei que não ia chegar nunca! - Eu beijei sua cabeça, e senti aquele cheiro conhecido.

- Filha, você mexeu nas coisas da Helane? Está com o cheiro do perfume dela. Ah! E vamos deixar esses brigadeiros para depois do jantar, pois agora temos quê correr até o hospital e fazer uma visitinha pra Helane! - A minha filha abriu um sorriso largo.

- Eu peguei só um pouquinho do perfume, estava com saudades. Mãe vem comigo quê quero te mostrar uma coisa! - Eu fui praticamente arrastada as pressas para o nosso quarto. - Surpresa! - A Yasmin abriu a porta e gritou assim quê eu entrei.

A Helane estava meia recostada na nossa cama me olhando séria, mas com a mesma ternura de sempre. " Será quê eu pirei de vez e estou tendo alucinações?" Pensava comigo.

- Mamãe! A senhora quer o brigadeiro agora? - A Yasmin quebrou o silêncio me trazendo a realidade dos fatos.

- Helane você acordou e fugiu do hospital? - Falei sem saber bem o quê dizer enquanto meus olhos lacrimejavam.

- Trás só um para quê eu veja se ficou bom! - A Yasmin saiu correndo. - Não meu amor, eu acordei ontem, recebi alta hoje a tarde, e como você tinha viajado, eu pedi a teu pai para trazer a Yasmin pra cá. - Eu me aproximei devagar sentando na cama, mas sem encostar nela.

- Poxa! Por que ninguém me avisou? - Ela pegou em minha mão fazendo um carinho suave.

- Porque eu pedir. Eu queria te surpreender quando chegasse lá prá visitar. Será quê já posso ganhar um beijo da minha esposa? - As lágrimas banharam meu rosto.

 

Por Helane:

A Acácia me fitava com aquelas lindas esmeraldas derramando lágrimas em seu rosto; senti um tremor na mão que eu segurava, os seus lábios tremiam enquanto ela se aproximava timidamente, assim que nossos lábios se tocaram, eu a segurei pela nuca, senti a veia em seu pescoço pulsando loucamente, aprofundei o beijo sugando a sua língua, mas ela afastou ao notar o quanto eu estava ofegante.

- Amor, que irresponsabilidade a minha, você não pode se esforçar assim. - Eu sorri recuperando o fôlego.

- Se eu morrer ch*pando a tua língua deliciosa, morro feliz! - Ela me olhou séria.

- Mamães, o brigadeiro! - A Yasmin anunciou da porta, e estava com um sorriso de orelha a orelha.

Na hora do jantar improvisaram uma mesa e comemos as três no quarto, pra evitar quê eu me locomovesse sem necessidade, pois o médico sugeriu quinze dias de repouso absoluto, e um mês para ir começando algumas atividades devagar. Quando a Yasmin dormiu a Acácia a levou pra cama no colo, e eu sorri; logo, logo, a Acácia não iria aguentar carregá-la mais.

- Como está o Rogério? - Perguntei assim quê ela voltou.

- Ele demorou a procurar tratamento, então o tumor avançou para partes do cérebro quê não podem ser operadas, os demais tratamentos não fizeram o efeito desejado, agora está apenas tratando as dores com morfina. Ele pediu quê a gente vá vê-lo quando puder, e leve a Yasmin junto.-  Ela se aconchegou do meu lado são passando a mão na minha cabeça. - Eu estou com saudades desses cabelos bagunçados. -  Eu fitei bem seus olhos.

- Daqui a dez dias acho quê já poderemos ir lá vê-lo. E quanto aos cabelos acho quê vou mantê-los assim, dá menos trabalho. - Falei só pra vê a reação dela; quê fez bico.

- Eu não gostei, falei prá enfermeira que não deviam ter cortado o cabelo todo; mas ela explicou que a sua cabeça estava toda empapada de sangue, a solução foi cortar pra facilitar a limpeza. - Uma batidinha na porta chamou nossa atenção.

- Entre! - Autorizei. - Ops! A gente só veio desejar boa noite! - O meu pai falou da porta acompanhado da minha mãe.

- Qualquer coisa quê precisarem estamos no nosso antigo quarto; uma boa noite prá vocês! - A minha mãe falou sorrindo, e a porta foi fechada.

- Eu pensei que eles estavam na fazenda. Pois ouvi a dona Helen falar que iriam buscar a vovó Lota pra levar ao médico. - A Acácia comentou.

-  Eles iriam mas como eu acordei, e recebi alta; o Zé e a dona Zefa trarão a vovó amanhã. -

Nós ficamos um tempo nos olhando em silêncio. - Me perdoe! Eu deixei o ciúme me cegar, eu só olhei um lado da moeda, vi a imagem, mas esqueci de olhar o valor. - Eu acariciei seu rosto bonito.

- Você me disse uma vez e eu vou repetir: "Não tem nada, nem ninguém neste mundo que me faça desisti de você!" - As lágrimas marcaram o seu rosto novamente. Eu sequei com meus dedos.

- Tem uma música quê eu gosto muito que diz assim:

"Ainda bem

Que agora encontrei você

Eu realmente não sei

O que fiz pra merecer

Você"... 

A música inteira é linda, mas esse comecinho me representa muito bem. - Eu a puxei pra ficarmos bem coladas.

- Então essa será a nossa música.pois:

..."Você que me faz feliz

Você que me faz cantar

Assim

Ainda bem" -

A Acácia sorriu me enchendo de beijos.

- Eu me senti tão culpada! - Quando a Acácia disse aquilo eu lembrei da Regina, até então ninguém me disse nada, mas com certeza alguém a denunciou, e talvez já estivesse presa, se é quê não fugira; eu pensei por um momento.

- Não se sinta culpada, eu mesma podia ter evitado que isso acontecesse, se tivesse dado ouvidos aos conselhos da minha vó, e não agido com a cabeça quente, indo confrontá-la. Ela estava totalmente desequilibrada, mas nunca passou na minha cabeça que ela seria capaz de matar alguém. Tomara que esteja presa, pra não tentar fazer alguma coisa com uma de nós novamente. -  A Acácia ficou pensativa me olhando, como se estivesse refletindo.

- Ela não vai fazer mais nada contra nós, está presa para sempre! Infelizmente após te ferir ela golpeou a si mesma, foi socorrida, mas morreu a caminho do hospital. - Lágrimas molharam os meus olhos, pois apesar de tudo, eu não desejava a morte dela de uma forma tão trágica; suspirei de certa forma aliviada por não ter sido eu.

A Acácia dirigia a Lindona pelas ruas da capital, nós estávamos indo visitar o Rogério. Ele tomava os remédios em casa, pois segundo a sua mãe eram apenas para minorar o sofrimento; ele já não andava sem a ajuda de alguém, pois a doença afetara os nervos, e ele sentia muitas dores. Quando chegamos ele estava sentado numa cadeira de rodas, a Tereza nos abriu a porta, o Rogério pai também estava lá sentado, e levantou para nos cumprimentar. Depois dos cumprimentos o Rogério tossiu um pouco.

- Helane, eu pedi pra vocês virem, porquê sinto quê a minha vida se aproxima do fim. Eu já pedi perdão para a Acácia várias vezes, e também para a minha filha, agora peço a ti. Eu me arrependi muito de ter me drogado naquele dia pra poder ter coragem de fazer o quê fiz; eu não fui preso, pois neguei o crime,o delegado não acreditou na versão da Acácia por já ter passado dois meses. E seu Agenor vendo todo o sofrimento quê ela passaria mandou-me sumir da cidade, pois se ouvisse falar que eu apareci me denunciaria ao ministério público da capital, os irmãos da Acácia falaram que se me pegassem me dariam uma surra; e como eu sou um covarde fugir. Eu não tenho direito de te pedi nada, mas te peço que proteja a nossa princesinha. Aqui nesta pasta estão todos os documentos dos bens quê eu possuo, passei tudo para o nome dela. Eu sei quê você vai casar com a Acácia, então não tem pessoa melhor prá cuidar disso enquanto ela ainda é uma criança. Muito obrigado. Eu desejo de coração sincero, que vocês sejam muito felizes! - 

O Rogério faleceu algumas horas depois no hospital, após três paradas cardíacas. Não houve velório, apenas uma cerimônia rápida no crematório.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, tudo bem?

Espero quê estejam todas bem.

As vezes a vida imita a arte, ou a arte imita a vida.

O Rogério se arrependeu dos seus erros, e pediu perdão em meio a dor. O quê tornou a sua viagem tranquila. Ao contrário da Regina, quê deixou a inveja tomar conta de si,tentou matar a quem dizia querer bem, e destruiu a se mesma com a mesma arma, não atentando quê tinha uma vida inteira pela frente.

Que a vida dos personagens nos leve a refletir que tudo têm os dois lados, exatamente como uma moeda, de um lado a imagem, e do outro o quê realmente importa, o seu valor.

Muito obrigada a vocês que têm tirado um pouco de tempo para me acompanhar nesta história nesses quase quatro meses.

Espero quê tenham gostado do capítulo acima e comentem para quê eu fique sabendo as opiniões de vocês.

Até o próximo!

Beijos ❤️! 

Com amor,

Vanderly


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Comentários para 32 - Capitulo 32 Ainda bem...:
Lea
Lea

Em: 04/01/2022

Foi inevitável não chorar junto com a Virgínia!!!


Resposta do autor:

Oi!

Muito obrigada por comentar.

De fato esses capítulo foi muito emocionante.

Eu fiquei feliz em saber quê gostaste.

Beijos!

Vanderly

Responder

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rhina
rhina

Em: 13/08/2020

 

Oie

Boa noite.

Tudo voltando a normalidade.

Rhina


Resposta do autor:

Bom dia!

Eu fico feliz em saber quê gostaste do capítulo!

Muito obrigada por comentar!

Tudo nos conformes.

Beijos ❤️!

Vanderly

Responder

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thays_
thays_

Em: 19/07/2020

Adorei o reencontro da Acácia e da Helane, a Helane deve ter ficado uma graça de cabelo curto, mas a Acácia parece que não gostou muito haha esse final com o Rogério, muito reflexivo, acredito que sua enfermidade tenha auxiliado em toda sua auto-análise. Parece que ele estava só aguardando o momento de poder mostrar seu arrependimento, ter certeza que iam cuidar da sua filha para depois partir. Adorei o capítulo!


Resposta do autor:

Olá thays_, tudo bem?

Muito obrigada pelos comentários, pela constância, eu fico muito feliz em saber quê gostaste do capítulo.

A Helane é linda até com a cabeça pelada, mas a Acácia prefere os cachos bagunçados.

O capítulo final foi postado espero quê tenha agradado.

Leia e me diga o quê achou! Estarei sempre por aqui para responder aos comentários.

Beijos se cuida ❤️!

Vanderly

Responder

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Rosa Maria
Rosa Maria

Em: 15/07/2020

Querida Amiga..

Mais uma vez PARABÈNS mais um capítulo intenso e repleto de emoções.

Essa primeira vez de Virginia menina! Loucura acha mesmo que somos de ferro né? kkkk nem preciso mencionar toda intensidade do capítulo amei.

Beijos e se cuida

Rosa


Resposta do autor:

Olá querida Rosa!

Muito obrigada pelos comentários, pela constância. Eu fico muito feliz em saber que gostou do capítulo.

Ah! A Virgínia e a Rebeca é só amor.

O capítulo final chegou! Leia e depois me diga o quê achou!

Beijos ❤️!

Vanderly

Responder

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viinha
viinha

Em: 14/07/2020

Wow.....perfeito seu capitulo,e maos ainda sua reflexão, a vida inata a arte ou a arte imita a vida! As vezes e mto difícil enchegar as coisas com clareza ainda mais estando magoada ou com raiva, ameiiiii parabéns autora @>>---


Resposta do autor:

Olá viinha tudo bem?

Muito obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz quê tenhas gostado da história.

Aí está um novo capítulo. Confere e depois me diz o que achou desse final.

Beijos ❤️!

Vanderly

Responder

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lis
lis

Em: 12/07/2020

Boa noite autora, tudo bem?? Quanta emoção em um unico capitulo hein, ameis,  lindo a primeira vez da Rebeca e Virginia, gostei da promessa delas se casarem na fazenda, muito bom o Rogerio ter se arrependido e pedido perdão, gostei de ver ele se desculpando com a Helane e pedindo para ela cuidar a Yasmim, como vc disse ele teve tempo de se arrepender e se desculpar por mais que isso não mude o que ele fez, que pena a Regina não tem ido viver a vida dela e ter se tornado essa pessoa amargurada que acabou atentando contra a vida da Helane e tirando a sua propria, espero que a Acacia tenha aprendido pois por ser impulsiva quase perdeu o amor da sua vida, eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii volta logo estou ansiosa para saber se a Havana é mesmo da familia a Rebeca e ela tb tem que revelar a gravidez a familia hehe, nossa esse almoço em familia vai ser bem emocionante pelo jeito, parabéns um capitulo melhor que o outro sempre.


Resposta do autor:

Olá querida lis!

Muito obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz quê tenhas gostado.

Eu creio quê a tua ansiedade acaba aqui. Aí está o novo capítulo!

Leia e depois me conta o quê achou desse final?

Beijos ❤️!

Vanderly

 

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 12/07/2020

Uauauauuu.... capítulo cheio de informações... que bom que Rogerio se arrependeu antes do fim... e que momento lindo de Acácia e Helane... amo esse casal... e ja estou doidinha para saber como vai ser a recepção de Havana na sua nova familia.... eeeee, que fofinho a Rebeca querer casar com Virginia no lugar de tragédia ... muito lindinho...


Resposta do autor:

Olá Anny, tudo bem?

Realmente os momentos entre a Helane e Acácia são lindos, emocionantes.

A Rebeca e a Virgínia também são muito fofas.

Você quer vê como foi a recepção da Havana para com a nova família? Então corre e confere aí esse capítulo final! E me conta o quê achou.

Muito obrigada pelos comentários. Eu fico muito feliz quê tenhas gostado da estória.

Beijos ❤️!

Vanderly

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olivia
olivia

Em: 12/07/2020

Meu Deus , como estou amando está estória,Virginia e Rebeca estão pegando fogo! Agora desenrola a vida das mocinhas mais lindas ! Você esta de Parabéns, fico contando os dias para ler Capitulo novo!!🍀🍀👏👏👏🙏🙏🌿


Resposta do autor:

Olá querida olivia!

Muito obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz quê tenhas gostado.

Aqui finalizo a estória. Espero ter agradado.

Se puder me diga o quê achou desse último capítulo.

Estarei sempre disposta a responder.

Beijos ❤️!

Vanderly

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