A entrevista.
Eis-me aqui, dentro do carro, em uma rua mega movimentada próximo ao prédio que a moça da ligação me passou. Estou me olhando no espelho do carro pela milésima vez procurando qualquer vestígio de imperfeição no meu rosto para que eu possa consertar, não sou fútil do tipo que se preocupa apenas com a aparência, mas sou sim uma mulher vaidosa e ainda mais na presente circunstância, eu quero estar mais do que apresentável. Olhei no relógio e ainda me restavam 10 minutos para o horário combinado, decidi fazer uma ligação rápida pro Diogo antes de subir. Peguei o telefone já indo nas últimas chamadas e ouvindo chamar, no terceiro toque ele me atendeu.
— Amor? Espera aí... – Ele me pediu antes mesmo que eu respondesse e eu podia escutar ele falando com outra pessoa do outro lado da linha. – Pronto! Como você tá, linda?
— Ótima. Adivinha onde estou? – perguntei olhando pro movimento na rua
— Na faculdade? – perguntou distraído.
— Você está ocupado?
— Não, mais ou menos. Mas fala aí rapidinho!
— É rápido! Só pra dizer que vim fazer a entrevista!
— Sério? Já te ligaram? – eu pude sentir que ele ficou animado com a notícia.
— Sim! Mas não posso falar muito, já tá quase na hora que marcaram comigo. Mais tarde a gente se fala, ok? – falei já me virando pra pegar minha bolsa no banco de trás
— Tá certo, boa sorte, linda! Eu te ligo de noite!
— Tá bom, amor. Beijos, te amo.
— Também. Beijos.
Eu coloquei os pés na rua me sentindo ainda confiante, apertei o botão de travar o carro e caminhei à passos firmes e lentos até o prédio. O prédio é simplesmente lindo, vidros espelhados, alto, esperei às portas automáticas se abrirem diante de mim e entrei já em direção à um balcão de recepção que se encontrava mais à frente, ao lado esquerdo.
— Boa tarde! – uma mulher na faixa dos 30 me cumprimentou educada e sorridente. Não pude cumprimentar de outra forma que não fosse a mesma.
— Boa tarde! Eu vim fazer uma entrevista.
— Claro! Você sabe qual o andar ou o nome do responsável? - perguntou e olhei rapidamente para o seu crachá. “Bruna”.
— Sim, Bruna. Fui informada de que era no 6º andar e eu deveria procurar pela Carolina.
— Sim, a Carol. O andar do Sr. Borges, certo? – perguntou voltando seus olhos para o computador.
— Isso mesmo! – falei e dei uma rápida olhada pelo hall daquele lugar. Tudo muito bem decorado, havia dois seguranças próximo à entrada e dois próximos ao elevador.
— Eu preciso de um documento seu pra fazer uma identificação, por favor!
— Só um instante. – pedi abrindo minha bolsa e pegando minha carteira. Peguei minha CNH e entreguei na mão da recepcionista que sorriu em agradecimento silencioso. Após digitar algumas coisas no computador, ela virou seu olhar para mim e sorrindo novamente.
— Pronto, Bárbara! Aqui está um crachá de visitante, você pode devolver aqui mesmo quando voltar, ok? São três elevadores, para chegar ao 6º andar, você pega o primeiro, aquele ali! – disse apontando em direção aos elevadores.
— Obrigada, Bruna! – sorri novamente, peguei o crachá que ela me estendeu e fui até o elevador.
Depois que eu entrei no elevador, acompanhei cada andar pela tela azul que estava acima dos botões com os números, conforme a porta abria nos andares, minha inquietação aumentava. Mas eu estava mais do que certa de que daria tudo certo.
As portas finalmente abriram no 6º andar, se eu tivesse que ir pro 14º eu não sei o que seria de mim. A porta mal abriu e dei de cara com uma movimentação razoável de pessoas. Algumas no telefone concentradas, outras digitavam incessantes no computador, outras simplesmente passavam de um lado para o outro. Ninguém parado! Bem típico do Rio de Janeiro, correria.
Um homem de blusa social branca pra dentro da calça passava no instante que eu saí do elevador, ele me olhou desviando a atenção dos papéis que estavam na sua mão. Ele era loiro, um pouco mais alto que eu, e tinha olhos castanhos bem claros. Me avaliou, talvez se perguntando o que eu estava fazendo ali. Quando menos percebi ele parou de andar na direção que estava indo e veio para a minha.
— Oi, tudo bem? Posso te ajudar? – perguntou atencioso
— Eu aceito ajuda. Eu vim fazer uma entrevista, procuro pela Carolina. Você sabe me dizer onde eu a encontro?
— Sim, eu sei sim. Me acompanha aqui! – ele falou já se virando e eu o acompanhei. Senti alguns olhares curiosos em cima de mim, mas tentei ignorar. – Vai trabalhar com a gente? – perguntou me olhando de rabo de olho e abrindo mais uma porta de vidro para passarmos. Ele segurou a porta e me esperou passar primeiro.
— Obrigada. Então, eu pretendo. Espero que eu consiga! – olhei ao meu redor e o ambiente apesar de agitado, parecia ser gostoso de trabalhar. Era um espaço grande e tudo era dividido por baias, como se fossem pequenos setores dentro de um setor "chefe". Eu também estou conhecendo agora.
— Qual o seu nome? – ele perguntou quando paramos em frente a uma porta branca.
— Bárbara. – e sorri.
— Prazer, Bárbara! Eu sou o Michel. Espero que a gente tenha oportunidade de conversar mais vezes e com mais calma. – disse sorrindo e seu sorriso era largo e acolhedor, gostei dele.
— Também espero que sim, Michel. Muito obrigada pela ajuda! – ele assentiu com a cabeça e deu duas batidas na porta. Escutamos alguém lá dentro permitindo nossa entrada.
— Oi, Chel! Entra! – uma mulher muito branca e por volta dos 40 anos o cumprimentou sorrindo e em seguida me olhando.
— Oi, Carol. Achei essa moça que procurava por você lá fora. – disse rindo e alternando o olhar entre mim e a Carol.
— Boa tarde! – eu disse olhando pra mulher que agora se levantava para vir em minha direção.
— Boa tarde! Você deve ser a Bárbara, certo?- perguntou estendendo a mão
— Isso mesmo! Desculpe se me atrasei, eu precisei fazer uma pré-identificação lá embaixo e como o Michel explicou, eu fiquei um pouco perdida quando cheguei aqui em cima. – falei um pouco sem graça
— Não se preocupe, querida. O Sr. Borges está na sala dele com a filha ainda, não deve demorar muito mais. Você aceita uma água ou café? – perguntou apontando em direção ao filtro de água e ao lado tinha uma garrafa de café com pequenos copos.
— Aceito uma água sim! – e olhei novamente para o Michel que nos observava ainda de pé ao meu lado. – Obrigada novamente! – eu disse e sorri
— Não por isso, Bárbara! Bom, agora vou voltar ao trabalho, preciso entregar esses relatórios pro Edson, senão ele vai me matar ainda essa semana! – falou rindo e indo para a porta e acenando para nós duas.
— Vem, Bárbara! Pega uma água e senta um pouco, enquanto aguarda. – ela deu a volta na mesa novamente e sentou em sua cadeira preta e de rodas. Naquela sala havia mais uma porta, que eu acreditava que dava na sala do meu possível futuro chefe. Andei até o filtro e me servi de um copo de água gelada, indo em seguida em direção a uma poltrona de couro preta que se encontrava no canto da sala junto a mais duas que davam um ar chique ao local. O ambiente era cheiroso, acolhedor, por enquanto estou gostando de tudo. Por que fui pensar isso? No instante que pensei isso, a porta que estava à minha frente se abriu, eu levantei meu olhar que até então estava vagando curioso pela sala e dei de cara com aquela sobrinha da minha professora. Ela estava de vestido preto no estilo social e um salto discreto na mesma cor, aquele olhar sério pousou em mim e eu pude que ver que ela me reconheceu, mas ao mesmo tempo ficou confusa, talvez se perguntando de onde me conhecia.
— Mariana, filha, volta ainda essa semana aqui, eu preciso de você para orientar o Sandro e a Tainá. – ele disse enquanto abraçava a filha. Nesse instante ele me olhou por cima do ombro dela. - Bárbara? – perguntou saindo do abraço da mulher que agora nos encarava curiosa.
— Sim, Sr. Borges. É um prazer! – eu respondi me levantando e caminhando em sua direção. A filhinha dele continuava me analisando e aquilo me incomodou.
— O prazer é meu! O Otávio foi só elogios a você, mas nada comparado ao Diogo, porém não sei se posso confiar no olhar de um homem apaixonado. – disse divertido. Eu fiquei sem graça com o comentário, não pelo que ele falou, mas porque a mulher ao lado dele não parava de analisar minhas reações, aquele olhar petulante não saía dela.
— Espero que eu consiga alcançar suas expectativas, então. – falei dando um riso de leve.
— Vamos entrar? – ele perguntou me dando espaço pra passar. – Bárbara, mas antes quero que conheça minha filha. Essa é a Mariana! – disse sorrindo largamente e olhando para a mulher que até então não tinha dado uma palavra sequer.
— Oi, Mariana, tudo bem? Acho que nos conhecemos da... – eu disse tentando ser simpática, mas ela me cortou secamente.
— Você é a aluna da Beatriz, não é? – perguntou olhando fundo nos meus olhos, aquele contato intenso me chamou a atenção para o fato de que ela é mesmo uma mulher muito segura de si, e está constantemente tentando intimidar o outro.
— Sim! – respondi quase desistindo de ser gentil. Mas ela é filha do meu futuro chefe, não posso dar bobeira antes mesmo de começar o trabalho.
— Como assim? Você é a aluna da tia da Mariana? – o Sr. Borges olhava para mim e para Mariana curioso.
— Sim, pai. Ela é aluna da Beatriz. – que ridícula! Ele tava falando comigo. – Eu tenho que ir agora! Me liga se precisar de mim, tá? Você sabe que eu venho sempre que posso! – ela disse e finalmente vi um sorriso dela. Um sorriso sincero e carinhoso para o pai. Havia uma relação de amizade e cumplicidade ali, era nítido. Senti uma pontada de inveja, confesso.
— Eu vou ligar, minha filha! Se cuida! Eu te amo! – disse dando um abraço e um beijo na testa da Mariana.
— Também te amo, pai! – ela se virou pra mim. – Eu vou te mandar um e-mail ainda hoje, pra tratar do seu trabalho na faculdade. – eu nem pude responder. A louca já foi em direção à mesa da Carolina e elas trocaram beijos no rosto.
— Mari, meu bem, se cuida! Você está me devendo um almoço, quero novidades sobre... – mais uma vez a Mariana interrompeu alguém
— Sim, Carol, eu volto e almoçaremos juntas. Beijinhos no Mauro e nos filhos! – disse sorrindo pra Carolina também. Ok, o problema dela é comigo, isso já está claro. Ela foi embora e eu ainda podia sentir o cheiro do seu perfume que ficou.
— Vem, Bárbara, vamos conversar! Entre! – Sr. Borges falou se virando e indo até sua mesa, apontou para a mesa à sua frente e me esperou sentar para depois sentar também.
— Sr. Borges... – ele me olhou sorrindo e delicado, ao contrário da filha, me disse.
— Apenas Marcelo, ok? Me fale mais sobre você, Bárbara. Quero saber sobre sua vivência no jornalismo, o que te interessa, qual área te chama atenção, porque está aqui. Mas vamos por partes, fica tranquila. – eu gostei da ideia de trabalhar com o Marcelo, ele aparenta ter uns 50 anos, mas é tão bem cuidado, os cabelos bem cortados e grisalhos, os olhos verdes idênticos ao da filha chata dele, o rosto de barba feita. A forma educada e simples com que ele me trata, em nada se assemelha a filha dele.
Eu procurei falar sobre tudo que eu julguei relevante naquele momento, ele me deixou confortável o suficiente pra eu expressar minhas ideias, o que eu tinha planejado até então pra minha vida profissional, aos poucos fui me soltando e procurei ao máximo demonstrar segurança.
— Bárbara, vai ser ótimo ter você na minha equipe a partir de hoje. Vou conversar com a Carolina para acertar todos os detalhes burocráticos e de praxe, mas gostaria de ter aqui com a gente o quanto antes. – ele disse apoiando os dois braços sobre a mesa e sorrindo para mim.
— Fico muito feliz, Marcelo. Darei o máximo pra contribuir da melhor maneira possível! – eu estava radiante.
— Eu sei que sim. Eu só quero te dar um pouco de noção de como é o dia a dia aqui, eu sei que isso você só vai pegar e perceber conforme os dias forem passando, mas queria pedir pra não estranhar minha ausências as vezes, eu vivo em reunião dentro e fora da empresa, posso ficar fora por até uma semana se o trabalho assim necessitar. Então não estranhe, a Carolina vai te dar todo suporte e orientação, mas quero que conheça as duas pessoas que vão trabalhar diariamente com você e que são os meus braços direito e esquerdo. – ele disse tirando o telefone do gancho e discando um número. – Carol, pede pro Alessandro e Tainá comparecerem a minha sala, por favor? Pode dizer que é rápido, mas que tem que ser agora. Obrigado! – ele colocou no gancho e me olhou novamente. – Preciso confessar que fiquei feliz de saber que você conhece a Mari!
— Mari? – perguntei sem realmente associar
— Sim, a minha filha, Mariana. – ele disse rindo do meu descuido
— Ah, sim. Claro! Mas por quê? – perguntei curiosa
— Você vai ver que aqui é uma correria na maioria dos dias, eu vou pedir pra Tainá e pro Alessandro darem todo apoio que você precisar, todas as dúvidas você pode tirar com eles. Mas eles também, assim como eu, nem sempre estarão disponíveis. A Mari, apesar de não aceitar vir trabalhar comigo, está sempre me ajudando de alguma forma, ela tem um olhar muito crítico e diferente sobre as coisas, até quando não preciso, eu peço a opinião dela. Enfim, isso tudo é pra dizer que se você precisar de ajuda nesse começo, fale com ela. Ela tem uma rotina meio conturbada, mas ela é muito solícita e pode ajudar você também por aqui. – A minha língua coçou para discordar dele nesse final, só pode ser coisa de pai coruja, porque eu não sei onde a filha dele é solícita, e espero de verdade não precisar da ajuda dela aqui também, já basta naquele trabalho da faculdade.
— Eu agradeço, Marcelo. Mas não quero incomodar a Mariana! Ela já está responsável por ajudar o meu grupo em um trabalho da faculdade. Não quero sobrecarregá-la! – eu falei procurando não ofender a filha dele e sem revelar o verdadeiro motivo de não querer ajuda dela: o fato de ela ser chata.
— Não, Bárbara, a Mariana não se importará, tenho certeza. Ela precisa disso! Ela não para, ela só está bem se estiver trabalhando, produzindo alguma coisa, e eu sei que ela vai te ajudar se eventualmente você precisar dela. – Ele ia continuar se desmanchando em elogios pra filha dele, mas ouvimos batidas na porta e em seguida um homem e uma mulher entraram na sala. O homem, que eu deduzi ser o Alessandro devia ter no máximo 35 anos, é negro de olhos castanhos escuros e ele é alto, com ombros largos, já entrou sorrindo, com dentes brancos e alinhados. Do lado dele vinha uma mulher morena clara, de saia e blusa social, ela tem os cabelos enrolados e castanhos escuros na altura do ombro, com olhos castanhos também escuros.
Os dois pararam ao meu lado, que ainda estava sentada, e cumprimentaram.
— Boa tarde! – disseram juntos e olharam pro Marcelo e depois pra mim.
— Boa tarde! – eu e Marcelo respondemos juntos.
— Bárbara, esse é o Alessandro ou Sandro, como queira e essa é a Tainá. Vocês três vão trabalhar juntos, eu vou pedir pra vocês dois deixarem a Bárbara por dentro de tudo o que acontece aqui, passem tudo que vocês julgarem ser essencial pra ela conseguir desempenhar um bom trabalho. Já a avisei de como a minha rotina é mais puxada e de que vocês dar um suporte maior que eu. Mas depois quero que os três venham conversar comigo sobre como está sendo essa fase de adaptação, vocês não precisam parar de fazer o que estão fazendo, pois temos prazos a cumprir, mas em tudo, deixem a Bárbara por dentro.
— Perfeito, Marcelo, espero que possamos fazer um bom trabalho juntos! – Sandro disse olhando pra mim e sorrindo.
— Eu também, como eu disse ao Marcelo, quero contribuir no que for necessário e possível. Contem comigo! – eu disse sorrindo para os dois
— Que bom que você chegou disposta, Bárbara! Aqui precisamos mesmo vestir a camisa da empresa. Quando você começa? - Tainá perguntou
— Assim que o Marcelo quiser. – respondi e olhei pro meu agora chefe
— Bárbara, você está dispensada, por agora. Vai ser ótimo ter você conosco! Vou tratar com a Carolina todo o tipo de pendência pra gente começar o quanto antes. Eu peço pra ela entrar em contato com você ainda essa semana, tudo bem? – falou Marcelo se pondo de pé e dando a volta na mesa
— Está ótimo, Marcelo! Eu agradeço a confiança que você está tendo em mim! – eu disse estendendo a mão para ele
— Agradeça demonstrando que não estou errado por confiar! – apertou minha mão
— Vamos, Bárbara, nós vamos com você até lá fora! – disse Tainá solícita. Eu agradeci com um sorriso e indo em direção a porta acompanhada dos três.
— Mande abraços meus ao Diogo e ao Otávio! – Marcelo falou assim que saí da sala. Alessandro e Tainá apenas nos observavam
— Pode deixar, mando sim! – respondi ainda sorridente
— Carolina, preciso de você aqui, por favor! – falou Marcelo antes de se afastar da porta e voltar para a sala
— Claro. – Carolina levantou e parou próximo a porta, e virou para mim. – Nos vemos em breve, Bárbara! Seja bem vinda! – disse simpática
— Obrigada! – respondi e dei tchau com um aceno.
Os meus novos colegas de trabalho me acompanharam até o elevador que entrei quando cheguei, se despediram me dando parabéns novamente e eu agradeci mentalmente por eles parecerem gente boa e tranquilos, espero que eu não me engane em relação a eles.
Passei novamente na recepção para devolver meu crachá e voltei pro carro feliz, estava satisfeita comigo mesma por ter conseguido, apesar de ter sido uma indicação do meu sogro e ter um peso grande, em momento algum o Marcelo deu a entender que estava me contratando por ter algum tipo de privilégio, e sinceramente, nem eu gostaria que fosse assim. Eu me peguei pensando novamente em como ele nada tinha a ver com a filha, eram personalidades totalmente diferentes, sim, eu sei que são pessoas diferentes, mas ele criou a garota, né? Era pra ela no mínimo herdar alguns comportamentos básicos de educação e gentileza que ele demonstrou ter. Mas também não vou ficar me prendendo nisso, eu quero focar no meu novo emprego, nessa nova fase da minha vida, não vai ser uma mimada que vai roubar o sorriso que agora está instalado no meu rosto.
Fim do capítulo
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