Medo de amar por Lari28
Um pouco de Helena
CapÃtulo 2
Assim que Helena chegou na rodoviária foi logo vendo Lucas de braços abertos a Assim que Helena chegou na rodoviária foi logo vendo Lucas de braços abertos a esperando, correu até ele e foi recebida com um abraço e um beijo, não fazia muitas horas que tinham se visto, mas já estava com saudade de seu noivo. Conheceu Lucas na faculdade, ela fazia música e ele administração, foi amor à primeira vista. Hoje ambos iriam viajar para o hotel fazenda que pertencia aos pais de Lucas, que ficava em uma cidade vizinha da capital. Eles iam de ônibus porque Lucas tinha emprestado seu carro para seu pai, na volta iria voltar com seu veículo.
- Você não se cansa de ser tão linda meu amor?!- Disse um Henrique apaixonado.
- E você não se cansa de me deixar sem jeito?- disse uma Helena vermelha, faziam 2 anos que estavam juntos, mas Henrique ainda fazia com que ela sentisse borboletas no estomago.
- Só digo a verdade minha ruiva. - disse rindo e pegando a mão de sua noiva para caminharem até o ônibus.
A viagem foi tranquila, no caminho conversaram e Helena contou sobre o seu atropelamento deixando Lucas assustado e preocupado.
- amor como assim, o que estamos fazendo dentro desse ônibus, deveríamos estar em um hospital, quem foi essa louca que te atropelou?.- O tom de Lucas era de preocupação e um pouco de raiva.
- Calma Lucas, eu estou ótima foi só um susto. - disse Helena calma.
- Meu Deus você poderia ter se machucado sério ou pior poderia ... - Lucas olhou apreensivo para seu grande amor.- eu não suportaria a ideia de te perder meu anjo- disse já abraçado a ruiva.
- Você não vai me perder Lucas, estarei sempre com você.- ao dizer isso Helena sentiu algo estranho, como um pressentimento ruim.
Quando chegaram no hotel fazenda já era hora do almoço, foram recebidos pelos pais de Lucas, dona Melissa e seu marido Carlos.
- Olá meus queridos fizeram boa viagem? - perguntou dona Melissa.
- Sim mamãe, estou morto de fome - disse Lucas sorrindo e colocando a mão na barriga.
- Que isso amor, você passou a viagem comendo os lanchinhos que eu trouxe e ainda está com fome?- Helena falou divertida.
- Estou em fase de crescimento amor- disse Lucas fazendo graça.
- Só se for para os lados meu filho- falou Carlos entrando na conversa.
Todos acabaram rindo do comentário de Carlos. O jovem casal acompanhou os senhores até o interior do casarão, se instalaram no quarto que sempre era destinado para eles. O dia passou tranquilamente, Helena e Lucas sempre estavam juntos, aproveitaram para andar pelos arredores da fazenda, intercalavam entre conversas, planos e carinhos.
- Me apaixonei por você assim que te vi pela primeira vez- disse Lucas abraçado Helena, que estava sentada entre suas pernas no gramado.
- Comigo não foi diferente, nunca senti nada parecido com o que eu sinto por você com ninguém- disse Helena curtindo o carinho de Lucas atrás de si.
- Quero formar uma linda família ao seu lado Helena, já até imagino uns ruivinhos correndo por esse gramado- Lucas falou sorrindo e imaginando.
- ruivinhos é demais amor kkk...mas nós vamos formar essa linda família sim meu amor.- foi nessa hora que Helena sentiu de novo aquela sensação estranha dentro do seu peito, um aperto ruim.
Depois desse momento os dois voltaram para o casarão, se arrumaram para o jantar e logo em seguida se reuniram na sala com os pais de Lucas e alguns poucos hóspedes, pois estava fora de temporada.
- vocês formam um lindo casal.- disse um hospede.
- Obrigado senhor- disse Lucas orgulhoso.
- Meu filho deu sorte como eu, conseguiu encontrar uma mulher linda e que o ama com a mesma intensidade do amor dele por ela.- disse Carlos feliz pelo filho.
- Sim papai eu sou um homem de sorte- Lucas olhou para sua noiva com um olhar carinhoso.
- eu te amo- sussurrou Helena para que apenas Lucas pudesse ouvir
- não mais que eu- disse Lucas também sussurrando.
E assim transcorreu o resto da noite, entre conversas agradáveis, olhares apaixonados e sorrisos soltos. O final de semana passou rápido, logo na segunda de manha Lucas e Helena já estavam prontos para pegar a estrada. Iriam pelo caminho contrário do que vieram, pois estavam na capital apenas para que Lucas pudesse resolver alguns problemas, como tudo foi resolvido voltariam para sua cidade natal que ficava mais longe um pouco do hotel fazenda de Carlos e Melissa.
- Vá com Deus meus amores - disse Melissa dando um abraço no casal ao mesmo tempo.
- Quando chegar lá nos avise filho- falou Carlos também se juntando ao abraço.
- pode deixar meu sogro quando chegarmos lá avisaremos vocês. - disse Helena com aquele aperto já conhecido do peito.
- Eu amo os dois, vocês são os melhores pais que existem- disse Lucas carinhoso.
- ohh meu menino nos amamos você também - Melissa abraçou seu filho.
Nesse momento Helena deixou uma lágrima cair sem perceber.
- Vamos parar com esse clima de despedida, daqui alguns dias eu e sua mãe iremos visitar vocês- Carlos falou igualmente emocionado.
- Vamos esperar por isso- falou Helena limpando as lágrimas.
- Não chora amor- Lucas abraçou Helena- logo estamos juntos de novo.
E depois de muitos beijos e abraços o casal entrou no carro e seguiu viagem. Helena estava calada, tentava de alguma maneira dissipar aquele aperto no peito, até que viu alguns pingos de água cair no vidro do carro. Olhou para o céu e viu que estava nublado, e logo à frente iriam pegar um temporal.
- Nossa não imaginava que iríamos pegar chuva na estrada- disse Lucas olhando pelo vidro do carro o céu cinza.
- Ligue os faróis amor e diminua a velocidade- Helena disse cada vez mais apreensiva.
- Pode deixar minha ruiva- disse Lucas pegando a mão de sua noiva dando um beijo na parte de cima da mão de sua ruiva como ele mesmo a chamava.
Mesmo com a chuva forte a viagem estava tranquila, tanto que Helena cochilou. Foi tudo muito rápido não deu tempo de dizer muito, não deu tempo de pedir uma nova chance, tinha apenas medo, uma velocidade incontrolável, barulhos fortes e cada vez mais altos.
-LUUUUCAAAAAAAS- Helena tentava se segurar em algo- PAAAARAAAA- seu choro parecia ser a única coisa a ser feita no momento- MEU DEUS SOCORROOO...
- AMOR SEGURAAA- Lucas ainda tentou controlar o volante, mas foi em vão. Ele em um dado momento da viagem acabou tirando o cinto para pegar um cobertor no banco de trás para cobrir Helena que cochilava, mas não colocou novamente o cinto, sendo jogado pra fora do veículo. - HELENAA...
Tudo pareceu ficar silencioso em um dado momento, Helena abriu os olhos devagar, sentiu as pernas fracas, o sangue correndo pelo rosto, aos poucos foi se situando do que tinha acabo de acontecer, se viu pendurada de cabeça pra baixo, o carro tinha capotado e permaneceu virado ao contrario. Olhou para o lado e logo o desespero bateu, não viu Lucas.
- LUCAAAAS... AMOOOR CADÊ VOCÊ- gritou desesperada- LUCAS PELO AMOR DE DEUS CADÊ VOCÊ.
Tentou se soltar, mas sentia dores pelo corpo, tentou mais uma vez devagar e ao mesmo tempo ansiosa, não estava preparada e então caiu sem aviso. Conseguiu sair do carro pelo vidro quebrado.
- LUCAS CADE VOCÊ MEU AMOR- gritou mais uma vez.
Tentou andar mais dessa vez sentiu sua perna, tinha um pedaço de vidro dentro de sua coxa. Não controlava mais o choro e nem fazia questão, com muita dificuldade viu Lucas virado de barriga para o chão a alguns metros do carro. Mancando tentou correr até seu noivo, se jogou ao lado dele, não queria, mas checou os batimentos dele.
- Não ... Lucas acorda meu amor, você tem que ficar- virou o corpo do homem, ele estava muito machucado- Lucas olha pra mim, você disse que iria ficar comigo, não faz isso- falou batendo no peito do Lucas em um momento de desespero. Ela então chorou, chorou como jamais havia feito antes, soluçava, tremia muito, mas não de frio, era adrenalina, sofrimento e dor pela perda.
Ainda chovia muito, Helena olhou para o céu e por alguns momentos ela pareceu não ver e nem ouvir nada, a cena era triste, ela com Lucas em seus braços morto. Por um momento parou de chorar, parecia anestesiada, tudo foi se apagando lentamente.
3 anos depois ....
Na fazenda
Helena desde que sofreu o acidente de carro com seu noivo nunca mais foi à mesma, antes era uma mulher completamente apaixonada pela vida, tinha sonhos, vontades e um amor, Lucas. Ele era muito mais que um noivo pra ela, ele era seu amigo, seu amante, namorado e parceiro, mas em um dado momento, sem aviso algum ele foi arrancado de maneira cruel da sua vida. Depois do acidente Helena ficou na UTI durante 1 mês, por conta do stress emocional Helena foi diagnosticada com "cegueira psicológica ‘'. Atualmente os investigadores sabem que o stress emocional causa efeitos a nível neuronal que posteriormente podem resultar em cegueira ou ainda outros problemas físicos. Esta situação ainda é muito pouco falada e estudada, mas é de fato uma condição grave que pode levar a uma cegueira permanente. Para que isso não aconteça, todo o esforço é necessário para que o paciente consiga readquirir a visão. Deve-se trabalhar o paciente através de questões que ajudam o paciente a aceitar a sua experiência traumática e lidar com os pós-traumáticos, problemas emocionais.
A ruiva antes era professora de musica, todos que puderam a ver tocando tiveram o privilégio de ver alguém que tocasse com a alma, com alegria. Ela era uma linda mulher, de olhos azuis que faziam muitos ficarem de boca aberta, com tamanha beleza e simpatia. Foi por essas e outras qualidades que fizeram Lucas se apaixonar por ela.
Depois daquele acidente Helena foi praticamente obrigada a morar com seus pais, os mesmo eram caseiros de uma fazenda que pertencia a uma família muito importante no país, com sobrenome Albuquerque, os donos tinham comprado a fazenda não fazia muito tempo.
A professora amava muito seus pais, mas depois do acontecido sua dependência a deixava irritada e ao mesmo tempo triste. Ela com o tempo foi aprendendo a lidar com sua fraquezas e limites, agora aprendia usar seus outros sentidos para que não fosse tão dependente dos seus pais, com tudo isso foi se tornando uma mulher séria, não tinha mais aquele sorriso de antes, aquela alegria que contagiava a todos a sua volta. Tinha enterrado seus sonhos, seus objetivos e sua vontade de viver.
- Eliza você acha que a nossa filha Helena algum dia vai encontrar a paz e ser feliz novamente? - perguntou Geraldo, o pai de Helena.
- Querido eu peço todos os dias a Deus para que nossa filha encontre a felicidade novamente, o fato da cegueira dela ser psicológica e não permanente é praticamente uma benção, já que essa situação pode ser revertida, mas ela parece preferir não ver mais as cores da vida - disse contendo o choro.
- Eu gostaria muito que ela voltasse a frequentar aquelas reuniões daquele grupo de deficientes visuais e também voltasse a se consultar com a doutora Júlia- Júlia era a única psicóloga da cidade próxima a fazenda, ela fazia consultas nas segundas e terças, nos outros dias ela dividia consultas em outras cidades mais longe- nossa filha tem uma grande oportunidade já que aqui é cidade pequena e mesmo assim ainda tem esse tipo de ajuda. - disse chateado.
- Isso é verdade, depois que ela frequentou o grupo, ela aprendeu muitas coisas, passou a saber como usar os outros sentidos com maior atenção, também tem a Júlia que além de psicóloga se mostrou uma grande amiga para nossa filha.
- Mas nos sabemos que o maior problema não é o fato dela ter perdido a visão e sim as lembranças do Lucas.
- Nós não podemos ajuda lá em relação a isso e sim apenas um novo amor em sua vida poderia a despertar para a vida.
- Não sei se um dia a Helena irá amar alguém novamente como ela amou o Lucas- disse Geraldo pesaroso.
- Se acalme, no tempo certo a pessoa certa ira aparecer e o amor nunca é o mesmo, você ama a pessoa pelo o que ela é.
- Só espero que isso não demore, pois não aguento mais ver nossa filha sofrer- disse sincero.
- Mas mudando de assunto- dona Eliza o olhou curiosa - Quando é que os novos donos vão vir até a fazenda, já vai fazer 2 meses que compraram as terras e nunca vieram aqui?.
- Eu falei com o tal do Doutor Eduardo e ele me disse que pretende vir com a mulher na próxima semana.
- Será que ele vai mandar a gente ir embora, meu bem?
- Acredito que não, ele por telefone foi muito simpático, disse que pretende vir pra conhecer o local, mas que por enquanto não pretende mudar nada.
- Esse povo é doido, depois que compra as coisas que vão olhar como é.- balançou a cabeça negativamente.
Escutaram passos vindos da escada, era Helena.
- Oi filha tudo bem, quer alguma coisa?- Eliza quem perguntou.
- Não mãe, obrigada- Helena já tinha decorado cada cantinho daquela casa, então quem não a conhecesse e não soubesse que ela não enxergava com os olhos, não iria perceber sua deficiência, pois ela caminhava como se estivesse vendo, não esbarrava em nada, desde que estivesse tudo em seu devido lugar. - eu queria dizer que semana que vem preciso ir à cidade, e gostaria que vocês pedissem para o Bruno me levar até la.
Bruno era um peão da fazenda, um moreno bonito, de cabelos cacheados e olhos verdes, qualquer uma iria ficar encantada com sua beleza. Ele era um ótimo rapaz, era humilde, carinhoso e atencioso, principalmente com uma certa ruiva, por quem era apaixonado. Ele não se importava com sua deficiência visual, sempre foi apaixonado pela ruivinha, desde que eram crianças e brincavam pela fazenda, mas logo ela cresceu e começou a namorar com Lucas, e por isso se afastaram, mas sempre manteve seu sentimento, e desde o acidente era o melhor amigo de Helena, queria poder ser mais que um amigo, mas sabia dos medos e a dificuldade da ruiva em se entregar para a vida.
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Na capital
-Pai eu queria ligar para meu padrinho Geraldo, fiquei de marcar uma consulta pra ele comigo, mas acabei perdendo o número dele.- disse Alexandra assim que entrou na sala.
- Eu tenho o número dele na minha agenda filha- falou Eduardo.- esta ali em cima da mesinha.
Alexandra foi até a mesinha e encontrou a agenda aberta, na página estava o nome Geraldo, ela se achou até sortuda por já ter encontrado o nome, mas o que ela não prestou atenção é que esse tal Geraldo era o caseiro da fazenda que seu pai tinha comprado a pouco tempo e não o seu padrinho. Discou o número que chamou uma, duas e na terceira chamada foi atendida.
- Padrinho?- disse Alexandra distraída.
- Olá quem fala?- disse uma voz feminina que fez o coração de Alexandra acelerar sem ela saber o porquê, parecia conhecer a dona da voz.
- É ...é a Alexandra, gostaria de falar com meu padrinho Geraldo- falou meio boba pela voz no outro lado da linha.
- Olha me desculpa, esse número realmente é da casa do Geraldo, mas não lembro de nenhuma afilhada dele com esse nome - disse a moça.
- E quem é você?- perguntou a morena confusa.
- Sou filha dele, Helena- disse por fim.
Fim do capítulo
Olá meninas, gostaria de pedir desculpa por algum erro de português, revisei correndo para conseguir portar o mais rapido possivel, espero que gostem.
Tentarei postar pelo menos 3 capítulos por semana.
Beijooo,obrigada pelos comentários anteriores <3
Comentar este capítulo:
Fernandaaa
Em: 19/09/2017
Eita, elas são quase parentes e nem sabiam. Ja quero elas perto de novo
Resposta do autor:
Daqui a pouco estarão perto de novo haha
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