Tinha se passado um mês desde o acidente, resolvi que me mudaria para New York, onde faria uma especialização de um ano e meio lá. Minha carta de admissão tinha acabado de chegar hoje logo pela manha, onde me avisaram que me aceitavam e que em duas semanas começa a minha especialização. Tinha conversado com minha mãe e ela ia comigo para NY, tinha pedido dispensa do hospital, agora só avisaria para meus novos amigos. Tinham combinado de jantar no bistrô com eles hoje.

Cheguei ao bistrô no horário combinado, desci do carro, dei um suspiro pesado me lembrando da primeira vez que eu vim aqui. Não podia entrar naquelas lembranças não queria chorar mais uma vez. Respirei fundo e entrei. Logo me levaram para a mesa onde estava reservado, chegando lá Carlos, Vick e a Jess já estavam lá. Dei um beijo em seu rosto e me sentei.

-- Como anda as coisas? – perguntei tomando um gole de vinho.

-- Agora que estou colocando as coisas no eixo na empresa, graças a ajuda de Lilian que vem me ajudando bastante. – disse Carlos com um ar cansado.

-- Lilian vem me surpreendendo bastante também. O resultado do exame que ela mandou fazer saiu semana passada, foi confirmada que Yasmin é mesmo a filha dela.

-- Bem louco isso neh. – falou Jess. – Quando ela falava dessa mulher, era perceptível o ódio dela.

-- Ela sempre a tratou mal, mas eu entendo ela. – falou ele. – Como ela disse uma vez ela fazia lembrar a filha perdida dela, pena que não tiveram tempo de se acertar.

-- Como anda as coisas no hospital Gabi, pelo que fiquei sabendo as obras começaram. – disse Vick sorrindo.

-- Não sei, pra te falar a verdade. – tomei mais um gole do meu vinho.

-- Como assim não sabe? – pergunto Jess surpresa.

-- Já tem umas duas semanas que pedi dispensa dele. Vou me mudar para NY daqui uma semana. – soltei a bomba de uma vez, todos me olhavam perplexos.

-- Como assim? – perguntou Emma.

-- Bem consegui uma bolsa para uma especialização na minha área e ficarei lá um ano e meio. – falei sorrindo.

-- Nossa, fico feliz por você amiga. – disse as meninas me dando um abraço. Ficamos conversando por mais um tempo. O jantar foi agradável e no fim da noite tinha me divertido um pouco. Quando sai do restaurante olhei o céu e vi que começava a se fechar. Dei um sorriso triste me lembrando de quando me encontrei com Yasmin e o tempo estava do mesmo jeito. Balancei a cabeça, não me permitindo entrar naquelas lembranças.  Entrei no carro e segui em direção a minha casa.

 

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O tempo passou bastante rápido. Hoje fazia um ano e três meses que abandonei minha terra natal e aqui estou eu no avião quase desembarcando em Londres. Tinha vindo especialmente para a reinauguração da ala infantil do hospital onde eu trabalhava que seria esse fim de semana. Decidiram colocar o nome em homenagem a Yasmin. Assim que o avião pousou me deu uma nostalgia, uma saudade que cada vez ficava mais insuportável. Assim que fiz check-in avistei alguns amigos que tinha em Londres.

-- Que saudades Gabi. – disse Kate me abraçando assim que me viu, ela tinha tentado algo depois que Yasmin morreu, mas logo cortei e disse que só poderia dar minha amizade para ela, pois meu coração sempre seria de Yasmin. Depois disso ela intendeu e continuamos amigas – Essa aqui é minha namorada Gina. – disse ela me apresentando uma ruiva quase da mesma altura que ela.

-- Prazer em te conhecer Gina, fico feliz por vocês. – disse sorrindo para minha amiga, a gente já ia saindo do aeroporto quando avistei de longe parado numa Ferrari vermelha com uma jaqueta de couro e me lançou um sorriso.

-- Hey Gabi. – disse ele assim que eu tinha chegado mais perto.

-- Como vai Carlos? – perguntei abraçando ele. Depois de tudo que aconteceu eu e ele ficamos bastantes amigos. A gente sempre se confortava, ainda sentimos saudades enormes dela.

-- Vou muito bem e você? – disse ele me olhando, sempre ficava me analisando. Ele tinha adquirido o habito de cuidar de mim. Sempre que ia em NY me ver, me fazia sair um pouco conhecer novas pessoas, mas nenhuma me atraia e continuei sozinha.

-- Vou indo. Preparado para a reabertura da ala infantil? – disse dando um sorriso.

-- Sim, sempre foi o sonho dela ajudar as pessoas. – disse ele com um olhar triste. – Como vai D. Elise? – minha mãe tinha se mudado comigo sempre dizia que não queria deixar eu sozinha, pois seria capaz de eu fazer uma loucura.

-- Bem, dessa vez ela não pode vim ela e Henry foram curtir sua lua de mel. – disse sorrindo pelo menos isso. Minha mãe tinha conhecido alguém por quem se apaixonou e casou outra vez.

-- Queria ter ido mais tinha muitos compromissos na empresa. – disse ele dando um suspiro cansado. Depois da morte de Yasmin ele tinha ficado com a direção dos vários negócios que os dois tinham. -- Vem reservei uma mesa no restaurante de Emma. – disse sorrindo.

-- Vocês vêm? – perguntei me virando para minhas amigas e dando um sorriso.

-- Sim claro. Vamos com o meu carro nos encontramos lá. – disse Kate sorrindo. Abracei-a e entrei no carro do Carlos.

-- Já sabe onde vai ficar? – perguntou ele me olhando.

-- Ficarei na casa da minha irmã. – disse dando um sorriso. – Como vai Lilian faz tempo que não falo com ela. – disse dando um sorriso.

-- Ainda se culpa pelo que aconteceu, mas já está melhor com a possibilidade de ter um netinho ou netinha. – disse ele dando um sorriso.

-- Quem está gravida? – Lilian tinha uma filha e um filho além de Yasmin.

-- Não é de nenhum dos dois. – disse ele com um sorriso misterioso.

-- Não entendi. – disse confusa.

-- Logo intenderá, mas e aí como vai a sua especialização? – percebi que tinha mudado de assunto.

-- Vai bem daqui a três meses me formo, minha mãe quer voltar pra cá afinal quer conviver melhor com o neto. – disse dando um sorriso, minha irmã tinha acabado de ganhar um menino chamado James.

-- Mas e você vem também? – perguntou ele me encarnando.

-- Não sei se estou preparada para voltar Carlos. – disse dando um suspiro pesado.

-- Gabi você não pode ficar assim para sempre, ela não iria quer que você ficasse assim para sempre. Você tem que tentar seguir em frente. – sabia disso mais não me interessava por mais ninguém.

-- Eu sei que ela não queria isso, mas não consigo me desligar dela ainda está tudo vivo em mim. Ela ainda está viva em mim. – disse triste.

-- Eu entendo. – disse pegando minha mão. – Só não quero que você sofra mais Gabi.

-- Eu sei sua preocupação comigo Carlos, mas estou bem assim. – disse forçando um sorriso.

-- Tudo bem. Tenho novidades. – disse ele rindo.

-- O que é posso saber? – perguntei rindo.

-- Vou me casar. – disse ele rindo.

-- Não acredito que finalmente Vick conseguiu esse feito. – disse rindo.

-- Palhaça. Eu quero você como minha madrinha de casamento, o jantar de noivado vai acontecer daqui a três meses em Marselha, na França, afinal a família de Vick e de lá.

-- Vou sim não perderia seu casamento por nada meu amigo. – fomos conversando sobre os preparativos do casamento que ocorreria no fim do ano daqui a oito meses. Chegamos ao restaurante de Emma e logo vimos minhas amigas nos esperando. Entramos e logo nos acomodamos numa mesa.

-- Então já sabe o que vão querer? – perguntaram o garçom. Logo fizemos os pedidos e começamos a botar o papo em dia. Na metade do nosso almoço Emma e Jess apareceram.

-- Estamos chateadas com você senhorita Holmes. – disse Jess assim que se aproximou da mesa.

-- Desculpa não ter vindo para o casamento de vocês, mas eu estava em semana de prova. – disse dando um sorriso.

-- Vou pensar no seu caso. – disse Emma que vinha logo atrás.

-- O que posso fazer para me redimir com vocês? – perguntei sorrindo.

-- Isso depende se você aceitar fazer sex* a três. – disse Jess rindo, fiquei vermelha com o comentário e Emma deu um beliscão no seu braço. – Aí amor isso dói sabia? – disse ela passando o braço no local.

-- Mas é pra doer mesmo. – disse ela com cara brava. -- Agora a senhora é uma mulher casada, então trate de se comportar como tal. – disse ela fingindo de brava.

-- Só estava brincando amor. – disse dando um beijo nela. Sentia falta de estar com meus amigos, não sabia se estava pronta para voltar, tinha vindo para fazer uma experiência antes de aceitar voltar definitivamente para cá. Ofereceram-me o cargo de chefia na ala infantil, mas não tinha dado resposta ainda.

-- Mas já sabe a boa nova? – perguntou Jess sentando com a gente.

-- Que o senhor Carlos vai casar? – perguntei rindo.

-- Sim, não é o máximo o um dos solteirões mais cobiçados da Europa finalmente vai se amarrar. – disse ela rindo.

-- Então é isso que a senhora pensa do casamento? – comecei a rir essas duas não tinha jeito mesmo, sempre uma implicaria com a outra, mas dava pra ver o amor nos olhos uma da outra.

-- Obvio que não amor. – disse ela enchendo a ruiva de carinhos.

-- Acho bom mesmo, senão já sabe. – disse ela com um sorriso zombeteiro.

-- Tudo menos isso amor, aí já é judiação. – disse Jess fazendo carinha de cachorro que caiu da mudança.

-- Continua pra você ver se não vai acontecer isso. – disse a ruiva rindo.

-- Repara não, elas estão cada vez mais doidas. – disse Carlos rindo.

-- Eu percebi. – disse rindo. O almoço seguiu assim num clima descontraído. Quando serviram a sobremesa já tínhamos botado o papo em dia.

-- Então Gabi vai aceitar a oferta do hospital? – perguntou Kate sorrindo, todo mundo parou e olhou pra mim. Não tinha comentado com ninguém ainda.

-- Ainda não sei Kate, mas acho que sim. – disse dando um sorriso forçado.

-- Então você está nos planos de voltar? – perguntou Jess sorrindo.

-- Estou pensando, minha mãe quer voltar para ficar mais perto do neto. Também não tem nada que me prenda lá então acho que eu volto mesmo. – disse dando um sorriso.

-- Que bom assim não tem mais desculpa para não sair com os amigos. – disse Carlos rindo. – Bem o papo está bom mais tenho uma tarde cheia de compromissos na empresa. – disse ele dando um suspiro cansado.

-- Pode ficar tranquilo que vamos levar ela para casa. – disse Kate sorrindo.

-- Nossa, assim me sinto como uma criança que precisa de babá. – disse rindo.

-- Que bom assim podemos treinar com você. – disse Emma rindo.

-- Como assim? – perguntei confusa.

-- Estamos pensando em ter um bebê. – disse Jess feliz.

-- Não acredito. – disse feliz por elas.

-- Ainda estamos planejando tudo, mas esperamos que até o fim do ano para botar o plano em prática. – disse Emma sorrindo. Levantei e abracei-as estava feliz por elas.

-- Pode deixar que vou ser uma excelente madrinha. – disse rindo.

-- Quem disse que será a madrinha? – perguntou a Jess me desafiando.

-- Quem disse que eu não vou ser? – perguntei rindo.

-- Eu. – disse fingindo de brava.

-- Dúvida? – perguntei rindo.

-- Claro. – disse ela rindo, olhei para Emma que ria daquilo tudo.

-- Emma, minha querida eu não vou ser madrinha? – perguntei piscando os olhos para ela.

-- Não tem como dizer não há você com esses olhinhos de cachorro que caiu da mudança. – disse ela apertando minhas bochechas. Ri da cara que Jess fez.

-- Não admito você trapaceou com essa sua cara. – disse ela ficando emburrada.

-- Perdeu, admita. – disse rindo.

-- Nunca. – disse ela colocando a língua pra fora não aguentamos e rimos da infantilidade dela. Realmente sentia falta desses momentos com meus amigos.

-- Bem acho que já vamos. – disse me levantando da mesa. – Nos vemos sábado então? – perguntei sorrindo.

-- Obvio, o buffet será o daqui do restaurante e também não poderíamos deixar de prestigiar o evento da ONG que Yasmin criou para ajudar o próximo. – disse Emma com pesar. Ela fazia muita falta para todos.

-- Bem vamos. – disse Kate se levantando também. Despedimos delas e saímos do bistrô. – Então quer fazer o que? – perguntou sorrindo.

-- Acho que quero ir pra casa da minha irmã estou cansada da viagem e não estou mais acostumada com esse fuso horário. – disse dando um sorriso.

-- Certo te levo até lá. – disse ela, sorri em agradecimento. Entramos no carro dela e seguimos para a casa da minha irmã. Conversamos mais um pouco até parar num condomínio fechado mais afastado de Londres.

-- Bem obrigada por me trazer aqui. – disse sorrindo. – Nos vemos sábado. – disse assim que descemos do carro, abracei-as. – Adorei conhece-la Gina.

-- Bem já vamos ainda tenho que voltar para o hospital. Se cuide Gabi. – disse ela me dando um beijo no rosto e entrando no carro. Acenei um tchau para elas e me virei para a casa da minha irmã. Toquei a campainha e logo ela veio abrir.

-- Gabi que saudades. – disse ela me abraçando. – Por que não me avisou que ia chegar hoje teria buscado você no aeroporto. – disse ela me puxando para dentro.

-- A Kate e o Carlos foram me buscar. – disse dando um sorriso. Logo vi James com Harry. – Como vai Harry? – perguntei dando um beijo na sua face e pegando James.

-- Vou bem e você? – perguntou sorrindo.

-- Também. Nossa ele está enorme. – disse olhando para ele.

-- Ele também é muito custoso parece você. – disse Hanna.

-- Eu ne, sei quem era custosa era você. – disse rindo.

-- Quer almoçar? – perguntou ela.

-- Não obrigada, mas já almocei com as meninas e o Carlos. – disse dando um sorriso para minha irmã.

-- Bem fique à vontade Gabi, amor já vou voltar para o trabalho. – disse ele pegando sua pasta deu um beijo na cabeça de James e um selinho na minha irmã e saiu para o trabalho.

-- Senta, mas me conta como anda as coisas? – perguntou ela se sentando no sofá.

-- Bem, mamãe falou que vai voltar para cá com Henry. – disse sorrindo.

-- Fico tão feliz que mamãe está refazendo a vida dela e ainda mais com Henry que é um cara bacana. – disse ela sorrindo.

-- Também acho. – disse sorrindo.

-- E você Gabi? – perguntou ela.

-- Eu o que? – fiz uma de desentendida.

-- Quando vai refazer sua vida. – disse ela adquirindo um ar mais preocupado.

-- Eu estou bem assim, estou focada no trabalho e ainda mais agora que vou voltar para cá. – disse dando um sorriso.

-- Não acredito que vai voltar. – disse ela vindo me abraçar.

-- Resolvi aceitar a proposta do hospital, quero poder ficar perto da minha família e dos meus amigos. – disse dando um sorriso.

-- Fico feliz por você minha irmã. – disse ela sorrindo. – Depois quero saber mais das novidades, mas agora melhor você tomar um banho e descansar um pouco.

-- Vou aceitar sim. – disse dando um sorriso, entreguei o James para ela e subi em direção ao quarto de hospedes. Tomei um banho, tomei um remédio para dormir e cai na cama, n’ao demorou muito e dormi.

O resto da semana passou rápida na sexta feira recebo uma ligação de Lilian me convidando para jantar na mansão Wood. Aceitei o convite e fui me arrumar, fazia um tempo já que não via Lilian e seria uma ótima oportunidade em revê-la antes de voltar para New York. Arrumei-me e às 20h00min estava entrando no portão dos Wood. Desci do taxi e Lilian já me esperava de fora da casa.

-- Gabi, querida quanto tempo. – disse ela me dando um beijo na face.

-- Como vai Lilian? – disse dando um sorriso.

-- Vou bem e você? – perguntou sorrindo.

-- Bem. – ela me levou para dentro da casa. Não demorou muito e veio um senhor em nossa direção. – Como vai Doutor Robert? – disse sorrindo.

-- Só Robert por favor Gabi. – disse ele me dando um beijo na minha face. – Estou bem e com você? – perguntou ele sorrindo.

-- Bem também. – disse sorrindo. – Cadê o Aaron e a Alexandra? – perguntei dando um sorriso.

-- O Aaron entrou na faculdade vai seguir meus passos com a advocacia. – disse ele todo orgulhoso. – Bem e a Alex está na casa do namorado. – disse ele com um pouco de descontentamento na voz.

-- Robert não aceita ainda o namoro deles. – disse Lilian.

-- Obvio que não, ela ainda é muito nova para namorar, só tem 17 anos. – disse ele com um cara de descontentamento, rimos do comentário.

-- Mas melhor você saber que os dois estão namorando e saber onde ela está do que ela ficar enganando você. – disse em defesa dela.

-- Eu sei, mas até ontem ela era um bebê hoje ela não é mais um. – disse ele dando um suspiro pesado. – Vou ficar velho antes da hora. – rimos do seu comentário.

-- Mas chega de falar deles. – disse Lilian olhando pra mim. – Como vai o mestrado querida? – perguntou ela sorrindo.

-- Vai bem, recebi proposta do hospital para voltar para cá. – disse dando um sorriso.

-- Então vai voltar a morar em Londres? – perguntou ela dando um sorriso.

-- Vou sim. – disse dando um sorriso. – Mas primeiro vou acabar o mestrado e depois eu volto, mas minha mãe vem antes. – disse sorrindo.

-- Sua mãe como vai? – perguntou Robert sorrindo.

-- Vai bem, ainda está em lua de mel com Henry depois vem direto para Londres. Ela diz que quer ficar mais perto do neto. – disse rindo.

-- Falando nele como vai James? – perguntou Lilian sorrindo.

-- Bem, puxou minha irmã bem arteiro. – disse rindo. Conversamos mais um pouco. Tomei um cálice de licor antes do jantar. Logo o jantar foi servido e fomos botando o papo em dia.

-- Bem o jantar estava ótimo, a companhia melhor ainda mais eu tenho muitos processos para analisar, se me dão licença. – disse Robert se levantando da mesa. – Foi um prazer em lhe revê Gabi, espero que volte mais vezes ainda mais que está voltando para Londres. – disse ele me dando um beijo no rosto.

-- Pode deixar que venho mesmo. – disse sorrindo.

-- Boa noite pra vocês. – disse ele se retirando da sala.

-- Vem vamos para sala. – disse Lilian também se levantando acompanhei ela. – Aceita mais um licor? – perguntou ela sorrindo.

-- Não obrigada. – disse sorrindo sempre fui muito fraca para bebida.

-- O Carlos tinha me dito que estava aqui para a reinauguração da ala infantil. – disse ela sorrindo.

-- Sim afinal era um sonho dela. – disse ganhando um ar mais triste, ainda doía muito falar dela.

-- Sabe desde que ela entrou na corporação ela tinha intuito de ajudar o máximo de pessoas que ela pudesse, mas depois que ela saiu ela investiu na ONG para ajudar pessoas a poder ter um futuro melhor. – disse Lilian com um sorriso triste.

-- Ela tinha me falado que sempre quis ajudar as pessoas. – disse apertando sua mão.

-- Sabe não poderia ter ficado mais feliz quando descobri que era ela minha filha perdida. Mesmo que não nos descemos bem, mas ela era uma pessoa de caráter inegável, uma simplicidade, queria fazer o bem para todos. – disse ela com um sorriso.

-- Sim era mesmo. Sinto tanta falta dela. – disse dando um sorriso triste.

-- Eu também, no mesmo dia que descobri que era minha filha eu perdi ela para sempre. –  disse ela limpando uma lagrima que escorria pelo seu rosto. – Mas não é disso que quero falar com você. – disse ela dando um meio sorriso.

-- Pode falar. – disse segurando sua mão.

-- Uns dias pra trás descobrimos uma informação que pode trazer um pedacinho dela de volta. – disse ela dando um sorriso.

-- Como assim? – fiquei confusa.

-- No Bank do vinhedo existia alguns documentos importantes e em um deles fala que ela congelou alguns de seus óvulos numa clínica de reprodução humana em Nova York para poder fazer alguma inseminação mais pra frente. – não podia acreditar.

-- Está me dizendo que ela vai ter um filho? – não podia acreditar que um pedacinho dela ainda estava vivo.

-- Eu sei que se ela ainda tivesse viva escolheria você para ser a mãe dos seus filhos. Por isso quero te fazer um convite. Você quer ser a mãe do filho de Yasmin? Poder trazer um pedacinho dela de volta à vida? – perguntou ela olhando para mim. Eu não podia ser verdade eu mãe de um filho dela, do grande amor da minha vida.

-- Eu não sei o que dizer. – balbuciei estava meio que em choque ainda.

-- Não precisa responder nada ainda. – disse ela dando um sorriso. – Eu sei que peguei você de surpresa. – dei um sorriso já sabia de onde ela tirou falar daquele tanto.

-- Não preciso pensar mais, eu aceito. – disse dando um sorriso.

-- Você deve ter planos ainda mais você que está se formando de novo. – ri quando ela entendeu o que eu falei. – Pera aí, você aceita? – perguntou ela sorrindo.

-- Sim aceito, será uma honra ser a mãe do filho dela. – disse sorrindo. – Mas quero começar o mais rápido possível a inseminação. – disse dando um sorriso.

-- Será tudo do jeito que quiser, vou falar com Robert redigir em contrato assegurando que você será a responsável pela sua criação e claro você será a herdeira de tudo da Yasmin. – disse ela sorrindo.

-- Não quero dinheiro dela, nunca quis. – disse dando um sorriso.

-- Eu sei, mas é o direito da criança. – disse ela sorrindo.

-- Tudo bem, mas será da criança assim que ela completar a maior idade. – disse dando um sorriso.

-- Vai ser do jeito que você quiser. – disse Lilian, me abraçar.

-- O Carlos já sabia disso, não é? – perguntei me lembrando da conversa quando eu o vi assim que eu cheguei a Londres.

-- Sabe sim, ele tinha me dito que obvio que você aceitaria. – disse ela feliz.       -- Só em saber que vou ter um filho dela já me sinto tão feliz. – disse limpando as lagrimas de emoção que cai. – Eu quero começar o mais rápido possível. – disse sorrindo. 

-- Faz assim irei com você para Nova York para começar a preparar tudo para inseminação. – disse Lilian sorrindo. Concordei com ela conversamos mais um pouco sobre isso mal cabia em mim. Eu iria gerar o filho da mulher que eu tanto amava. Já era mais de meia noite quando o motorista de Lilian me deixou na porta da casa da minha irmã. Nem preguei os olhos a noite de tanta empolgação.  Minha vida tinha ganhado outro sentido. Seria a pessoa que traria um pedacinho dela a vida. Mesmo não sendo do jeito que imaginamos eu iria gerar um filho dela. 

Fim do capítulo