Será possível alguém mudar de ideias sentimentais tão rapidamente ou seria a famosa expressão "permanecer no muro" o motivo? Para quem descobria novos sabores e encantos, os sentires mudaram rapidamente.

Era isso o que Giuliana pensava ao ler a reportagem de um site português sobre famosos onde uma foto de um casal em momento aparentemente íntimo e carregado de romantismo aliado a uma pequena nota.

Ana Tayó'Nilè a esbanjar romantismo através do olhar ao dançar com uma conhecida gaja em uma casa noturna da cidade lusa. Às vésperas de mais um lançamento literário sua aparição na cidade ao que parece foi motivada pela saudade.

O coração errou uma batida no compasso. Um pequeno gelo se fez presente no peito. Essa nota propositadamente dúbia, própria dos sites e revistas de cunho sensacionalistas, afetou-a mais do que imaginava. 

Depois de recomposta do impacto, passou a procurar informações sobre fertilização in vitro e a inseminação. Conversaria com Laura sobre a disponibilidade de seu ginecologista e o mais rápido começariam o tratamento. Já que a portuguesa estava nos braços de outra o mais certo seria ela retomar sua relação e assim procederia. 

-Atrapalho? - Laura perguntava da soleira da porta do escritório. 
-Jamais. - Estendeu a mão em um chamado mudo que rapidamente foi entendido. 

Laura adentrou o recinto trajando um roupão de seda rosa claro sentando na quina da mesa enquanto tinha uma visão privilegiada do decote que a blusa social da Giu com alguns botões abertos de forma displicente criavam.

-O que tanto pesquisa, amor?
-Os meios para aumentar nossa família. - Deposita um beijo na mão da esposa que revira os olhos ao menor sinal de distração da outra.
-Podemos tentar pelo método tradicional. O que me diz?

Laura abre o roupão revelando sua nudez. O corpo, bem definido graças a academia, de seios médios e firmes com suas auréolas marrons onde dois bicos rijos apontavam para frente de forma convidativa. As pernas grossas e bunda empinada que chamava atenção. 

-Vem. 

De braços e pernas abertas no sofá, Laura fez o convite a perdição. Embora já tivesse passado dez anos, Laura não havia se descuidado conferindo uma aparência jovial que ainda atraia homens e mulheres. Sorte de Giuliana que a esposa sempre lhe foi devota.

As mãos da italiana passeavam pelas pernas em direção as grossas coxas. O corpo correspondia ao toque na forma de arrepios e pequenos gemidos se faziam ouvir. Giuliana tirou a roupa do corpo sob olhar atento. Ajoelhou-se iniciando uma trilha de beijos pelo tornozelo, panturrilha, parte interna da coxa deixando ch*pões e mordidas. 

Olhou a mulher que implorava silenciosamente para que finalizasse tal tortura. Passou o nariz na virilha de pelos pubianos aparados aspirando o aroma que daquele corpo saía. Plantou um beijo ali e passou a língua descendo-a até o clit*ris ch*pando-o com fome. Lambia e ch*pava os lábios vagin*is e fazia pressão com a língua na entrada daquela gruta de perdição.

Laura não se importava em esconder o nível do prazer que aquelas ações lhe causavam. O ápice se avizinhava e como se lesse o pensamento da esposa, a penetrou com dois dedos de forma vigorosa. Fechou os olhos enquanto sugava a outra e ao reabri-los viu esmeraldas. Tornou a fechar os olhos e ao reabri-los viu o rosto da esposa transfigurando o prazer do orgasmo sentido.

O gemido agudo e o líquido que de suas entranhas escorria era uma prova que Giuliana fazia questão de degustar até que a última gota estivesse em sua língua. Laura rapidamente levantou ávida por sentir seu gosto na boca da outra em um beijo guloso.

-Diga que você é minha. - Pediu segurando com as duas mãos o rosto da outra que se mantinha ajoelhada entre suas pernas.
-Sou sua. Apenas sua. 

Ah! O calor do momento é traiçoeiro. Não se deve afirmar algo em meio às incertezas. Pessoas não se pertencem ou a qualquer outro. São seres dotados de livre arbítrio. Existe uma regra criada pela população que diz: não prometa o que não poderá cumprir.

"...Amar com loucura
É tão natural quanto
Na loucura amar alguém.
O amor precisa das doses de loucura."

Baronesa

Fim do capítulo