• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • A Italiana
  • Capítulo 7 - A Dama de Companhia

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Escolhas
    Escolhas
    Por CameliaA
  • Behind Their Lives
    Behind Their Lives
    Por Anonimo 403998

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

A Italiana por Sam King

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 1936
Acessos: 2736   |  Postado em: 13/07/2018

Capítulo 7 - A Dama de Companhia

 

A mãe de Clarisse, senhora Bernadete entra no quarto e encontra sua filha com a italiana nos braços, sua menina mirava com carinho e compaixão aquela moça estrangeira que dormia e por um segundo um arrepio passa pela sua espinha, como se aquela cena fosse alguma previsão terrível. Mas a senhora Bernadete não é afeita a premonições e afins, portanto esquece tal pensamento e aborda a filha:

- Clarisse seu pai quer lhe falar.

Clarisse fita a mãe rapidamente, depois deposita um suave roçar de lábios na testa de Amélia, devagar se levanta para não acorda-la. As duas saem do quarto em silêncio e ficam assim até encontrar o senhor Oliveira no escritório. Assim que vê a filha diz severo:

- mas o que diabos fazias a àquela hora ainda lá fora Clarisse!?

A senhora Bernadete fica ao lado do esposo e diz contrariada:

- por favor querido, não blasfeme.

Senhor oliveira fita a esposa e baixando o tom:

- então ...?

Clarisse respira fundo tentando se acalmar, pois sinceramente está mais que feliz por ter desobedecido as ordens do pai:

- pai a questão não é minha desobediência, a questão é que Amélia foi atacada de forma vil, temos que fazer alguma coisa.

Senhor Oliveira começa a caminhar azougado pelo espaço, Clarisse apenas espera seu pai digerir o assunto.

- não é certo uma senhorita ficar por ai, se intrometendo em assuntos de homens.

Clarisse sente a fúria de antes voltar e mostrando uma face rebelde que não fora vista até hoje diz nervosa:

- pai ,Amélia foi violada na sua inocência, isso é inaceitável! O senhor tem que mandar embora aquele homem sórdido.

- que disparate e esse? Como vou mandar Aurélio embora? Ele trabalha nesse vinhedo há mais de 20 anos, conhece isso tão bem ou até mais que eu.

Clarisse encara bem aquele homem a sua frente com decepção, começa abrir a boca para soltar a raiva que a engasga, mas sua mãe pede calma discretamente a ela e se intromete:

- meu querido, está errado o que ele fez. Não estamos mais na época da escravidão, onde os homens podia pegar qualquer negra...

Antes que a mãe continue a falar mais absurdo Clarisse fala irritada:

-mãe por favor, aquilo também estava errado! Aliás toda essa conversa e despropositada, compreendam nenhum homem deve tomar uma mulher a força, seja ela de qual cor for.

Os pais de Clarisse a encaram como se ela tivesse falando outra língua, ela sustenta os olhares pasmado e repete:

- exijo meu pai, que mande aquele monstro embora.

- aqui tu é apenas uma criança Clarisse, não tem direito a exigir nada!

Senhora Bernadete, mais acostumada ao gênio irascível do marido, tenta convence-lo, se achega ao esposo e com a voz mansa diz:

- por favor Arnaldo, nossa filha não está de toda errada.

- não vou manda-lo embora, mais fácil me livrar da italiana.

Clarisse sente o coração saltar errático e fica ansiosa, tinha que cumprir a promessa feita a si mesma, e com certeza deixar Amélia abandonada não condiz com isso:

- pai, ela não tem ninguém, vem de terra estrangeira. Por favor onde está a sua piedade.

Senhor Oliveira poderia ser poderoso e machista, mas tinha algum coração, então diz mais calmo:

- então ela que se ajeite com o Aurélio, não mando ele embora e se ela quiser pode continuar como está.

- ela não terá como ficar tranquila trabalhando sob a supervisão dele.

- não sei o que queres então Clarisse, minha decisão está tomada, a italiana vai embora ou trabalha com o capataz.

Senhora Bernadete então trás a baila uma terceira opção:

- que ela seja a dama de companhia de Clarisse.

- mas que asneira e essa Bernadete? Como uma guria iletrada e sem berço vai ter um posto assim, não sabe nem falar nossa língua.

Clarisse compra a ideia da mãe, e quase com desespero diz:

- posso ensina-la papai, as letras, a língua e a ser uma dama podemos aprender juntas. E senhor quer que debute na sociedade, precisarei de uma dama de companhia mesmo.

- mas estava pensando em contratar alguma da capital ou mesmo inglesa.

A senhora Bernadete segura o braço do esposo o fazendo virar para si e diz:

- devemos compensar a menina por seu prejuízo, digo que ela fique com o posto.

Mesmo a mãe não entendo que compensação nenhuma tiraria a violência sofrida, Clarisse resolveu ficar quieta, se Amélia fosse sua dama de companhia, nunca mais teria que ficar próxima daquele crápula e ainda seria protegida pela sua família.

O senhor Oliveira voltou andar, depois falou com ar derrotado:

- tudo bem, que a italiana fique, mas está alertada Clarisse, se ela não aprender a falar nossa língua corretamente e aprender a ser portar como uma dama, ela volta para as parreiras ou para a rua.

- me comprometo pai, Amélia vai ser uma dama melhor que eu.

 

 

O que Clarisse nem desconfia e que existe outra pessoa que vai chegar até as últimas consequência para proteger a italiana. Chica está há pelo menos uma hora agachada no mato, nem mesmo o frio congelante a faria desistir do seu intento. Nas mãos traz uma faca de 23cm e muito bem afiada, pois usava para cortes de carne bovina quando fazia seus guisados e churrascos, dentro de uma sacola de pano uma corda que seguraria um touro bravo, tem um plano e ira executa-lo.

 Ouve tosse, levanta a cabeça e nota que Aurélio vem cambaleando pelo caminho que o leva a sua casa fora do vinhedo, tinha ganhado alguns anos atrás a terra do senhor, por ter capturado dez escravos que haviam fugido. Chica nunca gostara do capataz, agora simplesmente o odiava com todas suas forças.

Ele passa pelo esconderijo dela, o deixa avançar mais alguns metros à frente e se levanta como uma felina, sem fazer nenhum barulho. Coloca a faca junto a corda e pega um pedaço de madeira , perfeito para acerta-lo na cabeça.

Se aproxima cautelosa e quando levanta a arma improvisada para acertar Aurélio, Daniel aparece surgido do nada e segura seu mão, sussurra baixinho:

- mas o que fazes mulher? Porque vai acertar esse homem, que está ébrio e não precisa de incentivo para desmaiar.

Chica furiosa arranca a mão da dele, dizendo no mesmo tom:

- pois este ébrio foi o porco que violou Amélia, e se não vais me ajudar, não atrapalhe.

E Aurélio está tão bêbado, que não houve a discussão atrás de si, continua caminhando. Daniel fica tão espantado com que Chica falara que não se mexe mais e apenas observa quando ela acerta-o na cabeça, o desfalecendo na hora.

Sai do seu estado chocado apenas quando ela começa a puxar o homem para dentro do mato e pede autoritária:

- vais me ajudar ou apenas ficar ai feito um espantalho homem.

Os dois levam Aurélio para longe da estrada, e o amarra em uma árvore. Chica começa a retirar as calças dele o deixando apenas com a roupa debaixo, tudo isso sob a supervisão atordoada de Daniel. Depois ela corre mais para dentro da mata e volta alguns minutos depois com uma cuia cheia de água, sem piedade joga no rosto de Aurélio o despertando assustado:

- mas o que diabos está a acontecer aqui?

Ele tenta se soltar, mas suas mãos estão bem amarrada em cada lado da árvore, olha tonto ao redor e nota Daniel parado o encarando com raiva e a Chica com um sorriso sinistro, e pela segunda vez aquela noite, Aurélio teme ter seu couro arrancado, está quase arrependido de ter se deitado com aquela italiana de uma figa, só lhe trouxe problemas até então, pois nem terminara o serviço com ela. Coloca uma máscara arrogante e fala quase com enfado:

- que sandice é essa? Sabes quem sou! Pois o senhor Oliveira saberá sobre isso. - e encarando Chica com nojo ,completa desaforado - e uma pena que não aplicamos mais castigo no pelourinho, o chicote iria chiar nessa tua pele, sua negra!

Chica fecha o semblante e nuvens de tempestades invadem seus olhos, retira a faca da sacola e estapeia o rosto de Aurélio com a parte cega da lâmina, mesmo assim ainda o corta. Aurélio grita de dor, Daniel começa a se aproximar de Chica, mas a cozinheira apenas o encara em aviso para ficar onde está.

- agora que calaste essa boca de merd*, vamos conversar seu porco imundo.

E lentamente rasga o calção dele, expondo seu membro murcho e suas coxas brancas, Aurélio arregala os olhos e com medo agora diz:

- o que vais fazer, estais ensandecida mulher.

- não, estou no meu perfeito juízo. E o que vou fazer, logo lhe digo.

Ela se agacha de cócoras e mirando aqueles olhinhos de ave de rapina de Aurélio diz com a voz mais gélida que os pampas gaúchos:

- vou lhe capar, para nunca mais tocar em nenhuma mulher, muito menos na minha.

E com perversidade coloca a ponta da faca em uma das coxas dele e afunda rasgando a carne. Aurélio dá outro grito ensurdecedor, Chica não se abala e faz o mesmo movimento na outra coxa e quando toca a lamina gélida na genital dele, Aurélio agita-se tanto, que acaba machucando os pulsos e implora:

- por favor, não faça isso... por favor...

E Chica para o movimento, mas mantem a faca no lugar e com uma raiva homicida cospe para ele:

- foi isso que ela pediu não foi? pediu para tu parar , agora me responda seu sacripanta, paraste?

As lágrimas escorriam pela face de Aurélio , a dor o estava matando, mas o pior seria ter seu precioso membro arrancado, por isso resolveu calar-se. E Chica enfia a lâmina devagar, ele desesperado diz:

- não parei... por favor não faço mais, apenas me deixe ir.

Daniel se aproxima de Chica e coloca a mão sobre seu ombro, assistia a tudo calado e ouvindo o relato , a vontade e de enfiar a faca no bucho daquele ser. Mas aquilo iria prejudicar a Chica e a ele, pede:

- chega Chica, ela já teve o que mereceu.

Ela encara Daniel e entende as palavras que ele não queria falar, as consequências de fazer aquilo. Se levanta e começa a se afastar, o ameaça:

- nem uma palavra disso, sabe que sua reputação estaria estraçalhada se contasse que uma mulher e ainda por cima uma negra quase o capou. E além do mais será tua palavra contra a nossa. Estais entendido?

Aurélio respirava aliviado e apenas assente com a cabeça, Chica então demanda:

- solte ele Daniel.

O rapaz começa a rodear a árvore para soltar a primeira mão, quando ele pega sua faca e coloca na corda para cortar, ouve um grito aterrorizado de partir os tímpanos. Corre de volta e olha no meio das pernas de Aurélio, uma parte do seu membro está caída sob uma poça de sangue, impactado fita Chica, que limpa o sangue da faca no mato e diz displicente:

- o que? lhe deixei mais da metade, ainda poderá mijar de pé.

Aurélio se debatia com dor e Daniel corre para desamarrá-lo, depois pega a calça dele e tenta estancar o sangue. Chica antes de partir ainda diz:

- o aviso está dado, e fiz isso não apenas por Amélia, mas por todas as minhas irmãs que tiveram a infelicidade de te conhecer.

E com altivez sai deixando os dois a sós. Daniel acaba por levar um cambaleante e meio capado Aurélio para casa.

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 7 - Capítulo 7 - A Dama de Companhia:
Lea
Lea

Em: 07/07/2022

Passo o pano de todas as cores para a Chica. Ele merecia a morte. Temo pela vida da Chica..

Quanto a Amélia,creio que ela não vá falar com a Chica tão cedo.

Gostei do pulso firme da Clarisse.

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Endless
Endless

Em: 13/07/2018

Olá, autora!

Puxa vida! Capítulos bem tensos, hein? Acho que nunca escrevi sobre violência sexual não concedida. A revolta é grande e é bem complicado de escrever porque, na verdade, também nos sentimos vítimas (coisas da empatia), mas você conseguiu abordar o assunto com coragem. Quanto à vingança... É uma coisa tão particular quanto instintiva: cada um sabe das suas reações e o que elas acarretam depois. Chica se vingou por muitas que não tiveram quem as defendesse. Estou ansiosa para ler a conversa dela com Amélia. Não acho que Chica se precipitou. Ela agiu conforme sua história de vida e experiências que a fizeram ser quem é. Foi apenas reflexo.

Boa sorte!


Resposta do autor:

Olá ,

Essas cenas são bem difíceis mesmo de escrever, ja abordei esse assunto em outro  texto,  mas achei tao dolorido que acabei nao escrevendo do jeito que queria.

Quanto a Chica, tenho que confessar, a adoro.. acredito que ela fez o que foi preciso e o que todas queriamos! 

ai...ai a conversa!Adianto que...

Continue lendo ;)

 

Grande Abraço  :) 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

perolams
perolams

Em: 13/07/2018

Daniel podia ter deixado amarrado e sem socorro.
Resposta do autor:

Olá ,

Confesso que queria a mesma coisa... :/

Mas ele tinha q ser responsável ... iria dar merda se aquele sujeito aparecesse morto!

Grande Abraço :)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web