Capitulo 8
Capitulo 8 - E se...
O dia na EWO fluía como uma tarde ensolarada de verão. Elena produzia como há muito não conseguia, pelo menos não com a rapidez e eficácia daquele dia. Quase não parava em seus momentos de alguma procrastinação, ou então, de respirar fundo para não mandar a chefe para o espaço. Sorria enquanto trabalhava em cima da matriz narrativa da obra que tinha em mãos. Bom trabalho. Há muito que não pegava em obra tão bem escrita. Necessitava apenas de pequenos ajustes para se tornar em mais um best seller.
Adorava o seu trabalho, mas nesse dia em particular, as coisas simplesmente pareciam mais apaixonantes.
Alongou os braços por cima da cabeça e olhou as horas. Faltava pouco mais de uma hora para sair e naquele dia sairia a horas decentes. Queria dar umas voltas pela cidade, coisa que não fazia há muito tempo. Sempre fora uma apaixonada por Nova York, mesmo nos tempos de estudante em que dinheiro, para aproveitar as inúmeras opções que a cidade oferecia, não abundava. Agora, que podia dar-se a alguns pequenos luxos, a rotina era quase sempre a mesma. Precisava mudar o rumo das coisas e sentia que aquele era um dia perfeito para começar.
Pegou o telefone para enviar uma mensagem à Milanka, e ela já lhe tinha adiantado.
"Dia tenso nessa gráfica e essa mulher já colocou o trabalho de uma equipa profissional no lixo. Preciso espairecer. Jantar regado a vinho lá em casa?"
Sorriu. Era tudo que precisava depois de um passeio ao ar livre.
"Combinado. Só não inventes de chegar em casa depois das 10h da noite. Bjs"
*****
Elena parou em frente ao seu quiosque favorito de fast food de comida grega. Há tempos não se dava a esse prazer. A fila, para não variar estava considerável, mas seu humor estava muito bom. Aproveitou o tempo de espera para apreciar a beleza do final de uma tarde de outono em Nova York. Tudo era lindo. Os raios de sol entre as árvores, o cheiro de comida, as pessoas, cada uma mais diferente da outra, a atmosfera perfeita daquele lugar, tudo serviu para lhe reavivar a paixão pela cidade que escolhera para viver.
Percebeu naquele instante que estivera no automático. Obviamente que tinha bloqueios criativos. Era impossível criar com uma mente tão atrofiada. Mente e coração, para ser mais honesta.
De repente tudo tinha mais cor. A vida pulsava nos pequenos detalhes e a vontade de sorrir aflorava.
--Minha grega preferida, há quanto tempo! - saudou-lhe o atendente do quiosque, seu velho conhecido.
Foi assim que percebeu que chegara a sua vez.
--Dimitrius, saudades das tuas iguarias. - Sorriu.
--Eu acreditava que tinhas ido embora de Nova York. Nunca mais te vi...
--Mudei de rumo por algum tempo, mas estou de volta ao que é bom.
--Ainda bem. O de sempre?
--Sim e com bastante tzatziki.
O rapaz sorriu e começou a preparar o pedido enquanto cantarolava.
Elena salivava! Há bastante tempo não se deleitava com aquele manjar simples e divino.
Pensou na inglesa e o sorriso tornou-se permanente. Queria levá-la a provar aquela delicia. A face ficou vermelha ao lembrar-se claramente da ousadia da madrugada. Por mais estranho que pudesse parecer, não estava minimamente arrependida ou assustada. Não sabia quando veria a inglesa novamente, mas não estava ansiosa. A sensação era que a espera valia muito a pena. Uma loucura, mas estava bem, em paz.
O rapaz estendeu-lhe o lanche e ela sorriu. Estava com muita vontade de apreciar aquela viagem gastronómica. Sentia-se nas ilhas, com todas as suas cores fortes e sabores característicos.
--Elena, com todo o respeito, estás muito bonita.
O rapaz ficou vermelho e Elena riu feliz.
--Sinto-me mesmo mais bonita hoje, Dimitrius. - Aquela resposta não tinha muito a ver com a Elena que passava quase sisuda pelos dias. Mas, tinha tudo a ver com aquela mulher que naquele dia em particular, exalava vida em cada respiração.
Comeu seu lanche devagar, aproveitando cada mordida com muito prazer. Despediu-se do rapaz com efusividade, deixando-o muito feliz.
--Não desapareça! És uma cliente especial!
--Ah, dizes isso a todas.
Risos.
--Sabes que não. És uma cliente a quem adoro agradar.
--Eu volto, podes ter a certeza. Da próxima vez, trago uma amiga inglesa.
--Ela vai render-se aos sabores gregos.
--Acho que ela já conhece nossa culinária. Parece ser do mundo...
--Pode conhecer o mundo, mas não os sabores do Dimitrius.
Gargalhadas.
*****
Por volta das sete e meia, Elena já estava em casa. De Milanka, nem sinal. Normal.
Aproveitou para organizar algumas poucas coisas que estavam fora do lugar, conversou com seus bichos e depois do banho, sentou um pouco para trabalhar. Não adiantou muita coisa, porque preferiu corrigir o que já tinha feito. Ao final, estava muito feliz com o resultado.
Pensou em tomar uma taça de vinho, mas preferiu chá gelado. Ainda tinha esperanças que a doida chegasse e já tinham combinado um jantar regado a vinho.
Descalça e com seu copo de chá gelado nas mãos, clicou numa pasta aleatória de música. Caminhou até à janela e sentada no parapeito permitiu-se sonhar. Pousou o copo e começou a estalar os dedos enquanto dançava com a cabeça. Estava feliz, muito feliz. Ayo cantava Help is coming e ela fazia coro de olhos fechados.
Os detalhes vinham-lhe à mente e sorria. Fingira-se bêbada, mas foi a única forma que encontrara para vestir seu novo personagem e sem qualquer pudor. Poderia não estar bêbada de álcool, mas estava completamente embriagada de um sentimento novo, que deixava tudo excitante, vibrante...viciante.
Ela era real! Absolutamente real!
Sorriu para logo em seguida rir às gargalhadas.
Observou a sua rua, as poucas pessoas caminhando calmamente, a beleza de sempre, mas que naquele dia parecia ter ganhado mais brilho. Sua rua era pacata e linda. Um oásis de sossego dentro da azáfama Nova-iorquina.
E Joy morava ali perto...
Olhou de um lado para o outro da rua, tentando adivinhar onde seria o apartamento dela. Ela tinha virado na esquina, logo, não moravam na mesma rua. Mas era perto...isso causava duas sensações diferentes. Alegria por um lado, e ansiedade por outro.
Suspirou e saiu do devaneio.
Nesse momento, ouviu música no apartamento de Milanka. Ela tinha voltado.
Sorriu.
Pegou o telefone e a amiga já tinha ligado algumas vezes.
--Ah essa cabeça no ar, Elena. - Riu de si mesma.
*****
--Eu não acredito que estavas em casa...
Milanka abraçou a amiga ao mesmo tempo que batia nas suas nádegas em sinal de protesto.
Elena riu e retribui o abraço.
--Essa música alta? Coitados dos vizinhos...
--Voltaram?
Gargalhadas.
--Nem sei...
--Vem dançar comigo.
Milanka puxou a amiga para o meio da sala.
--Ah Milanka, eu não sei dançar nada básico, quanto mais essa dança maravilhosa da tua terra.
Milanka nem ligou para os protestos. De repente, as duas dançavam loucamente no meio da sala. Milanka para afastar uma certa tristeza, e Elena porque explodia em felicidade.
A determinada altura, Elena parou para apreciar o espetáculo que era Milanka dançando Shumaya de Dbn Nyts. Queria ter aquela desenvoltura com os quadris, mas nem que nascesse mais duas vezes.
--Admira Troia, pode admirar e babar.
Gargalhadas.
--Babo mesmo! Muito sexy.
Milanka segurou na cintura de Elena e fez com que ela mexesse ao som da música.
--Não é tão difícil.
Risos.
--Nada, imagina. Daqui a cem anos dou um espetáculo de dança e sou aplaudida de pé.
Gargalhadas com abraços.
Algum tempo depois...
--A comida estava deliciosa, o vinho como sempre, divino...
--Hum-hum...
--Mas a senhorita está preocupada...
--Como se eu pudesse esconder alguma coisa dessa grega...
--Não consegues, mas já sabes...
--Eu sei e quero falar.
Elena bebeu mais um pouco de vinho e encostou a cabeça na almofada, enquanto estendia o corpo no chão.
--Ontem eu fiquei muito preocupada com a minha irmã. Acho que ela está entrando num beco sem saída...
--Ainda a suspeita do uso de drogas?
--Já não são suspeitas. Ela confessou outro dia e mais, disse que só usa como subterfúgio e que usou muito nos tempos de modelo e nem por isso teve problemas...
Milanka suspirou. Elena afagou-lhe a mão.
--Ela está sem luz...minha irmã linda, que já brilhou nas passarelas do mundo todo, agora é esse farrapo humano.
--E ela nem percebe...
--Não. Graças a Deus o idiota do Trent não estava em casa.
--Fiquei preocupada quando disseste que ias visitá-la. A última vez não foi nada pacífico.
--Nunca é, mas eu não posso simplesmente esquecer que ela existe. Eu só estou aqui, porque ela me proporcionou essa oportunidade. A vida sorriu-lhe e tão logo foi possível, ela estendeu-me as mãos.
Milanka tinha lágrimas nos olhos e Elena afagou-lhe a cabeça.
--Ela está estranha, Troia.
--Como?
--Não sei explicar. Mas ela pareceu-me dolorida...
--Fisicamente?
--Também...
--Achas que ela sofre algum tipo de violência física?
Milanka suspirou profundamente e olhou para o vazio.
--Nem quero pensar nisso. O Trent é um fracassado, desequilibrado, e manipula muito bem a cabeça da minha irmã. Senti-me impotente...
Elena abraçou a amiga, que soltou um grito forte.
Milanka não era uma pessoa muito emotiva, ou então, disfarçava bem. Elena a conhecia como apreciadora da boa vida, sem muitos compromissos emocionais e excelente amiga. Essa Milanka que sofria, ela não conhecia. Mas, estava disposta a dar todo o suporte que ela precisasse, desde que soubesse o que fazer.
Algum tempo depois de um longo silêncio.
--Vamos tomar vinho?
Risos.
--Vamos!
Taças a meio e sorrisos nos lábios.
--Troia...
--Hmmm, conheço esse ar...
--Ar de quê?
--Investigadora...
Risos.
--Tu estás diferente...
--Como?
--Parece que ficaste mais sexy e irresistível, o que é um atentado à humanidade.
Gargalhadas altíssimas.
--Estou igual...
--Hum-hum...percebo que sim.
Risos.
--Sabes que não sou mulher de muitos rodeios.
--Eu sei. Solte a bomba.
Risos.
--Troia, a inglesa existe...
Elena sorriu com a alma e Milanka experimentou uma felicidade genuína.
--Viste-a?
--Ela quase me derrubou à entrada do PDT. Não sei porquê, mas no momento que essa mulher passou por mim, senti que era a inglesa...e teve o sotaque...
--Ela existe! - Elena era pura emoção.
--Existe, Elena! Criatura, quase corri naquela mesa para beijar a inglesa.
Gargalhadas.
--Gostas mesmo de mim...
--Ah cala a boca!
Risos.
--Ela chegou bastante atrasada.
--Mas chegou e eu não estou doida.
--Não, apenas vermelha e com cara de sonhadora. Troia, ela é cheia de atitude. Passou por mim como um raio, educadamente pediu desculpas, mas seguiu sem titubear até à tua mesa. Eu fiquei parada observando o trajeto dela e com um sorriso idiota no rosto. Todas as nossas conjeturas foram por água abaixo. A Joy existe...
--Hum-hum... - Elena sonhava acordada.
--Agora, faça o favor de acordar e contar nos mínimos detalhes o que aconteceu ontem. Já sei que a senhorita voltou tarde para casa, porque cheguei aqui por volta da meia noite e meia, e nem sombra da grega.
Gargalhadas.
--Cheguei quase duas...
--E me dizes isso com essa cara deslavada? O que fizeram esse tempo todo?
--Conversámos! É o melhor que fazemos...
--Sei...
Risos.
Elena resumiu parte do encontro com a inglesa e Milanka ouviu tudo sem piscar os olhos.
--Então basicamente gostam das mesmas coisas...
--Não. De onde veio essa conclusão?
--Adoram os parques da cidade na madrugada, são duas doidas tímidas, adoram cachorro quente, são duas misteriosas...
Risos.
--Milanka, tu és completamente sem noção.
--E a despedida? Foi em Manhattan?
Elena corou até à raiz dos cabelos.
--Troia... - Milanka arregalou os olhos.
--O que foi doida?
--Trouxeste essa mulher para a tua casa?
Elena quase engasgou de tanto rir. Claro que ficou vermelha ao imaginar tal situação.
--Eu não sou doida como tu. E ia traze-la para a minha casa para fazer o quê na madrugada?
--Queres mesmo que eu diga?
Gargalhadas.
--Não sou gay...
--Não disse que era. Mas mesmo não sendo gay, é claro que essa mulher desperta o teu interesse e ninguém morreria se fizessem sex* ardente...a noite toda.
Elena engoliu em seco e apalpou o rosto para aplacar o calor.
--Troia, tu nunca...
--Não!
--Calma! Não é um bicho de sete cabeças, pelo contrário...às vezes pode ser algo bem perto de estar no paraíso...
--Tu não me corrompes com esse discurso.
Gargalhadas.
--Eu não preciso fazer nada. A inglesa é suficientemente forte para conseguir o que quiser.
Risos.
--E se eu quiser? - Elena ousou.
--Hmmmm, então eu sempre estive certa. Por trás desse ar quase angelical, existe um vulcão prestes a entrar em erupção.
Gargalhadas.
--Angelical?
--Nem tanto...sei que a grega é safada. Só precisa ser tocada no botão certo...
Risos felizes.
--Maluca!
--E tu me adoras.
--Muito! Fiz uma coisa não muito ortodoxa para os meus padrões...
--Ui, já gostei.
Risos.
--Fingi que estava bêbada...
--E ela acreditou? Tu nunca ficas bêbada...ok que não bebes muito, mas a tua resistência é respeitável.
Risos.
--Eu não estava nem perto de me sentir embriagada...
--Então foi um jogo?
--Hum-hum...
--Conta mais, Troia.
--Eu vou contar se ficares quieta.
Risos altos.
--Ela veio comigo para o Astoria. Dividimos o táxi e propositalmente disse o endereço errado ao taxista.
Milanka abriu a boca, mas não disse nada.
--Eu não queria que a noite terminasse. Ela é muito engraçada e gosto de estar junto. Ela me faz muito bem...
--Estou a ver...
--Tanto que contei sobre o sonambulismo e a nossa desconfiança ou quase certeza de que ela não existia...
Milanka olhava-a sem dizer uma única palavra. O olhar, carregado de expectativa.
--Chegamos aqui perto de casa e parecíamos velhas conhecidas. Nunca paramos de rir e ela repetiu muitas vezes que era real...quis comprovar...
--Não me digas que fizeste o que estou a pensar?
Elena sorriu e viajou para aquele momento.
--Sim...
--Sim?
--Sim, eu beijei a inglesa.
Risos altos.
--Eu não acredito. Elena, tu és muito melhor do que minha mente acelerada possa imaginar.
Gargalhadas.
--Mas, pelo amor dos teus deuses gregos, faça um enquadramento dessa cena.
Gargalhadas.
--Não tem enquadramento...apenas beijei a Joy.
--Mas tu tens por hábito beijar estranhas na madrugada?
Risos altos.
--Claro que não. Mas lembra que precisávamos saber se ela era mesmo real.
--Ah Troia, essa historinha tu contas para as incautas.
Gargalhadas.
--E ela é real? - Milanka provocou.
--Tem sangue nas veias, um coração que bate, um corpo que treme, então é real.
--Despertaste isso tudo?
Gargalhadas.
--E esse encontro, o beijo, isso tudo significa exatamente o quê?
--Como assim?
--No próximo encontro teremos mais beijos na madrugada?
--Claro que não. Foi um impulso e estava...
--Não estavas. Acabaste de confessar que não estavas bêbada.
Risos altos.
--Se me deixasses falar...
--Hmmm?
--Estava confusa. Ela me deixa...nem sei explicar
--Ela desperta desejos...
--Não sei explicar...
--Então, tem beijos no próximo encontro...
--Claro que não!
--Ok! Depois falamos sobre isso, não quero assustar a donzela.
--Ah, vá à merd* Milanka!
Gargalhadas altas.
--Que ela seja para ti o que quiserem, mas um fato já é inegável...
--Hmmm?
--Troia, essa inglesa desperta a tua melhor versão e espero sinceramente que ela permaneça aqui por muito tempo.
Elena não conseguiu verbalizar nada. Queria a mesma coisa que a amiga, mas numa intensidade que não sabia muito bem definir. Não sabia o que queria da inglesa, só sabia que queria muito que ela estivesse por perto. Bem perto...
--Oh sonsa, quando será o próximo encontro?
Risos e Elena vermelha.
--Não sei...
--Como não sabes, Troia? Essa tua cara grita que queres vê-la, mas eu te conheço bem...
Risos tímidos.
--Há de ser uma surpresa como tem sido até agora... - Disse sonhadora.
--Liga e convida para um vinho, ou outra coisa qualquer. Não ousaste no happy hour?
--Até convidaria, mas não sei como encontrá-la...
--Elena!
Elena riu da expressão da amiga e ao mesmo tempo teve raiva de sua própria inércia.
--Não sei o número dela.
--Grega, hoje em dia a primeira coisa que se pergunta a alguém é o telefone.
Risos.
--Nunca passou pela minha cabeça.
--Eu sei, eu sei que a inglesa te deixa nas nuvens e o ar de lá não favorece grandes raciocínios.
Gargalhadas.
--Eu gosto dos encontros inusitados e inesperados. Acho que tira o peso de alguma coisa...pelo menos na minha cabeça. Ainda não sei o que isso tudo significa, e sei lidar melhor quando as coisas acontecem espontaneamente.
--Não sei se entendo essa explicação, mas confio cegamente no bom senso da grega.
Risos.
--O olhar brilhante dessa mulher. Essa inglesa veio mesmo para revolucionar.
--Pateta! Idiota!
Risos.
--E a boca?
--O que tem a minha boca?
--Mais vermelha e apetitosa do que nunca.
Risos altos.
--Mas é bem mais idiota do que eu poderia imaginar...
Risos.
--Só teve um beijinho singelo? Olha que eu não acredito...
Risos.
--E a tua cabeça sórdida acredita em quê?
--Melhor não dizer, Troia.
Risos.
--Vou embora. Já é tarde e amanhã, caso a senhorita tenha esquecido, trabalhamos e arduamente.
--Isso, fuja. Saiba que mais cedo ou mais tarde eu descubro tudo.
Risos altos.
Elena abraçou a amiga e agradeceu pelo momento.
--Sempre às ordens. Sou doida por ti, grega.
--E eu por ti, sua doida varrida. Até me fizeste dançar...
Risos.
--E adoraste. Danças bem...a inglesa já viu?
Risos.
--Tchau Maluca! Ah, a inglesa mora por aqui...
--Aqui?
--Não, mas por perto. Só não sei concretamente em que rua...
--Essa Inglesa...
Risos.
--Durma bem, sul africana maluca.
--Sonhe com a Joy, grega deliciosa.
Risos altos.
*****
Dois dias depois.
Joy aguardava Thomas no café há alguns minutos. Estava em Los Angeles há mais ou menos dois dias e quase não tinha tido momentos de paz com ele. Teria de ser naquele encontro, já que em poucas horas voltaria a Nova York. Estava ansiosa para abraçá-lo como deve ser e ouvir as suas inúmeras histórias. Viera até à Califórnia por ele...
Sorriu sentindo o coração vibrar de orgulho.
Observava a vista poderosa à sua frente quando sentiu braços calorosos envolvendo o seu corpo. Fechou os olhos e se deleitou naquele momento.
--Amor da minha vida! - Gritou Thomas fundindo ainda mais no abraço.
--Thommy, demoraste tanto...
--Essa é a Joy, a minha irmã sempre responsável. - disse Thomas olhando para a mulher que o acompanhava. Ambos riram e Joy bateu nas costas dele.
--Sentem-se. Estou com saudades Thomas, muitas...
--Eu sei. E sabes porquê? Porque sinto a mesma coisa.
Abraçaram-se mais uma vez.
--Ele não para de falar de ti.
--E eu finalmente conheço a mulher que colocou juízo na cabeça do meu irmão mais novo.
Gargalhadas.
--Paloma, essa é a Joy, a chata que mais amo nessa vida. Joy, essa é a Paloma, a mulher que entende todas as minhas loucuras e que eu adoro ter por perto.
As duas mulheres cumprimentaram-se com efusividade.
--Estou com fome!
Risos.
--Grande novidade. Quando eramos mais jovens, ninguém entendia como essa coisa era magra. Ele come o dia inteiro...
Risos.
--Continua igual. Às vezes, estamos na estrada a meio da madrugada, ele exige paradas nem sempre estratégicas, para matar a fome.
Risos.
--Eu já passei cada coisa com esse irmão mais novo.
Risos.
--A Joy sempre foi a certinha da família. Ela nunca ergueu a voz para o déspota do nosso pai. Ela e a Madia sempre fizeram tudo o que Sir Mathieu Collins queria...já eu...
Risos.
--Enquanto o nosso pai nos manipulava para sermos aquilo que ele queria que fossemos, essa mulher aqui, sempre me ensinou a ser quem eu quisesse ser. - Thomas olhou para Joy com gratidão explícita no olhar.
Joy sorriu com uma certa tristeza no olhar. Tanto tempo dançando no compasso dos outros...
--Imagina eu de fato e gravata comandando as empresas da família Collins...
--Não consigo vislumbrar essa imagem na minha mente. -Disse Paloma sorrindo.
--Mas era esse o destino que meu pai queria para mim. Ele nunca se preocupou em perguntar o que eu queria. Minha primeira guitarra foi presente da minha mãe e com a cobertura da Joy. Ele não podia saber...
--Não guarde mágoas, Thomas...
--Não guardo mágoas, porque sou teu irmão e tu me ensinaste coisas boas. Mas, não me peça que morra de amores por aquele senhor, porque ainda não sou santo.
Risos.
--Deixo essa parte para a minha irmã e a minha mãe, Madia. E eu ainda tinha que parecer com esse homem...
Gargalhadas altas.
--A Joy tem os traços fortes da nossa mãe Marroquina...
--E tu, todas as características físicas do Sir Collins, típico Irlandês.
Risos e abraços dos irmãos.
--Mas os olhos são iguais. - Disse Paloma sorrindo.
--Sim, temos os olhos da Madia e muitas outras coisas. Como é que ela está?
--Está bem. Falamos com alguma regularidade...
--O teu pai não deve querer te ver pintada de dourado.
--Não... - Joy parecia ter alguma tristeza no olhar.
--Eu conheço-te Joy e sei o quão difícil deve ter sido essa mudança radical na tua vida. Mas, saiba que só é desconfortável no início. Depois, o único arrependimento que vem é de não ter ousado antes. Eu sei que a minha história e a tua são bem diferentes...
--Nem tanto...
--Eu sempre pude contar com o teu suporte e o da Madia, ainda que de forma velada. Eu sempre soube que queria ser músico, não obstante o ar de desdém do meu pai. Nunca fui outra coisa e cedo decidi brigar pelo meu sonho. Tu foste tudo o que ele quis, tudo.
--Por muito tempo, eu não sabia que queria ser outra coisa...
--Porque foste formatada. Ela é brilhante, Paloma. Os negócios da família prosperaram amplamente sob a gestão dela. E eu sei que não é fácil gerir tudo aquilo sem dar ouvidos à tirania do Mathieu.
Joy suspirou profundamente. Aquele mundo de repente parecia tão distante, mas ainda havia partes dele que teimavam em assombrá-la.
--Essa mulher é maravilhosa. Ela prometeu estar presente no meu primeiro show na América e ei-la aqui com esse sorriso lindo que me dá vontade de abraçar e não largar nunca mais.
Risos felizes.
--Ele é sempre assim. Acostume-se Paloma.
Risos.
--Eu adoro essa espontaneidade do teu irmão. Agora que te conheci, já entendo melhor muita coisa. É linda a vossa relação.
Os irmãos abraçaram-se.
--Joy, estou muito feliz que tenhas tido coragem de correr atrás do que faz vibrar teu coração. E não penses que foi tarde, nunca é...
--Joy, tu és muito talentosa. - Disse Paloma piscando para o namorado.
--O que foi isso?
--O quê?
--Essa vossa troca de olhar...Hmmm, aprontaram alguma coisa...
--Sabes que sempre apoiaste o sonho dos outros, as ousadias, mas tu sempre viveste num casulo...
--Aham...
Risos.
--A Paloma inscreveu as tuas fotos num concurso...
--O quê?
--Joy, as fotos do show, do back stage, do ensaio, enfim, tudo ficou perfeito. O pessoal adorou, tanto que o Flack já queria vir connosco para te conhecer.
Risos.
--Tive que dizer que és comprometida e séria. Ainda que...
--Shhh. - Joy pediu que o irmão mudasse de assunto.
--Não pude ficar parada diante de algo de uma qualidade e sensibilidade inquestionáveis.
--Já entendi a razão dessa aproximação...
Risos.
--Dois malucos.
Risos.
--Posso saber para onde a senhorita enviou as minhas fotos?
--FW Magazine & Co. - Disse Paloma orgulhosa.
--O quê? - Joy arregalou os olhos. - Tu só podes estar doida.
--Nada disso. E só não ganhas se eles forem cegos.
--Meu Deus, que povo doido!
--Tem uma foto minha em delírio com a minha bateria...meu deus, mulher tu és muito talentosa. Captaste a essência daquele momento, a minha entrega incondicional ao meu instrumento...ah, perfeita aquela foto.
Risos felizes.
--O que é que eu faço com a adrenalina do meu irmão e da namorada?
Gargalhadas.
--Aproveita que somos mais jovens e cheios de ousadia e não temos medo.
--E nenhum juízo também.
Gargalhadas.
--E Nova York?
--Sim?
--Não me digas que lá também tu só vives pelo trabalho. Impossível Joy, até para uma workaholic como tu.
Gargalhadas altas.
--Eu não tenho tempo para aventuras e sabes...
--Não, não sei de nada. O que ficou em Londres é passado, a todos os níveis. Nada do que tinhas lá combina com essa Joy que está à minha frente. Amor da minha vida, tu ficas linda até coberta de lama, ou seja, aquelas roupas caríssimas ficavam muito bem na senhora, mas nada supera esse style fotografa maravilhosa, misteriosa e talentosíssima.
Gargalhadas a três.
--Thomas...
Risos.
--Ninguém te atropelou por lá?
Joy sobressaltou-se. A imagem de Elena no parque invadiu a sua mente como uma cena de filme.
--Como assim?
--Ah sei lá...não dizem que lá é a terra dos acontecimentos, onde tudo é possível? Para saíres desse casulo, só sendo atropelada.
Risos.
--Olha a ideia que meu irmão faz de mim...
Risos.
--Eu sinto que estás no lugar certo. Posso estar doido com a falta de sono, mas vejo alguma coisa diferente nesse olhar que é igual ao meu. Viva, Joy. Viva intensamente.
Joy apenas sorriu e bateu a cabeça. A grega era presença constante nos seus pensamentos...
--Dentro de dois dias iniciaremos um tour pela América do sul. Vários países e depois passaremos umas férias em casa da Paloma. Essa minha namorada linda é do Uruguai e vou conhecer as maravilhas da sua terra. E depois...
--Hmmm, adoro esse brilho no olhar.
Risos.
--Se tudo correr bem e vai correr, dentro de dois meses estaremos em Nova York.
--Show?
--Sim senhora!
--Já me vejo lá na frente babando pelo baixista e pela baterista.
Risos.
--Não senhora, tu estarás com uma camera nas mãos, fazendo a foto reportagem.
--Ah meu Deus, criei um monstro.
Risos felizes.
--Meus amores, preciso ir...
--Nem vou competir com Nova York.
Gargalhadas.
--Sabes que por mim ficaria aqui até perder a noção do tempo...
--Eu sei!
--A vossa cumplicidade é contagiante...
--Eu amo essa mulher. A Joy é incrível, ainda que às vezes ela demore a se dar conta disso.
Risos cúmplices.
--Cada um no seu processo...
--Eu sei, aprendi contigo e com a vida. Sei que estás num processo lindo...
--E como tal, nada é linear...
--Eu sei e confio em ti. Afinal, quem diria que um dia a minha irmã empresária de sucesso do ramo hoteleiro, largaria tudo para se aventurar em Nova York?
--Ela está apenas seguindo um sonho e nisso são tão parecidos. - Disse Paloma abraçando o namorado.
--Nós somos parecidos em muita coisa, para desespero do Sir.
Risos.
--Devo concordar contigo, Thommy. Agora preciso mesmo ir ou perderei o voo...
--Nova York!
Risos.
--Nós te levamos ao aeroporto. A Paloma tem primos aqui que nos emprestaram um carro.
--Muito obrigada Paloma. Adorei conhecer-te. - Joy abraçou a namorada do irmão.
--Eu ansiava por esse momento. Não tenho irmãos, mas sei apreciar uma relação bonita entre dois seres que nasceram dos mesmos pais. O Thomas te adora...
--E eu a ele.
--Ah, parem com isso. A senhorita não estava preocupada com o voo?
Gargalhadas felizes.
*****
Elena saiu do complexo de arranha céus em que ficava a editora e assim que colocou os pés na rua, ligou a música no seu telefone. O final de tarde estava perfeito para um dia de outono. Ouvia Voices de Hurts, enquanto era beijada pelo sol e o vento balançava seu cabelo. Sorria feliz. Aquela sensação a acompanhava há alguns dias...
De repente, queria andar pela cidade, descobrir e redescobrir...
Nova York parecia um mundo novo, ainda que já habitasse aquela cidade há largos anos.
Decidiu andar sem rumo e curtir a energia da cidade, antes de voltar para casa.
Com essa certeza cristalizada e com passos confiantes ainda que sem rumo certo, sentiu um toque atabalhoado nas costas. Não teve dúvidas. Golpe certeiro de Krav Maga. Girou o corpo segurando a mão do estranho com força.
--Ai...
Elena soltou-a imediatamente e levou a mão à boca.
Não era um estranho, era Joy. Sentiu tanta coisa naquele instante que ficou tonta.
--Desculpa...por favor, me desculpa! - Acariciou o pulso de Joy, que estava vermelho.
--Fui imprudente, afinal estamos em Nova York e a minha amiga tem a escola toda de defesa pessoal.
Ambas riram com vontade.
--O que fazes aqui? - Elena perguntou sem pensar. Estava feliz, muito feliz.
--Cheguei há meia hora no La Guardia e nem passei em casa que seria o mais óbvio...
--Saudades de Manhattan...
As duas riram juntas.
--Fiquei com vontade de apreciar a espontaneidade da grega, vim para perto do edifício onde ela trabalha...eu sei que parece coisa de gente doida, e quem sabe eu tenha mesmo perdido o juízo...
Elena riu muito feliz. A inglesa tinha esse dom...
--Me distraí por segundos e a grega deixou o edifício e não ouvia os meus berros...
--Fone de ouvidos...
Risos.
--E quase tenho meu pulso quebrado.
Risos.
--Desculpa. Já fui vítima de assalto...
--Eu é que peço desculpas. Agi sem pensar...
Caminhavam lado a lado, mesmo sem saber para onde iam. Até que Joy acordou para o mundo além da grega.
--Vais para casa?
Elena olhou-a sem saber o que dizer. Não queria ir para casa, se isso significasse ficar longe dela...
--Acabei de chegar de LA...
--Foste a Los Angeles? - Elena interrompeu-a tentando organizar as ideias.
--Fui. Não te falei da minha viagem?
--Não...afinal, a senhora nunca me disse nada. Lembra que queria me desvendar e eu não tinha direito a nada?
Gargalhada cúmplice.
--Que mazinha...
--Muito, mas eu gostei da brincadeira. Sempre ouço que sou muito fechada...
--Atropelei-te?
--Não...tens o dom de me deixar solta... - Elena falou sem pensar e obviamente ficou vermelha.
Joy sorriu. Aquele sorriso...
--Acabei de chegar de LA e queria fazer duas coisas...
--Hmmm?
Elena sorriu e Joy pensou que não queria estar em outro lugar.
--O que achas de assistirmos a um concerto de Jazz no Lincoln Center e depois jantar num café na Broadway que eu amo. Gostas de comida italiana?
Elena teve uma vontade quase irresistível de abraçar a inglesa. Sorriu, apenas.
--Parece que adivinhas os meus pensamentos...
--Como assim? - Joy perguntou de uma forma tão sexy que Elena teve vontades estranhas, ou nem tanto...
--Há uns dias para cá que resolvi resgatar minha paixão por Nova York. Tenho feito coisas que não fazia há muito tempo e que sempre me encantaram. Há muito tempo não vou à Broadway e era um dos meus passatempos favoritos.
--Eu entendo...de repente Nova York passou a ser apenas mais uma cidade...
--E não é apenas mais uma cidade. Esse lugar é mágico e oferece coisas que nenhuma outra é capaz.
--Então vamos aproveitar?
Elena não disse nada, apenas sorriu. Estava encantada, a sensação de estar num sonho era muito forte.
--Posso pedir uma coisa?
Joy teve vontade de dizer que ela podia pedir o que quisesse. Mas, apenas assentiu batendo a cabeça.
--Não sei se vais achar que sou invasiva...
--Tenta.
A assertividade da inglesa deixava a grega fora de órbita.
--Posso ter o teu número de telefone?
Joy riu alto e Elena ficou envergonhada.
--Eu não acredito, mas pensando bem, claro que não temos o contacto uma da outra...
--Pois, nossos encontros malucos na madrugada não permitem raciocínio lógico...ou talvez seja segredo...
Joy riu muito e pegou o telefone de Elena das suas mãos.
--Desbloqueia!
Elena nem pensou, apenas fez o que ela pedira.
Segundos depois, Joy devolveu-lhe o aparelho.
--Já podes ligar quando quiseres...
Riram juntas.
--Tens razão. Acho que andamos sob efeito de alguma mágica nas madrugadas...perdemos a noção da vida...
Sorrisos.
--18:30 da tarde...
--Vamos testar se a magia acontece apenas na madrugada. Jazz e comida italiana?
Elena não conseguia falar. A sensação de felicidade a deixava sem reação.
--Não tens compromissos, ou tens? Estou agindo como uma doida, mas é que nunca sei quando vou ver-te novamente e...
Elena sorriu com o coração batendo na garganta. Joy era linda, claro. Mas Joy atrapalhada era a coisa mais perfeita da face da terra.
--Sim para tudo. - Disse Elena com veemência.
--Elena... - Joy mordeu o lábio e sorriu.
--Estou bem para sair contigo? - Elena olhou para o traje e em seguida para Joy. Aquele olhar tímido e ao mesmo tempo sexy, que deixava a inglesa nas nuvens.
--Tu estás linda...lindíssima.
Sem pensar, Joy a abraçou. Elena retribuiu.
Queriam a mesma coisa.
--Vamos?
--Vamos!
Seguiram de mãos dadas e corações a galope.
Fim do capítulo
Olá :)
Espero que riem bastante no diálogo entre Elena e Milanka rsrsrs. Eu quase me engasguei de tanto rir. Quando escrevo, parece que estou em transe e nem presto atenção. Depois rsrsrs, enfim, muitas risadas.
Boa semana a todas.
Nadine
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Veka
Em: 26/05/2020
De olho em q, minha cara fada..... alguém c tendinite e um certo número de palavras que aumentam já têm alguns cap....
Bom.... sobre esse cap tranquilo e de relativa paz no coração... temos Leninha e Milanka nos brindando com uma conversa a lá amigas como a senhora muito bem sabe escrever. Altas gargalhadas por aqui! Amoooo demais! A Milanka é maravilhosa e apesar de um momento tenso, foi bom saber mais sobre ela.
Elena está nas nuvens, e tudo vai bem, até a senhora resolver q n vai mais, mas aguardemos...
Estava aguardando essa parte de mais conhecimento sobre a Joy e é adorável a relação dela com o irmão. Temos previsão de tempestades com o Sir Collins? E aqui estou eu, me perguntando sobre essa possível pessoa, q a senhorita deu a entender, que a Joy teve ou tem lá por Londres....
Joy estava ansiosa para ver Elena? Imagina.... kkkkkkkk....
E ficamos aqui com aquela costumeira vontade de quero mais!
Ai ai ai....
Obrigada por mais um capítulo, Naná!
Se cuida!
Beijinhios....
Veka
Resposta do autor:
Veka querida, antes de mais nada, minha imensa gratidão pelo centesimo comentário :)
Pois é moça, quem me dera ter um freio na hora de escrever...mas agora vou ser forçada a diminuir o ritmo. Tendinite voltou com tudo...estou triste mas preciso respeitar os meus limites.
Elena está nas nuvens? Nossa, tu ainda nao viste nada, darling. Se ela vai parmanecer lá (quando chegar) ou se vai despencar, só acompanhando a Nadine e suas loucuras rsrsrs
Joy...adoro essa personagem e todo o prazer criativo que ela vai me dar rsrss
Ela é uma incognita e convido-te a descobrir comigo todas as nuances dessa mulher maravilhosa.
Mais uma vez, muito obrigada por "ser" o comentário 100 :)
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brunafinzicontini
Em: 25/05/2020
Que encontro maravilhoso! Sempre de forma inesperada, a ponto de Elena quase agredir Joy!
Elena - “completamente embriagada de um sentimento novo, que deixava tudo excitante, vibrante...viciante” – transformada por um encantamento ainda não nomeado, sendo totalmente correspondida pela inglesa! Que emocionante!
Então, conhecemos um pouco mais dessa Joy misteriosa e tão interessante! Que bonito seu relacionamento com o irmão! E já fico na torcida para que a ousadia da cunhada tenha bom resultado! Quem sabe isso não prenda nossa inglesa a Nova York.
Que delícia de programa – concerto de jazz e jantar com comida italiana! Essa garota sabe o que faz! Felizmente, Elena já tomou a iniciativa de anotar o telefone de Joy. Eu ia bater nela se não fizesse isso...
O mais bonitinho foi as duas saírem de mãos dadas e coração disparado...
Adorei Ayo e Hurts!
Espero que tudo esteja melhorando para você, querida Nadine – que a pandemia esteja abandonando o seu paraíso e que a tendinite lhe dê uma boa trégua!
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
KKkkkk adorei essa coisa de Krav Maga, bem a cara da Elena.
É, essas moças estão sob um feitiço forte, vamos lá ver o que sai daí rsrsrs
De relacionamento maravilhoso com irmão eu entendo bem rsrss
Joy é uma maravilha a todos os níveis rsrsrs, bom gosto irrepreensivel.
Nao foi a Elena que anotou o número, a Joy pegou o telefone das mãos dela e anotou. A inglesa é...ai ai ai.
Minha ilha nao tem Covid, mas a capital do país tem, entao seguimos nos cuidados. Tendinite está querendo mandar em mim...enfim.
Obrigada. Bjs
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paula7
Em: 25/05/2020
Autora,
Milanka e Helena....amizade e tudo. ..eu também tenho uma doida na minha vida...kkk
A Joy ja chegou correndo atrás da Helena....a paixão está no ar...
Bjo
Resposta do autor:
Eu também tenho algumas doidas na minha vida e eu devo ser a doida na vida das minhas amigas kkkkkk
Obrigada. Bjs
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Carmen
Em: 25/05/2020
Nadine, boa noite! Que bom que voltou e cá estou eu novamente, porque de fato, não resisto.
Já estou amando essa história. Todas elas são maravilhosas. Achei ótimo que nesse capítulo pudemos conhecer um pouco mais sobre a Joy.
Eu amo a forma como você nos coloca dentro das cidades que escolhe como cenário! E a maneira como constrói as relações das suas personagens.
Tô bem curiosa sobre isso que o irmão da Joy soltou sobre ela ser comprometida. Não sei se foi só uma brincadeira ou se foi algo real. Lars feelings...(cruzes)
A título de curiosidade, li 5 capítulos dessa história, fiquei ansiosa pelos capítulos seguintes e fui correndo ler Sob o sol de Naya pela terceira vez! Definitivamente se tornou minha favorita junto com minha outra favorita. Aliás, nos seus comentários finais, vc mencionou uma história que já estava toda em sua mente. Por acaso é essa?
Uma ótima semana e até o próximo capítulo, que esse date promete!
Resposta do autor:
Carmen querida, que bom tê-la aqui também :)
Aos poucos vamos sabendo mais sobre a Joy :)
Lars feelings kkkkkkkkkkkkkkkk nada me fez rir tanto. Aguarde e vais descobrir tudo, mas dois Lars seguidos, nao creio que seja tão má rsrsrs
Eu adoro Sob o sol de Naya, já o li algumas vezes e sempre vou reler. A história de Valentina e Nayami é forte...enfim, adoro o livro.
Kkkkkkk mulher, nem te conto, ou melhor vou contar kkkkk a história que viria depois de Sob o sol de Naya nao tem nada a ver com essa. Ela se passará em Cabo Verde e será longa como Sob o Sol de Naya, por exemplo. Já tenho sinopse, pesquisas, enfim...só que como estava com tendinite, inventei de escrever uma short de 5 caps. Eu consigo? Nao, claro que nao. Cá estamos nós nessa história que a cada capitulo me enche de tesão criativo e nao faço a menor ideia quando vai terminar. Essa que estava na forja, provavelmente vai esperar mais ainda, porque outro dia tive uma ideia de script interessante. Será mais uma tentativa de short kkkk, uma história que acontece em tempos como agora...pandemia de corona. Mas essa talvez demore, sei lá...por enquanto vamos de E se...
Minha mente é fértil, graças a Deus. Nao faltam scripts :)
Obrigada pelo regresso e pelo comentário. Bj
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Mille
Em: 24/05/2020
Depois do beijo, os corações querem se conectar novamente.
Joy não perdeu tempo, chegou de Los Angeles e ja procura a Elena.
Elena e Milla são bom engraçadas juntas, elas tem uma linda amizade.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Joy parece ser rapida rsrsrs
Obrigada. Bjs
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Lii37
Em: 24/05/2020
Oiii. Deusa cunhã da escrita!
Imagino a felicidade da amiga em ver com os próprios olhos a causadora da alegria de Elena. E, a vontade de beija-la kkkkk
A troca de telefone foi tudoooo. Nem tinham percebido esse detalhe importante. Lindaaas!!
A tua atualização pode ser.... quando puderes!! Rsrs seja em semana, mês, meses... quando atualizar... deixarei o que estiver a fazer para embarcar na tua escrita p vislumbrar a beleza que é a história dessas lindona!
Obrigadaa novamente por dividir com todas nós a tua belíssima história!
Melhoras da tendinite.
Bjs
Lii.
Resposta do autor:
Pois é, a embriaguez é tamanha que elas esquecem coisas simples como trocar telefones :)
Vou precisar ser mais lenta mesmo, ou entao escrever caps pequenos, o que para mim é quase impossivel rsrsrs.
Muito obrigada. Bj
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NovaAqui
Em: 24/05/2020
Eu confesso que a conversa com Milanka foi engraçada, mas teve o momento não muito legal da história da irmã.
E Joy foi criada por um pai durão, mas parece que conseguiram todos sobreviver. Thomas é que não aguentou muito.
Esses encontros entre Elena e Joy são sempre inusitados 🙄ðŸ¤
Agora elas vão poder se falar além das madrugadas.
Tomara que depois do concerto e dessa massa, elas possam trocar mais alguns beijos
Espero que tudo esteja bem com você e seus familiares
Cuide-se!
LVY â¤ï¸
Abraços fraternos procês aí 🌻😘🥰â¤ï¸ðŸŒ»ðŸ˜˜ðŸ˜˜
Resposta do autor:
Sim, a Milanka tb lida com coisas menos positivas.
Agora o encontro deu-se num final de tarde, vamos lá ver se muda alguma coisa kkkkk
Será que vão trocar mais beijos? Terás de ler o 9 rsrs
Abraço linda.
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