CapÃtulo 24
Capítulo 24
No sábado de manhã após tomarem café, Giovanna levantou e retornou ao quarto com outra caixa. Dentro estava um relógio grande de mergulho. Giovanna disse que ela o usaria na lua de mel delas quando fossem fazer mergulho em Santorinni, na Grécia. E pediu para Carolina guardar o relógio em seu cofre e não entregar a ninguém, pois era muito valioso. Carolina aceitou, estranhou o presente, pois parecia já usado, mas deveria ter um valor sentimental para Giovanna. Quando chegaram ao apartamento de Carolina, Giovanna a fez guardar o relógio no cofre, observando atentamente a combinação de números que Carolina digitava no mesmo.
À noite elas foram ao aniversário de Leandro. Elas chegaram sorridentes e trazendo os presentes. Cumprimentaram a todos e se sentaram como sempre abraçadas. Marta e Jaqueline já expunham barriguinhas de três meses de gestação e eram paparicadas por todos. Após meia hora, Simone foi pegar suco e Giovanna estava se servindo, só então ela viu a aliança.
- Que anel bonito Gio! – Simone disse, chamando a atenção de todos os que estavam perto.
- Não é um anel, é uma aliança! – Disse Carolina se aproximando e abraçou Giovanna por trás, colocando a mão dela ao lado da de Giovanna. E ambas sorriram.
Todos ficaram felizes em saber do noivado, abraçaram e beijaram as noivas, pediram para ver as alianças e lerem o poema que estava escrito. Fizeram uma bagunça. Perguntaram quando seria o casamento e onde. E elas informaram que seria no meio do ano, dali a quatro meses, por que queriam tirar férias juntas e viajar para a Grécia em lua de mel. E Carolina pediu para as amigas ajudarem nos preparativos, pois ainda não tinham decidido onde seria a festa e como seria. Teriam um bom trabalho pela frente. E todas aceitaram imediatamente o pedido, muito animadas.
A semana passou tranquila. Carolina, Marta, Jaqueline, Simone, Jéssica e Leandro se reuniram duas vezes para verem os locais onde poderia ser feita a festa, os bolos, a decoração, comida, bebidas, o vestido. Todos deram palpites, mas não chegaram a consenso algum. Giovanna deixou tudo a critério de Carolina, só não aceitou usar vestido como havia sugerido Marta e Leandro, que de tanto insistirem, já haviam até convencido Carolina, mas Giovanna foi irredutível.
Jéssica pedia para Giovanna marcar a data da cirurgia e ela dizia que agora só iria fazer a cirurgia após o retorno da lua de mel e que ainda queria que Carolina não soubesse de nada. E Jéssica aceitou.
No sábado de manhã Carolina ficou de se encontrar com Leandro e Marta no shopping. Ela desceu do seu carro carregando sua bolsa e falando no celular com Giovanna, que estava indo ver uma chácara no Recreio dos Bandeirantes para a festa. Quando um homem passou por ela e puxou sua bolsa com força, fazendo ela dar um grito, chamando a atenção de dois homens que estavam de terno a alguns metros atrás dela. Um dos homens correu atrás do homem e o outro cercou do outro lado, seguraram o bandido e um deles devolveu a bolsa à Carolina. Que agradeceu e estranhou eles estarem usando uma espécie de fone de ouvido. Mas não disse nada, achou que eram seguranças do shopping.
Ela contou o que tinha acontecido à Giovanna que tinha ouvido o grito. Elas conversaram por mais alguns minutos e se despediram. E ela foi se encontrar com Leandro e Marta e tentou se acalmar.
Giovanna entrou na mansão na estrada do Joá na Barra da Tijuca e nem cumprimentou Diego e Amélia. Disse rispidamente.
- Onde ele está?
- No porão! Vem, vou te levar lá! – Diego desceu com ela.
Assim que ela viu o homem desferiu um soco em seu rosto e começou a falar alto, perguntando quem havia mandado ele se aproximar da mulher. O rapaz sofreu torturas e espancamentos por duas horas de Giovanna, já estava muito machucado. Então eles acreditaram que ele era apenas um drogado, que queria roubar para usar crack. Ele foi vendado e o deixaram bem longe dali, em Santa Cruz.
Giovanna estava com os nós da mão machucados dos socos que deu no rosto do rapaz. Amélia limpou e fez curativo e ela foi para o apartamento de Carolina que viu o ferimento e ela disse que havia se machucado na chácara e não era nada grave.
Na outra sexta-feira Giovanna estava chegando em casa do trabalho por volta das cinco da tarde quando ouviu o celular tocar. Ela olhou o identificador e estranhou.
- Giovanna, é Denise! – Giovanna estranhou, Denise nunca ligava para ela e muito menos no celular particular dela. Elas só se falavam em outro.
- Denise o que houve? – Giovanna disse, colocando as chaves e a pasta sobre o aparador ao lado da porta e indo em direção ao quarto.
- Eles descobriram que iríamos dar o flagrante, Giovanna. Acabei de ser informada que Simões, Gonçalves e Cleber foram assassinados. Tome cuidado! Eu estou pegando as minhas coisas para sair do país. – Ela disse chorando e com a voz desesperada.
- Como assim descobriram, como? – Giovanna estava estática, no meio do corredor e encostou a cabeça na parede para se segurar.
- Simões nos traiu! – Denise soluçava.
- Calma Denise! Você precisa se acalmar. Ligue para Lorena. Ela vai poder te ajudar! Vou tentar conversar com Raul, ele ainda está vivo? – Giovanna estava sem ação.
- Acho que sim! Ele estava essa semana na filial de São Paulo, fazendo investigações lá. Não sei se sabe de alguma coisa. Não consegui contato com ele! Preciso ir, vou tentar falar com Lorena.
- Boa sorte! – Giovanna desligou com pressa e ligou para Diego.
Ele atendeu prontamente, sabia que ela não estava bem, pelo que via nas câmeras na central de monitoramento em sua mansão da estrada do Joá.
- O que houve Fênix?
- Fomos descobertos, descobriram o flagrante e três já foram apagados, inclusive Cleber! – Giovanna sentia uma lágrima descer ao dizer o nome do amigo.
- Meu Deus! Ele era indefeso! Como podem? Vou para aí agora!
- Tudo bem, mas triplique a segurança de Carolina. Quero ela protegida vinte e quatro horas. Te aguardo aqui Tigre! – Giovanna desligou e ligou imediatamente para Carolina.
Carolina viu que era de Giovanna, sorriu e atendeu.
- Oi amor! Já está vindo? Vamos nos atrasar para o Jantar da Bia e da Si. – Carol dizia se movimentando enquanto arrumava os cabelos.
- Carolina, nós não vamos! Não saia do apartamento e não abra se tocarem a campainha ou baterem na porta! - Giovanna falou alto e de forma dura, causando estranheza em Carolina.
- Que é isso Giovanna, por que? O que houve? – Carolina parou imediatamente e seu coração disparou por imaginar que era algo ruim.
- Carolina, não podemos conversar por telefone. Apenas me obedeça e não saia de casa. Por favor, amor! Vou para aí mais tarde! – Giovanna abaixou um pouco o tom de voz e disse. – Eu te amo, nunca se esqueça disso! – E cortou a ligação.
Carolina ficou com o telefone ainda na mão e não compreendeu nada. Estava muito brava por Giovanna falar com ela daquele jeito. Falou para si mesma.
- Nós nem nos casamos ainda e ela já é grossa comigo e quem mandar em mim? Ah! Mas não vai mesmo! – Levantou, terminou de arrumar os cabelos, pegou a bolsa, as chaves do carro e saiu.
Fim do capítulo
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Vanderly
Em: 12/10/2019
Eita mulher teimosa, amo!
Nossa! Autora você nos pós um mistério que só vai se revelar no final. E eu aqui tentando adivinhar o desfecho desta história.
Fernanda você é muito boa na escrita, sabe como nos enredar direitinho. Estou amando ler teus escritos. Parabéns!
Beijos querida.
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