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Minha doce Ilara por Van Rodrigues

Ver comentários: 3

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Palavras: 4249
Acessos: 3480   |  Postado em: 20/07/2019

Notas iniciais:

Olá, meus amores^^

Espero que vocês tenham roupa para o que vai acontecer nesse capítulo rsrs 

Capítulo 54

Minha doce Ilara – Capítulo 54

Os dias que se sucederam foram reveladores. As verdades estavam aparecendo e todos se chocavam com a pessoa que Augusto realmente era.

A descoberta das fraudes nas contas do hospital abalou toda a família. Amélia, mãe de Augusto, se afundou em uma tristeza tão grande que teve que procurar um acompanhamento psicológico. Ela mesmo vendo toda a verdade, tentou de alguma forma ameniza-la, por muitas vezes colocou a culpa em Helena, pois ela não queria acreditar no que diziam, todavia, o seu marido chegou até ela e disse:

Amor, eu sei que é difícil, mas essa é a realidade. Não conhecíamos o nosso filho.

 

 

Diante das verdades que aos poucos apareciam, a única alternativa de Aldo foi desabafar com alguém, pois não aguentava mais carregar sozinho a culpa por ter matado Augusto em um ato de desespero. E isso ele fez com sua esposa, Camélia, que mesmo entendendo o porquê da atitude do marido, não pode compactuar com isso. O denunciou, pois sabia que outras pessoas inocentes poderiam assumir a culpa por esse ato.

No dia da prisão de Aldo, Camélia se sentiu muito mal por ver o marido sendo carregado para a viatura por dois policiais.

Seu marido por conta do peso na consciência que estava sentindo por ter assassinado alguém, estava totalmente descontrolado. Não parecia mais o mesmo e Camélia sentia-se mal pelo que ela havia feito.

- Não se sinta culpada. Ele precisa pagar pelos seus erros – Um dos policiais chegou até a esposa para tentar de alguma forma consolá-la.

**

 

Helena estava deitada e os seus cabelos sendo constantemente acariciados. Com os olhos fechados, sentia uma vontade de dormir começando a aparecer.

- Estou aliviada por tudo ter se resolvido – Helena comentou ao se virar para Ester que estava atrás de seu corpo.

- Nunca pensei que Aldo pudesse fazer algo desse tipo – Ester disse pensativa, pois achava o médico um homem muito tranquilo.

- Às vezes, o desespero leva as pessoas a fazer coisas inimagináveis- Fixou o seu olhar no de Ester – Eu te amo! Aqui é o lugar que sempre desejei estar.

- Em minha cama? – Ester brincou e as duas riram.

- Você sabe que não estou falando disso – Helena disse calmamente – Estou me referindo a estar contigo. Eu sempre desejei isso. Espero não demorar muito para assumir nosso relacionamento.

Helena pensava que de alguma forma, Ester se incomodava por elas terem que fingir que um laço de amizade havia se formado entre elas após a morte de Augusto.

- Amor, não assumir o nosso relacionamento não me incomoda. Saber que estamos juntas já significa muito para mim e é o que importa - seus dedos tocaram delicadamente a pele de Helena – Eu também te amo e quero que tudo ocorra ao seu tempo. Não irei lhe apressar. Não quero mais ser injusta contigo.

- Essas palavras confortam o meu coração, mas acho que agora as coisas ainda serão difíceis – Pensou em todos os problemas que teria que resolver.

- Por que difíceis?

- Eu não tenho um emprego. Não tenho como sustentar meus próprios filhos – Fitou o teto a procura de uma saída para seus problemas.

Helena se via em uma situação complicada. Estava dependendo dos pais de Augusto. Isso de uma forma lhe incomodava. Havia aceitado a ajuda de seus sogros, mas agora sentia vontade de caminhar com suas próprias pernas.

- Amor, o que você quer fazer agora? – Ester indagou e Helena ficou pensativa.

Além de trabalhar, ela também queria estudar. Desde nova sentia vontade de ser professora, no entanto, durante seu casamento, ela nunca pôde realizar esse sonho.

- Se eu te falar uma coisa agora, você promete não rir de mim? – Helena se sentou na cama e começou a ficar sem jeito. Estava se sentindo um pouco velha para fazer o que iria dizer.

Ester também se sentou e achou estranho esse comportamento da amada.

- Claro que não vou rir de você, meu amor. Por que eu riria de uma vontade sua?

- Não sei... eu me sinto tão velha. Já não sou uma jovem.

- Helena, não exagere. Você não é velha e também, nunca é tarde para realizarmos os nossos sonhos – Deu uma pausa – Diga, o que você quer fazer?

Helena ponderou por alguns instantes, mas não teve alternativa. Estava frente a frente com a mulher que amava. Ela tinha que ser sincera.

- Eu quero estudar para ser professora- Disse sem graça. Esperando que Ester risse, demonstrando que aquilo era uma loucura. No entanto, Helena viu algo diferente acontecer. Os olhos de Ester começaram a brilhar intensamente e um sorriso largo surgiu – O que foi? – Perguntou desconfiada.

- Estou orgulhosa de você – Segurou as mãos de Helena com as suas –  Isso mostra que esse casamento com o crápula do meu primo não destruiu com seus sonhos.

- Mas eu não sei se é possível. Não tenho tanto tempo disponível... Tenho uma casa para cuidar... filhos - Preocupou-se, pois as coisas estavam complicadas após a morte de Augusto- E preciso de um emprego.

- Você vai trabalhar comigo no hospital- Ester disse decidida.

- Como assim? Eu não tenho nenhuma formação, Ester, e nunca trabalhei após me casar com Augusto – Helena perguntou já toda alterada. Achava que não tinha capacidade para trabalhar no hospital.

- Você vai ser minha secretaria. Não vai ser algo difícil e se for, eu te ajudo.

- Mas isso então não será um trabalho, você vai me ajudar. Além do mais, eu não sei usar um computador. Não tenho experiência, Ester, acho que vai ser muito difícil eu conseguir um emprego dessa forma.

- Amor – Ester fixou o seu olhar em sua amada e tentou falar da forma mais amável possível- Não veja dessa forma. No começo, todos nós sentimos dificuldade e nesse momento precisamos de ajuda, mas isso não quer dizer que você não seja capaz.

- Ester...

- Amor, você já está contratada. Pode começar a trabalhar nessa semana – Ester disse e Helena não conseguiu mais esconder a sua felicidade.

- Eu não sei como lhe agradecer. Nem sei se eu mereço isso tudo.

- Você sabe que merece – Ester levou sua mão até a face de Helena  começou a acaricia-la – E sobre a faculdade, eu tenho uma alternativa.

- Qual? – Helena com toque sentiu toda a sua pele se arrepiar.

- Você fazê-la a distância. Hoje em dia, as pessoas não precisam sair de casa para estudar e vai ser mais ao seu tempo.

- Ester, você se esqueceu que eu falei que não sei usar um computador- Fez questão de volta a tocar nesse assunto.

- Sim, mas eu irei te ajudar.

- Amor, eu não quero te arranjar mais trabalho ­– Helena disse ao perceber que talvez estivesse começando a ser um peso na vida da médica.

- Helena – Novamente se olharam nos olhos – Sentirei muito prazer em te ajudar. Não vai me dar trabalho algum... Você é a mulher que amo. Se ficaremos juntas, uma vai ter que ajudar a outra em algum momento. Além do mais, eu quero ser presente em sua vida... em seus projetos. Da mesma forma, que eu quero que você seja na minha.

Ouvir tudo aquilo deixou Helena muito pensativa, o que estava vivendo agora era muito diferente de semanas anteriores.

A mulher que ela amava fazia de tudo para se manter presente em sua vida.

- Não sei o que deu em minha cabeça para não ter ficado contigo quando éramos adolescentes – Helena comentou fazendo a sua amada sorrir.

- Talvez não fosse o momento certo. Você tinha seus medos, e naquela época as coisas eram totalmente diferentes de agora – Deu uma pausa – Mas não vamos voltar a pensar nisso. O importante é que agora estamos juntas e espero permanecer assim para sempre.

As duas se abraçaram.

A situação entre elas havia mudado. Estavam se encontrando sempre. Sem receio do que as pessoas poderiam pensar.

Haviam passado tanto tempo afastadas que decidiram dar um basta nisso tudo. No entanto, as coisas não eram assim tão simples.

Mesmo elas tendo algo, resolveram não assumir. Em respeito aos filhos de Helena que ainda estavam sentidos pela perda do pai e que poderiam ficar confusos com a novidade, já que Augusto não gostava de Ester.

- Eu preciso ir para casa. Tenho que fazer o almoço dos meninos – Helena estava deitada sobre o corpo de Ester. Agora elas viviam assim, trocando várias carícias parecendo querer recuperar o tempo perdido.

- E eu preciso ir para o hospital – Ester comentou e se lembrou de como havia sido seus últimos dias lá.

Ante de Aldo confessar o seu crime, ela estava sendo julgada constantemente e ninguém queria mais se consultar com ela.

Não estava sendo fácil para a médica ir para o seu local de trabalho.

- Queria poder ficar contigo o dia todo – Helena comentou e as duas se olharam nos olhos.

- E eu queria que você ficasse – Ester deslizou as suas mãos sobre as costas de sua amada.

Neste momento, o celular de Helena começou a tocar e as duas mulheres se entreolharam.

Helena mesmo a contragosto, se levantou e ao ver de quem se tratava a ligação, passou a ficar preocupada.

- É a diretora do colégio de Ilara – Comentou ao olhar para Ester que se sentou ao seu lado na cama.

- Atenda!

- Sim – Helena atendeu a ligação.

Inicialmente houve os comprimentos formais. No entanto, em seguida, a mulher começou a tocar em um assunto que deixou Helena pensativa.

- Não querendo lhe incomodar, Helena, sei o quanto esses dias devem estar sendo difíceis para a senhora. Tentei adiar o quanto pude, mas gostaria muito que a senhora comparecesse ao colégio ainda essa semana – Deu uma pausa – Quero falar sobre a relação de sua filha com a professora Michelle.

- Como assim relação? ­– Helena perguntou não por ter estranhado a mulher falando de relação, mas por a outra mulher estar possivelmente sabendo da relação que tinha entre as duas.

- Venha até aqui e poderemos conversar sobre o assunto. É um assunto um pouco delicado.

- Está bem! – Helena levou a mão até seu cabelo demonstrando todo o seu nervosismo – Amanhã mesmo eu irei ao colégio.

- Muito obrigada – Finalizaram a ligação e Helena ficou por um tempo em silêncio.

            -Amor, o que houve? – Ester estranhou o comportamento de sua amada.

            Helena parecia muito preocupada.

            - Agora eu estou entendendo tudo –ignorou a pergunta e começou a falar consigo mesmo – É por isso que Ilara está tão estranha nos últimos dias.

            - Como assim estranha? Helena, por favor, me explique. Não estou entendendo nada do que está falando.

            - Ilara está ficando com sua professora. Não havia falado nada para você antes, pois é um assunto um tanto delicado, no entanto, parece que a diretora descobriu tudo – Helena se voltou para a amada com uma expressão de muita preocupação – Tenho medo do que possa acontecer com as duas agora. Havia notado Ilara distante esses dias, mas não havia passado pela minha cabeça que poderia ser isso.

            Ester abraçou Helena tentando de alguma forma acalmar sua amada.

            - Amor, acalme-se. Se ficar nervosa vai ser pior – Pensou por alguns instantes – Nada disso é novidade para mim – Falou deixando Helena surpresa – Eu vi a forma como elas se despediram no enterro de Augusto. Não comentei nada, pois achava que você não sabia, mas já suspeitava.

            - Faz um bom tempo que eu sei. Nunca me opus a isso, pois de alguma forma, eu me vi no lugar de minha filha – Helena se justificou.

            - Entendo, mas não é uma situação fácil de lidar. Elas são professora e aluna, quem ver de fora não vai entender facilmente, mas podemos tentar de alguma forma não tornar essa situação mais complicada do que já é – Deslizou a sua mão sobre os cabelos de Helena, tentando de alguma forma acalmá-la – Você vai no colégio amanhã?

            - Sim, é melhor eu ir logo, para não piorar ainda mais a situação. Pela forma como a diretora Olívia falou, ela pensa que ainda não sei de nada – Comentou pensativa.

Helena não fazia ideia de como seria agora entre Ilara e Michelle, ela havia aceitado a relação das duas, mas sabia que com a diretora não seria a mesma coisa, pois isso poderia ocasionar um escândalo muito grande se caso os outros pais soubessem.

- Acho que para amenizar isso, você vai ter que falar que sabia de tudo e que não vai sair comentando sobre isso por aí.

- Eu sinto muito por Michelle, é uma boa pessoa e sei que não deve estar sendo fácil para ela. Pelas nossas conversas, envolver-se com minha filha, não havia sido algo planejado, mas que aconteceu.

- Amor – Ester fez Helena lhe olhar nos olhos – A verdade é que não escolhemos a quem amar. Querendo ou não é nosso coração quem escolhe e não temos nenhum controle sob isso – Deu uma pausa – O amor surge sem a gente perceber e quando a menos a gente espera.

 

***

A manhã havia começado tranquila demais. Ilara, naquela segunda-feira, havia voltado para o colégio.

Quando passou pelo portão a primeira pessoa que imaginou ali lhe esperando era a diretora Olívia para voltar a tocar naquele assunto, entretanto, nada disso aconteceu.

Ilara estava com pensamentos muitos confusos e angustiada. Desde o falecimento de seu pai é que não falava direito com Michelle.

Isso fazia ela pensar em muitas coisas. Uma delas é que Michelle não estava conseguindo lidar com a situação e que a qualquer momento poderia acabar tudo que existia entre elas.

Ao passar pelos corredores do colégio, Ilara tentou encontrar Michelle, contudo, perdeu o seu tempo. A professora parecia que havia sumido. Algo que não era comum, pois Michelle sempre estava pelos corredores quando estava próximo das aulas começarem.

Sua volta para a sala de aula, foi recebida com uma enxurrada de abraços. Mesmo Ilara não sendo amiga de todos, os colegas se comoveram com a perda da garota.

No entanto, ela não recebeu o abraço de uma pessoa. Milena, ela estava atrasada.

Ilara quando se sentou em sua cadeira ficou se perguntando o que poderia ocasionado isso. Todavia, só teve certeza do que tinha ocorrido quando a aula já tinha começado e Milena surgiu na porta se despedindo de Mia que ia para a outra sala.

Ao entrar na sala, Milena sorriu um pouco sem jeito e Ilara apenas balançou a cabeça algumas vezes, demonstrando que ela não estava acreditando no que estava acontecendo.

As primeiras aulas de Ilara não foram nada proveitosas. A garota não conseguia prestar atenção em nada que era dito pelos seus professores.

Ficou a maior parte do tempo olhando para as pessoas que passavam pelo corredor.

Ela queria de alguma forma ver Michelle, mas isso não aconteceu.

O sinal tocou demonstrando o final da terceira aula e os gritos animados dos colegas chamou a atenção de Ilara.

- Está tudo bem contigo, Ilara? – Milena perguntou mesmo sabendo que a resposta só poderia ser não. O pai de sua amiga havia sido enterrado há uma semana, não tinha como aquela garota estar bem.

- Não, muitas coisas estão acontecendo – Ilra deixou que os colegas saíssem da sala para que pudesse conversar com sua amiga.

Entendendo o que Ilara queria fazer, quando todos saíram da sala para o intervalo. Milena arrastou uma cadeira e colocou ao lado da de Ilara.

- Me perdoe por não ter ido ao enterro de seu pai. Não tive como... não sabia onde era sua casa – Milena tentou se justificar– Só quero dizer que sinto muito.

- Tudo bem, eu lhe entendo.

- Não deve estar sendo fácil para vocês, né? Vocês deviam ter uma boa relação – Milena comentou, pois era isso que imaginava da família de Ilara. Uma família que vivia em um lar cheio de harmonia.

- Não tínhamos uma boa relação, Milena, ainda não ouviu os rumores sobre meu pai? – Indagou surpresa, pois era o assunto mais comentado da cidade no momento.

- Não! – Milena começou a se lembrar de todos os momentos que pegava Ilara triste e pensativa – Ele fazia algo com você? – começou a olhar para o corpo da amiga tentando achar alguma marca que se algum sinal de violência sofrido.

- Não fisicamente... As minhas marcas são internas, Mi – Ilara lembrou-se dos momentos que seu pai passava pela porta da sala alterado, xingando sua mãe, como se ela fosse culpada por seus problemas.

- Essas, às vezes, chegam a doer mais- Milena disse ao se lembrar de seus pais, de tudo que havia escutado quando descobriram que ela era lésbica.

- Algumas marcas são tão profundas que dificilmente conseguem ser apagadas – Ilara comentou ao se lembrar de tudo que acontecia em sua casa, parecia que era algo recente, mesmo tudo tendo acontecido há alguns meses – Mas não é só isso que anda mexendo comigo – Encarou as pequenas letras em seu caderno. Estava tão distante nas aulas, que tudo falado pelos professores, ela tinha escrito mecanicamente. O que para Ilara era algo confuso como a situação que estava vivendo no momento.

- O que mais está te fazendo ficar tão distante? – Milene perguntou já sabendo o que poderia ser, Michelle.

- A diretora Olívia me viu com Michelle e desde então Michelle está distante – Ilara olhou para o teto, tentando de alguma forma acalmar o seu coração que doía por ter que lidar com tantas incertezas.

- Quando isso aconteceu?

- Um dia antes do enterro do meu pai. Estava com Michelle em meu quarto e esquecemos de trancar a porta.

- Aconteceu? – Milena indagou surpresa.

- Não – Ilara disse e começou a se lembrar de tudo. Dos toques... olhares...

“O que o amor é capaz de nos fazer?”

Ilara fico se perguntando enquanto se lembrava de tudo. A intensidade... o coração que batia forte e as sensações sentidas que era tão desconhecidas... dava medo, pois algo parecia querer lhe dominar ao estar com Michelle.

- Mas vejo que deve ter sido algo muito bom – Milena comentou ao notar que sua amiga havia ficado muito pensativa.

Ilara envergonhou-se, mas não mentiu. Concordou com Milena, havia sido muito bom.

- Só tenho medo do que a diretora possa fazer – Confessou.

- Ilara, não posso dizer que tudo irá ficar bem, mas se for para ser, vai dar tudo certo e sobre Michelle – Deu uma pausa ao colocar a mão sobre o ombro de Ilara para chamar sua atenção – Ela deve estar distante, pois precisa de um tempo. Não deve estar sendo fácil para ela... Ela parece ser uma professora certinha, se envolver com uma aluna não deve ser algo que ela imaginou acontecendo com ela, mas aconteceu e pior, foi descoberto pela diretora ranzinza – As duas riram – Deixe ela pensar, mas duvido que ela pense em desistir de vocês, pois se fosse para fazer isso, ela teria feito lá no começo.

- Acho que você pode estar certa.

Milena abraçou Ilara – Eu sei, então não fique com essa carinha tristinha, pois não vai te levar a nada.

Ilara riu fraco e tentou pensar que Michelle não iria desistir das duas, no entanto, estava difícil não pensar nisso.

Na quinta aula, que seria aula de Michelle, ela não apareceu. Ângela ficou em seu lugar com a justificativa de que Michelle estava com alguns problemas pessoais e que teria que se ausentar.

Isso fez Ilara agir sem pensar. Ela levantou de sua cadeira e sem pedir permissão saiu da sala. Ao passar pela porta da sala, ela ouviu a sua professora gritando ao fundo, mas ela nem olhou para trás.

Ilara só queria saber se tudo isso era mesmo verdade. Que Michelle não voltaria mais ao colégio nos próximos dias.

A passos apressados, Ilara foi passando pelos corredores.

Não encontrou ninguém pelo seu caminho, já que todos estavam em aula no momento.

Ela não sabia mais o que estava acontecendo, no entanto, sentia uma dor enorme em seu peito.

Parecia que o desespero estava começando a tomar conta dela.

Correu o quanto pode, sem temer o que poderia encontrar pelo seu caminho.

Ela sabia que estava prestes a cometer uma loucura, mas não se intimidou ao parar diante da porta dos professores e abri-la sem autorização.

- Ilara? – Michelle estava surpresa com a aparição da garota – Você não estava em aula?

Indagou tentando disfarçar a vontade de colocar aquela garota entre seus braços.

- Você não vai mais voltar a dar aula para mim? ­– Ilara fechou a porta atrás de si e foi andando em direção a Michelle.

Enquanto caminhava, ela sentia suas pernas querendo fraquejar... todo seu corpo tremia... estava nervosa... estava sentindo demais.

- Não é o que você está pensando – Michelle tentou se justificar.

- É o que então? – Ilara perguntou um pouco alto, o que levou Michelle olhar em direção a porta. Estava com medo de alguém passar por ela.

- A diretora Olívia achou melhor assim – Michelle disse calma – Você está bem? – Notou que os lábios da garota tremiam – Meu amor, não fique assim – Abraçou a garota – Você está fria.

- Eu estava com medo – Começou a chorar demonstrando o seu medo de perder a pessoa que estava ali, lhe envolvendo com seus braços.

Michelle sorriu e ficou deslizando as suas mãos pelas costas de Ilara, enquanto sentia a garota colocando a cabeça sobre seu ombro – Eu me mantive distante, pois eu me vi sem saber como agir diante de tudo, mas isso não quer dizer que eu tenha desistido de nós.

- Você não devia ter feito isso – Ilara comentou enquanto sentia o ombro de Michelle já molhado por suas lágrimas.

- Sim, eu não devia – Michelle abraçou Ilara muito forte. Tentando transmitir segurança naquele momento – Ás vezes nos sentimos fracos demais e nos deixamos ser levados por essa sensação, mas eu não menti quando disse que iriamos enfrentar isso juntas e que não iria desistir de nós – Fez a garota olhar em seus olhos – Se amanhã a sua mãe não demonstrar oposição ao nosso relacionamento, eu irei ser somente transferida para outro colégio durante do período da manhã.

- Como assim? – Ilara ficou confusa.

- Venha, sente-se comigo – Michelle fez Ilara se sentar ao seu lado em um sofá branco, já um pouco velho, que tinha na sala dos professores – A diretora Olívia ligou para sua mãe. Ela virá aqui amanhã... conversei com a diretora Olívia hoje, ela estava mais calma diante de tudo que ocorreu e por eu ter sido uma professora sempre muito responsável, ela não vai me demitir, mas a condição dela para isso não acontecer é que nós duas não poderemos ser pegas em flagrante por mais ninguém. Então, nós teremos que nos manter distantes no colégio e até fora, para ninguém desconfiar, por isso que Ângela está em meu lugar.

- Então quer dizer que não será mais a minha professora? – Ilara indagou sentida.

Michelle deu um sorriso fraco, pois ela não queria que isso estivesse acontecendo. Ela gostava de trabalhar no período da manhã naquele colégio – Não, meu amor, não poderei mais ser sua professora – Segurou as duas mãos de Ilara e fez ela lhe olhar nos olhos – Mas tivemos sorte, pois como você vai se formar esse ano, então a diretora se manteve mais calma diante de tudo.

- Acho que não deve estar sendo fácil para você – Ilara comentou, pois percebeu que havia momentos que ela só tinha pensado em seu lado e se esquecido que Michelle tinha muito mais a perder do que ela.

- Não está sendo fácil, mas não vou mais me abater diante disso – Michelle sem temer a aparição de alguém naquela sala, ela se aproxima mais de Ilara, fazendo a distância entre os seus rostos ficar mínima – Eu te amo e não quero ficar sem você. Eu quero poder viver esse amor contigo... quero sentir tudo que ele puder me proporcionar. Por isso, eu tenho um pedido a te fazer.

- Qual pedido? – Ilara encarou os olhos a sua frente. O brilho era tão intenso, pareciam mais escuros... a garota não sabia definir, mas sentiu um frio muito grande na barriga, pois parecia prever o que iria acontecer.

Michelle sorriu, tentando acabar com o nervosismo que estava tomando conta de seu corpo.

Seus dedos começaram a deslizar pelos fios do cabelo da garota a sua frente e por um momento os seus olhos foram direcionados para os lábios de Ilara.

Mesmo desejando beija-la, Michelle não fez isso, pois o seu coração pedia para ela perguntar algo que há muito tempo estava ansiando uma resposta.

E aquele seria o momento.

O momento de mostrar que o que tinham, poderia chegar ainda mais longe.

Michelle respirou fundo e sentindo sua voz sair trêmula, indagou:

- Ilara, você aceita namorar comigo?

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, 

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado.

Será que a Ilara vai aceitar?

Perdoe-me se o capítulo não estiver legal. Andei com uns probleminhas, mas já passou. Hehehe

Estou animadinha, parecendo pinto no lixo. rsrs Faltam 2 semanas para a leonina aqui ter 22 aninhos. Não esqueçam a data, 03 de agosto. kkkkkkkkkkkk

Muito obrigada por tudo.

Beijinhos!

Van^^

 


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Comentários para 54 - Capítulo 54:
mtereza
mtereza

Em: 10/08/2019

Maravilha as coisas sendo resolvidas sem muitos sofrimentos para elas ansiosa pela primeira vez das duas 

Responder

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Rosangela451
Rosangela451

Em: 21/07/2019

Helena tendo um novo recomeço ... Lindo demais 

Isso mostra que nunca e tarde para recomeçar.

E claro que ilara aceita rsrssrs

Demorou mesmo essa postagem viu ... 

Some não ,bjs 


Resposta do autor:

Olá, 

A Helena vai começar a realizar os seus sonhos e vai se sentir bem com isso.

A Ester a apoia em tudo, isso também vai ajudar.

Acho que se a Ilara não aceitar, as minhas leitoras não vão gostar mais de mim. kkkkkkkk

Muito obrigada pelo seu comentário.

Beijinhos^^

Van^^

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 20/07/2019

             Boa noite mocinha. 

 

Parece que o inferno acabou para todos,  o safado foi desmascarado após a sua morte e o assassino pego. Esther é o amor que Helena precisava , para lhe dar força e estímulo para uma vida nova. 

 

           Baci piccola. 


Resposta do autor:

Olá, 

É agora é só paz e amor.

Já estou començando a pensar no final da história.

Sabe, eu acho tão fofo o jeito da Ester em querer ajudar sua amada.

Logo, logo elas vão poder reconstruir as suas vidas bem juntinhas.

Muito obrigada pelo seu comentário.

Beijinhos^^

Van^^

Responder

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