Capitulo 31 Por favor volta pra mim
Por Virgínia:
Eu estava atrasada para a minha primeira aula; então tive quer saí correndo, e deixar uma Rebeca pensativa. A minha intuição dizia quê as minhas suspeitas não eram infundadas. A vovó lota dizia que quando as pessoas valorizam a família os laços sanguíneos atraem os parentes perdidos. E que "os sinais de nascença eram o DNA da antiguidade."
Eu assisti as aulas ansiosa, a pessoa que tinha uma ligação maior com a Havana era a Helane, mas estava em outra cidade, e eu não queria falar sobre isso por telefone, o André iria ficar eufórico, e não iria aguentar guardar o segredo até as coisas serem esclarecidas, só me restava conversar com a Andréa prá vê se teria um jeito da gente coletar um material pra fazer um teste de DNA da Havana.
No intervalo liguei pra Rebeca, mas ela não atendeu. Provavelmete estava no consultório com um cliente e não viu a chamada. Quando eu estava saindo da faculdade ela retornou. - Oi pretinha vi tua ligação agora. Eu fiz algumas perguntas para o meu pai, e ele me disse que não existe nenhuma possibilidade de ter uma irmã, uma sobrinha ou uma filha com trinta e dois anos. E ainda ficou me zoando, pelo fato de você ter visto meu sinal, bom, você deve saber o quê ele imaginou; então eu encerrei a conversa. No entanto vou pensar num jeito da gente tirar esta história a limpo, pois o meu pai era muito namorador, e até hoje a mamãe tem ciúmes dele. -
Eu expliquei pra ela meu plano de falar com a Andréa, e ficou combinado da gente ir se falando todos os dias até encontrarmos a solução definitiva. A Andréa é uma ótima veterinária, por isso bastante requisitada, além de atender na sua clínica na cidade, e cuidar das criações da vovó, socorria a falta dos profissionais em algumas propriedades da região, e por isso só consegui sentar com calma pra falar com ela não sexta-feira. Contei pra ela sobre as minhas suspeitas, e eis a solução apresentada.
-- Menina, será quê elas são irmãs mesmo? A única forma da gente saber é fazendo um exame de DNA. E acho que já sei como fazer isso sem quê a Havana suspeite. Ela andou fazendo uns exames naquele laboratório onde a Acácia trabalha. Então é só inventar um jeito dela repetir qualquer exame de sangue, e separa uma amostra para o DNA. - A Andréa sorriu. - E você com a Rebeca, como estão? A dona Zefa comentou quê acha que vocês estão namorando. Por que não apresenta logo pra família? - Eu fiquei pensativa, a Rebeca fez questão de me trazer em casa naquele dia, meu pai pareceu gostar dela, a minha mãe também.
- Eu vou convidar a Rebeca para passar o domingo aqui com a gente, e converso com ela. -
Nosso trabalho naquele dia chegou ao fim, e eu fui para casa pensativa. -Filha, o quê você tem que estar tão calada? - A pergunta partiu da minha mãe, mais todos na mesa me olhavam curiosos, enquanto eu mexia a sopa com uma colher.
- Ela deve está pensando na galega de olhos de gata! - Eu arregalei os olhos na direção do meu pai, enquanto a vovó, a Brenda, o Raimundo, o Júlio, e a Andréa riam.
- Eu também acho Zé! Desde que essa Dra achou ela lá pras bandas do rio quê essa menina anda suspirando pelos cantos. - Eu baixei a cabeça um pouco envergonhada com a fala da minha mãe.
- Eu também percebi os olhares das duas, a Dra nem conseguiu disfarçar o quanto ficou apavorada quando perguntei o que fazia com a minha princesinha até aquela hora. - Olhei para o meu pai e franzi as sobrancelhas.
-Dá pra vocês pararem de falar como se eu não estivesse aqui? - As gargalhadas fizeram eco.
- Ah! Agora eu entendi porquê uma certa pessoa estava desfilando pelo corredor dos nossos quartos, vestindo uma camisola minúscula, e com duas canecas de chá nas mãos! - Eu tremi, e se tivesse um buraco me enfiav* dentro.
- O quê? Fale com essa Dra Rebeca quê quero ter uma conversa muito séria com ela! Onde já se viu umas periquitas mais assanhadas? Se tirou a pureza da minha princesinha vai ter quê casar! -Definitivamente eu me desesperei, fuzilei o meu irmão com olhar mortal, e ele deu de ombros, enquanto ria junto com os demais, com excessão do meu pai e da minha mãe que me olhavam sérios.
- Eu, só fui levar uma caneca de chá pra ela, e lhe dá um pouco de atenção, pois como vocês viram, tive quê me retirar depois do jantar pra fazer os relatórios quê a Andréa pediu. - Mas quem tem um irmão abusado já sabe. - E precisava ir de camisola... - Cale-se Raimundo! Está tudo bem filha, convide a Rebeca pra jantar conosco num sábado, ou almoçar no domingo, como vocês acharem melhor. Só não quero que fiquem se encontrando as escondidas como se tivessem cometendo um crime. - Meu pai falou e a conversa foi encerrada.
Troquei algumas mensagens com a Rebeca, e quando ela chegou no domingo, eu estava uma pilha de nervos a esperando, caminhando de um lado para o outro em frente a entrada dos carros. Ela freiou assim que me viu, desceu do carro, caminhou até mim, me abraçou, e perguntou: - Por quê não esperou em casa? Está tremendo, tudo isso é emoção por me vê pretinha? - Eu estava era morrendo de medo do quê a mamãe iria dizer pra Rebeca.
- Meu irmão linguaruda contou pra todo mundo durante o jantar que eu estava desfilando de camisola com duas canecas de chá nas mãos naquela noite quê você dormiu aqui! - A Rebeca fez uma cara engraçada.
Por Rebeca:
- Então quer dizer quê o namoro de vocês está bastante avançado, ela já viu até a tua marca de nascença? - Eu olhei feio para o meu pai.
- Já vi quê não dá prá conversar séria com o senhor seu Rubens, mas me aguarde que eu te pego! - O meu pai soltou uma gargalhada e eu fui para o meu quarto.
Quando eu colocava uma coisa na cabeça eu ia até o fim. O meu pai não ficou indiferente a situação, e se ele esteve com alguma mulher com certeza iria mandar alguéminvestigar o passado da Havana e nisso o Dr Castro advogado e amigo do papai iria me informar, era só jogar a isca certa. Peguei meu celular e vi uma ligação perdida da Virgínia. Ela tinha conversado com a Andréa, me explicou a solução; eu falei quê junto com a Rute, quando chegasse o momento convenceriamos o papai a fazer alguns exames e sem ele desconfiar faríamos o teste de paternidade.
A semana praticamente vôou, o meu pai não tocou mais no assunto Virgínia, e eu imaginava porque. - Dr Castro, boa noite, conseguiu descobrir alguma coisa sobre a moça? - Ele pensou um pouco.
- Boa noite senhorita Rebeca! Olha, as investigações que o teu pai pede são feitas em absoluto sigilo, então não sei do quê a moça está a falar. - Eu ri,bingo! O papai mandou ele sondar. Eu te peguei raposa velha! - Tudo bem Dr! Boa noite então. - Eu desliguei feliz da vida.
A Virgínia me convidara para passar o domingo na fazenda, e eu meia quê entendi o recado camuflado. Eu nunca fui passar dia na casa de nenhuma mulher que estivesse ficando, mas na dela eu já tinha jantado, e dormido. Avistei a Virgínia assim quê os portões quê davam acesso ao casarão foram abertos pelo vigia; estranhei encontrá-la alí afastada há mais de cinquenta metros do casarão, mas quando ela respondeu a minha pergunta eu entendi o motivo da ansiedade dela.
- Eu tenho quê dá meia volta e saí correndo prá não ter a periquita arrancada a facão? - Eu brinquei ao voltar para o carro junto com ela.
- Eu acho quê não, mas a minha mãe vai falar alguma coisa para você, se prepare! - Eu nunca tinha pedido ninguém em namoro, mas também nunca quis namorar sério, agora não tinha mais volta,por mais que eu estivesse nervosa tinha que mostrar segurança para a Virgínia.
-Não se preocupe pretinha, eu estou aqui pra o quê der e vier! - Quando descemos do carro todos já nos aguardavam na varanda. Eu subi os degraus sentindo o suor frio escorrer nas costas; Cumprimentei a todos começando pela vovó Lota, e terminando na dona Zefa.
-Dra,eu vou ser direta contigo pois não gosto de arrodeio; esse negócio entre a senhora e a minha filha é coisa séria, ou é só pegação? Porque a Virgínia é muito nova, e a senhora já é um pouco mais madura; e eu não quero vê a minha menina triste pelos cantos porque foi iludida, e abandonada. - Eu olhei pra Virgínia, depois para os demais, e voltei meu olhar para a senhora a minha frente.
-Dona Zefa, eu não sei se o quê é algo sério pra senhora, é o mesmo para mim, mas sei quê gosto da pretinha como nunca gostei de outra garota. E se eu estou aqui tendo esta conversa com a senhora, na presença dos demais familiares, é porquê eu não quero ficar só na pegação. - A mulher arregalou os olhos negros me fitando seriamente.
- A senhora já olhou direito a cor da nossa pele moça? - Eu sorri para a mulher a minha frente pela primeira vez naquela manhã.
-Sim, foi a primeira coisa que notei, e acho que por isso me apaixonei; e antes que a senhora questione, os meus pais não conhecem a Virgínia pessoalmente, mas a viram de longe uma vez, e estão ansiosos para conhecê-la. - Ela finalmente abriu um sorriso largo.
- O que tu acha Zé? - O José Carlos olhou pra mim, depois para a Virgínia que estava roendo as unhas de nervoso.
-Oxe! Se as duas já estão vadiando mulher, melhor a gente se conformar, que logo vamos ter uns netinhos branquelos. - Eu ri do comentário do Zé, e da cara de assustada da Virgínia.
-Pai! A gente nem está namorando direito e o senhor já está pensando em netos! Eu acho bom a Brenda e o Mundo começar essa fábrica, pra vocês me deixarem em paz com a Rebeca! - A Virgínia veio ficar perto de mim, e o pessoal se dispersou pra nos deixar a sós.
Nós ficamos sentadas numa rede até nos avisarem quê o almoço seria servido. A Virgínia queria quê eu ficasse pra voltar na segunda junto com ela, mas eu tinha prometido a Rute quê iria sair pra jantar com ela e o Flávio, para conversarmos sobre a possibilidade da Havana ser nossa irmã, e juntas darmos um jeito do papai fazer os exames sem saber.
Os dias foram passando, e o meu namoro com a Virgínia ficando cada vez mais sério. Nós não dormimos mais juntas, achei melhor ir devagar, e estava adorando namorar daquele jeito mais respeitoso. A levei para conhecer meus pais, e como eu esperava eles se deram bem, a minha mãe então nem se fala; apelidou a Virgínia de princesa africana.
A Rute tinha adiado o casamento por conta da viagem da Helane, pois a queria junto com a Acácia como madrinhas, a Havana não voltou a fazer novos exames, mas a Acácia garantiu que logo iria, e ela mesma faria a coleta do material. A Helane voltou da viagem, a Acácia não cabia em si de felicidade. O casamento da Rute foi remarcado mais uma vez para o mês seguinte. Nós conseguimos quê o papai fizesse uma bateria de exames, no mesmo laboratório foi coletada as amostras de sangue da Havana també; agora era só questão de tempo, pra gente ter certeza. Pois no meu coração, e no dá Rute a Havana já era nossa irmã. A nossa amizade se estreitou mais ainda com a viagem da Helane, porquê nos reuníamos para falar com ela por vídeo conferência algumas vezes.
Eu recebi um convite do pessoal da vila para uma festa, meu chalé estava completamente habitável, como me garantira o meu amigo João. E eu resolvi fazer uma surpresa para a Virgínia, e uma parte dera certo com a ajuda da Brenda. Ao receber o convite de passar todo o final da semana comigo, começando na sexta-feira assim quê eu saísse do consultório; a Virgínia não pensou duas vezes. - É claro quê eu vou! -
Por Acácia:
Eu estava feliz, mas tem um provérbio que diz: "O fim da alegria é a tristeza." Era sexta-feira, eu tinha terminado de saí do banho quando meu celular tocou, era uma notificação de mensagem de um número desconhecido. Eu juro que se soubesse de quem se tratava, eu não teria aberto aquele vídeo, no começo até pensei ser uma das pegadinhas da Rebeca. Eram duas mulheres trans*ndo, uma delas usava uma cinta com um p*nis acoplado, até achei excitante, mas quando vi nítido o rosto da Helane, seu corpo, entrei em desespero; tinha uma data abaixo do vídeo que coincidiu com o dia que a Helane esteve com a tal Cris. Eu queria não acreditar, mas as imagens falavam por si só, o rosto da outra mulher estava com a imagem embaçada, no entanto não me restou dúvida de quê a Helane mentira pra mim.
Parecia um pesadelo mas era real. Peguei a mala, joguei uma quantidade de roupas, no quarto da Yasmin fiz o mesmo. Eu fui na cozinha, e falei para a Dina quê iria embora. Enquanto eu ligava para chamar o táxi a Dina tentou me convencer a não ir, eu lhe mostrei o vídeo, ela ficou horrorizada tanto quanto eu; mesmo assim me pediu que esperasse a Helane chegar, e conversasse, no entanto não lhe dei ouvidos, obriguei a Yasmin entrar no táxi aos prantos. Eu não queria olhar para a Helane quando ela chegasse. Antes de saí tirei a aliança, escrevi um bilhete, e pedi a Dina que entregasse pra ela.
Meus pais estavam no sitio e foi para lá que eu fui. Eu contei a triste história para o meu pai, e ele não acreditou que aquilo era verdade. Dizem que o ciúme combinado com a insegurança cega. Pois mesmo o meu pai me aconselhando sempre a vê os dois lados da moeda, naquele momento eu me neguei a acreditar que estava errada. A Helane chegou lá no sítio atrás de mim assim que o meu pai terminou de me dizer: - Se ela não chegar aqui daqui a pouco, é porque você está certa! -
E em vez dea ouvir, eu simplesmente a agredir não somente com palavras,mas a machucando. Ela foi embora tão rápido quanto chegou, e eu fiquei lá chorando, quê nem vi o tempo passar. Quando resolvi entrar o meu pai estava no telefone com alguém, o semblante dele era de preocupação.
- O que foi pai? - Mesmo antes dele responder meu coração já estava angustiado.
- A Helane filha, ela sofreu um acidente e está em estado grave no hospital. - Eu senti como se uma torrente de águas turvas tivessem me levando, e eu fosse morrer afogada.
Eu queria ir pra cidade imediatamente, mas meu pai não achou uma boa dirigir aquela hora. Passei a noite quase sem dormir, assim quê o dia clareou nós voltamos pra cidade, deixei a Yasmin dormindo alheia ao que tinha acontecido. Quando chegamos no hospital uma angústia muito forte se apoderou de mim, um sentimento de culpa. Se eu não tivesse a repelido, e a mandado embora o acidente não teria acontecido. Quando entrei na sala de espera me deparei com o André, a Havana, a Andréa, o Luciano, e seu Pedro; os seus semblantes eram tristes.A Havana veio ao meu encontro e me abraçou forte.
-Ela é valente, vai saí dessa! - Eu recomecei a chorar.
-Foi minha culpa Havana, se eu não tivesse saído de casa, o acidente não teria acontecido! - A Havana me conduziu até uma das cadeiras vazias.
- Ei,para com isso, não foi culpa tua! - Um médico apareceu.
-Vocês são os familiares da senhora Helane Fogazza de Almeida Borba? - Todos levantamos no mesmo instante.
-Sim Dr,eu sou o pai dela, Pedro Borba! Seu Pedro cumprimentou o médico.
- O ferimento no peito foi causado por um instrumento perfurante, provavelmente uma faca e foi grave, ela perdeu muito sangue, o corte na cabeça proveniente da queda da motocicleta foi razoável, mas não muito invasivo. A hemorragia foi controlada, o estado dela é estável, será mantida em coma induzido por pelo ao menos vinte e quatro horas; portanto aconselho que vão para casa descansar, pois em qualquer mudança quê houver no quadro vocês serão avisados. -
Depois que o médico saiu me virei para a Havana. - Como assim ferimento a faca? - O seu Pedro sentou do meu lado, e contou a versão da polícia que tinha coletado informações das pessoas na rua onde aconteceu o acidente. E segundo as testemunhas a Helane saira correndo de uma casa já ferida, montara na moto dando partida, provavelmente querendo chegar num hospital, mas desmaiara caindo com a moto mais adiante. As pessoas correram,chamaram uma ambulância, o Plínio que passava por alí viu a aglomeração, reconheceu a Helane, ligou imediatamente para a Andréa, quê no começo pensou que ele tinha se vingado dela, mas ao chegar aqui encontrou o homem chorando desesperado, como se fosse alguém da família dele. Os policiais entraram na casa indicada, havia sangue da entrada da porta até a cozinha, e quando eles revistaram outros cômodos encontraram a Regina caída agonizando no próprio sangue, e com uma faca na mão; infelizmente ela não resistiu ao ferimento e morreu a caminho do hospital.
A partir dali eu não consegui mais raciocinar, entrei num estado de choque, era tudo culpa minha, a Helane poderia está morta naquele momento. Acordei deitada numa cama hospitalar, tentei levantar mas minha cabeça doeu, percebi quê estava com um soro no braço, a minha mãe coxilava numa cadeira ao lado.
- Mãe, o quê houve? - Eu não lembrava de muita coisa estava zonza.
- Você entrou em estado de choque, acabou caindo e batendo a cabeça. Foi muito rápido, quando vimos você já estava no chão. Então o médico que te socorreu, sabendo da situação achou por bem aplicar um calmante leve pra você não acordar agitada. - As lágrimas desceram abundantes em meu rosto.
- A Helane mãe? - A minha mãe acariciava meus cabelos.
- Ela vai ficar bem querida descanse! - Como descansar se meu amor estava naquela situação por minha culpa? Pensei enquanto tentava enxugar as lágrimas.
Por Havana:
Eu olhava para a minha amiga, irmã do coração, cunhada, minha companheira fiel há quase quatorze anos, através daquela parede de vidro, ela estava toda entubada naquela UTI, lutando pela, enquanto nós oravamos pedindo a Deus quê ela reagisse, quê as transfusões dessem certo, pois ela tivera uma perda muito grande de sangue. Uma ironia do destino, ela surrara o Plínio, e ele salvou a vida dela, pois além de conter parte da hemorragia fazendo uma pequena pressão sobre o ferimento, ele foi o primeiro doador de nova vida para ela. Passei a mão em minha barriga, um pequeno ser também lutava pela vida alí dentro; eu iria fazer uma reunião familiar na casa da vovó para dá a notícia, mas iria esperar a Helane voltar pra casa.
- Vamos para casa querida, a Pérola já me ligou três vezes, está inconformada com a situação, e quer vim vê a tia Lane dela. - Eu pedi ao André que fosse me aguardar no carro, e fui vê como estava a Acácia; ela se dizia culpada com a situação, tivera um colapso nervoso, entrara em estado de choque, e sem quê esperassemos caiu batendo a cabeça num móvel da sala de espera, fora levada para um dos quartos e sedada.
- Oi minha amiga, como você está? - Eu entrei no quarto, a encontrando já acordada, uma enfermeira retirava o soro do seu braço.
- Eu estou péssima, sem saber notícias dela. - As lágrimas escorriam em seu rosto bonito.
- Ei, não fique assim, ela vai ficar bem, é teimosa, valente! E você tem quê está forte, e bonitona pra quando ela acordar. - O meu coração estava despedaçado, mas eu tinha quê ser forte diante daquela criatura tão fragilizada.
Ela quis vê a Helane, depois quê o médico autorizou a sua saída nos fomos; o olhar dela era de profunda tristeza, enquanto mirava a figura através do vidro. - Se ela não voltar eu vou morrer de tristeza, pois tudo isso é culpa minha; por não acreditar nela! -
Nós levamos a Acácia e sua mãe para a casa dos pais dela, pois ela disse não querer ir para a casa dela sem a Helane lá, e também não era bom deixá-la sozinha. No caminho enquanto o André dirigia eu fui sentada no banco detrás ouvindo o relato da Acácia, e passei a entender o que realmente aconteceu, e porque ela se sentia culpada. E concluí quê a Helane foi tirar satisfação com a Regina, as duas devem ter discutido e num descuido da Helane, a Regina tentou matá-la, e em seguida tirara a própria vida, com a mesma arma.
- Acácia, você errou por não ter acreditado na minha amiga, mas o quê aconteceu depois foi uma fatalidade, e se temos que encontrar algum culpado para essa tragédia, com certeza não é você. - Elas desceram do carro e nós seguimos para casa.
Por Helane:
Eu estava tendo um sonho gigantesco. A voz do Plínio se misturava outras vozes; aguente firme patroinha! Ei, a senhora ainda precisa me ensinar como aprendeu a brigar daquele jeito! - Com licença senhor precisamos remover a paciente para um hospital! Ela é sua parente? - Não! Ela é filha do capitão Pedro Borba, e neta da minha patroa a dona Carlota Fogazza. - Vamos rápido estamos perdendo os sinais vitais da paciente! - Um barulho ensurdecedor da sirene da polícia, ou era ambulância, eu queria gritar, abri os olhos, mas não conseguia; de repente tudo silenciou; não sei por quanto tempo. Depois senti algo gelado, muito frio, uma dor aguda no peito, na cabeça. - Você é forte garota, vai sobreviver! Acho quê tem algum lá encima quê ainda te quer muito por aqui. - Silêncio novamente. Eu ouvia as vozes, mas não conseguia abrir os olhos, não lembrava de nada, sentia a presença das pessoas, porém não reconhecia aquelas vozes, até quê no sonho eu ouvir: - Por favor volta pra mim! - Eu queria abrir os olhos, falar que sim, tirar a tristeza daquela voz, mas algo me impedia. - Me perdoa meu amor! - Eu conhecia aquela voz suave, senti o toque dos seus dedos em minha mão, eu estava sonhando com a Acácia. - Senhora, o horário de visitas terminou! - Uma voz educada informou. E o silêncio reinou. Como assim horário de visitas? Eu estava num hospital? Consegui me mexer, senti a cama, fui abrindo meus olhos devagar, enxergando tudo branco, meus olhos doíam com a claridade, tentei me levantar, e uma dor me fez recuar, tinha um curativo no meu lado esquerdo do peito, um pouco abaixo do seio, estava com um soro no braço. As lembranças foram chegando devagar; a Regina tentara me matar. Como será que ela está agora? Pensava. Quando uma enfermeira apareceu na porta.
- Paula! - A reconheci, e ela sorriu feliz.
- Ai meu Deus, você acordou, vou chamar um médico e já volto! - Antes quê ela saísse, eu pedi.
- Por favor, não diga nada para a Acácia. - Ela saiu com a expressão confusa; eu só queria fazer uma surpresa.
O médico apareceu, e eu fiquei sabendo quê estava internada desde aúltima sexta-feira a noite, como aquele dia era sábado a tarde totalizava oito dias. Como eu tinha levado um corte na cabeça proveniente da queda da moto pois na agonia de tentar chegar num hospital não coloquei o capacete meu cabelo fora cortado baixinho, para facilitar a higienização do local. No domingo a tarde recebi alta, e a Acácia não foi nos horários de visitas. A Rute ficou sabendo através da Havana quê eu tivera alta, foi me visitar em casa, e contou que o Rogério estava muito mal num hospital na capital e a Acácia fora visitá-lo, por isso a sua ausência no hospital na hora da visita no domingo pela manhã. Pensei. Eu tive vontade de ligar pra ela, mas não o fiz, resolvi esperar ela me procurar, quando voltasse.
Fim do capítulo
Olá, tudo bem?
Nem sempre aquilo quê os olhos vêem condiz com a realidade.
Se a gente pensasse nas consequências das nossas palavras falaríamos bem menos do quê o fazemos, e ficaríamos em silêncio quando estivéssemos zangados.
Atos impulsivos geram perdas irreparáveis. Vamos pensar mais antes de agir.
Agradeço de coração a você quê tem me acompanhado nesta história nestes quase quatro meses. Muito obrigada pela companhia.
Peço desculpas se desagradei alguém, não foi minha intenção.
Estamos chegando na reta final e espero sinceramente consegui meu objetivo.
Até o próximo capítulo!
Beijos â¤ï¸!
Com amor,
Vanderly
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 04/01/2022
Nossa,quem menos esperávamos,o Plínio auxiliando no socorro da Helane!!
Regina sobreviveu.
Havana está grávida!!
Resposta do autor:
Boa noite Lea!
Obrigada pelo comentário!
As vezes a ajuda vem de forma inesperada.
Infelizmente não.
Família Borba aumentando razoavelmente.
Beijos!
Vanderly
thays_
Em: 19/07/2020
Uaauu fico feliz por saber que a Helane está bem! Que situação, me imagino acordando no hospital igual ela sem saber aonde estou. Ansiosa para o desenrolar da situação com a Havana! E torcendo muito para que a Virgínia e a Rebeca se casem haha mas acho que por enquanto vai rolar so um namoro sério, vamos ver!
Resposta do autor:
Olá, tudo bem?
Fico feliz que tenha gostado do capítulo. E obrigada pelos comentários!
De fato a Helane se sentiu dentro de um sonho, e quando acordou demorou um pouco de se situar, mas você percebeu quê ouvir a voz da sua amada foi indispensável para acordar do sonho.
Eu achei lindo a revelação do parentesco da Havana e o bebê está a caminho como preveu a Pérola. Lembra dos desenhos?
Rebeca e Virgínia casar? Veremos! Acho quê vai ter muito casamento nessa história. Risos.
Desculpe a demora em responder aos comentários, e também de postar um novo capítulo. Está quase pronto, apesar dos contratempos.
Beijos e se cuida â¤ï¸!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 10/07/2020
Amiga... que intensidade foi essa? Apreensão, tristeza, carinho e amor. A descrição da Helane do ocorrido uma narração sensacional.
Ansiosa pelo reencontro
Beijo
Rosa🌹
Resposta do autor:
Olá Rosa!
Eu agradeço pelos comentários e fico feliz em saber quê você gostou.
Aí está o novo capítulo,espero que gostes e me conte o quê achou do reencontro das duas, e demais coisas.
Até o próximo capítulo.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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viinha
Em: 10/07/2020
Ain nao acredito que Helena não deixou ela saber qe tinha acordado que surpresa e essa qe não permite a mulher se redimi tdinha rsrs amandooooo
Resposta do autor:
Olá, viinha!
Obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz quê tenha gostado do capítulo.
Ah menina, a Helane é assim mesmo gosta de surpreender; e olha quê vai ser uma surpresa daquelas! Corre lá, confere o novo capítulo, espero que goste! E depois volte aqui pra me dizer o que achou. Estou esperando!
Até o próximo capítulo.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Renata Cassia
Em: 09/07/2020
Nossa .... quantas emoções. Ansiosa pra ver o reencontro dessas duas....rsrs. E já triste pelo final da história...🥺
Resposta do autor:
Olá, Renata!
Muito obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz quê tenha gostado do capítulo.
A tua ansiedade vai acabar já, já! Vai lá conferir o novo capítulo e não deixe de me dizer o quê achou.
Fique triste não menina! Logo,logo eu volto com outra história! É só você me favoritar como autor, que será avisada quando eu postar o primeiro capítulo.
Eu espero que você goste do capítulo.
Até o próximo!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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