Capítulo 52
Minha doce Ilara – Capítulo 52
Michelle estacionou o seu carro em frente à casa de Ilara. Ficou um tempo só observando o movimento, notou que o lugar estava cheio de pessoas. A notícia de que o corpo de Augusto seria liberado no próximo dia parecia ter chegado a todos.
Sem saber como agiria com Ilara, estando naquele lugar cheio de pessoas conhecidas da garota, Michelle desceu do carro — carregando a bolsa com suas roupas — e a passos um pouco cautelosos, Michelle entrou na residência.
O portão que dava acesso ao jardim estava aberto, aquele espaço, no momento, parecia estar livre a todos que desejassem ir até a família demonstrar os seus sentimentos por conta do falecimento de Augusto.
Enquanto caminhava, a professora notava olhares curiosos sobre ela. Entendia o porquê daquilo, pois não era alguém conhecida para eles.
Muitas pessoas estavam no jardim, a maioria das pessoas que estavam ali eram parentes de Augusto ou funcionários do hospital. Também havia funcionários do colégio que Michelle trabalhava, mas eram bem poucos.
Michelle não conhecia quase ninguém, por isso de uma forma tímida cumprimentou a todos e deixando-a aliviada, passou pela porta que dava acesso à sala.
Quando entrou naquele lugar, notou um casal de pessoas mais velhas conversando com Helena que não parecia estar gostando muito daquela conversa, pois a todo momento desviava o seu olhar para outros lugares daquela sala.
Gustavo estava cabisbaixo, sentado no sofá, ao lado de um casal que Michelle não conhecia. O garoto demonstrava estar muito abatido e o casal ao seu lado parecia estar tentando consola-lo. Já Ilara, Michelle não conseguiu encontra-la e isso de alguma forma a preocupou. Será que a garota estava muito abatida e por isso que não havia descido para ficar com os outros?
Sem saber como agir e para onde ir, Michelle ficou de pé ao lado da porta, queria ir até Helena e perguntar sobre a garota, mas pela forma como o casal falava, a conversa estava sendo muito séria.
***
— Helena, eu sei que é muito cedo para isso, mas eu gostaria de que você e meus netos fossem morar conosco — Alberto, pai de Augusto, disse calmamente — Não tem como você ficar aqui sozinha com meus netos.
Ouvindo aquilo, Helena mesmo não demonstrando se incomodou. Não queria morar com os pais de Augusto, ela queria ter a vida dela. Se caso morasse com seus sogros, sua vida seria como se vivesse como Augusto novamente. Ela não teria liberdade e como Augusto, os seus pais pensavam a mesma coisa, Helena não era capaz de fazer nada, de ter um emprego.
— Desculpe-me, Alberto, mas eu quero continuar onde estou. Meus filhos estão acostumados a viver aqui. Podem ir à escola sozinhos, não precisamos nos preocupar com nada — Helena esclareceu.
— Mas, Helena, em nossa casa, as crianças podem ter ainda mais segurança. Terão motorista para levar e trazer para os lugares que desejam — A mãe de Augusto se meteu no diálogo, achava um absurdo Helena querer ficar naquela casa sozinha — Será que não percebe que não tem condições de cuidar das crianças sozinha?
— Como assim? — Helena franziu a sua testa, estava se irritando com o andamento daquela conversa — Vocês acham que eu não tenho capacidade de cuidar dos meus filhos, sozinha?
— Helena, vamos ser francas, você nunca trabalhou. Como acha que vai sustentar dois filhos e ao mesmo tempo cuidar da educação deles? — Amélia falou e Helena sentiu vontade de encerrar aquela conversa.
— Vocês achando que eu tenho ou não capacidade, eu irei cuidar de meus filhos sozinha — Deixou claro.
Com a fala de Helena, Amélia pensou em dizer algo, mas Alberto resolveu acalmar os ânimos das mulheres.
— Como quiser, Helena, você está certa.
— Como assim certa? — Amélia parecia ter ficado indignada pelo que o marido havia acabado de falar.
— Minha querida — Alberto envolveu sua esposa com um de seus braços e a olhou nos olhos — Helena precisa seguir com a vida dela. Talvez estando conosco, ela se sinta presa.
Ao ouvir aquilo, Helena respirou mais aliviada — Muito obrigada por me entender, Alberto.
— Não precisa me agradecer por isso — O homem se aproxima de Helena e a abraça — Mas tem uma condição para isso.
— Que condição? — Se afasta de Alberto e com olhos assustados o encara.
— Terá que aceitar a nossa ajuda financeira.
— Eu já disse...
— Helena, você é a mãe de nossos netos. Não podemos deixar vocês passarem necessidades, não veja isso como se estivesse dependendo de nós e sim como se fosse a pensão dos meninos — O homem disse calmamente.
Helena começou a olhar para o ambiente a sua volta, tentando pensar se isso realmente não poderia lhe prejudicar no futuro, pois querendo ou não logo todos saberiam dela e de Ester, já que estava decidida a viver com quem ela realmente amava.
Nessa busca de soluções, Helena se deparou com Michelle que estava ao lado da porta parecendo um pouco perdida, talvez estivesse a procura de sua filha que estava no quarto.
Pensando que talvez fosse isso, Helena apontou para as escadas e viu a mulher andando em direção para onde ela havia indicado.
— Eu aceito — Sabia que isso de alguma forma poderia lhe prejudicar no futuro, no entanto, Helena se deu conta de que ela não teria condições de pagar as contas da casa e a mensalidade do colégio dos filhos nos próximos meses.
***
Após Helena apontar em direção as escadas, Michelle entendeu que Ilara só poderia estar no segundo andar da casa.
Mesmo notando olhares curiosos do casal que estava com Gustavo, Michelle começou a subir os degraus da escada. Ao termina-los, Michelle pensou que o único lugar onde Ilara poderia estar era no quarto dela e estava certa.
Após bater na porta do quarto de Ilara e não obter nenhuma resposta, Michelle abriu a porta e se deparou com a cama vazia e toda bagunçada. Poderia pensar que ninguém estivesse ali, no entanto, sons do chuveiro começou a tomar conta do ambiente e isso só podia dizer que a garota estava no banho.
Inocentemente, Michelle colocou a sua bolsa em um canto qualquer do quarto e se sentou na cama, direcionando o seu olhar para a porta do banheiro. Nenhum pensamento maldoso invadiu a sua mente, achava que Ilara iria passar por aquela porta já vestida e se passasse enrolada a uma toalha seria algo normal para Michelle, era o que ela estava pensando no momento.
Como Ilara demorou para sair do banho, Michelle pegou o seu celular e começou a ver as mensagens de alguns grupos que acompanhava. Nisso, ela perdeu a noção do tempo e tirou toda a atenção da porta do banheiro.
— Michelle — A voz doce de Illara invadiu o ambiente, despertando a atenção da mulher sentada na cama.
Sem olhar para a garota, Michelle colocou o celular ao seu lado e se surpreendeu com a visão que teve.
— Ilara — A garota estava enrolada a uma toalha branca. Suas pernas estavam a mostra e a forma como os seus cabelos estavam presos, deixava Michelle ter uma boa visão de seu busto.
Ilara não soube o porquê, mas a forma como Michelle passou a lhe olhar mexeu muito com ela, a ponto de sentir os seus seios ficarem rijos e sua pele se arrepiar toda. Essas reações que seu corpo dava, ainda era algo tão novo para ela que fazia ficar sem saber como agir.
— Eu estava no banho — Tentou disfarçar falando o óbvio.
— Percebi — Michelle se levantou da cama e começou a andar em direção a garota.
Na cabeça da garota, ela só conseguia ouvir algo lhe alertando que aquela aproximação representava perigo para sua sanidade mental.
— Como você está se sentindo? — Essa pergunta de Michelle fez Ilara pensar em coisas demais, pois no momento, ela sentia todo seu corpo queimar com aqueles olhares da outra mulher, mas ela sabia que não era isso que Michelle estava querendo saber.
— Ainda estou abalada com toda essa situação. Mesmo depois de tudo que meu pai fez, isso era algo que a gente não esperava — Abaixou sua cabeça.
— Não quero te ver dessa forma — Michelle fez a garota lhe olhar nos olhos — Estou aqui com você, vamos superar isso juntas.
Ao ouvir aquilo, Ilara sorrir, era muito bom estar com Michelle. A garota se sentia muito bem com aquela mulher, por isso, que em um ato involuntário a abraçou sem se importar com a falta de peça de roupa por debaixo daquele tecido.
Michelle abraçou a garota de volta, ao mesmo tempo que queria mostrar para a garota que sempre poderia contar com ela, a professora sentiu algo como se fosse uma corrente elétrica percorrendo o seu corpo, pois sem elas esperarem por isso, o tecido começou a descer um pouco, revelando partes do corpo de Ilara que Michelle nunca havia visto.
— Ilara — Michelle olhou para os seios de Ilara que estavam começando a ficar amostra e ficou sem entender o que começou acontecer com o seu corpo a seguir. Seu coração passou a bater muito forte e ela mesmo tentando se controlar, não pode deixar de reparar em cada detalhe.
A garota tentou se afastar para poder arrumar a toalha em seu corpo, ao mesmo tempo que estava sem jeito pelo ocorrido, ela sentia uma vontade começando a tomar conta de seu corpo. Michelle estava olhando para ela com uma intensidade incomum e isso estava mexendo demais com ela.
— Não faça isso — Michelle segurou a mão de Ilara a impedindo. Talvez não estivesse mais controlar a vontade que tinha de tomar aquela garota para si.
Elas não se deram conta de como isso aconteceu, mas após passar alguns segundos, elas já estavam no meio daquele quarto trocando um beijo tão urgente que as duas não sabiam nem o porquê de tanta intensidade.
Michelle não conseguia mais pensar direito, ela só sabia que queria, queria muito amar aquela garota.
Sentindo uma mão entrando por debaixo do tecido, Ilara se viu em um caminho sem volta. Tudo era muito novo para ela, ainda lhe assustava, mas ao mesmo tempo era algo que ela desejava.
A sensação de algo tomando conta do seu íntimo, era algo que ela não sabia como lidar. Parecia que pedia para ser tocado, queria sentir os carinhos de Michelle.
Ilara se via totalmente envolta de sensações que tomavam conta de seu corpo e mente. Não conseguia pensar direito, parecia que não era capaz de pedir para parar. Não era o que queria, mas ela ficou assustada com sua falta de controle. Algo estava lhe dominando no momento e ela não sabia o que era, não sabia como lutar contra.
— Eu te desejo tanto — Michelle falou perto do ouvido de Ilara.
Essa frase mexeu com a garota, a ponto de querer levar Michelle para sua cama.
Não sabia o que iria acontecer, como iria acontecer, se era o momento certo ou não, mas ela não queria mais nada naquele momento que não fosse ter a sua primeira vez com Michelle.
— Eu quero muito, Michelle — Ilara empurrou o corpo da outra mulher a fazendo se sentar na cama e ficou lá parada vendo que o tecido agora já não cobria tantas partes de seu corpo.
— Você é linda — A mulher comentou e Ilara ficou sem saber como agir. Nunca havia feito isso.
Em um impulso, Ilara soltou a sua toalha e todo o seu corpo se revelou para Michelle.
Poderia ter ficado com vergonha por isso, no entanto, a forma como a sua amada lhe olhava, não lhe deu brechas para inseguranças.
Michelle estava fascinada com cada detalhe do corpo da garota. Era tão belo, parecia tão perfeito, mesmo o que poderia ser considerado uma imperfeição.
Ilara tinha curvas delicadas, não exalava sensualidade, mas mesmo assim Mexia muito com a outra mulher.
Michelle estava louca de vontade de tocar os seios de Ilara, pois eram convidativos demais, na verdade, tudo naquela garota era.
Quanto mais os seus olhos desciam pelo corpo de Ilara, mais Michelle via algo dentro crescendo ainda mais.
Seus olhos pararam diante do íntimo de Ilara, isso deixou a garota um pouco sem graça e ao mesmo tempo sendo tomada por uma sensação que percorreu todo o seu corpo.
Elas então ficaram se encarando. Era um memento esperado, contudo, elas tinham receio, pois não sabiam como agir.
Ilara sentia-se insegura, pois era a primeira vez que estaria com alguém. Tinha medo de não saber como se comportar. Já Michelle tinha medo de não ser especial como a garota merecia.
— Venha aqui — Michelle pediu de uma forma amável — Você tem certeza que é isso mesmo que você quer?
— Duvida de mim?
— Não, só acho que pode parecer que estou me aproveitando de um momento de fragilidade seu — Michelle falou e viu a fisionomia de Ilara mudar. Sabia que a garota não devia estar entendendo tudo errado.
Ilara recuperou a sua toalha e cobriu o seu corpo — Eu quero, Michelle, desejo isso. Não foi o que aconteceu com meu pai que me deixou abalada a ponto de tomar essa decisão — Entristeceu-se por conta do que havia escutado.
— Desculpa, amor, eu só tenho medo. Quero que seja especial para você, não quero que seja de qualquer jeito.
— Só por ser com você, já vai ser especial — Ilara confessou olhando nos olhos de Michelle e isso abalou com todas as estruturas da mais velha.
— Sou uma tola mesmo — Michelle se aproximou mais uma vez de Ilara que demonstrava estar chateada — Você me faz perder a cabeça totalmente... Nunca pensei que você pudesse mexer ainda mais comigo. Seu corpo é tão perfeito.
Com a fala de Michelle, Ilara ficou envergonhada, nunca havia imaginado sendo desejada daquela forma.
— Eu não sei o que dizer — A garota confessou.
— E nem precisa dizer nada — Michelle voltou a envolver o corpo de Ilara com seus braços.
As duas ficaram se encarando, talvez estivessem sentindo que a relação delas estava mudando e que não conseguiriam ficar por muito tempo sem entregar a outra. E foi nesse momento que a porta do quarto foi aberta e uma senhora já de idade surgiu chamando a atenção das duas.
— Ilara? Professora Michelle? — A mulher olhou confusa para aquela cena. Michelle estava abraçada a Ilara que estava somente de toalha — O que está acontecendo aqui?
Ao ver aquela mulher diante delas, Michelle e Ilara não souberam como agir ou o que responder. Nunca haviam passado pela cabeça das duas que alguém poderia passar por aquela porta e interromper aquele momento tão íntimo delas.
— Estava à procura do banheiro e abri essa porta — A mulher se justificou e começou a analisar aquela cena — O que vocês estão fazendo aqui sozinhas? — A mulher não tinha o direito de se meter na vida das duas, porém, era estranho para ela ver a professora de seu colégio abraçada a uma das alunas que estava somente de toalha.
Por serem pegas em flagrante, Michelle e Ilara ficaram sem saber o que dizer ou inventar. A diretora Olga estava ali diante delas analisando toda a cena.
Por não obter nenhuma resposta das duas, Olga começou a reparar no ambiente. A cama estava toda bagunçada e ao lado da cama, ela viu uma bolsa que para ela não era desconhecida.
— Diretora Olga, eu posso explicar — Michelle se afastou de Ilara e assim a diretora pode ter mais certeza do que acontecia, pois a toalha de Ilara quase não tapava o corpo da garota.
— Acho que não precisa, Michelle — A feição da mulher passou a ser muito dura — Eu não consigo acreditar que uma das melhores professoras de meu colégio está se envolvendo com uma de minhas alunas. E pior, estão se aproveitando de um momento de fragilidade para se esfregarem aqui no quarto — Falou de uma forma que demonstrava a sua repulsa para o que estava acontecendo.
— Espera, a senhora também não precisa falar dessa forma — Michelle começou a se alterar, já que a diretora não tinha o direto de ser referir a relação das duas daquela forma.
Ilara que estava ouvindo aquilo tudo, ficou em silêncio. Temia o que poderia acontecer com Michelle após essa descoberta da diretora. Será que as duas não poderiam ter contato no colégio? Será que Michelle perderia o emprego?
— Quer que eu fale como? — Olga fixou o seu olhar em Michelle — Você é uma mulher sensata, Michelle, como deixou isso lhe acontecer? — Olhou para Ilara e tentou ver algo que pudesse chamar a atenção a ponto da professora ter feito isso, que para a diretora, era uma loucura — Os pais dela sabem?
Neste momento, Ilara saiu de seu transe.
— Minha mãe...
Michelle a interrompeu, pois sabia que poderia piorar ainda mais a situação — Não sabem, eu agi de uma forma inconsequente, confesso.
Ao ouvir aquelas palavras, Ilara direcionou o seu olhar para Michelle. O que a outra mulher queria dizer com isso? Será que agora havia percebido que tudo o que haviam vivido até o momento tinha sido um erro?
— Realmente é algo que pode manchar a sua carreira.
Após Olga dizer isso, Michelle abaixou sua cabeça. Sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Mesmo que já estivesse se preparado para lidar com aquela situação, naquele momento, ela não sabia o que fazer. A diretora estava certa, aquilo poderia manchar a sua carreira, porém, o que ela podia fazer? Ela estava AMANDO aquela garota. Aquela palavra gritava de seu peito todas as vezes que se aproximava de Ilara. Nunca havia se envolvido com alunas, ela sempre se viu como sendo alguém que tivesse que dar exemplo para seus alunos e cuidar deles, no entanto, com Ilara tudo foi diferente. Desde o primeiro contato que ela sentiu algo diferente tomando conta de seu corpo, principalmente do coração.
— Foi tudo culpa minha — Ilara disse de uma forma firme e Olga riu, deixando a garota sem jeito.
Michelle olhou surpresa para a garota, pois não esperava aquela reação. No entanto, ela sabia que Olga nunca iria acreditar. Ilara era uma moça muito quieta, quase não era notada no colégio por fazer algo que pudesse chamar a atenção.
— Ilara, minha querida, você não tem cara de ser uma moça que corre atrás de professoras — Olga olhava decepcionada para as duas. Não sabia o que podia ter levado as duas a se envolverem. Sabia que Michelle sempre foi uma professora que deu exemplo, contudo, aquilo era inaceitável. Se os pais dos alunos soubessem disso a imagem do seu colégio estaria manchada.
— Eu assumo a culpa, Olga — Michelle falou por fim, pois se ela quisesse mesmo, ela e Ilara nunca teriam se envolvido, já que ela que tentou uma aproximação.
Olga prolongou o seu olhar em Michelle, ainda não sabia como iria agir diante disso. Poderia ser muito dura com a professora a sua frente, mas por conhecê-la bem, não teve coragem. Era melhor pensar para depois tomar um posicionamento.
— Quando tudo isso passar — Olga se referiu a morte do pai da garota — Eu quero conversar melhor com você, Michelle, e também com a mãe da garota. Vai ser muito duro para ela e espero que ela não tome nenhuma atitude que possa manchar com a imagem do meu colégio — direcionou-se para a porta do quarto e voltou-se para as duas — Mas fiquem cientes de algo, não estou de acordo com isso e quero quer isso acabe, senão não terei outra alternativa que não seja lhe demitir, Michelle.
Após a diretora sair do quarto, Michelle voltou a se sentar na cama. Tudo isso havia mexido demais com ela. Não esperava por aquilo e temia o que poderia acontecer.
— Vamos terminar tudo que tem entre nós? — Ilara perguntou preocupada, pois havia notado a sua amada pensativa demais.
— Ilara, vista-se, por favor, depois podemos falar sobre isso — Disse com um tom de voz desconhecido pela garota, ignorando totalmente a pergunta que havia sido direcionada a ela.
Ilara sentindo o seu coração doer por conta da forma com Michelle havia falado com ela, foi até o seu guarda-roupa e pegou uma peça de roupa qualquer. Ao tirar a toalha de seu corpo para começar a se vestir, Ilara notou que Michelle virou as costas para onde ela estava. Isso na cabeça da garota só podia dizer que tudo entre elas estava acabado.
— Eu não quero terminar o que temos, mas não podemos deixar as coisas como estão — Michelle falou após notar a garota se sentando ao seu lado totalmente insegura — Eu não deveria ter me relacionado com você, Ilara — O olhar da garota passou a ser triste e Michelle percebeu que estava começando a ser mal interpretada — No entanto, não considero como sendo um erro, pois foi a melhor coisa que me aconteceu — Segurou firme na mão de Ilara e fez a garota lhe olhar nos olhos — Eu te amo e irei lutar por esse amor. Só vou pedir um pouco de paciência de sua parte, pois a partir de agora as coisas não serão fáceis.
Ilara com aquelas palavras de Michelle ficou sem saber o que dizer. Michelle havia dito que lhe amava. Será que ela sentia o mesmo? Como saber se a amava também?
Eram perguntas demais em sua cabeça, isso lhe deixou confusa, mas ao mesmo tempo, estava certa de que algo em seu peito crescia e só podia ser o sentimento que sentia por Michelle. E isso será que era amor?
***
Era o enterro de Augusto, havia muitas pessoas. Helena estava surpresa com a quantidade de pessoas que ela nunca havia visto na vida, mas que ao mesmo tempo, chegavam até ela falando do quanto o seu falecido esposo era uma boa pessoa. Será que aquelas pessoas conheciam mesmo Augusto ou estava falando aquilo tudo, pois era a única coisa que as pessoas conseguiam dizer naquele momento?
A sua cabeça já estava doendo, não conseguia mais entender o que acontecia a sua volta. Só sabia que estava no cemitério andando a passos lentos atrás do caixão de Augusto.
Muitas pessoas choravam ao seu redor, e ela não sabia definir se aquele choro era verdadeiro ou somente fingimento.
Seus filhos ao seu lado demonstravam estar abalados, principalmente Gustavo, que parecia ter sentido mais a perda do pai e não parecia estar muito conformado com a presença de Ester ali um pouco distante deles.
Chegou o momento da despedida e algumas pessoas resolveram dizer as suas últimas palavras para aquele momento.
Helena ouvia tudo e sentia que o mundo estava acabando diante de seus pés. Um sentimento passou a tomar conta dela, pois todos diziam qualidade que Helena nunca havia encontrado em seu falecido marido.
Estava começando a se irritar com tudo e com todos. Levou a sua mão até a face, tentando se acalmar, no entanto, parecia que as pessoas não iriam parar de falar.
“Era um homem honesto”
“ Tratava todos bem”
“Bom pai”
“Com certeza um bom marido, não é, Helena?”
— Chega! Parem, por favor — Helena gritou e chamou a atenção de todos para si — Vocês não sabem o inferno que foi a minha vida e a de meus filhos.
Fim do capítulo
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HelOliveira
Em: 04/07/2019
Agora gostei Helena fianlmente vai acabar com essa palhaçada de bom homem....
Porra Michelle tranca a porta, como tu da uma dessa até parece que a virgem é vc.
Muito bom.esse capitulo.
Van volta aqui e já posta outro quero ver no que vai dar.
Bjos
Resposta do autor:
Olá,
Que bom que gostou do capítulo.^^
A Helena vai acabar com a palhaçada e vai dizer a verdade a todos, mesmo que machuque algumas pessoas com ela.
Não me lembrei da porta quando escrevi essa cena. Vocês que me fizeram pensar na bendita porta. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vou postar um novo capítulo hoje.
Fiquei muito feliz com seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos^^
Van^^
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mtereza
Em: 03/07/2019
Poxa esse povo nunca escutou falar de trancas, fechaduras rsrsr custava trancar a porta com tantas pessoas na casa o risco era enorme . Será que Helena vai mesmo chutar o pau da barraca torcendo por isso.
Resposta do autor:
Olá,
Acho que nunca ouvi falar de trancas KKKKKKKKKKKKKK
Escrevi essa cena sem pensar direito. A Ilara quase teve a primeira vez dela. E para acalmá-las, eu coloquei a mulher para aparecer. kkkkkkkkkkkkk
Acho que a Helena vai chutar é tudo. kkkkkkkkkkk Ela se cansou de tantas mentiras. kkkkkk
Fiquei muito feliz por seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos^^
Van^^
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line7
Em: 02/07/2019
Q capítulo foi esse^^..rsss....poxa a direto impatou total o clima^^ helena estourou de vez...q a verdade venha...o pé na jaca total..kk
Resposta do autor:
Olá,
A diretora era para aparecer em outro momento, mas o clima esquentou demais e eu fiquei preocupada. Quase escrevi a primeira vez, quase. Pensei na possibilidade. llkkkkkkk
A Helena vai dizer toda verdade. O próximo capítulo será revelador.
Fiquei muito feliz com seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos^^
Van^^
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zilla
Em: 01/07/2019
Eita diretora empata foda literalmente visse, affz!!
Isso aí Mih, ñ desista do seu amor, que exploda a sociedade preconceituosa!
Amei esse final, isso aí Helena conto para esses bocós quem era esse bom homem e ótimo pai que o Augusto era! Puff..
Volta logo pfv Van salinda!
Resposta do autor:
Olá,
Faz tempo que alguém falou empataram a foda de minhas personagens kkkkkkkkkkk
A Michelle não vai desistir, mas vai ficar abalad. É um momento delicado o que estão viviendo.
Acho que todo mundo amou esse final. Estava ansiosa para escrever esse final. Helena vai contar toda a verdade, finalmente.
Fiquei muito feliz com seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos!
Van^^
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Brescia
Em: 01/07/2019
Boa noite mocinha.
Adorei esse capítulo, menos a parte que as bobonas deixaram a porta aberta . A Helena não aguentando mais essas falsidades, deu um basta. Esperando o próximo capítulo .
Baci piccola .
Resposta do autor:
Olá, querida
Que bom que adorou o capítulo!
Você acredita que escrevi sem pensar na porta? kkkkkkkkkkkkk
Não pensei nesse detalhe. kkkkkkkk
A Helena não aguentou ouvir tantas mentiras. As pessoas não conheciam o Augusto e ela precisava dizer a verdade.
Fiquei muito feliz com seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos^^
Van^^
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alany
Em: 01/07/2019
Amei, fiquei com mêdo de Michelle não querer mais nada com a Iara. Agora estou ansiosa pra ver qual vai ser a reação das pessoas ao saberem que realmente era o augusto.
Resposta do autor:
Olá,
Que bom que amou o capítulo!
Eu também fiquei com medo da Michelle desistir. Às vezes escrevo deixando a persongem me levar e quando vejo o que escrevi, eu fico até assustada kkkkkkkkkkk
Relamante o próximo capítulo vai ser bem revelador. A Helena vai precisar ser muito forte.
Fiquei muito feliz com seu comentário. Muito obrigada!
Beijinhos^^
Van^^
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