O capítulo não é grande. :( Andei preocupada com umas coisas e não escrevi muito.
Mas tentei escrever da melhor forma possível.
CapÃtulo 53
Minha doce Ilara – Capítulo 53
A frase dita por Helena atingiu a todos e ninguém mais foi capaz de dizer mais nenhuma palavra, parecia que todos estavam assustados pelo que Helena acabara de dizer. Como assim a vida dela e dos filhos havia sido um inferno?
— Augusto nunca foi um bom pai e muito menos marido. Sempre descontou a suas frustrações em nós — Helena disse parecendo tirar um grande peso de suas costas, pois finalmente a verdade seria revelada. E isso, fez o seu choro vir de uma forma descontrolada demonstrando toda a dor que já sentira.
Ester ao vê-la assim não se intimidou. Começou a passar pela multidão de pessoas e se posicionou ao lado de Helena, mostrando que com ela estaria segura. Muitos estranharam aquele ato, no entanto, o que Helena havia acabado de falar parecia ter chamado mais a atenção das pessoas.
Gustavinho, ao ver a sua mãe próxima a aquela mulher, correu para longe e Ilara o seguiu.
— Helena, você não tem o direito de falar assim de meu filho. Eu sei que está abalada, mas não precisa chegar a esse ponto — A mãe de Augusto foi até a nora, pois aquelas palavras não podiam ser verdadeiras. O seu filho tinha seus defeitos, mas não era um monstro.
— Deixe-me falar — Gritou e todos ficaram sem saber como agir — Você não conviveu com seu filho todos esses anos, eu sim convivi e ele nunca foi isso daí que vocês dizem.
— Você só pode ter enlouquecido — A mulher comentou já nervosa.
— Enlouquecido? Eu? Amélia, todos esses anos, eu estive ao lado de uma pessoa que não me deu um mínimo de valor. Sempre me colocou para baixo. Sempre me tratou como se fosse uma incapaz — Olhou para as pessoas em volta e via as pessoas que antes havia elogiado Augusto abaixando a cabeça. No final todos perceberam que estavam equivocados.
Vendo que todos não tinham mais coragem para lhe falar mais nada. Helena continuou a falar sobre como havia sido seu casamento. Todos ficavam perplexos com tudo, ninguém fazia ideia que isso poderia estar acontecendo com Helena.
— Eu o denunciei no mesmo dia em que ele faleceu — Helena confessou — Não esperava que isso iria acontecer com ele e nem desejava a sua morte, mesmo depois de tudo, pois eu só queria distância de Augusto. Só queria a minha liberdade de volta. Só queria ir em busca de minha felicidade — Nesse momento, o seu olhar se encontrou com o de Ester que parecia estar orgulhosa de sua amada.
— Isso tudo é mentira — Amélia sentido a irritação começando a tomar conta de si, pensou na possibilidade de agredir a sua nora, no entanto, o seu marido a impediu.
Alfredo, até então, havia escutado tudo atentamente. Sentiu que todas as palavras ditas por Helena eram verdadeiras e com isso se sentiu o pior ser humano do mundo, pois não conhecia o filho que tinha.
— Amélia, temos que aceitar a realidade — Abraçou a sua esposa — Não conhecíamos o filho que tínhamos.
De longe, a investigadora Marília observava toda aquela cena atentamente. Já fazia ideia de que Augusto poderia não ter sido um bom marido e ter tido amantes, mas nunca havia passado por sua cabeça que poderia ter sido um marido tão ruim assim para Helena.
Neste instante, o seu celular começou a tocar. Era Ernesto.
— O que descobriu? — Após fazer essa pergunta, Marília sentiu o seu ouvido sendo invadido por uma enxurrada de informações. No entanto, tudo aquilo ela já sabia, pois Helena havia acabado de dizer — Já estou sabendo disso tudo, Ernesto, Helena acabou de dizer aqui no cemitério. Admiro essa mulher, pois não deve ter sido nada fácil para ela. Ainda mais falar assim na frente de pessoas que tinha uma outra ideia de quem era realmente Augusto.
A ligação foi encerrada e Marília começou a notar as pessoas indo embora do cemitério.
— Hora de fazer o mesmo — a investigadora disse e nesse tempo viu algo que chamou sua atenção. Helena e Ester estavam muito juntas. Era muito estranho isso, visto que, as pessoas diziam que Augusto e Ester não se davam bem — Elas trocam olhares cúmplices.
Ao notar isso, Marilia ficou sem saber o que pensar. Será que as duas tinham um caso? Se isso fosse verdade, as duas poderiam se tornar suspeitas pelo que havia acontecido com Augusto, no entanto, Marília sentia que as duas não haviam feito nada.
Augusto havia viajado e Helena o denunciado, então, não tinha porquê matá-lo.
— Pela forma que Helena falou, ela não o odiava, só queria mesmo ter sua liberdade de volta — A investigadora seguia para a saída do cemitério — Acho que preciso saber mais a respeito do que acontecia naquele hospital — Comentou por fim.
— Gustavo, por que você está assim? — Ilara perguntou ao conseguir acompanhar o seu irmão que estava sentado na raiz de uma árvore.
Gustavo ignorou a pergunta da irmã e seu olhar passou a ficar distante, enquanto encarava as flores em uma de suas mãos. Ele não estava conseguindo aceitar essa aproximação de Helena com Ester. Seu pai não gostava da médica. Sempre pedia para eles manterem distância dela. Como é que agora ele iria agir diferente?
— Eu não gosto daquele mulher — o garoto comentou e Ilara ficou confusa.
— Que mulher?
— Ester. O papai não gostava dela, por que ela veio para cá? — O garoto começou a chorar, pois estava muito chateado.
Ilara vendo que iriam novamente falar daquele assunto, se sentou ao lado do irmão.
— Gu, não é porque ele não gostava que a gente tem que não gostar também. Ele e ela tinham suas diferenças, mas não podemos assumir isso para gente agora — Ilara envolveu o corpo do irmão com um de seus braços, fazendo ele apoiar seu corpo sobre o dela — Temos que ser diferentes do papai, não podemos agir como ele. Ele é nosso pai, amávamos, mas como eu, você sabe que ele já agiu muito errado com a mamãe e conosco. Será que ele não agiu errado com a prima dele também?
Quando Ilara falou isso, Gustavo ficou pensativo. Talvez a irmã estivesse certa, no entanto, tudo era tão recente ainda. Não tinha como ele aceitar uma pessoa assim em sua vida de uma hora para outra.
- Mas ainda é difícil para mim – Gustavo comentou e ficou olhando para as flores em suas mãos.
- E eu não esperava que fosse diferente – Aconchegou mais o seu irmão em seus braços e começou a pensar em algo. Sua mãe e Ester estavam juntas. Como seriam as coisas entre elas agora? Será que iriam assumir o relacionamento?
- Mana, todos já estão indo embora- Gustavinho chamou a atenção da irmã.
- Vamos nos despedir do papai então- Ilara se levantou e o garoto fez o mesmo.
Enquanto andavam até onde o corpo do pai havia sido enterrado, os dois se abraçaram e se olharam nos olhos. Sabiam que aquele momento era muito difícil e que iriam precisar muito do outro para enfrenta-lo.
Quando chegaram, vários fleches vieram na mente dos irmãos. Não conseguiam se lembrar de momentos felizes ao lado do pai. Augusto estava sempre muito ocupado e quando estava em casa, não costumava dar atenção para os filhos.
Ilara, nesse instante, passou a se perguntar se o seu pai havia por algum momento se arrependido por tudo que havia feito e deixado de fazer, pois mesmo morando na mesma casa, ele não conhecia os seus filhos.
- Será que ele está onde agora, Mana? - Gustavinho indagou ao olhar para a foto do pai.
- É uma reposta que não sei te dar, Gu – Ilara colocou a mão sobre o ombro do irmão, e viu quando o garoto beijou as flores que estavam em sua mão e colocou perto do retrato do pai.
Ilara ao ver aquela cena, abaixou sua cabeça. Sabia muito bem o quanto havia sido difícil conviver com seu pai, no entanto, doía saber que nunca mais o veria.
Após se despedirem de Augusto, os dois foram para a saída do cemitério. Ao chegar na porta, eles se depararam com Helena, Michelle, seus avós e também Ester que estava encostada em seu carro.
Quando Gustavo notou a mulher lá, ele ficou olhando um pouco desconfiado. Talvez estivesse tentando se acostumar com a presença daquela mulher, contudo ainda era difícil.
O clima estava tenso e os dois irmãos não entendiam o que estava acontecendo.
Ilara como era mais esperta, desconfiou que aquelas pessoas haviam discutido e ela estava certa.
A mãe de Augusto havia acusado Ester pela morte do filho por conta das conversas que havia escutado ao sair do cemitério, todavia, as outras pessoas e principalmente o pai de Augusto defenderam a médica.
Alberto não estava mais do lado do filho depois das últimas revelações e o que ele mais termia no momento era que Augusto estivesse se metido em algo ilícito.
- Você quer que eu leve vocês até em casa, Helena? – Alberto perguntou um pouco envergonhado. Não estava sabendo mais como tratar a sua nora, depois de saber que ela havia sofrido durante anos nas mãos do filho e ele nunca havia percebido.
- Não – Neste instante, Helena olhou para Ester que estava já a sua espera – Ester disse que irá nos levar.
Helena sabia que todos iriam estranhar isso, todavia, ela não estava disposta a fingir ser indiferente a Ester.
- Essa mulher quer tomar tudo que era de meu filho – Amélia disse, não pensando que as duas mulheres tivessem algo, mas sim que Ester estava querendo ter.
- Chega, Amélia, você não se deu conta de tudo? – Alberto se irritou com a própria esposa, não aguentava mais ver a esposa não querendo enxergar a verdade – Nosso filho era um monstro e você não se cansa dessas insinuações.
- Eu não aceito isso. Meu filho não é isso que disseram.
- Senhora, acho que às vezes, mesmo sendo difícil, temos que tentar enxergar a realidade – Michelle se met*u na conversar e viu Amélia lhe olhando com desprezo.
- Quem é a senhora? – Amélia questionou.
- Sou a professora de Ilara – Michelle disse sentindo um peso muito grande naquelas palavras. Foi aí que se lembrou do que havia acontecido na noite anterior. Olga queria que elas terminassem, mas a última coisa que Michelle queria era se manter distante de Ilara.
- Acho melhor encerrarmos essa conversa – Helena resolveu parar com as discussões, pois sabia que não iriam chegar a lugar algum.
Amélia resolveu se calar, pois sabia que todos estavam contra ela.
- Você não vai para casa comigo? – Ilara indagou a Michelle, pois a morena estava se despedindo.
- Acho melhor. Não posso correr o risco de Olga nos ver tão juntas –Michelle disse e Ilara abaixou sua cabeça.
Neste momento, as duas estavam afastadas de Ester, Helena e Gustavo. Os pais de Augusto já haviam partido e as duas foram para perto do carro da professora para poderem conversar.
Ilara sabia que Michelle estava certa, no entanto, mesmo Michelle lhe falando que não. Ela estava com medo da mais velha desistir do que elas estavam tendo, pois Michelle havia passado a noite toda pensativa.
As duas haviam dormido juntas, mas não foi como Ilara havia pensado e até temido, as duas passaram a noite toda quietas. Dormiram abraçadas, mas Michelle parecia não conseguir fechar o olho por nenhum momento.
A situação das duas estava complicada, mas Ilara não queria que Michelle ficasse distante. Ainda mais naquele momento tão delicado que ela estava passando.
- Eu entendo – Ilara iria se afastar, mas Michelle segurou um de seus braços a impedindo.
- Só te peço um pouco de paciência. Minha carreira está em risco e isso está mexendo demais comigo – Ilara com o toque fechou os seus olhos e começou a sentir o corpo da outra mulher se aproximando mais do seu – Eu te amo, esse sentimento parece querer transbordar de meu peito. Não imagino mais a minha vida sem você, mas eu preciso de um tempo para lidar com tudo que aconteceu.
Ao ouvir aquilo, Ilara sentiu uma vontade muito grande de abraçar a sua amada e foi isso que fez, abraçou Michelle como se fosse o último. Ela não queria que Michelle fosse embora. Temia que a outra mulher mudasse de ideia... Temia nunca mais poder beija-la.
- Eu te amo – Aquela frase saiu baixa perto de um dos ouvidos de Michelle, mas mesmo assim causou um grande efeito.
Michelle se desestabilizou, queria por um momento parar de pensar nas consequências e beijar Ilara ali, no entanto, mesmo sentindo o seu coração se despedaçar dentro de seu peito, ela teve que partir.
Helena e seus filhos finalmente chagaram em casa, e diferente do dia anterior, aquele lugar estava vazio. Helena então percebeu que Michelle estava certa, após o enterro de Augusto todos sumiram, a única pessoa que lhe restou foi Ester que no momento estava ao seu lado e que ela sabia que realmente lhe amava.
- Acho melhor deixar vocês a sós – Ester fez menção de ir para sua casa, mas Helena a impediu.
- Fique – Disse calma, chamando a atenção de seus filhos – Não quero ficar sozinha neste momento – Sentia-se abalada depois de tudo que havia dito no cemitério.
Gustavo ficou se perguntando o porquê da mãe querer tanto a presença daquela mulher em sua casa, contudo, não se opôs a presença dela ali. Depois da conversa com a irmã, ele viu que talvez estivesse agindo errado com aquela mulher.
- Fique, Ester, a mamãe precisa de companhia – Ilara disse e as duas mulheres se surpreenderam com a atitude de mais nova – Eu vou para meu quarto, não estou me sentindo bem.
Ilara começou a andar em direção as escadas e todos lhe seguiram com o olhar.
- Aconteceu alguma coisa? – Helena indagou preocupada quando viu a filha subindo para o segundo andar. Tinha percebido que desde que a filha havia se despedido de Michelle no cemitério, ela havia ficado muito estranha – Será que aconteceu algo entre as duas? – perguntou-se mentalmente.
- Não, estou apenas com dor de cabeça - Ilara disse rapidamente tentando esconder seu tom de tristeza, mas Helena percebeu tudo. Sentiu que a filha não estava bem e tentou segui-la, no entanto, Ester a impediu.
- Há momentos que precisamos ficar sozinhos para refletirmos sobre as nossas vidas. Acho que sua filha está precisando disso – Ester disse de uma forma amável e Gustavinho a encarou intrigado.
A médica havia notado que a relação entre Ilara e Michelle não era somente de aluna e professora. Ela conhecia os olhares de duas pessoas apaixonadas e aquela despedida das duas só confirmou as suas suspeitas, as duas estavam tendo um relacionamento amoroso. Ester ainda só não sabia que Helena já tinha conhecimento disso.
- Está bem – Helena resolveu ficar, mas seu coração não queria isso.
- Vamos comer algo? – Ester resolveu não continuar aquele assunto e se voltou para Gustavinho que a olhou espantado – Gosta de quê?
Gustavo ficou sem saber o que responder. Olhou para a mãe que lhe encarava parecendo esperar por sua resposta, mas ele ainda não estava acostumado com a presença daquela mulher.
- Não vai responder, filho? – Helena indagou.
- Lasanha – Foi a única coisa que veio em sua mente no memento – Você vai cozinhar? – Perguntou já desconfiando dos dotes culinários daquela mulher.
- Sim, mas você irá me ajudar – Ester chamou o garoto para a cozinha e mesmo contrariado, Gustavo foi. Helena os seguiu e sentiu o seu peito sendo preenchido por uma felicidade incomum. Todas as pessoas que ela amava estavam ali perto dela e isso faz ela perceber que mesmo depois de tantos momentos complicados, a sua vida estava mudando para melhor.
Fim do capítulo
Olá, queridas leitoras^^
No capítulo passado me falaram de uma tal porta. Sendo sincera, eu estava preocupada com outra coisa. Achei que a primeira vez da Ilara iria acontecer, perdi o controle e deixei minhas personagens ditarem o que ia acontecer naquele quarto. kkkkkkkkkk
Bom...
O que acharam desse capítulo?
A estão orgulhosos da Helena?
Viram, a Ester está se aproximando mais da família.
Agora, quero fazer um agradecimento especial a Ana Rita, pois ela anda lendo meus capítulos antes de serem postados. Como não tenho capítulos sobrando, eu estou escrevendo e postando. Então, sempre fico insegura e com medo de fazer alguma besteria. kkkkk E ela lendo, eu fico mais confiante.
Mais uma coisa.... Quero divulgar o blog de uma grande amiga^^
O blog da Geh Padilha, a pessoa que já me ajudou tanto, tanto, tanto, que eu nem sei mais o quanto. kkkkkkkkkkkk
Link: https://gehpadilha.blogspot.com/
Mesmo a gente sendo como o dia e a noite kkkkkkkkkk A nossa amizade é muito sincera e muito importante para mim.^^
Ela está com história nova e vai postar as antigas^^
Muito obrigada pela a atenção de vocês^^
Beijinhos^^
Van^^
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Rosangela451
Em: 08/07/2019
Achei ótimo!!!
Helena tomando redes da sua vida .
Daqui a pouco Gustavinho vai está apaixonado pela Éster..
Bjim Van
Resposta do autor:
Olá,
Tá vendo?
A Helena vai começar a reconstruir a sua vida.
Gustavinho vai perceber que Ester faz muito bem a Helena e vai acabar aceitando a aproximação das duas.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van^^
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