Capítulo 32
Meu corpo que estava todo dolorido agora estava extasiado, fui sentindo uma moleza e um sono e antes que eu apagasse de vez para o sono profundo e eterno ouço a voz da Beatriz cada vez mais longe.
-- Nãããão. Nat, fica comigo, não me deixa. – ela dizia balançando o meu corpo
Eu travava ali uma luta contar a morte. Fazia de tudo para não ir. Mas era em vão, eu sentia que estava sendo puxada e não podia fazer nada para evitar, era o fim.
-- Bia, querida, ela já se foi. – minha mãe disse em soluços
Eu ainda estava ali, meu corpo começou a doer de novo, eu começava a sentir minhas mãos e com muito custo mexi a mão.
-- Nat, fala comigo, você esta ai? – Bia falava desesperada
Juntei todas as minhas forças que ainda me restavam e consegui emiti algum som.
-- Bia. – eu disse com esforço
-- Não é possível. – os médicos falavam religando meus aparelho e notando que eu já não estava mais no coma.
-- Nat, eu sabia que você não me deixaria. – Bia disse me abraçando
-- Eu sabia que você ia dar um jeito Nat, sabia que estava ai o tempo todo. – A Dani disse segurando a minha mão
Eu não tinha muita força mas segurei a mão da Dani para lhe dar um sinal de segurança. Que tudo estava bem agora.
-- Meninas, vocês tem que sai agora, temos que fazer alguns exames, isso é uma coisa extraordinária e inédita aqui, nunca vimos nada parecido. - médica
Todos saíram do quarto e ficou meu pai e mais um médico ali me examinando.
-- Ow minha querida, quase te deixamos ir. Que bom que você esta bem! – meu pai disse chorando
CAMILA
A deixei sozinha no quarto. Naquela noite fiquei no hospital dando apoio a família a Beatriz e a Dani. No outro dia todos já estavam ali para a hora do desligamento. Era quase meu dia e eu fui ao quarto e a Beatriz estava la, inconsolável e tentei confortá-la, mesmo sabendo que nessa hora não existe conforto que mude a situação.
Logo depois todos chegaram para o momento que todos temíamos.
A ultimas palavras eram ditas e em fim desligaram os aparelhos e o desespero da Beatriz comoveu a todos.
Ela abraçou a Natalia e gritava “- Nãããão. Nat, fica comigo, não me deixa.”
Todos ali comovidos mas então notei que alguma coisa estava diferente
A Natalia havia se mexido, e ainda chamou pela Beatriz. Eu não podia acreditar no que estava vendo.
- - Meninas, vocês tem que sai agora, temos que fazer alguns exames, isso é uma coisa extraordinária e inédita aqui, nunca vimos nada parecido. - médica
Todos saíram do quarto e realizamos alguns exames nela e sua melhora nos surpreendeu e constatamos que foi devido ao tratamento que eu tinha aplicado nela. Minha felicidadwe nem cabia em mim.
-- Drª Camila, a senhorita fez um ótimo trabalho aqui. Tenho muito orgulho em ter você na equipe de médicos desses hospital, hoje você fez uma grande descoberta, um tratamento que nunca antes tinha sido testado em humanos, você conseguiu tirar uma garota de um coma grave. – chefe
-- É muito gratificante tudo isso. Eu queria muito salvar a vida dessa garota e é muito bom saber que consegui. – eu
-- É isso que admiro em você. Outros médicos iriam encarar isso como um grande passo para sua carreira, uma descoberta dessas é algo extraordinário e você se preocupou somente no bem estar da paciente. Você fará a diferença na medicina Drª Camila, meus parabéns e nunca mude isso em você.
Fiquei toda boba né, ouvir isso do seu chefe não é todo dia que acontece.
Terminamos os exames e a levamos para o quarto.
Fui pra casa da Renata e ela ficou muito feliz com o que aconteceu e saímos pra comemorar.
NATÁLIA
Depois de vários exames me deixaram sozinha no quarto e eu dormi
Quando acordei a Dani estava no quarto, já era noite e ela estava dormindo sentada na cadeira ao meu lado.
Sua mão segurava a minha sobre a cama. Eu já estava mais forte, já conseguia a abrir os olhos. Olhei em volta, era um quarto grande, com vários aparelhos e varias flores espalhadas pelo quarto.
Olhei pra Dani e ela tinha uma aparência cansada, fiquei ali zelando seu sono e comecei a fazer carinho em sua mão e ela despertou.
-- Nat – ela disse meio sonolenta e me abraçou
-- ai – eu disse baixinho por que ela me abraçou e meu corpo ainda estava dolorido
-- Me desculpe, eu não sabia que você ainda sentia dores. Nat, que susto você nos deu, por um segundo achei que iria te perder mesmo. – Dani
-- E você acha que iria se livrar de mim assim tão fácil? – eu
-- Graças a Deus não, quero você ao meu lado por muito tempo ainda. – Dani
-- Nat, me perdoa? – Dani
-- Não tem nada pra ser perdoado sua boba. – eu
-- Tem sim Nat, a culpa disso tudo é minha. – Dani
-- Eu ouvi quando você veio aqui falar comigo. – eu
-- Eu sabia que você podia ouvir. – Dani
-- E tinha razão, e você não tem culpa de nada Dani, nunca mais pense de maneira nenhuma que você tem culpa de alguma coisa relacionada a isso. Eu quis sair daquela praia, eu sai do carro depois da batida, a culpa e minha. – eu
-- Eu tive tanto medo Nat, não consegui vir até aqui por meses. Tinha pesadelos horríveis, mesmo não sendo muito religiosa eu até rezei por você. Não aceitaria te perder. – Dani
-- Não tem problema Dani, deve ter sido um susto mesmo, mas agora vai ficar tudo bem. – eu
-- E como você se sente? – Dani
-- Eu sinto meu corpo dolorido ainda, mas estou me recuperando. – eu
-- Que bom, logo logo você volta pra casa. – Dani
-- Dani, a Bia esta ai? – eu
-- São 4 horas da manha Nat, ela foi pra casa dormir, mas ela sempre vem aqui todos os dias, desde o dia do acidente, algumas noites ela dormia aqui com você, mas hoje eu quis ficar. – Dani
-- Ela veio todos os dias? – eu
-- Pois é, depois do acidente ela ficou apavorada, ela viu tudo Nat, você sendo atropelada, ser jogada a metros de distancia, pra ela e pra qualquer pessoa isso é um trauma enorme, ela trancou a faculdade pra ficar com você todo dia. Ela é muito especial Nat. – Dani
-- É mesmo, eu preciso falar com ela, falar tudo que eu quero desde aquele dia, espero 5 meses pra falar tudo Dani. – eu
-- Eu sei, daqui a pouco amanhece e ela já chega aqui. – Dani
Ficamos conversando por horas, a Dani me contando como tinha sido esses 5 meses, como tudo aconteceu e fomos interrompidas pela porta do quarto se abrindo.
Era a Beatriz com o sorriso mais lindo do mundo estampado em seu rosto.
-- Você já acordou! – ela disse vindo em minha direção
-- Bem, eu vou sair pra tomar um café, vocês tem muito que conversar. Depois eu volto Nat. – A Dani disse me dando um beijo na testa
Fim do capítulo
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