19 - O Inicio de Algo Mais
A lei da mente é implacável. O que você pensa você cria, o que você sente você atrai, o que você acredita torna-se realidade. Palavras de Buda. Será que quando ele expressou-se dessa forma havia ocorrido alguma situação que o levasse a essa conclusão?
Provavelmente sim ou talvez não. Siddhartha Gautama, Buda - foi o fundador do budismo no século VI antes de Cristo e segundo sua filosofia a pessoa deve despertar plenamente para o fato de que os fenômenos da natureza são imparciais e impessoais, ou seja, não se pode controlá-los. Apenas viver de comum acordo.
Viver comodamente pode ser inquietante para uns, mas para outros é deveras aprazível. Ainda mais quando a pessoa já está acostumado àquele mundo de farsas e superficialidades. Para Giuliana não foi fácil digerir tampouco engolir a foto do "novo casal", mas ela nada poderia fazer a não ser resignar-se. Não tinha direito a cobranças, não havia nenhum tipo de relacionamento afetivo firmado. Apenas interesse de ambas as partes, confessos. Mas suposições.
Tratou-se de recolher todo e qualquer sentimento pseudo-negativo e concentrar-se em seu novo projeto familiar. Passou a procurar tudo referente a fertilização assistida desde seu conceito a tratamentos e alguns depoimentos de pessoas que tentaram. Para umas deu certo, para outras não. Separou o que achava ser importante e imprimiu para mostrar a Laura.
***********************************************
Ana não se divertia de maneira despreocupada com os amigos desde que havia se mudado e achou a noite memorável. Tanto seu começo quanto seu encerramento, se é que poderia ser considerado assim.
Se deliciaram com a boa música e a conversa descontraída dos Boêmios de Lisboa, como intitulavam-se. Embora Vertrudes tentasse estragar a noite com seus comentários maldosos, Ana a ignorava. Na saída, alguns fotógrafos e jornalistas tentaram uma entrevista, mas ela apenas deu um aceno com as mãos. Não queria alardes.
Já no estacionamento despediram-se e cada um seguiu para sua residência. Ana, agora era quem dirigia o automóvel, pois sua companheira estava levemente embriagada e não gostariam de problemas com as autoridades policiais. Patrícia tocou na tecla do monitor iniciando uma música suave cuja voz da cantora assemelhava-se a mais doce melodia já escutada em algum momento. Fechando os olhos a moça cantarolava.
Ana olhava os traços daquele rosto que escondia mistérios no olhar. Tinha ciência da beleza ímpar e da áurea de sensualidade da moça ao lado, sabia também do sentimento que a outra nutria, mas deixou-se acomodar com aquela falsa estabilidade. Quando na verdade havia se acostumado a ser cuidada por aquele anjo mais parecido com a própria tentação. Estacionaram e adentraram a casa. Patrícia deixou-se escorregar no sofá enquanto Ana pegava em sua adega um Porto. Serviu em duas taças entregando uma a mulher.
-Um brinde.
-A que?
-Aos amigos. A nós. A este momento. Ao agora.
-Sem lamentos pelo passado?
-Sim. Sem lamentos.
-Sem pretensões nem anseios pelo que virá? - Aproximava-se da outra.
-Sem futuro. - Sorriu ao sentir outros lábios sobre os seus.
Era sempre aprazível sentir a doçura e o sabor daqueles beijos. As taças de vinho foram deixadas em cima da mesa de centro e as mãos acercaram-se dos corpos iniciando uma exploração. Quando os corpos davam indícios de excitação, a morena levantou-se guiando a outra até sua suíte.
Em frente a cama, trocavam olhares ora gulosos, ora ternos. Patrícia detinha o conhecimento sobre o que habitava no coração de sua amada e embora a amasse faria a força sobre-humana de controlar seus desejos. Não seria outra vez aquela que tem a função de consolar. Como se pudesse ouvir os pensamentos da outra, Ana segurou em suas mãos enquanto pronunciava algumas palavras.
-Tenho conhecimento dos teus sentimentos assim como tens dos meus. E também sei que não queres o título de substituta. Por motivos óbvios não posso dar-te meu coração, mas tens minha admiração, meu respeito e um amor que só seu. Não direi que será fácil, mas eu gostaria de tentar... Tentar construir um relacionamento contigo. Então pergunto-te se aceita-me em tua vida com todos os meus percalços?
-Se eu não te aceitasse como és, não estaria verdadeiramente aceitando-te. Sinto-me tocada pelas tuas palavras porque sei que saem da sua alma. Vamos aproveitar o presente. Sem promessas.
-Sem promessas.
Selaram aquele início com um beijo repleto de sentires. Despiram-se olhando nos olhos sendo espionadas pela lua e suas estrelas. As mãos logo foram substituídas pelos lábios e os lençóis de linho abrigaram dois corpos que se descobriam não mais fazendo um sex* de trocas carnais, mas trocavam juras nos toques e sons que reverberaram entre as quatro paredes de uma suíte em uma simples casa em um bairro da cidade de Lisboa.
Fim do capítulo
Capítulo significativo.
Até breve!
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 13/07/2019
Oieee
Demorei,mas estou um pouco desanimada pra ler, mas fiz um esforco!!
Meu Deus, isso vai dar uma confusao, ainda que Giu tá numa situacao mt pior...prisioneira de suas escolhas...
Curiosa pra saber q Laura aprontou? Estará grávia já? Se Giu doar o óvolo, entao n terá possibilidade de ser isso..rs
Até logo!Posso demorar...desculpa!
Beijao
Resposta do autor:
Oiê!
Ânimo ,mocinha.
Confusão? Cê acha?! Creio que não.
Laura já aprontou de novo?! Olha... É uma probabilidade.
Mas...
Beijinho.
Sem cadastro
Em: 13/07/2019
Oieee
Demorei,mas estou um pouco desanimada pra ler, mas fiz um esforco!!
Meu Deus, isso vai dar uma confusao, ainda que Giu tá numa situacao mt pior...prisioneira de suas escolhas...
Curiosa pra saber q Laura aprontou? Estará grávia já? Se Giu doar o óvolo, entao n terá possibilidade de ser isso..rs
Até logo!Posso demorar...desculpa!
Beijao
Resposta do autor:
Oiê!
Ânimo ,mocinha.
Confusão? Cê acha?! Creio que não.
Laura já aprontou de novo?! Olha... É uma probabilidade.
Mas...
Beijinho.
[Faça o login para poder comentar]
Rosangela451
Em: 12/07/2019
Por essa não esperava ..
Ana foi rápido dessa vez,acho que ela pode se arrepender .
Giuliana tadinha se iludindo ...
Estou adorando .... Até breve ,assim espero
Bjim
Resposta do autor:
Ana fez o que julgava certo/seguro/cômodo.
Giuliana... Digo é nada.
Beijinho.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]