Capitulo 28 Descobertas
Por Virgínia:
Eu estava encantada com o lugar, o restaurante era pequeno, simples, mas bem acolhedor. Uma mulher muito simpática nos recebeu na entrada, acho quê já estava nos esperando. A Rebeca surpreendeu ao apresentar-me como sua namorada. Eu confesso que quando ela me apresentou pra o garoto, abri a boca para protestar, mas algo dentro de mim fez com quer calasse. No entanto ao questionar, eu gostei de ouvi a resposta, pois percebi quê ela não estaria disposta a dividi minha atenção com ninguém. E gostei de ser chamada de minha namorada por ela.
Dez minutos após sentarmos a mesa a Marta começou a nos servi; uma porção generosa de salada crua, um peixe assado inteiro numa bandeja forrada com folhas de alface, e decorado com batatas assadas, pirão de aipim, ( uma espécie de purê feito com leite de vaca e mandioca doce cozida), e arroz branco.
Enquanto almoçavamos percebi que a Rebeca era muito popular naquela vila, pois todos que entraram no pequeno restaurante a cumprimentaram cordialmente, a chamando de Dra. Após o almoço a Rebeca tomou um cálice de vinho branco, e eu apenas água, a Marta nos trouxe um café preto delicioso após dispensarmos a sobremesa; sentou numa das cadeiras e perguntou com o olhar direcionado a mim:
- E então gostaram da comida? - Eu sorri; pois do peixe só ficaram a cabeça e as espinhas, até as folhas de alface a Rebeca comeu, o pirão estava delicioso, e eu adoro salada crua.
- Estava perfeito! - A Marta sorriu.
- Obrigada, e quando voltar traga mais gente, assim como a Dra Rebeca. - Olhei de uma pra outra sem entender. E imaginando que eu era mais uma das peguetes que a Rebeca trazia alí; mas logo a Marta explicou.
- Eu conheci a Dra Rebeca na cidade há três anos atrás. Eu andava na rua indignada em companhia do Felipe; nós tínhamos acabado de sair da emergência do pronto socorro, meu filho estava com uma terrível dor de dente, e o Dr disse quê não podia fazer mais nada, pois há uns dias atrás já tinha passado medicamento, e que era pra continuar tomando que uma hora a dor passava. O rosto do Felipe já estava ficando bastante inchado, tinham três dias que ele não dormia, nem se alimentava direito. Então me esbarrei com a Rebeca ao virar uma esquina. Ela andava apressada e eu também. Quando eu ia lhe perguntar, "Não olha por onde anda não?" Eu ouvi: "Desculpe-me senhora, estava distraída." Ela falou aquilo me segurando para que não caísse. Em seguida notou quê o Felipe estava com o rosto inchado, e prá resumi ela passou uma injeção, ele melhorou, e ela tornou-se nossa dentista. Depois a convidamos prá vim aqui, ela veio com a irmã e uma outra amiga. Esse meu restaurante servia poucas refeições, os pescadores recebiam bem pouco pelo pescado, mas a Dra Rebeca nos ajudou e encontramos um comprador que paga um preço justo. E depois quê ela fez um mutirão da saúde aqui, a minha clientela só cresce. -
Eu olhei prá Rebeca com a mão na boca, estava bestificada. Agora eu entendia porque as pessoas a tratavam tão bem. Gratidão. Essa era a palavra que significava a atitude deles.
- Nossa! Que linda a tua atitude Rebeca! - Ela olhou séria pra Marta e depois pra mim.
- Bondade da Martinha, não fiz nada demais, o mérito é todo dela e deles, pois fazem tudo com carinho,seja na cozinha, ou no atendimento aos clientes. Quanto ao pescado, só fiz apresentar um conhecido do papai, o dono de uma rede de restaurantes na capital. -
Se a intenção da Rebeca era me fazer conhecê-la da melhor maneira possível, confesso que estava cada vez mais encantada. Ela era modesta, se negava a receber os agradecimentos. Descobri através da Marta que a Rute, a Acácia e alguns colegas da faculdade da própria Rebeca foram os cooperadores no grande mutirão da saúde naquela vila, e atenderam todos alí. E duas vezes por mês a Rebeca ainda atende de graça pessoas carentes alí na vila, ou no seu consultório.
Eu lembrei da Helane, ela também tinha ou melhor tem um coração altruísta, adora ajudar as pessoas, mesmo tendo o pavio curto, e sendo capaz de matar quem se atrever a machucar quem ela ama. Ela iria adorar conhecer aquelas pessoas alí.
- Em quê está pensando? - Eu fiquei tão absorta em meus pensamentos que nem notei que a Marta tinha recolhido a louça do café.
- Quê eu estou amando conhecer esse teu lado certinho. - Ela segurou minha mão.
- Vamos andar um pouco. - Nós saímos andando de mãos dadas pelo calçamento de pedras pegando uma ladeira um pouco íngreme, seguindo a faixa de areia do mar, passamos por algumas pequenas embarcações presas em postes de concreto fincados no solo, pescadores consertando seus apetrechos, e que respondiam ao nosso cumprimento com alegria.
- Dra Rebeca, boa tarde! Quê prazer ter a senhorita aqui na nossa ilha novamente! - Hum homem moreno, alto, bem queimado pelo sol a cumprimentou.
- Boa tarde João! Prazer o meu, ser recebida tão bem no teu lugar! - O homem sorriu mostrando dentes perfeitos.
- E essa moça bonita, também é dentista? - Ele me olhava com curiosidade.
- Ah, desculpe! Esta é a Virgínia minha namorada. - Ele me cumprimentou educadamente.
- Prazer senhorita, seja bem-vinda a nossa pequena ilha. O Felipe não exagerou nem um pouco, quando me disse que a tua namorada era uma verdadeira princesa africana Dra, com todo respeito. - A Rebeca sorriu ficando um pouco mais corada, e eu senti meu rosto arder, não estava acostumada a receber elogios.
- Obrigada, prazer o meu. - Outras pessoas nos cumprimentaram e íamos continuar a caminhada.
- Dra! O teu chalé já está pronto do jeitinho que te prometi, aproveita e leva a moça pra conhecer. Acredito que vocês vão gostar muito! Aqui está a chave. - O João falou entregando uma pequena chave pra Rebeca.
- Vocês fizeram lá naquele ponto que eu te falei? - Ele balançou a cabeça sorridente e nós seguimos adiante.
Por Rebeca:
Eu tinha certeza quê a Virgínia iria gostar do lugar, meu receio era apenas em relação ao prato escolhido, mas não me decepcionei; ela simplesmente amou a comida da Marta, que me deixou sem jeito revelando meus feitos alí na vila, e na sua ilha. Sim, a ilha pertenceu aos bisavós do João que batizaram com o nome de Generosa, no começo a vila era apenas uma pequena comunidade quilombola; hoje vivem mais de dez mil pessoas lá, incluindo os moradores da pequena ilha do João. A minha maior surpresa foi saber que o meu chalé estava pronto. De dois anos para cá o João construiu alguns pequenos chalés, para alugar a poucos turistas que gostavam de passar alguns dias junto com a natureza, desde quê ninguém deixasse nenhum tipo de lixo tóxico, que fosse parar no mar. A ilha era um faixa de terra elevada com aproximadamente dois a dez metros acima do nível do mar, dependendo da maré alta ou baixa e seu ponto mais alto ficava há quase dez metros acima da areia da praia. Com o tempo pequenas escadas foram sendo escavadas na rocha pra facilitar o acesso das pessoas ao alto do morro, mas tudo fora feito respeitando a natureza. E foi justamente alí que o João construiu o meu chalé; o deixando com mais de dez metros de distância dos demais.
A pequena inclinação cansava um pouco, mas a vista lá de cima compensava a caminhada; pois ao olharmos em qualquer direção só enxergavamos o imenso mar azul, com sua faixa de areia branca, toda ilha, e as casas da vila do outro lado.
- É lindo! Ai Rebeca estou sem fôlego, mas estou adorando tudo isso. - A Virgínia parava de vez em quando e falava ao olhar prá baixo.
Em quinze minutos avistamos os primeiros chalés, mas quando chegamos no topo quê avistei o meu; até eu perdi o fôlego. Ele foi feito todo em madeira rústica, o soalho ficava há um metro do chão, uma pequena escada de madeira levava até uma varanda, as portas, janelas e o telhado foram pintadas de branco. Quando abri percebi que por dentro as paredes foram calafetadas provavelmente por barro, depois rebocadas e pintadas de amarelo, o teto fora forrado e também pintado de branco. Havia uma sala com apenas uma poltrona de dois lugares, uma lareira; cozinha já com uma mesa, banheiro, e dois quartos que cabiam perfeitamente uma cama de casal ou duas de solteiro e um guarda-roupa pequeno.
- Meu Deus! Que maravilha! - Eu falei depois de vistoriar tudo e me jogar na poltrona.
- Cara! Esse povo te ama! Estou passada, tem certeza que tú é gente? Isso daqui está parecendo um altar! E eles devem achar que tú és uma deusa! - A Virgínia falou se jogando no espaço vazio ao meu lado.
- Ei, não exagera! Isto se chama gratidão, e generosidade; e esse povo aqui tem de sobra. - Ela me olhou por algum tempo.
- Você é surpreendente, e eu estou fascinada com tudo isso. - Segurei sua mão fazendo uma pequena carícia com meu polegar.
- Que bom quê você gostou pretinha. - Acariciei seu rosto com minha outra mão, ela fechou os olhos, me aproximei mais, nossos corpos estavam quentes, quando fui encostando meu rosto no seu o sentir quase febril, abri os meus olhos e encontrei aquele olhar negro me fitando. Sua respiração estava ofegante, os seus lábios volumosos eram um convite, eu fui aproximando devagar, os seus lábios cobriram os meus, a sua língua quente parecia querer me devorar. A puxei para o meu colo a abraçando pela cintura, seu bumbum sobre minhas pernas causava um calor gostoso, encostamos nossas testas tomando fôlego. Acariciei suas costas enfiando minhas mãos por baixo da sua blusa, ela arrepiou arqueando o corpo para trás, beijei a sua orelha dando uma pequena mordida, ela remexeu-se em meu colo, dando um gemido baixo, continuei distribuindo beijos descendo pelo pescoço, senti suas mãos tímidas acariciando as laterais do meu corpo por cima da minha blusa, desencostei da poltrona e sussurrei em seu ouvido.
- Quero senti tuas mãos em minha pele. Eu estou adorando o toque delas! -
Em segundos a Virgínia enfiou suas mãos por baixo da minha blusa, aquele contato fez meu sex* contraí, remexi meus quadris por baixo dela querendo um contato maior, ela rebolou em meu colo, aquilo estava me deixando louca, tomei sua boca com fome, levantei com ela no colo,suas pernas enroscaram em minha cintura, a levei até a cozinha a deitando sobre a mesa,tentando esfregar meu sex* no dela,suspendi sua blusa e encontrei o par de seios durinhos protegidos por um sutiã branco, olhei pra o seu rosto,seu queixo tremia. Beijei seus lábios novamente,suas mãos cravaram em minhas costas dando pequenos arranhões.
- Eu te quero tanto menina! - Falei com a voz trêmula de desejo.
Ela me puxou para si abraçando meus quadris com suas pernas, para mim aquilo era um sim. Eu passei a beijar com fome, deixando todo o meu desejo aflorar, retirei seu sutiã e o par de seios mais lindos saltou diante dos meus olhos, com seus mamilos bem amarronzados, rijos, pedindo para serem beijados. Beijei com delicadeza,suguei devagar, enquanto ela gemia, e mexia-se em baixo de mim.
- Ai Rebeca! Isso é gostoso demais! Ah! Ah! Ah! -
Troquei de posição com ela a deixando ficar por cima de mim.
-Eu estou entregue a você Virgínia, sou toda tua! - Gemi em seu ouvido.
Ela suspendeu a minha blusa, dificilmente eu usava sutiã, pois os meus seios eram muito pequenos, e bem durinhos. Ela me olhou ao constatar isso.
- Quero sentir tua boca neles! Vai,ch*pa bem gostoso! -
Ela acariciou, beijou delicadamente, mas quando senti a sua boca quente cobrindo um deles, e sua língua brincando, sugando o mamilo, gritei, gemi, rebolei, e em poucos minutos g*zei vergonhosamente; pois sentia minha calcinha toda molhada lá embaixo.
Por Acácia:
Eu vi quê a Helane não gostou de saber que eu iria visitar o Rogério, mas eu precisava resolver seja lá o quê fosse com ele, pra poder mergulhar de forma madura na minha relação com ela. Quando encontrei o Rogério naquele hospital, nem de longe parecia àquele homem arrogante do sábado a tarde. A Tereza quê o acompanhava me olhou de cara fechada, quando ouviu ele dizer:
- Nos dê licença mamãe, preciso falar com a Acácia! - Ela saiu, mas a Rute que estava comigo não arredou o pé.
Ele estava deitado de lado com uma perna imobilizada, um curativo no nariz, e um braço numa tipóia.
- Eu serei direto com você, sem rodeios. Eu te chamei aqui porque estou com um tumor inoperante na região cerebral em estado avançado. Quando te encontrei naquela tarde ainda não tinha conhecimento, apenas tinha feito alguns exames, mas devido ao acontecido falei com o médico daqui, e ele entrou em contato com meu médico lá da capital; como os exames foram feitos no hospital onde meu médico trabalha, logo ele teve acesso aos resultados e os enviou por e-mail. Daqui a cinco dias terei alta, e poderei ir pra casa. Eu estou te falando isso porque gostaria muito de passar um tempo com a minha filha, sei que não tenho direito de exigir nada, mas te peço por favor, dá-me uma chance de reparar meu erro para com ela. - Eu desviei meu olhar para a Rute, quê parecia desacreditada do quê ouviu.
- A única coisa que posso te garanti é que vou pensar no quê você disse, e falar com minha família. Até lá lhe estimo melhoras. - Saímos do quarto sem dizer mais nada.
- Acho que isso vai mexer um bocado com a cabecinha dela, mas quanto mais cedo ela souber a verdade melhor será. - A Rute falou enquanto caminhavamos até o carro.
- Eu sei minha amiga, sempre procurei responder os questionamentos da Yasmin a respeito da ausência do pai dela sem mentiras; falando aquilo quê era necessário ela saber. O quê ela sabe de concreto é quê eu não estou com o pai dela, porquê nós adultos as vezes fazemos coisas muito erradas, quê não dá pra consertar depois, e que quando ela tivesse idade suficiente iria entender. - A Rute me deixou em casa. - Boa sorte minha amiga! -
Estávamos quase na hora do almoço, foi o tempo de tomar um banho e a Yasmin já estava me chamando. - Mãe, já estou pronta, a vó falou pra gente descer prá almoçarmos todos juntos! -
Pensei em introduzir o assunto, quando estávamos na sobremesa, mas ouvimos uma buzina alta, parecia que o carro estava parado no nosso portão. O Alberto saiu na frente e a Yasmin atrás, passados alguns minutos não voltaram, então fomos vê; a Helane estava entrando na varanda e nem sinal do meu irmão, a Yasmin soltou que nós tínhamos um carro, o meu irmão adentrou pelo portão descendo de um carro, elogiou a compra da Helane e lhe entregou a chave. É claro quê todos nós gostamos, e eu particularmente sentia saudades da Rural do meu pai. Eu estava feliz por ela ter realizado seu sonho. E o carro deveras estava um luxo, completamente restaurado. Quando passávamos pelas ruas eu via como as pessoas olhavam encantadas.
- Agora você pode me dá um beijo, na rua sem nenhum constrangimento, as pessoas só vêem se chegarem bem perto. - A Helane falou quando parou o carro próximo ao meu trabalho.
- Eu não vou no curso hoje, caso você não possa vim me pegar aqui, passa lá em casa depois, precisamos conversar. - Beijei seus lábios rapidamente e desci sem esperar ela abri a porta pra mim. Eu fiquei parada na calçada vendo o carro parti devagar, e desaparecer na esquina.
- Boa tarde Acácia! O teu rolo com a morena ficou sério mesmo hein? Eu vejo que está até de aliança. - A Jane finalmente veio trabalhar a tarde.
- Boa tarde Jane! O quê houve com você amiga? Eu te liguei várias vezes, deixei recado e você não retornou. - Nós entramos no laboratório.
- É que eu estava um pouco indisposta esses dias, mas já estou bem. - Ela seguiu pra sua sala, e eu para o balcão.
Quando as entregas terminaram, dei uma pausa para um cafezinho. Ao me dirigir até o nosso pequeno refeitório ouvir o Carlão falar. - Jane, você teve todo tempo de falar pra Acácia que gosta dela, mas não teve coragem de se declarar, agora eu te aconselho a esquecê-la. Ela está apaixonada pela grandona, e tenho certeza que a Helane também é apaixonada por ela, então sem chance prá você minha amiga. -
Eu fiquei petrificada, agora entendia porque a Jane ficara esquisita comigo, e foi justamente depois do nosso encontro naquele bar, quê por acaso a Helane apareceu lá, e todos descobriram que estávamos namorando. Voltei rapidamente para o meu posto, sem que eles me vissem. Iria fingir que não sabia de nada, melhor assim. Eu tentei lembrar de algum momento em quê a Jane demonstrou que era lésbica, ou mostrasse algum interesse por mim; mas eu era péssima em perceber esses sinais, só a Helane despertou isso em mim, antes eu nunca tinha se quer cogitado a idéia de me envolver com uma mulher. Alí perdida nos meus pensamentos, nem notei três figuras entrarem de mansinho, só quando o perfume da Helane invadiu minhas narinas, foi quê levantei a cabeça prá olhar.
- Surpresa! - Assustei com os gritos da Pérola junto com a Yasmin.
- Eu posso saber em quê minha mulher pensa tanto? - A Helane falou se inclinando sobre o balcão e me roubando um selinho.
- Mulher se comporte, alguém pode nos vê! - Eu reclamei.
- Meu bem, o Dr Alfredo falou pra mim ficar a vontade lembra? E eu acho que isso inclui te beijar! -
Ela me puxou pela nuca e tascou um beijo demorado, enquanto as meninas davam sorrisinhos sapecas. Quando a Helane me soltou, a Jane,o Carlão, e o Arthur estavam parados nos olhando.
- Uff quê beijo! - Eita que me deu até calor nos países baixos! - O Carlão e o Arthur como sempre palhaços falaram, e ficaram se abanando. A Jane apenas cumprimentou a Helane, as meninas, nos desejou boa noite e foi embora.
Por Helane:
Assim que estava próximo da hora das meninas saírem da escola fui até lá buscá-las; como tinha sido eu quê levara a Yasmin mais cedo a moça da van escolar, não viu nenhum problema em deixá-la comigo. A Havana já estava ciente que eu iria levá-las pra passear um pouco. A Pérola ficou eufórica quando viu o carro, pois quando chegamos mais cedo ela já tinha entrado, visto que viemos deixar a Yasmin com um pequeno atraso. Eu dei umas voltas com as meninas, depois fomos fazer uma surpresa pra Acácia.
Se tinha uma coisa que eu amava nela, era vê seu rosto corar; então sempre dava um jeito de deixá-la tímida. E nesse momento estava tendo a ajuda dos seus dois amigos, e das meninas que davam boas gargalhadas, após eu a ter beijado duas vezes alí no seu trabalho, e no último beijo fomos flagradas pelos três colegas dela.
- Vamos embora Helane, ou esses patetas vão morrer de tanto ri de mim! -
A Acácia falou pegando suas coisas, nós seguimos pra casa da Havana, e deixamos a Pérola.
- Sobre o quê você quer falar? - Eu perguntei assim quê entramos em casa e a Yasmin foi se banhar.
- Nós vamos conversar todos juntos lá embaixo depois do jantar. Eu vou tomar uma ducha rápida e já volto. - Ela beijou meus lábios e correu para o quarto.
Depois do jantar a Acácia falou sobre a visita que fizeram ao canalha, contou sobre seu estado; mas o quê me deixou indignada foi saber que ele tinha contato com a menina todos esses anos sem ninguém saber, só que mentia dizendo ser seu tio e agora no seu quase leito de morte queria reparar parte dos seus erros, passando algum tempo junto com ela.
A Acácia com toda calma explicou pra Yasmin que o suposto tio Roque que ela encontrava de vez em quando junto com os avós, era na verdade o seu pai biológico, o Rogério, e quê não existia nenhum tio Roque. Depois de ouvir tudo, e entender do seu jeito a Yasmin virou-se pra mim e disse:
- Eu não quero ter uma mãe e um pai, pois eu já escolhi quê quero que a senhora seja minha outra mãe! E eu quero morar na tua casa, não quero morar com ele, pois é um mentiroso! - A Yasmin disse essas palavras, e se jogou em meus braços chorando.
- Ei, calma minha princesa, ninguém vai te obrigar a fazer nada quê não queira. Ele só quer que você o visite quando achar que deve. Ele mentiu, mas se arrependeu. Sabe quando a tua mãe pede prá você não fazer algo, e você faz assim mesmo; depois ela reclama, e aí tu pedes desculpas e ela te perdoa? - Ela balançou a cabeça em afirmativo. - Foi isso que esse homem fez, e agora está pedindo desculpas. - Eu acariciava seus cabelos. A Acácia se aproximou mais.
- Filha, se você não quiser ir vê-lo nós vamos respeitar tua decisão. Está tudo bem meu amor. - Beijou a cabeça da filha, depois a minha. - Obrigada meu amor! - Mumurou baixinho só pra mim ouvir. A Yasmin parou de chorar, e pegou no sono.
- Helane, você tem um jeito muito especial de tratar essa menina, agora entendi porquê a cada dez palavras que ela diz, três se relaciona a você. - Meu cunhado Tiago falou quando levantei com ela no colo afim de levá-la pra casa.
- Sabe Tiago, eu tive uma infância muito feliz, só conheci a tristeza quando meu avô materno faleceu de maneira inesperada, a parti de então começaram as perdas, e sucessivas tristezas na minha vida, só o nascimento da minha sobrinha amenizou um pouco o vazio quê eu sentia na alma. No entanto, a parti do momento quê conheci esse anjinho loiro aqui, passei a vê o mundo mais colorido, e acredito que a Acácia foi um brinde por eu ter me permitido a abrir o coração pra sua filha. - Nos despedimos de todos, pois meus cunhados iriam parti cedo, e subimos pra casa.
- Helane, eu descobri uma coisa hoje, que me deixou petrificada! - A Acácia falou me servindo uma caneca de chá. - Acreditas que a Jane minha amiga, nutria uma paixão secreta por mim? - Eu franzi as sobrancelhas.
- O quê? Ah! Agora eu entendi porquê todo mundo se manifestou de maneira favorável e até exagerada naquele dia, e somente ela me cumprimentou formalmente; depois nos encontramos umas duas vezes na rua, e ela me cumprimentava seca. Ela te contou? - A Acácia me olhava séria.
- Não! Eu ouvi uma conversa do Carlão falando pra ela sobre, quando ia até o refeitório tomar um café, mas voltei sem quê eles me notassem. - Eu fiquei curiosa sobre o conteúdo da conversa.
- O quê o Carlão falava pra ela é algo com quê eu deva me preocupar? - A Acácia sorriu sapeca.
- Sim! "Ela está apaixonada pela grandona. E eu tenho certeza quê a Helane também é apaixonada por ela; então, sem chances pra você minha amiga."- Nos aproximamos devagar.
- E quê ela se conscientize disso, ou então vai ganhar pimenta nos olhos. - A Acácia rodeou meu pescoço com seus braços, enquanto ria da minha fala.
- Eu te amo! - Ela disse me puxando pela nuca até seus lábios encostarem nos meus.
Em resposta a ergui pela cintura enquanto suas pernas me abraçavam. - Eu te amo demais Acácia, e me dói só em pensar por um minuto na possibilidade de te perder!- Nosso beijo era arrebatador, a encostei numa das paredes da sala, pra tomarmos fôlego.
- Você nunca vai me perder meu amor! Não tem nada, nem ninguém neste mundo, que me faça desistir de você. - A sua voz era dengosa, cheia de desejo, e sussurrada daquele jeito manhoso, era irresistível; minhas pernas estavam trêmulas, mas consegui chegar no quarto, a deixando cair na cama devagar. Arranquei minhas roupas com certa dificuldade, ficando apenas de calcinha box.
- Você é linda, adoro esse corpo nú sobre o meu, amo sentir esse sex* molhado beijando a minha intimidade. Mexe mais um pouco. Ah! Eu estou quase goz*ndo. - As palavras da Acácia foram como música aos meus ouvidos, quando me encaixei entre suas pernas.
- Você é quê é a mulher mais linda desse mundo, e a única que domina meu corpo por completo. - Eu gemi quando senti que tínhamos goz*do juntas.
Fim do capítulo
Olá, tudo bem?
Espero quê sim.
Aí está um novo capítulo,espero quê gostem!
Aproveito para agradecer as minhas leitoras fiéis pelos mais de cem comentários alcançados e os mais de vinte mil acessos. Estou muito feliz com esse resultado, nesta primeira experiência em escrever um romance.
Muito obrigada de coração a você quê direta ou indiretamente faz parte destas conquistas.
Uma ótima noite e boa semana!
Beijos se cuidem!
Com amor,
Vanderly
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Gleicy Clara Dourado
Em: 20/05/2021
Sei lá! Tem sapatao sobrando aí, a Jane tem 2 opções, Paula e Érica, quem sabe, né!? rsrs
Resposta do autor:
Olá, boa tarde!
Nossa! Garota tu é rápida mesmo ou está pulando os capítulos?
Não sei se tem "sapatão" sobrando. Agora que têm mais mulheres que amam umas curvas femininas isso tem! Agora o problema é que a Jane não frequenta o ambiente nem da Paula, nem da Érica, mas milagres acontecem. Risos.
Muito obrigada por comentar.
Beijos no coração!
PS: Desculpa a minha curiosidade, ese não quiser responder tudo bem, mas me conta; porque de repente a senhorita, ou senhora resolveu saí da moita?
Aquele abraço, e até breve.
Vanderly
rhina
Em: 12/08/2020
Olha outra surpesa.
Jane gosta da Acácia.
Coração partido é uma merda
Rhina
Resposta do autor:
Olá!
Quê bom quê contínuas apreciando a história!
Muito obrigada pelos comentários!
Infelizmente gostar de uma pessoa não é o suficiente para estar ao seu lado.
Agora a Jane tinha a mulher o tempo dono disponível, e nem tentou. Então não pode reclamar da falta de sorte.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Anny Grazielly
Em: 29/06/2020
Cada dia mais apaixonada por esses casais lindo... e momentos delas... coisa entre mãe e filha mesmo.... amando de paixão tudooooooo...
Resposta do autor:
Olá Anny, tudo bem?
Obrigada pelos comentários! Eu fico muito feliz que tenha gostado do capítulo.
Ah o amor entre elas é lindo mesmo.
Agora o carinho entre mães e filha é extraordinário.
Capítulo novo, espero que gostes! Corre lá, confere, e me diz o quê acho!
Beijos â¤ï¸!
Com amor,
Vanderly.
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viinha
Em: 29/06/2020
Rebaca surpreendendo arrasou, esse Rogério pode esta com o pe na cova mais ainda sim,nao me desce esse castigo ainda e pouco rsrsrs
Resposta do autor:
Olá, tudo bem?
Obrigada pelos comentários, fico muito feliz que tenha gostado.
A Rebeca resolveu arriscar e parece quê acertou não é mesmo.
Menina, tu é vingativa. Estou até com pena do Rogério e tu está achando pouco? Risos
Olhe aí o novo capítulo, espero que gostes, corre lá, confere, e depois me fala o quê achou.
Beijos â¤ï¸!
Com amor, Vanderly.
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thays_
Em: 28/06/2020
ah, e quanto ao meu casal preferido. Gosto muito da Helane e da Acácia, mas a química entre a Virgínia e a Rebeca... vou te contar viu
Resposta do autor:
Olá thays_, tudo bem?
Obrigada pelos teus comentários, eu fico muito feliz que tenha gostado do capítulo.
A Helane e a Acácia exalam química pelos poros, mas a Virgínia e a Rebeca também não ficam atrás.
Corre e confere no novo capítulo. E depois me diz o achou.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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thays_
Em: 28/06/2020
que capítulo maravilhoso!
só achei maldade sua parar daquele jeito com a Virgínia e a Rebeca ;P
gente, mais essa agora do Rogério, não acredito que ele tem um tumor. Não sei o que a Yasmin vai querer fazer, mas acredito que irá visitá-lo ao menos uma vez. Será? Muito difícil essa situação, ainda mais pra uma criança.
Beijão!
Resposta do autor:
Olá thays_!
Ah, eu fico feliz que tenha gostado do capítulo e agradeço o comentário de primeira mão.
Ei, não fica brava, não foi maldade, é quê a Virgínia... E não posso contar agora! Risos. No próximo capítulo você vai entender.
O Rogério está mesmo doente, mas não sei se ele vai de fato morrer; será?
A Yasmin é uma criança incrível, um anjo como diz a Helane, vai fazer o quê sabe da melhor forma. Ela foi gerada de uma forma cruel, mas nasceu, e está criada com muito amor. Então não espere outra atitude dela quê não seja recheada de ternura.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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