Antonela decidiu ir à empresa a tarde, antes mesmo de entrar na sala, Julia a aguardava na antessala que Adriana estava.

Antonela passava direto, sem cumprimentar Adriana não tinha visto Julia, foi quando Julia disse: Demorou, mas apareceu... (Julia tinha ódio nos olhos).

Antonela, surpresa: Julia?! O que você faz aqui?

Julia falava alto com ódio: Vim olhar para cara da mulher mais sínica e dissimulada que já tive o terrível desprazer de conhecer... (Antonela percebeu que Julia armaria um escândalo para defender Mayara, e viu como Adriana e outros funcionários que estavam próximos olhavam atenta a criatura que se atrevia a vociferar daquela forma a “fera mais temida que um dragão”).

Antonela, tentando manter a frieza: Acompanhe-me até minha sala!

Julia, nem ai: Claro, até porque ninguém ia gostar muito do que você apronta né dona Antonela (falava carregada de irônia, mas seguiu Antonela e lá se trancaram na sala).

Antonela: Olha aqui Julia, eu não sei o que Mayara te falou, mas você não tem o direito de chegar à minha empresa e se dirigir a mim dessa maneira, ainda mais diante de meus funcionários.

Julia com deboche: Até porque só é com isso que você se importa né, com o que vão achar sua descarada! Você é um monstro, como pode usar dos sentimentos de uma garota como a Mayara, a May é o ser mais incrível que há no mundo. Como ela foi amar justo uma serpente como você! Só te digo uma coisa, você não vai fazer da May seu brinquedo pra usar como te aprouver.

Antonela, já nervosa com todas aquelas palavras: Não é assim tão simples como você fala Julia...

Julia grita: Que se dane! Se você não quer a May, não a usa, ela não merece, se você não tem sensibilidade pra compreender os sentimentos de uma menina pura como ela, deixa em paz. Parece que você quer destruir a quem a vida já detonou. Você tá avisada! (Julia sai, deixando uma Antonela aturdida, não esperava ouvir tudo aquilo, sentou-se refletindo).

No dia seguinte, umas 22 horas, Mayara saia da faculdade quando foi abordada por Antonela, a mulher mais velha a arrastou até o carro...

Mayara, revoltada: Mas o que você pensa que eu sou hein?

Antonela diz: Cala a boca! (E toma seus lábios com urgência, beijaram-se com pressa, com saudade, um beijo sôfrego, até que Mayara se afastou bruscamente, Antonela estava certo que aquela garota era o amor de sua vida e que nunca amaria ninguém daquela forma).

Mayara, aturdida pelo beijo: Você tá louca? Acha que é assim? Que foi isso?

Antonela demostrando uma falta de sentimento que não tinha disse: Vim confirmar que não sinto nada por você! Que me diverti que foi gostosinho, mas que passou.

Mayara encheu os olhos de lagrimas, seu lábio sangrava um pouco, devido ao corte das tapas que sofreu de Marcos, e o beijo apressado de Antonela abriu o corte, ela disse: Veio me dizer isso? Não acredito que seja assim tão superficial. Você gostava de mim Antonela, dos nossos momentos juntas, te fazia bem também... (Antonela percebeu que o pescoço de Mayara tinha marca rochas do que pareciam ser dedos, olhando melhor viu que os pulsos, o lábio e estavam machucados) Porque você não larga tudo isso e fica comigo? Eu te amo, dedicaria minha vida pela tua felicidade, eu sei que nós não estamos no mesmo nível social, mas eu tô crescendo na minha profissão, e juntas somos capazes com a força do nosso amor de superar qualquer desafio e preconceito. (Antonela sentiu uma emoção nas palavras de sua garota, viu toda verdade que de suas palavras olhando em seus olhos, viu como estava sofrendo, viu que o amor que Mayara lhe dedicava era único, sublime. Isso abalou Antonela, era amada e amava na mesma medida, mas já havia tomado uma decisão e não iria voltar atrás).

Antonela, com uma frieza anormal: Você é muito ingênua mesmo garota, esquece isso de nós nos amamos... Esquece-me. Já falei pra você que jamais admitiria uma relação dessas, as pessoas não compreendem, acham nojento! (As lagrimas escorriam sem controle do rosto de Mayara).

Mayara, desacreditada: Como você pode dizer isso Antonela? O que nós fizemos foi amor, o maior de todos os sentimentos.

Antonela, mantendo o tom: Não chore assim, nós fizemos sex*, minha mãe acha que o que fizemos foi asqueroso, e não é apenas ela que pensa assim, a maioria pensa assim.

Mayara, a olhou decepcionada: Pensar que eu ainda te amo, apesar dessas coisas horríveis que você fala. Tudo bem Antonela, chega, eu já entendi que pra você é totalmente diferente do que foi pra mim, e ninguém pode viver sozinho uma história que é para dois. (Mayara abriu a porta do carro) Adeus! (Ia saindo quando Antonela segurou seu braço, a olhou com toda sinceridade de seu amor, revelando que tudo foi dito da boca pra fora, queria que Mayara entendesse, mas não foi capaz de dizer nada, Mayara teve esperança de ouvir Antonela dizer algo, mas ela só a olhava e sua decepção não a deixava enxergar o que os olhos da mulher mais velha expressavam, queria sumir dali e nunca mais ter que olhar Antonela).

Antonela falou como quem quer cuidar: eu te deixo em casa!

Mayara responde seca: Não precisa, vou de ônibus (Saiu e Antonela viu quando Mayara pegou o ônibus e foi embora, só então se permitiu chorar e o fez com dor e desespero, sentia que tinha com suas próprias palavras afastado sua garota para sempre, sentia uma dor sobre humana).

Dias depois... Mayara e Clarisse saiam juntas da Gurgel Marques conversando amenidades quando foram abordadas por Gustavo.

Com cara de sínico: Oi meninas! Lindas sempre e cada vez mais (riu, elas se entreolharam desconfiadas, Gustavo já tinha feito isso antes naquela semana, mas abordando apenas Mayara) Então Mayara, pensou na minha proposta?

Clarisse olhou Mayara espantada: Que proposta?

Mayara tentando não dar importância: Nada importante Clarisse, eu mal conheço esse homem...

Gustavo: Quer isso lindinha, a gente quase...

Mayara com raiva, se descontrolando: Você quase abusou de mim! Desgraçado, some da minha vida!

Clarisse: Acho que você ouviu (Olhando para Gustavo) Sua presença não agrada a nenhuma de nós.

Gustavo: Sabe o que é poderosa, queria que você e sua ninfetinha viessem conhecer o verdadeiro prazer, o que só um homem pode proporcionar, e aqui estou me oferecendo para tal ato.

Clarisse, horrorizado com o comentário: Como é que é?

Fim do capítulo