Capítulo 23
Antonela desabafava com Bruna pela primeira vez de sua relação com Mayara, enquanto Gabriela estava na sala encarregada de não deixar Amelina as atrapalhar, e teve o apoio da amiga, e não julgamentos como imaginava.
Antonela falava sincera: Apaixonei-me como jamais poderia imaginar que pudesse existir, é de longe a coisa mais forte que já senti e foi justamente por uma mulher (A cara de Bruna não era exatamente de surpresa, o que há impressionava era aquele sofrimento nos olhos da amiga, aquela verdade com a qual falava). Tudo que eu passei a vida inteira condenando, achando nojento, que boba que fui! Mais do que isso, sou fraca que não sou capaz de encarar uma relação desse tipo, o julgamento, os olhares.... Não sou capaz Bruna (chorava com profunda tristeza).
Bruna, tentando ordenar as palavras: E quem é ela?
Antonela: Você nem parece surpresa pelo fato de ser ela, e não ele como você acreditou no início.
Bruna: Prefiro que fale quem é antes de falar se me surpreende ou não!
Antonela chorou: A Mayara é ela Bruna, a garota petulante que me desarmou completamente, que tirou todas as minhas certezas, que me ensinou Amar de verdade, amar como eu jamais imaginei ser capaz...
Bruna: Eu não posso dizer que é surpresa Antonela, eu desconfiei, acho que desconfiei antes mesmo de você...
Antonela: Era tão óbvio assim?
Bruna: Eu te conheço de mais Antonela, e quando a gente ama não consegue disfarçar.
Antonela: Esse é o momento que você joga na minha cara o quanto sempre fui preconceituosa, arrogante, que apenas estou provando do meu veneno, eu só não imaginava que ia ser assim até com minha própria mãe... (Chorava copiosamente, Bruna a olhava complacente, enquanto isso na sala, Gabriela tentava impedir que Amelina entrasse no quarto).
Amelina enfurecida: Olha aqui garota, eu tô na minha casa e você não vai me impedir de entrar e tirar essa outra sapatão mau exemplo pra minha filha de minha casa...
Gabriela detendo Amelina e tentando manter a calma disse: Eu sei que assenhora estar na sua casa e acredite não gosto nada disso que tenho que fazer, mas pelo que percebi a pessoa que sua filha menos precisa nesse momento é assenhora...
Amelina: Se eu imaginasse que a Bruna iria fazer isso com minha filha teria impedido esta amizade. Desde criança a Bruna deve ter tentando aliciar Antonela até que ela veio ceder nesta altura, mas minha filha é normal!
Gabriela já se irritando: Bruna e eu também somos normais, assim como sua filha também é, porque o fato de ser homossexual não faz de ninguém anormal dona Amelina, agora sossegue ai, porque eu não vou deixar que interrompa a conversa delas. (No quarto, Bruna olhava com carinho para Antonela, tentando responder a sua pergunta).
Bruna, fazendo carinho na amiga disse: Todos nós erramos Antonela, sem exceções, em alguma coisa somos falhos, não vou passar a mão na sua cabeça dizendo que você não cometeu equívocos, você sabe o que fez, mas meu anjo você amou e sinceramente o maior erro que você comete é desistir desse amor... Não se julgue muito menos se condene, se avalie, eu não tenho direito, nem ninguém tem de te julgar pelos teus sentimentos.
Antonela: Mas eu já tomei minha decisão Bruna, vou continuar levando a vida dentro padrões que eu tenho e vou fazer a minha garota (Chorou lembrando) Vou fazer Mayara acreditar que não a amo, mesmo que isso custe minha felicidade, não quero o estigma de sapatão. (Bruna a olhava incrédula, o que podia fazer fez, deu seu apoio de amiga e estava ali para o que Antonela precisasse).
Julia estava revoltado com o que Mayara havia lhe falado.
Julia, irada: Como essa vaca te fala tanta besteira May, que tipo de monstro essa criatura é? Mayara o doido do Marcos podia ter te feito coisa pior, além de bater, que escroto, que ódio dele também, mas a culpa também disso é dela por ter te deixado só num lugar que você se quer conhecia Mayara...
Mayara chorava a tristeza que sentia lhe doía na alma: Ela ficou irreconhecível Julinha quando a mãe dela apareceu, acho que foi mais o medo também que ela teve, ela me ama sim Julia, não é possível que seja tão fingida.
Julia, revoltada: Não acredito que você pense assim depois de tudo May... Quer saber eu vou falar com ela, eu vou esfregar umas boas verdades na cara daquela (mediu as palavras) daquela mulher sem coração. (Abraçou Mayara tentando consola-la).
No dia seguinte pela manhã, Teodoro conversava com Antonela no escritório da casa da filha.
Teodoro: Filha, eu não concordo com sua decisão, A Mayara estava péssima meu anjo, e sofria tanto, se vocês se amam não há motivos para se separem.
Antonela triste, mas segura de si: Eu não suportaria viver essa vida, essa coisa de todo mundo te olhar como se você fosse uma aberração, conviver com a marca de ser sapatão. Não quero isso pra mim!
Teodoro: Prefere o Gustavo? Prefere-o, a mulher que você ama?
Antonela: Queria ela pai, mas não sou capaz de assumir tudo que vem em consequência, e chega disso, minha vida vai continuar dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade.
Teodoro: Ela estava machucada quando a encontrei...
Antonela preocupa-se: Machucada? Machucada como pai? O que houve com ela em? Eu sabia que não devia ter deixado ela ali sozinha, não conhecia aquele lugar...
Teodoro: Não sei exatamente o que houve, mas percebi que ela estava machucada.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
lucy
Em: 14/10/2015
essa ton ton é doida só pode,tudo bem estar confusa ....ter medo normal,mas.ela.é adulta resolvida.financeiramente aff até parece criança rs....ela vai dar um.jeito.de.perder a May ou ter trabalho.pra retornar com ela.pois quando se.decidir talvez seja.muuuito tarde ou não.,... May pode.conhecer outro.alguém.... que a faça feliz. ou tente ao.menos.pois
seu coração embora magoado já é de ton ton ....bjs
xau fuiiiiiiiii
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]