Capítulo 33
A Beatriz estava parada ao meu lado com um sorriso largo.
-- Não vai me dar nem um abraço? – eu
-- Claro que sim. – ela disse me dando um abraço com todo cuidado
-- Como você se sente? - Bia
-- Melhor agora. – eu
Ela ficou em silencio, parecia querer dizer algo.
-- Eu não vou mais aguentar esperar, eu preciso falar. Nat, me desculpa por ter mentido pra você, estou a 5 meses me martirizando por saber que você estava daquele jeito e ainda brava comigo. – Bia
-- Bia, você errou, mas quem não erra? Eu mesma vacilei muito com você, mas você sempre me perdoou e não tem por que eu fica brava com você agora. – eu
-- Eu tinha medo de você não querer mais ficar comigo por eu não ser quem você achava que eu sou. – Bia
-- Com tudo isso que aconteceu eu me toquei de muitas coisas, que eu poderia morrer e não deixar nada de bom no mundo, nenhuma lembrança boa, nenhum amor, e eu não quero mais correr o risco disso acontecer. Bia, no dia do acidente eu estava atrás de você, queria falar tanta coisa, quando te vi no meio daquele gente, senti uma paz enorme, mas não tive tempo de falar tudo que eu queria. – eu
-- Você não imagina o quanto foi terrível te ver sendo lançada a metros de distancia Nat, eu entrei em desespero, me culpando por não ter chego a tempo de te tirar daquela situação. – Bia
-- Hey, ninguém tem culpa de nada ta bom? Já passou, mas eu ainda preciso te dizer algumas coisas.
-- Eu sei que não sou a pessoa perfeita que você merece, sei que tenho muitos defeitos, mas eu estou disposta a criar qualidades e te conquistar todos os dias de uma maneira diferente, desde que te conheci você virou minha vida de cabeça pra baixo, eu não dormia mais direito pensando em você, não entendia por que uma garota conseguia fazer isso comigo, mas sabia que você era mais do que só uma garota, eu queria estar com você, mas meu jeito me impedia de viver isso. Mas naquele dia do acidente eu pude ver que é você Bia, você que me faz feliz, você que me leva as nuvens só com um sorriso, e eu sei que foi você que me trouxe de volta. Seu abraço, seu perfume perto de mim me fizeram despertar. Você é o meu anjo Bia. – eu
Ela já chorava, me abraçou e ficamos abraçadas por alguns minutos.
-- Isso parece um sonho que eu venho fantasiando a meses, você falando essas coisas pra mim. E sobre o que eu disse algumas vezes pra você. Que você era uma garota fútil, sem sentimentos e outras coisas. Eu estava completamente enganada. Você é uma pessoa maravilhosa, do seu jeito, mas tem seu encanto próprio. Eu quero estar do seu lado pra sempre Nat.
Ela foi se aproximando e selamos nossa reconciliação com um beijo maravilhoso, e vindo da Bia não tinha como não ser.
Fomos interrompidas com alguém na porta.
-- Olá, soube que uma dorminhoca aqui do hospital tinha acordado e vim conhecê-la.
-- Nat, essa é a Drª Camila. Ela te salvou quando você chegou aqui. É uma longa história, mas se você esta aqui falando conosco hoje, é por causa dela. – Bia
-- É um grande prazer em te conhecer então Drª Camila, minha heroína.
-- O prazer foi todo meu Natália. Bem, os seus exames estão muito bons, sua recuperação esta indo muito bem. É muito bom saber que todo o esforço pra te trazer de volta valeu a pena, você nos deu um susto garota, mas esta aqui agora. – Drª Camila
-- Nem sei como lhe agradecer Drª. – eu
-- Me agradeça sendo muito feliz e cuide muito bem da Beatriz, ela é uma pessoa muito especial. – Drª
Pelo visto a Bia tinha conversado bastante com ela e já deveria saber da gente.
-- Com certeza vou cuidar muito bem dela, e agora ninguém mais tira ela de mim.
-- Muito bem, agora eu vou deixa-las conversar. Até mais.
-- Até. – eu
-- Licença meninas, mas Nat, seus pais estão ai fora, achei melhor vir falar pra evitar que eles vissem alguma coisa. – Dani
-- Obrigada Dani, peça pra eles entrarem, estou morrendo de saudade deles. – eu
Eles entraram quando minha mãe me viu acordada já começou a chorar.
-- Com licença, vou deixar vocês conversarem. – Bia disse saindo do quarto
Meus pais se sentaram na beirada da minha cama e visivelmente emocionada minha mãe falava.
-- Minha queria, quase cometemos um grande engano. É um milagre você estar aqui, tive tanto medo de te perder minha filha. – mãe
-- Ow mãe, não foi dessa vez que vocês se livraram de mim, ainda vou incomodar vocês por muito tempo. – eu
-- Como você se sente querida? Se lembra como foi o acidente? Lembra de alguma coisa? – pai
-- Lembro vagamente do acidente, só daquele amontoado de carros e pessoas feridas e quando sai do carro um vir em minha direção. – eu
-- Você ficou bastante tempo aqui querida, foi um acidente bem feio. – mãe
-- Não sei se vocês vão acreditar em mim, mas eu estava aqui nos últimos dias, conseguia ouvir vocês conversarem, tentava fazer algum sinal, mas não conseguia me mover, foi horrível saber que desligariam os aparelhos que me mantinham viva sendo que eu estava ali. Mas ainda bem que deu tudo certo. – eu
-- Nossa querida, deve ter sido horrível pra você, a Drª Camila nos falou que tinha começado um tratamento experimental e que ele demoraria pra surtir efeito e realmente funcionou e quase deixamos você ir, não acredito. – pai
-- Sério? Essa médica deve ser muito boa mesmo então. Mas quando eu vou sair daqui? – eu
-- Você terá que fazer alguns exames e creio que em uma semana já possa ir pra casa. – pai
-- Ótimo, por que usar essas camisolas bregas de hospital nem rola né. – eu
Meus pais riram do meu incomodo incomum e tocaram em um assunto que me surpreendeu.
-- Querida, eu sei que esse não é o momento para conversarmos sobre isso, mas uma coisa nos chamou atenção. – mãe
-- O que houve? – eu
-- Em todo o tempo que você esteve aqui a Beatriz não saia do seu lado, a via chorando sobre você varias vezes e a reação dela no momento que seus aparelhos foram desligados foi inesperada, fato que todos estávamos muito tristes, mas ela estava desesperada como se tivesse perdendo o amor de sua vida. – mãe
Eu não sabia o que falar, sabia que teria que ter essa conversa com eles mais cedo ou mais tarde, então que fosse agora.
Fim do capítulo
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