Começou!
Capítulo 50. O resgate.
Às seis horas da manhã, todos já estavam no local do cativeiro. O tenente Félix voltou logo em seguida com as informações do imóvel e pelas suas contas, havia oito milicianos tomando conta do local. Em um quarto nos fundos, ele viu o irmão da major algemado e com dois seguranças do lado de fora da porta fortemente armados com fuzis AR-15.
-- Major, como faremos para despistar os seguranças, eles estão fortemente armados.
-- Samir e Cláudia vocês acham que podem ficar em uma posição estratégica para ter a visão do local?
-- Claro cunhada, quando eu estava no exército em meu pais, os lugares eram bem piores que esse. E você major Monteiro, acha que consegue? Perguntou o cunhado da major Mantovanni.
-- Olha Samir, eu não fiz curso junto com essa louca da sua cunhada lá em Israel a toa não. Consigo acertar veado na curva.
Reunindo a todos, a major perguntou:
-- Alguma dúvida senhores?
-- Não major, responderam todos.
-- Então meus amigos, vamos ao ataque e boa sorte para todos, pois a vida do meu irmão depende disso. E o pessoal que está próximo à casa da minha cunhada Prado, já estão em posição?
-- Sim major, o cabo Motta e a capitã Deise, estão cuidando disso.
A major havia pedido ao sobrinho do coronel Tavares, que fosse juntamente com a capitã Deise até a residência do irmão, ao invés de ir até o cativeiro.
-- Perfeito, então todos em seus lugares. Se alguém vir uma pessoa diferente, deem um jeito de me avisar, pois creio que o chefão ainda não chegou.
-- E você sabe quem é major? Perguntou o tenente.
-- Félix você se lembra de um tal capitão Dimitri que foi integrante do 2º batalhão de choque?
-- Sim, acho que todos lembramos, não é pessoal?
-- Pois então amigos, sinto dizer-lhes que o chefão é ele.
-- Aquele imundo nunca me inspirou confiança, disse a esposa da major.
-- Você o conhece Andressa? Perguntou a major.
-- Sim, esse traste não saia lá de casa. A sua sogra tem um ódio mortal dele e o seu cunhado também. Até tentar abusar de mim numa tarde em que meu pai e minha mãe não estavam em casa, ele tentou.
-- Ah, mais é agora que eu mato esse vagabundo. Quem vai por ele no micro sou eu. Eu já estava com raiva e agora piorou. Já tirei o p*nis de um e agora vou torrar o do outro. A major Monteiro deu risada e falou:
– Olha amiga, você está ficando especialista nisso.
Quando o relógio marcava sete horas da manhã, cada um tomou a sua posição e o resgate começou. A major abraçou a esposa e disse:
-- Por favor, Andressa, tome cuidado e não saia de perto do meu pai e evite a linha de tiro. Eu te amo muito e não quero que ninguém trisque em um fio do seu cabelo ou eu não respondo por mim.
-- Fica tranquila amor, não é a minha primeira vez. Eu já enfrentei coisa pior. E você também tome cuidado e pensemos nos nossos filhos. Eu também te amo.
-- Papai e Genaro tomem conta dela. Ela está na responsabilidade de vocês.
-- Fica calma filha, a sua mulher está em segurança, vá em paz.
A major e o coronel Tavares foram pela frente e logo viram os dois seguranças. Eles se dispersaram dando a volta e pegando os dois de surpresa. A major sacou da arma e deu um tiro em um dos homens, enquanto o coronel atirou no outro. Todos usavam armas com silenciador, então não se escutava barulho algum.
-- Pronto Tavares são dois a menos e agora vamos chegar até o quarto onde está meu irmão. Porém, a major escutou um clique e quando se virou deparou com outro miliciano usando um fuzil. O sargento Prado quando viu, atirou em direção a ele e este caiu já morto.
Estavam chegando próximo quando ouviram um carro chegando e eles puderam ver o coronel Dimitri descendo dele e se encaminhando em direção a entrada. Ele notou que havia algo errado, pois nenhum dos homens que ficaram de guarda estavam lá.
-- Homens acho que temos um problema aqui, onde estão os outros?
-- Não sabemos coronel, eles estavam aqui agora mesmo.
-- Não sei aqui tem gato na tuba. Vamos procurem e vejam onde estão.
-- Aqui coronel estão mortos.
-- Mas como pode ser isso. Vamos pegar o doutor e levá-lo para o micro-ondas.
O coronel era descendente de russos e a sua índole lembrava muito o primeiro ministro Vladimir Putin. Era uma turma que a major não gostava.
A major viu quando o coronel pegou o irmão e o levou para os fundos da casa. Nicola estava assustado e viu quando os homens preparavam o seu destino final. Ali ele sabia que o seu destino estava selado, mas ele não imaginava que a irmã estava próxima a ele e via toda a cena. Ela virou-se para o coronel Tavares e falou:
– Chegou a hora Tavares, eu vou pelo outro lado. Sei que o Dimitri vai me ver e agora é tudo ou nada.
O soldado Márcio ao olhar para os fundos da casa viu que a porta estava aberta e deu de cara com o coronel Mantovanni. Ao ver que o sogro estava em perigo, a capitã atirou e logo em seguida começou o tiroteio. Samir e a major, começaram a atirar, enquanto que Genaro e Marcelo também começaram a disparar em outros milicianos que chegavam para ajudar. O coronel Dimitri quando ouviu o tiroteio deu a seguinte ordem:
– Queimem esse infeliz.
A major ao ouvir isso e ver que o irmão já estava com o corpo cheio de gasolina atirou no miliciano que estava com a lata na mão. Quando o coronel deu por si, Márcia estava frente a frente com ele. Haviam mais dois milicianos junto do coronel:
-- Major Mantovanni, que bom vê-la, faz muito tempo.
-- Eu não posso dizer o mesmo de você seu canalha. Pensou que nunca mais iria me ver coronel?
-- Então veio salvar seu irmão, achei que estivesse com ódio dele, afinal ele quase te matou.
-- Esse assunto é entre mim e ele Dimitri, se quer brigar, venha.
-- Mas é meu também, afinal ele sumiu com um dinheiro que não lhe pertencia e agora ao invés de matar um Mantovanni, matarei dois.
-- É o que veremos coronel.
O coronel partiu para cima da major e esta não deixou por menos. Dimitri deu-lhe um soco e ela revidou na mesma proporção e os dois começaram a rolar no chão. O coronel conseguiu dar uma chave de braço na major e começou a sufocá-la. Como ela sempre tinha um trunfo puxou uma faca de dentro da bota e cravou no braço do coronel que urrou de dor. A major caiu tentando se recuperar e foi quando Dimitri sacou da arma e quando ia atirar o coronel Tavares acertou um tiro em seu ombro. A major levantou e foi em direção ao irmão e conseguiu tirá-lo de dentro dos pneus. Quando estavam se encaminhando para a saída, Nicola viu quando o coronel apontou a arma em direção da major e empurrou a irmã, e o tiro acertou seu peito. A major então revidou e atirou no coronel acertando-lhe a perna. O sargento Prado foi e algemou o coronel. Ao ver que o sargento tinha detido Dimitri, a major falou:
– Deixe-o ai sargento, eu e o coronel ainda temos algo para acertar.
O coronel então começou a falar em russo e a major não deu atenção e virando-se para o irmão que estava em seus braços falou:
-- Nicola meu irmão, fique calmo que a ajuda está chegando.
Nesse meio tempo alguns estavam mortos e outros vendo que não tinham saída, se renderam. O coronel Mantovanni quando viu o viu o filho baleado entrou em desespero.
-- Calma filho, papai está aqui meu menino rebelde. Porque filho você fez isso? Falava o coronel em prantos.
-- Papai me perdoa tudo o que eu fiz, não tive escolha. Eu nunca fui forte e decidido como o senhor e a Márcia, falava com dificuldade para o pai.
A major abraçou o irmão e começou a chorar. Os outros que estavam na ação chegaram e ficaram parados olhando Márcia acariciar o rosto do irmão. Andressa ao ver a cena e o estado em que o cunhado se encontrava também começou a chorar abraçada junto ao irmão André. Genaro se abaixou ao lado da major e segurou na mão do irmão enquanto Marcelo e Junior também fizeram a mesma coisa. O pai da major passara mal e fora levado ao hospital.
-- Nicola meu irmão querido, porque você fez isso. Eu teria acertado ele de qualquer jeito. Por quê?
-- Márcia minha querida, eu sei que não tenho tanto tempo assim. Espero que me perdoe por tudo o que eu fiz você passar e sei o quanto está com ódio de mim e magoada. Não tiro a sua razão e talvez se fosse eu no seu lugar, deixaria que eles fizessem churrasco de mim. Só te peço que seja sempre assim e que proteja seus filhos e sua esposa. Nicola olhou para a cunhada e disse:
– Sei que você Andressa me odeia e também não tiro a sua razão. Mas eu sempre gostei de você e peço que me perdoe tudo o que fiz para a Márcia. E quanto a vocês meu irmãos Marcelo e Junior, digam para a mamãe que eu a amo muito e para as meninas digam que eu sentirei saudades. Major Mantovanni, por favor, minha irmã faça o que eu não consegui fazer pela minha esposa e filha. E por favor, salve-as Márcia, elas não tem culpa da besteiras que fiz e depois cuide delas para mim, você sabe o quanto a Carmela te adora.
-- Eu sei meu irmão, elas já estão salvas na casa do coronel Vaz Amorim e agora não fale que o socorro chegou e tudo ficará bem.
Márcia olhou para o irmão e viu que ele estava sem forças e ouviu quando ele disse:
-- O nono Genaro e a nona Marieta estão aqui Márcia e eles estão me chamando para ir com eles. Nossa minha irmã é um lugar lindo demais, você não imagina o quanto.
A major Monteiro olhou para o lado e viu os avós da major preparando a partida de Nicola. Márcia olhou e viu os avós ao lado do irmão. Ela entendia que o irmão teria que partir e pediu que os avós cuidassem dele e que ela não guardava mais mágoa do irmão. Os avós sorriram, pois sabiam que ambos ficariam em paz.
Os irmãos chegaram mais perto e abraçaram Nicola que falou:
– Fiquem em paz meus irmãos e obrigada Márcia por cuidar de mim todos esses anos. Agora eu preciso ir e digam ao papai que eu o amo muito e quanto a vocês Genaro, Marcelo e Junior eu amo muito vocês. E por você Márcia o meu amor é especial. Até breve e fiquem todos com Deus.
Nicola morreu e a tristeza tomou conta de todos. A major Monteiro disse para Márcia que chorava abraçada ao irmão:
– Agora ele está bem minha amiga, deixe-o ir. Seus avós cuidarão dele, não se preocupe. A partir de agora um novo ciclo se inicia e você tem dois lindos filhos e uma esposa para cuidar.
Andressa abaixou-se ao lado da major e a abraçou com carinho sem dizer nada. A major estava abalada com a morte de Nicola.
– Genaro, leve o Nicola daqui, porque eu ainda tenho um assunto a resolver como coronel Dimitri.
– O que você vai fazer major, perguntou o tenente Félix.
– Churrasco de russo.
Todos olharam abismados para a major, que mostrava ódio no olhar e Andressa já conhecia bem com quem casara e sabia que nem ela conseguiria impedir a vingança da major.
Levantou-se e foi até onde o coronel estava algemado e o soltou.
– Major Mantovanni eu sabia que você tinha um bom coração, mas não achei que fosse tanto assim.
– Nem sempre coronel. A minha bondade é para quem merece e você não consta nessa lista.
Saiu arrastando o coronel que mal podia andar e o levou até onde estavam os pneus e começou a colocar um por um até que Dimitri ficou dentro deles. O galão ainda continha gasolina e a major começou a despejar em volta do coronel.
– O que você vai fazer sua louca, você precisa de um psiquiatra major, tire-me daqui!
– Porque eu vou tirá-lo daí coronel. O meu irmão podia ser queimado vivo, não é? E porque o senhor não pode? Quantos você matou ai nesse monte de pneus? Eu simplesmente estou livrando o mundo de gente como você, falou se afastando e acendendo um cigarro. A major Monteiro, o coronel Tavares, a capitã, o tenente e o sargento quando chegaram, não acreditaram no que a major estava fazendo.
– Me tirem daqui, essa mulher é louca, gritava desesperado o coronel. Major, essa brincadeira já foi longe demais.
– Você ainda tem a chance de escapar, lembre-se que eu só joguei gasolina em volta dos pneus e nem te algemei, agora Dimitri é com você. Pode ser difícil, mas não impossível, falou dando uma risada que fez Andressa se arrepiar.
– Márcia você voltou a fumar? Perguntou a major Monteiro.
– É mesmo Cláudia, eu parei há muito tempo.
E falando isso a major jogou o cigarro que estava aceso em direção ao rastro da gasolina que ela havia deixado e o fogo começou. O coronel como estava muito ferido, quando conseguiu sair dos pneus, foi pego pelas chamas que foram mais rápidas e acabou morrendo sob o olhar atento de todos que lá estavam. A major agora estava em paz.
– Agora podemos ir embora senhores, por aqui está tudo terminado, falou deixando o coronel em chamas no chão.
Quando estavam saindo, a major viu o coronel Gutierrez e o coronel Adamastor vindo em sua direção. Todos bateram continência aos oficiais e os dois chamaram a major de canto e o coronel Adamastor perguntou:
– O que aconteceu aqui major?
– Eu vim resgatar o meu irmão coronel, que infelizmente está agora saindo naquele carro do IML. Nisso eu não obtive sucesso.
– Eu já estou sabendo o que aconteceu coronel Adamastor e creio que a major como excelente policial que sempre foi, cumpriu perfeitamente o seu dever.
– Mas e a morte do coronel Dimitri, alguém vai ter que responder por esse homicídio!
– Eu respondo coronel, afinal fui eu quem acabou de queimá-lo vivo lá atrás. Estou pondo a minha patente de major e o meu cargo de comandante do Regimento de Cavalaria Nove de Julho à disposição de vocês. E tenho alguém que me substituirá perfeitamente.
Depois de ficarem totalmente cientes da situação e do que ocorrera no resgate do irmão da major os dois coronéis juntamente com o tenente coronel Marcondes e o major Delgado chamaram a major e então o coronel Adamastor disse:
– Major Mantovanni, você é uma grande filha da puta e de um corno que é aquele velho rabugento do seu pai. Faça o seguinte, leva toda essa cambada daqui e pegue a sua esposa e os seus irmão e vá embora. Deixe que do inquérito militar nós tomamos conta. E na segunda-feira eu quero você e todos os policiais que participaram desse resgate no meu gabinete, inclusive o rabugento do seu pai.
– Sim senhor coronel, disse batendo continência.
Ao sair a major fez uma pergunta ao coronel:
– Coronel Adamastor, o que o senhor faria no meu lugar se fosse o seu filho ou o seu irmão que também são excelentes policiais, fossem colocados vivos para serem queimados no micro-ondas?
O coronel olhou para os demais e disse:
– Eu cavaria um buraco, jogava todos dentro dele, jogava gasolina e colocava fogo.
– Então estamos conversados?
– Até segunda-feira major. E o traje é o de gala, não se esqueçam.
Quando todos foram embora, a major e o irmão foram tratar dos documentos para o sepultamento do irmão que seria no dia seguinte. Andressa sabia o quanto a major estava abalada com a situação e não largou a esposa um minuto sequer. Dona Carlota ao saber da notícia, havia desmaiado e estava a base de calmantes. O coronel estava em observação, mas já se sentia melhor e liberado para ir ao enterro do filho. As irmãs e cunhados também estavam transtornados, mas quem mais sentia era a major. A filha e a esposa de Nicola, também não acreditavam no que havia acontecido. Carmela ficou o tempo todo ao lado da tia que ela tanto adorava.
– Tia Márcia, porque isso aconteceu com o meu pai?
– Ô minha princesa, o seu pai andou fazendo algumas coisas que não foram benéficas para ninguém e ele sabia disso. Mas agora ele está em paz e eu vou cuidar de você e da sua mãe.
– Eu posso ficar uns dias com a minha mãe na sua casa? Afinal, eu quero ver os meus priminhos que ainda não conheço.
– Claro meu bebê, vá com a sua mãe e fiquem o tempo que precisarem. Quero que se sintam na casa de vocês.
– Mas e a tia Andressa, ela não vai ficar brava?
– De jeito nenhum mocinha, nós vamos fofocar muito, falou Andressa que estava parada atrás da sobrinha.
– A senhora não está com raiva de mim e da minha mãe por causa das coisas que o meu pai fez?
– Não minha linda, eu fiquei com muito ódio do seu pai sim, mas agora isso é uma página virada em nossas vidas, não é amor?
– Sim minha vida. E agora vamos ver como estão as crianças?
– Elas estão aqui tia Andressa, eu posso ir vê-las e pegar no colo?
– Claro Carmela, venha conhecer seus primos Celina e André.
Na manhã seguinte, todos estavam reunidos no cemitério do Araçá. Os pais de Nicola, assim como os irmãos, estavam todos abalados. De todos quem mais sentia a falta do irmão era a major. Enquanto o capelão falava algumas palavras de conforto para a família, Andressa que estava com André no colo, enquanto Celina estava no colo da major, pensava como que ninguém conhecia o ser humano. Até que ponto uma pessoa poderia chegar para conseguir benefícios para si mesmo? Era o que havia acontecido com o cunhado e agora ela sabia que nem dentro de uma família tão bem estruturada como eram os Mantovanni, ninguém sabia o que poderia acontecer.
Nicola fora sepultado às dez horas da manhã de sexta-feira. O dia estava quente e ensolarado. Genaro, Márcia, Marcelo, Samir, André, Junior e o coronel, carregaram o caixão até a sepultura no mausoléu dos Mantovanni. Lá se encontravam enterrados os avós paternos e maternos da major, dois irmãos do coronel e uma irmã de dona Carlota e agora Nicola. Após o término do sepultamento todos foram se retirando aos poucos A major que estava com Celina dormindo em seu colo, permaneceu ainda por um bom tempo olhando a foto do irmão que agora estava sendo colocada na lápide e pensando como que as coisas haviam chegado aquele ponto.
Nicola Peres Mantovanni
*13/10/1965
+02/07/2008
Saudades de familiares e amigos
Despertou dos pensamentos com Andressa que estava com André fazendo farra, chamando para irem embora.
– Vamos amor, acabou de vez. Deixe-o descansar em paz.
– Sim amor, vamos embora, porque a Celina dormiu e esse danadinho está fazendo arte, falou olhando o filho que a encarava seriamente.
Um ciclo havia se fechando para os Mantovanni. Nicola estava morto e o clã totalmente em ruínas, tentava achar forças para se recompor. Nicola estava com avós no mundo espiritual e lá aprendia muita coisa que ele jamais imaginou que houvesse. Às vezes ia com os avós conhecer outros lugares e quando lhes era permitido visitava a casa dos pais e depois a casa da irmã. Ele sentia falta dos pais, irmãos e principalmente da filha e esposa. Tudo o que fizera no seu entender, era para o conforto da família. Mas agora ele compreendia que as suas atitudes, somente causaram danos e o mais afetado além da major era ele mesmo que agora reaprendia o valor da vida e dos bons atos.
Mas um novo ciclo estava para se iniciar no clã e isso logo aconteceria com a nova gravidez de Andressa. Assim como o avô da major havia falado, seria somente uma questão de tempo.
Fim do capítulo
O Clã ruiu. Nicola está morto. O que fazer para reconstruir os Mantovanni?
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