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Palavras: 2082
Acessos: 2740   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

Música do capítulo - Menina mulher da pele preta - Jorge Ben Jor

Capítulo 4 - Meus olhos são verdes

Ela sorriu e senti aquela dor de novo, fiz uma careta e senti meu corpo ficar tenso imediatamente. Todos os problemas causados por Pierre sumiram levando minha determinação para resolvê-los com eles. A vida pareceu maravilhosamente arruinada. Nunca estive tão dividida. Queria que Eduarda me salvasse, mas também queria que nunca mais aparecesse e deixasse Maria Luiza ali. Me concentrei em respirar e grudei os olhos na professora de matemática. Com a visão periférica, vi Luiza pegar um caderno e copiar a matéria. Fiz o mesmo e permanecemos em silêncio. A professora explicou e no fim da aula nos passou alguns exercícios de fixação, questões de vestibular. Maria Luiza estava linda com a testa franzida de preocupação, tentando resolver uma equação de segundo grau. Olhei seu caderno.

 

 

 

-- Você precisa mudar o sinal quando trocar de lado. Faz isso e vê se consegue achar o resultado. -- Ela me olhou, fez o que eu disse e sorriu agradecida.

 

 

-- Obrigada! -- Ela disse e piscou pra mim com um olho. Sorri descontraida pela primeira vez depois de conhecer Maria Luiza. Possivelmente pela primeira vez na vida. Parei de sorrir porque me dei conta da dimensão da minha infelicidade. Pierre me roubou muitas coisas que arrancarei de volta.

-- Não sei se voce lembra, mas perguntou meu nome e não disse o seu.

 

 

-- Voce não perguntou, uai. -- Respondi ainda com algo que acho que posso chamar de bom humor. Maria Luiza soltou uma risadinha gostosa.

 

 

 

-- Alice Bittencourt? -- A professora nos interrompeu com a chamada.

 

 

 

-- Presente. -- Respondi e depois acrescentei mais baixo só para Maria Luiza. -- Pronto! A curiosidade não matou a gata. -- Ela me olhou de jeito meio encabulado pela brincadeira que fiz,  passando a mão nos cabelos e parando no pescoço. Fazia sinal positivo com a cabeça.

 

 

 

A aula acabou e depois do rápido intervalo teríamos aula de história. Eduarda entrou desanimada na sala. Veio andando em minha direção sem nem notar minha mais nova aluna de matemática ao meu lado resolvendo umas questões do seu jeitinho compenetrado. Quando percebeu, colocou suas coisas na cadeira de trás ao lado de Amanda que dormia despreocupadamente. Duda não conseguia esconder a curiosidade. Quando ela ia abrir a boca, Maria Luiza tocou a minha perna e apesar do maldito jeans, fui puxada pra outra dimensão. Me retraí.

 

-- Alice, pra que lado é o banheiro? -- Se notou minha reação, nada demonstrou.

 

 

-- Saindo da sala é só virar a esquerda, segue em frente e é a primeira porta a direita. Você não vai demorar a achar. Depois vem logo porque temos aula de história, ta bom? -- Respondi tocando a mão dela que estava na minha perna. Eu estava oficialmente flertando com ela. Se Luiza percebeu mais uma vez não expressou reação. Não demorou mais que um segundo depois que ela saiu pra Duda sentar do meu lado com os olhos curiosos já livres de todo sono que tinham ao chegar.

 

 

--Alice do céu, essa é a menina que perguntou se eu conhecia? Quer dizer que a senhora é do babado? Aloka, acho tendência! -- Revirei os olhos para ela, mas confesso que foi dificil nao sorrir com o jeito dela.

 

 

-- Calma, respira. Vamos lá, pra início de conversa meu sobrenome é Bittencourt, infelizmente. Depois sim, essa é a menina, obrigada pela ajuda, anyway. Sou mais do jeans que do babado, acho tudo com babado hiper brega. E pra terminar, pode me explicar quando você engoliu um homossexual adolescente e onde ele se esconde nesse corpo magro? -- Falei no meu costumeiro sarcasmo matinal. Ele só poupava Luiza.

 

 

 

-- Nossa, notei que o bom humor só contempla a novata. Pra nós a boa e velha Bit! Enfim, o homossexual adolescente que tenho que engolir é o chato do meu irmão! -- Como sempre meu azedume rotineiro não afetou Eduarda que estava sempre animada para tentar me arrastar do meu casulo.

 

 

 

Olhei para a porta e Maria Luiza entrava na sala e um pouco depois entrou a professora de história. Luiza tinha aquele seu andar cansado do outro dia, seu olhar quando cruzava com o meu ainda me dava calafrios. Eu precisava me manter atenta pra nao dar bandeira olhando pra ela descaradamente. Lembrei do que tinha acontecido na festa. Eu nao estava nem um pouco encabulada, nem ela parecia estar.

 

 

 

A professora pediu para que os trabalhos fossem deixados em sua mesa e chamou Maria Luiza pra conversar sobre o trabalho e lhe dar um prazo para fazê-lo. Luiza pegou meu trabalho disposta a entrega-lo para mim e se levantou. Minutos depois se sentou ao meu lado comentando.

 

 

-- Tenho até até a próxima aula para entregar o trabalho. Ainda tenho que ver onde vou arrumar esse filme e recuperar a matéria desse semestre todo. -- A voz demonstrava enfado e um pedido de ajuda pairava nas entrelinhas.

 

 

Pensei um tempo pensando sobre o que fazer sobre Maria Luiza. Abri o caderno e fingi ler qualquer coisa enquanto pensava. Maria Luiza estava me dando sinais? Bom, ela agiu como se quisesse me conhecer no bar, depois fiquei chapada e tive a brilhante ideia de me agarrar com Matheus na frente dela e agora ela senta ao meu lado, parecendo uma pessoa completamente diferente. Não era a mesma menina de sexta à noite. Não parecia aquela ninfomaníaca super segura de si. Acredite em mim, olhando-a assim de perfil, ela parecia uma garota tão normal. Mas tinha algo errado com o olhar. Parecia que o olhar dela me alertava, tentava me repelir. Mas deliberadamente ignoro esses avisos. Eu quero as sensações, quero Maria Luiza.

 

 

-- Luiza? -- Toquei seu braço e senti uma queimação na hora. Não só na mão. Ela desviou os olhos da professora e me encarou daquele jeito. Meu corpo se inclinou um pouquinho pra trás e eu fechei meus dedos em torno de seu braço, resistindo. -- Eu posso te ajudar. Posso reunir umas coisas e te passar a matéria. -- As palavras saíram meio apressadas porque seu olhar parecia me repelir com força total.

 

 

 

-- Sério, Alice? Seria ótimo. Não posso perder o ano de novo. -- Não pude notar um leve desinteresse na sua voz. Não sei porque, mas me pareceu proposital. Fiquei com o pé atrás.

 

 

-- Verei o que posso fazer então. Você pode me dá licença? -- Disse num tom tão ríspido que surpreendi não só a Maria Luiza como a mim mesma. Ela deu espaço e só quando se mexeu notei que não havia soltado seu braço. Isso, por algum motivo, me irritou profundamente. Minhas reações diante de Maria Luiza me irritaravam, inclusive essa. Levantei e saí da sala sem falar nada com ninguém, nem com a professora. Fui até o banheiro e lavei o rosto, mas isso só me lembrou de Maria Luiza. Como num deja vu, quando levantei os olhos ela estava atrás de mim, me olhando.

 

-- Você é ninfomaníaca? -- Bom, na minha cabeça essa pergunta fez sentido. Agora que saiu, pareceu uma imbecilidade imensurável. Mas Maria Luiza gargalhou entendendo o motivo da minha pergunta.

 

-- Olha, Alice, baseando-me naquele dia eu poderia te fazer a mesma pergunta, né? -- Andei até as toalhas de papel e sequei as mãos. Me virei para ela bastante cansada, mas fiz questão de tentar disfarçar.

 

-- Não estou dizendo que sou a Madre Teresa de Calcutá, mas né. .. --Deixei a frase no ar. -- O que quer, Luiza? -- Perguntei de uma vez sem rodeios.

 

 Ela me respondeu também sem rodeios, me puxou pra um abraço tão apertado que me sufocou o suficiente para que eu pudesse respirar de verdade pela primeira vez na vida. Meus braços ficaram estendidos ao lado do meu corpo por um tempo, mas logo depois envolvi a cintura dela, puxando-a pra mim. Minha cabeça tava enterrada na voltinha do seu pescoço e ficamos assim por um tempo.  A camisa dela estava molhada, mas não me incomodou. Afastei meu rosto dela e percebi que eu estava chorando e minhas lágrimas que molharam o uniforme dela. Me afastei completamente envergonhada e Maria Luiza perguntou:

 

 

 

-- Quer sair daqui? -- Fiz que sim com a cabeça. E ela completou: -- Me espera lá na porta que vou pegar nossas coisas. -- Vi Maria Luiza se afastar, achando lindo o uniforme grande nela, batendo quase na coxa, sua calça jeans apertada e o all star vermelho. Apesar das normas da escola não tive dúvidas de que ela me tiraria dali.

 

 

 

Depois de ficar uns minutos perto do portão da escola, vejo Maria Luiza vindo apressada ao meu encontro com nossas mochilas. Engraçado como em todo o tempo que esperei não pensei em nada e isso era inédito. Luiza comentou algo com o porteiro e saímos da escola. Ela atravessou a rua e destravou um carro, me surpreendendo. Abriu a porta do carona pra mim e fechou com cuidado quando entrei. E depois colocou nossas coisas no banco de trás e entrou no carro.

 

 

-- Você já dirige? -- Perguntei surpresa.

 

 

-- Fiz 18 ano passado. Onde você mora? Preciso te deixar em casa, para todos os efeitos você passou muito mal. A escola pode ligar pra sua casa. -- Fiz uma careta e expliquei como se chegava no meu apartamento.

 

 

Chegamos rapidamente, mas eu não queria sair de perto dela. Quando ia descer do carro, Luiza me diz:

 

-- Podemos começar a estudar hoje? -- Respirei aliviada e fiz sinal positivo.

 

 

 

-- Traz o violão. -- Ela não pareceu surpresa com minha referência ao instrumento na parte do carro.

 

 

Descemos do carro e ela pegou as mochilas e o violão. Dei uma risada alta quando a ouvi resmungar: "Não, não preciso de ajuda. Obrigada!"

 

 

Fui na frente abrindo portas e chamando o elevador. Quando chegamos ao andar, abri a porta e dei espaço para que ela entrasse. Fomos direto para o meu quarto. Pedi para que ela esperasse eu tomar um banho rápido e a deixei sentada na cadeira em frente a mesinha do computador olhando meu caderno.

 

 

Voltei realmente rápido com uma camiseta branca e um short jeans que estavam no banheiro. Sorri de lado com seus olhos em minhas pernas. Já ia ligar o som como de costume, mas lembrei do violão. Entreguei a Maria Luiza sem dizer nada, me sentando na cama de frente pra ela.

 

 

Ela também nada disse, pegou uma palheta na mochila e sem hesitar começou a cantar me olhando nos olhos.  

 

 

"Essa menina mulher da pele preta,
Dos olhos azuis, do sorriso branco
Não está me deixando dormir sossegado.
Será que ela não sabe que eu fico acordado.
Pensando nela todo dia, toda hora
Passando pela minha janela todo dia, toda hora
Sabendo que eu fico a olhar
com malícia.
A sua pele preta
com malícia.
Seus olhos azuis
com malícia
Seu sorriso branco
com malícia.
Seu corpo todo enfim,
com malícia.

Com malícia...

Será que quando, eu fico acordado
Pensando nela, ela pensa um pouco em mim?
Um pouco em mim
Com malícia.
Um pouco em mim
Com malícia.

Um...pouco em mim.
Com malícia.
Essa menina mulher...
Da pele preta
Não está me deixando...
Dormir sossegado."                  

 

 

Como se já não bastasse todas as sensações causadas anteriormente, Maria Luiza me surpreendeu cantando pra mim. Eu não tinha dúvida do que sentia agora, era desejo. Desejo visceral, primitivo. Ela ainda me olhava quando pos o violão de lado.

 

 

Balbuciei algo sobre sentir sede e tentei fugir da cozinha. Num movimento rápido ela estava na minha frente e tudo era Maria Luiza. Suas mãos seguraram minha cintura tão forte que doeu um pouco, mas eu gostei. Me dizia o tempo todo que era desejo, só desejo. Com desejo eu posso lidar, né?

 

 

-- Meus olhos são verdes. -- Disse em resposta a música. Não olhei direto em seus olhos, antes olhei sua boca.

 

 

-- Naquele dia no bar estavam azuis. -- Respondeu me puxando mais para si. Enlacei seu pescoço devagar.

 

 

Sua boca mergulhou na minha.

Fim do capítulo

Notas finais:

E aí, estão gostando? 

Beijos!


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Comentários para 5 - Capítulo 4 - Meus olhos são verdes:
alineyung
alineyung

Em: 17/02/2020

Se elas souberem dar valor elas terão um amor para a vida 

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Sara
Sara

Em: 04/04/2016

Até imaginei a Maria Luiza cantando :) que lindo.

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