Refazendoo Clã!
Capítulo 51. E a vida segue o seu curso natural.
O final daquela semana, havia sido a pior de todas para os Mantovanni. O coronel estava muito abalado com a morte do filho e pouco falava. Dona Carlota estava na casa da irmã na cidade de Santa Rita do Passa Quatro no interior de São Paulo, os irmãos de Márcia tentavam voltar a rotina normal e na casa da major não era diferente. Andressa estava sentada na sala com as crianças e Márcia na cozinha, preparando um lanche para elas. Dona Severina viajara juntamente com a mãe da major para fazer companhia à sogra da filha, pois elas se davam muito bem.
Márcia voltou para a sala e viu que Andressa colocara os bebês no tapete que era muito felpudo e quentinho. André ao ver a mãe, deu um resmungo e levantou os bracinhos. A major pegou o filho no colo e o beijou na testa falando:
-- Menino lindo da mãe. Sabe o que me dá mais alegria nessa vida Andressa?
-- O que meu amor, disse fazendo sinal para Márcia que estava com André no colo se sentasse juntamente com ela e a filha no sofá que era muito espaçoso e gostoso.
-- Ser casada com você e ter os nossos filhos, que são o maior tesouro da minha vida.
-- Ah meu amor, eu também penso a mesma coisa. É tão bom ser casada com você, sentir o seu amor por mim e pelas crianças. A nossa família unida assim, me deixa muito feliz.
Márcia estava abraçada com Andressa enquanto elas observavam as crianças fazendo farra no tapete e conversando, ou melhor, resmungando. Nenhuma das duas queria falar sobre a morte de Nicola e a vida ia caminhando por seu ciclo normal. Dali há alguns dias Carmela e Silvana iriam ficar uns tempos na casa da major e Andressa estava adorando a ideia.
-- Amor, já está ficando um pouco tarde e também já passou da hora do banho das crianças. Portanto, vamos subir? Perguntou Márcia para Andressa.
-- Sim meu anjo, mas você não vai telefonar para o seu pai?
-- Já estou telefonando querida, preciso saber como ele está.
Após conversar com o pai e a irmã, sentiu-se melhor e subiu para o quarto. Encontrou a esposa dando banho em Celina e André aguardava a sua vez sobre a cama do casal. Ficou brincando com o filho até que Andressa apareceu com a pequena enrolada em uma toalha.
-- Falou com o seu pai amor?
-- Sim minha primeira dama, ele está mais animado e fico mais aliviada em saber que Francesca está com ele.
-- Ah que ótimo eu também fico mais aliviada. Agora meu amor, troque a Celina para mim enquanto eu dou banho no André.
-- Claro amor, vamos trocar essa gatinha safada da mamãe, que a cada dia que passa está mais parecida com a mamãe Andressa.
-- E o André amor, cada dia mais parecido com você, até a cor dos olhos está ficando igual, falou Andressa que já voltava com o filho para o quarto.
-- Você acha meu amor, que o André está parecido comigo?
-- E não sou só eu que acho os meninos lá do regimento disseram que até o jeito de olhar é parecido. E eu fico muito feliz em ter dois huskies siberianos em casa.
-- E eu fico muito feliz em ter duas dobermanns em casa.
Após cuidarem das crianças e colocá-las para dormir, Márcia e Andressa foram tomar banho e a major como sempre, estava em ponto de bala.
-- Ai anjo você está sempre impossível, mas eu adoro esse seu fogo que nunca se apaga, falou Andressa para Márcia, enquanto a major lhe beijava os seios e acariciava seu clítoris.
-- O que eu posso fazer meu amor, se esse desejo está sempre presente e a cada dia que passa eu só quero te amar e te fazer a mulher mais feliz desse mundo! Disse para Andressa que agora estava goz*ndo com o simples toque dos dedos de Márcia dentro do seu ser.
-- Eu sei amor, é por isso que eu não me arrependo de ter me casado com você e ter tido aqueles dois anjinhos que agora estão dormindo no nosso quarto.
Após terminarem o banho e fazerem amor, Andressa disse para Márcia que elas precisavam dormir, pois no dia seguinte eles juntamente com os outros policiais, teriam que comparecer na DPM, ou seja, no serviço reservado da polícia militar para conversarem com os oficiais que compunham a alta corte. A major concordou com a esposa e não contestou o que Andressa havia falado, pois Márcia sabia que o dia seguinte seria complicado, porque todos iam dar seus depoimentos sobre a invasão e o regate do irmão da major.
-- Boa noite meu amor e durma bem e para vocês também meus bebês lindos eu desejo que vocês sonhem com os anjos, eu amo vocês, disse a major dando um beijo na esposa e nos filhos.
-- Nós também te amamos meu amor, pode ter certeza, disse Andressa que retribuiu o beijo e abraçando a major, adormeceu.
Na segunda-feira pela manhã, todos já estavam na DPM, aguardando a chegada dos oficiais. André e Celina brincavam com os padrinhos que estavam esperando para darem seus depoimentos ao Comando Geral. Na hora do almoço, todos já haviam dado seus depoimentos e então os oficiais da corte militar resolveram arquivar o caso por entenderem que a major e os outros, agiram no cumprimento do dever e em legítima defesa, pois segundo foram informados, o coronel Dimitri havia tentado matar a major e isso acabou no trágico desfecho que culminara na morte de Nicola.
-- Declaro aqui no dia de hoje que os policiais que participaram do resgate do senhor Nicola Peres Mantovanni e que infelizmente terminou no falecimento do mesmo, estão livres de qualquer acusação de abuso de poder e que, agiram no cumprimento do dever e na legítima defesa de suas vidas, disse o coronel Adamastor encerrando o inquérito.
Ao saírem todo foram comemorar, menos o coronel que iria viajar para o interior juntamente com a filha Francesca e voltar no outro fim de semana com dona Carlota e a sogra da major para o batizado dos netos. A major se sentia feliz com o resultado do inquérito militar, mas a tristeza ainda continuava em seu ser e Andressa sob o olhar de todos os presentes perguntou quando estavam sentados:
-- O que foi dessa vez amor?
-- Sinto muito a falta dele Andressa, do meu irmão, falou.
-- Mas amor, você não teve culpa e nós fizemos de tudo para salvá-lo. Por favor, meu anjo não se martirize assim, a vida continua e temos nossos filhos para cuidar e você só me deu orgulho pelo que fez naquele dia.
-- É isso mesmo Andressa, nós concordamos com você, falou a capitã Laura que estava com o afilhado no colo.
-- Mas gente eu falhei com o meu irmão, eu jurei que o salvaria e não consegui!
-- Márcia minha amiga entenda de uma vez por todas, o seu irmão partiria de uma maneira ou de outra, porque a missão dele aqui terminou. Foi ele quem procurou isso, então fique em paz, porque ele está muito bem, pode ter certeza disso, falou a major Monteiro que estava fazendo bagunça com a pequena Celina.
Depois de refletir, a major olhou para todos e disse:
-- É acho que vocês estão com a razão. Só espero que ele me perdoe e entenda que eu fiz tudo para salvá-lo, mesmo sabendo que ele seria preso. Mas, talvez tenha sido melhor assim pelo menos, meu irmão não vai mais sofrer com a ameaça de ninguém.
Almoçaram normalmente e depois cada um foi para a sua casa, pois todos agora tinham família e não eram mais um bando de solteiros. Eram todos mães e pais de família, portanto agora, todos tinham suas responsabilidades.
Fim do capítulo
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