Capítulo 14
Todos ali tinham vida, o homem da porta tinha três filhos, sua mulher pensava que todas as noites ele ia trabalhar, Seu nome era Caio. O da frente tinha sido preso duas vezes por assassinato, tinha uma esposa dedicada que tinha esperança de mudar o marido, seu nome era Vitor. O da ponta esquerda era o menos experiente, tinha dezoito anos, fazia faculdade de jornalismo, não tinha dinheiro pra bancar os estudos, se tudo desse certo continuaria os estudos no exterior, seu nome era Felipe. E por fim o da ponta direita, era homossexual assumido, tinha um filho adotivo e seu parceiro nem sonhava que ele vivia essa vida, seu nome era Augusto. Os quatro tinham seus motivos, mas nada, nada justificava o crime. Todos conheceram os delegados por acaso, e em momentos de dificuldade.
***
Na DP
Gabriel e Samuel chegaram primeiro, pois Tereza e Alexia combinaram de tomar café juntas antes de começar no trabalho.
- Cadê a delegada? – Gabriel perguntou a um dos policias.
- Saiu cedo, veio aqui, pegou uns papeis e saiu. Deu ordens para vocês irem a escola, mas antes teriam que investigar um roubo de banco que aconteceu logo cedo – Gabriel achou muito estranho pois eles não investigavam esse tipo de caso.
- Tudo bem Atílio, obrigado – Sorriu, cumprimentou o policial e saiu em busca de Samuel que estava na sala aprontando a arma para logo mais.
Na lanchonete
- Se acontecer alguma coisa comigo Ale...
- Não vai acontecer nada Tereza – Alex interrompeu o que a outra tentava dizer, não queria admitir, mas sentia um aperto no peito inexplicável. – Para de dizer essas coisas. – Pegou em sua mão, estavam sentadas tomando café.
***
A escola já havia sido toda evacuada, Marcelo planejou tudo com muito cuidado, pagou a dez homens para tocar o terror e esvaziar a escola. Enquanto isso a sala do sargento Navarro era terror puro. A escola já estava toda cercada. Vários carros de policia ao redor. Os pais das crianças presas na sala já começavam a chegar no portão, desesperados, chorando, tentando saber noticias.
- Delegada Carolina da DP de fortal, abra caminho, por favor – Carolina chegou perto da fita que isolava o local, o policial abriu caminho.
- A senhora tem certeza que vai entrar? – O policial perguntou antes dela atravessar o jardim e entrar na escola.
- Absoluta, tente tirar todos os curiosos daqui – Ordenou (Otário – Pensava ela que ria por dentro). O homem confirmou, deu as costas e ordenou a equipa começar a tirar as pessoas dali.
Carolina caminhava lentamente, rebol*ndo feito uma felina faminta. Marcelo estava esperando ela na entrada.
- Pronta? – Perguntou.
- Nasci pronta – Riu safado.
Foram em direção ao corredor e tudo que se ouvia era o salto de Carolina e os assobios de Marcelo. Caminhavam com ar de vitoria, de guerra ganha.
***
- Cadê a Carolina? – Alexia perguntou aos amigos. Tinha chegado com Tereza.
- Boa pergunta, aquela maluca mandou eu e o Samuka ir a um banco que tinha sido assaltado, chegamos lá e estava tudo normal, acho que sua delegada está fumando muito orégano – Olhou pra Tereza, que olhou para Alexia.
- Minha é o caramba, para com isso, sua bichona – Tereza ficou com medo.
- Gabriel confio nela – Alexia disse e nesse momento todos a olharam – Que foi gente? – Disse desconfiada. Tereza estava muito feliz e sem palavras.
- É por essas e outras que eu digo que nada é impossível, o muro de Berlim é a prova – Samuel gargalhava.
- Gabriel posso falar contigo só um minuto antes de irmos? – Tereza perguntou já puxando o amigo.
- Pode baby. – Já estavam afastados dos outros dois.
- Biel se acontecer algo comigo cuida dela pra mim, diz a ela que não é pra se prender... – Tereza falava olhando para o amigo e em dado momento olhou para Alexia e ficaram se encarando.
- Que história é essa? Virou vidente e eu não sabia? – Disse pra descontrair, mas estava sentindo algo estranho dentro de si.
- Promete? – Disse seria e Biel nunca tinha visto a amiga tão seria.
- Prometo – Nesse momento Gabriel sentiu uma necessidade absurda de abraçar a amiga, e foi o que fez. – Te amo – Disse baixinho. Voltaram para onde Alexia e Samuel estavam.
- Então meus lindos, vamos? – Samuel disse confiante.
***
- Vitor quero que pegue cinco crianças e coloque aqui na frente – Marcelo ordenou e apontou para o quadro. Caio olhava já se arrependendo, pois tinha três filhos, Augusto também se encontrava na mesma situação de arrependimento. Carolina estava sentada displicentemente em uma cadeira de rodinhas, olhava curiosamente para Thiago. Se levantou e foi se aproximando dele.
- Te conheço de algum lugar – Disse passando a arma em seu rosto. Thiago ficou sem reação, não expressava nada. Carolina ficou mais alguns segundos o observando e voltou a se sentar.
(Vaca – Thiago pensava).
As crianças estavam em fila, uma do lado da outra.
- Felipe, quero que pegue aquela caixa ali – Carolina apontou para uma caixa que Caio tinha colocado dentro da sala.
- Bem crianças, quero que fiquem quietinhas, caso contrario seus ossinhos iram ser jogados longe. – Marcelo falou natural. Abriu a caixa, lá dentro tinha cinco coletes com bombas que destroçariam qualquer coisa viva e não viva também. Carolina e Marcelo colocavam em cada criança, essas que tinham o rosto banhado de lagrimas silenciosas. Depois de alguns minutos todas já estavam com o colete. Augusto quando viu, pensou em seu filho e sentiu uma dor em seu peito.
- Pronto, agora só esperar o quarteto fantástico – Carolina falou debochada.
***
No carro Tereza estava mais calada do que o normal, Alexia percebeu e foi segurando sua mão por todo caminho. Chegaram e foram se informar com o mesmo policial que deixou Carolina passar. O policial explicou toda a situação, o local estava mais vago, só os pais das crianças que permaneciam. Quando o policial contou de Carolina os quatro se entreolharam não entendendo nada. Dentro da sala Marcelo recebia a informação que os investigadores tinham chegado.
- Vamos começar a festa – Falou animado e fez um passo do Elvis.
Gabriel e Tereza iam a passos lentos com as armas apontadas, Alexia vinha atrás com Samuel.
- Venham aqui – Alexia chamou baixinho. Os dois voltaram – Prestem atenção, estamos sendo observados – Fez um gesto com a cabeça para olharem para algumas arvores que tinha no jardim da escola.
- Escutem, não pensem em nada, apenas se defendam – Tereza falou, e continuaram. Gabriel e Samuel pegaram três dos dez capangas. Tereza pegou dois e Alexia pegou três. Restavam dois, porém os quatro não sabiam quantos tinha, os dois pegaram o beco, quando viram que iriam sair perdendo, pularam o muro, mas em vão pois a escola estava toda cercada e logo os dois foram detidos.
Os investigadores chegaram ao corredor, Tereza parou e chamou Alexia.
- Dá beijo, dá – Tereza pediu e Alexia não soube negar, foi em sua direção e deram um beijo cheio de amor, os amigos ficaram olhando sem entender, mas resolveram não dizer nada. Dado o fim do momento, continuaram caminhando até que ouviram duas vozes muito conhecidas. Quando iam falar, a porta da sala se abre e sai Carolina com Marcelo, os dois apontando as armas para os quatro junto com Vitor.
Fim do capítulo
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lucy
Em: 03/03/2016
Caciiildis!!/já dizia o.Mussum Kkkk , não acredito.que esses bandidos
tenham êxito nesse plano.sujo .....NÃO PODE !!!!
Bem vou lá ler.....curiosidade e. Alta !!! Bjs xau fuiiiiiiiii
E não pode acontecer nada com tete,,,, eles tem que ficar juntos pra
ter a chance de se safar.......fuiiiiii xaaaaau
Resposta do autor em 04/03/2016:
Essa foi boa rsrsrs, rindo muito com sua expressão rsrs ;)
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Thamara_
Em: 30/01/2016
Mas gente que casal mau- caráter, esperando que quem se dê mal sejam eles com esse plano.
Ansiosa com esse pressentimento da Tetê! Realmente não pode acontecer nada de ruim para ela :( .
Resposta do autor em 30/01/2016:
Realmente esses dois delegados...
Terezinha acho que vai ficar bem, só acho rsrs
Beijo bela.
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Gabs
Em: 29/01/2016
Coração esta até apertadinho com esse capitulo,espero q essa Carolina e esse Marcelo se lasquem,e nao aconteça nd de ruim com a Tereza,aguardando ansiosa o proximo,Bjss
Resposta do autor em 30/01/2016:
Vou postar logo logo :)
Vamos ver o que vai acontecer com eles.
Beijo Gabriela.
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