Lá vem bomba!
Capítulo 49. Quando os laços familiares falam mais forte.
Após terminarem o jantar, Márcia e Andressa subiram para o quarto. Trocaram a fralda das crianças e os colocaram nos seus respectivos berços. A major os havia trazido para o quarto do casal e colocado os berços encostados da cama, pois assim, eles não corriam perigo de rolar e cair ao chão.
– Ai amor, ficou tão lindo! Agora estamos unidos pela cama.
– Sim e agora que tal aquele banho gostoso naquela banheira e depois nos amarmos um pouco? Estou louca de desejo meu amor, quero você Andressa.
– Eu também amor, não via à hora de vir para a nossa cama e ser amada por você. Olha que gostoso, sente como ela está molhada e pronta para ser devorada, falou Andressa para Márcia mostrando os seios e a bucet* toda molhada de tanto prazer que sentia.
Márcia agarrou a esposa por trás e deu-lhe um beijo na nuca deixando Andressa totalmente arrepiada.
- Ai amor que gostoso, assim eu acabo te levando para a cama ao invés do banho!
- E tem convite melhor que esse?
Andressa olhou para Márcia sorrindo e fazendo cara de safada foi para banheiro e se despiu. Assim que a viu despida, Márcia tirou também a sua roupa e sentou-se ao seu lado começando a acariciar seus seios. A cada toque de Márcia, Andressa ia à loucura e os momentos de amor que viriam já se mostravam intensos.
Não agüentando mais o desejo, Márcia pegou Andressa no colo e a levou para a cama. Após acariciar a esposa, ela entrou no meio de suas pernas e começou a lamber o seu sex* e ch*par avidamente o grelo deixando Andressa louca de prazer. Bebeu todo o gozo da esposa e depois a puxou para o seu colo fazendo com que as suas bucet*s se roçassem num prazer infinito. O tesão e o desejo se tornaram um só, logo o prazer tornara-se inevitável e ambas adormeceram exaustas até amanhecer.
Na manhã seguinte, acordaram com o choro do pequeno André. Márcia saltou da cama e foi ver o que acontecia com o filho. Viu que o menino estava quente e pressentiu que ele estava com febre. Ligou imediatamente para a doutora Laura e a médica foi até a casa da major, que ficava próximo do hospital. Quando ela chegou, as crianças já haviam tomado banho e André já estava mais calmo, pois Andressa havia dado o remédio que Laura havia falado. Examinou as crianças e disse para as mães:
– Calma major, essa febre é comum e agora a temperatura dele já está normal.
– Tem certeza Laura, porque se acontecer algo com o meu príncipe, você não vai ter afilhado para batizar.
A doutora ficou olhando espantada para Andressa e Márcia sem entender e perguntou:
– O que você disse?
– Foi isso mesmo o que ouviu, nós estamos te convidando para ser a madrinha do André juntamente com o irmão da Andressa. Você aceita?
Laura ficou parada tentando assimilar a ideia e depois disse:
– Claro que eu aceito ser a madrinha desse fofucho, Será o meu primeiro afilhado e isso não tem preço no mundo que pague.
– Então Laura, considere-se nossa comadre. Logo marcaremos o dia do batizado, falou Andressa.
– Obrigada mamães, pode deixar que eu vou cuidar desses lindos com muito carinho. E agora, fiquem tranquilas que ele está bem. Deem o remédio na hora certa e qualquer coisa me liguem. Agora eu preciso ver a minha filha, afinal de contas ser mãe é padecer no paraíso.
– Realmente não tem padecimento melhor. Obrigada Laura por ter vindo.
A médica saiu e Andressa juntamente com Márcia foi se arrumar, pois elas tinham um encontro e não sabiam o que aconteceria. Viu quando a major pegou a sua arma e colocou na cintura. Ela fez o mesmo e depois de tomarem o café e dar de mamar para as crianças, saíram e falaram para dona Severina que provavelmente não viriam para o almoço. As crianças foram junto, pois elas tinham hora para mamar e André, assim como Celina, estava tomando suco de acerola com laranja na chuquinha de meia em meia hora para se fortalecerem e melhorar o resfriado do filho.
Ao chegarem ao clube, o pai e o irmão já as aguardavam. Ao vê-las o velho falou.
– Bom dia filha, está tudo bem?
– Sim papai, só o André que está um pouco resfriado, mas a doutora Laura já o medicou e está tudo bem.
O velho olhou para as crianças e pegando-as no colo deu um beijo em cada uma. Genaro também pegou os sobrinhos no colo e ficou brincando com o menino, enquanto o coronel brincava com a neta.
No horário combinado, um homem de cabelos grisalhos, óculos escuros e barbudo, se aproximou e disse:
-- Posso me sentar senhores?
-- Sim senhor, falou a major.
-- Bom em primeiro lugar é um prazer conhecê-los. Creio que essa major seja a sua esposa e esses dois lindos bebês, são seus filhos.
-- Sim senhor, apresento-lhe minha esposa, capitã Pires Paiva, meu pai coronel Mantovanni, meu irmão Genaro e como o senhor mesmo disse, meus filhos André e Celina.
-- Pois bem major vamos ao que interessa.
O homem tirou da pasta que trazia consigo alguns documentos que traziam fotos, cds e um dossiê sobre o envolvimento do irmão da major com o falecido sogro. Quando a major começou a ler o conteúdo do documento, começou a não se sentir muito bem, mas não queria demonstrar para os presentes a sua reação. O calhamaço de papéis, dizia que o doutor Nicola Mantovanni havia feito alguns acordos com o major Pires Paiva e esse havia dito que enquanto ele cumprisse o combinado, sua família estaria protegida e nada de mal lhes aconteceria, principalmente com a filha do doutor.
A major continuou lendo e começou a entender o porquê do irmão ter mudado tanto, pois pelo conteúdo do que estava escrito, seu irmão vinha sendo pressionado há muito tempo. Mas de onde veio a armação da cilada contra ela, pois ela não achava um denominador comum para ligar o irmão a isso. E a conversa sobre o casamento de Carmela, por quê? Ao terminar de ler todo o documento, a major perguntou:
-- Como o senhor sabe de tudo isso alem de ser irmão do detetive que eu pus para seguir os passos do Nicola?
-- Major veja bem, o seu irmão com esses acordos pegou muito dinheiro desses milicianos ao qual seu sogro fazia parte, sendo o cabeça da milícia. Porém, ele não cumpriu nem metade e começou a ser ameaçado. A única alternativa que encontrou foi simplesmente te entregar de bandeja ao major e com isso se safar da perseguição dos milicianos. Muitos foram detidos e estão condenados, inclusive o primo da sua falecida esposa a tenente Celina, que foi condenado a vinte e seis anos em regime fechado. Os outros pegaram uma pena maior depois que o seu sequestro foi solucionado. Creio que ele pensou mais na mulher e na filha do que em você.
-- Então se eu entendi direito, a minha cunhada e a Carmela, estavam sob a vigilância desses militares corruptos?
-- Agora a senhora pegou o fio da meada. E podemos também se quiser, assistir a esse cd que contém tudo o que eu estou dizendo.
O coronel, Andressa e Genaro não acreditavam no que estavam ouvindo. Foi Andressa quem perguntou:
-- Mas e o meu cunhado, onde está?
-- O seu cunhado está sendo mantido refém por esses homens e creio que logo o senhor coronel Mantovanni, irá enterrar o seu filho, e enquanto isso sua nora e neta estão sendo vigiadas. Caso façam algo que não os agrade, poderão fazer companhia ao Nicola.
O velho que estava com Celina dormindo em seu colo disse:
-- Eu não quero saber desse vagabundo, por mim ele que morra e seja enterrado como indigente. O que ele fez com a irmã, não tem perdão.
Genaro que estava ao lado do pai segurando o sobrinho que brincava com a gravata do tio falou:
-- Papai, por favor, isso não é hora para ter pitis. Querendo ou não, ele é nosso irmão e seu filho. Não que eu o esteja defendendo, sei que o acontecido com a Márcia é difícil de engolir, mas acho que agora é ter cabeça fria e vermos qual a melhor estratégia a tomar.
-- Eu concordo com você me Genaro, disse Andressa. Agora coronel, nós já sabemos o porquê dessa atitudes do Nicola e creio que Márcia já está tomando uma posição diferente, não é amor?
-- Sinceramente eu não sei o que pensar Andressa, mas concordo com o Genaro papai, temos que resgatar o Nicola das mãos desse canalhas e depois resolveremos o que fazer, afinal de contas o senhor sabe que eles para ferirem meu irmão, podem se vingar em cima da sua nora e neta. É isso o que o senhor quer? E tem mais, o Nicola é um problema meu e o acerto de contas será entre nós dois. Portanto coronel vamos pensar na família dele.
-- Está certo meus filhos, vocês estão com a razão. E você minha nora, o que acha de tudo isso?
-- Coronel me desculpe, mas eu concordo com eles. E além do mais, eu sei como deve ser, pois eu agora tenho dois filhos e faria tudo para que nada acontecesse com eles.
-- Bom major, então agora é com vocês e aqui está o endereço de onde o seu irmão está. Tenham um bom dia e passar bem.
-- E qual é o seu nome? Perguntou a major.
-- Capitão Dráuzio, major. Sou irmão do soldado Denizard seu comandado, por isso sei tanto sobre a senhora. Procure-me lá na DPM, quando quiser tomar um café de macho, porque o da cavalaria parece café de donzelas.
-- Eu vou sim capitão, quando tudo isso acabar. Tenha o senhor também um bom dia.
Quando chegou na hora do almoço, todos foram a uma churrascaria, mas a major não estava com nenhum pingo de fome. A descoberta sobre o que acontecia com o irmão a deixava entre a cruz e a espada. Tivera muita raiva e ódio do irmão, mas depois virou mágoa e agora quem estava em situação desconfortável era ele. Com o nascimento dos filhos e a convivência do casamento com Andressa a major mudara alguns conceitos. Amava o irmão apesar de tudo e lembrou-se novamente da infância feliz e uma lágrima rolou por seu rosto ao qual não passou despercebida por Andressa. Pediu licença e foi até o banheiro. As crianças haviam mamado e a febre de André desaparecera por completo. Andressa pediu ao cunhado e ao sogro que tomassem conta das crianças que ela já voltava e foi em direção ao banheiro. Quando entrou viu que a major chorava e a abraçou.
-- Meu amor o que está acontecendo?
-- Ele é meu irmão Andressa, eu não posso deixar que nada aconteça a ele ou a família. Ele foi sacana, filho da puta, um canalha ganancioso, mas é meu irmão. Eu peguei aquela porcaria no colo, levava ele para passear, ficava com ele na área dos meus avós maternos com ele vendo o vai e vem dos trens e ele ria com o barulho. Eu tinha quatro anos e ele tinha um. Ele dormia na minha cama, porque dizia que era a mais gostosa que tinha e adorava dormir passando aquela mãozinha gorda no meu rosto e agora, aquele moleque está nessa situação. Diz-me amor, o que eu faço?
-- Calma meu amor, nós vamos tirar o Nicola dessa, porém você sabe que ele terá uma pena a cumprir se for preso. Agora lave esse rosto lindo, porque eu não gosto de ver tristeza nesses olhos lindos que eu tanto amo.
-- Como sempre meu amor, você está certa. E desculpe te arrastar para essa situação minha linda. Mas agora vamos que eu já estou melhor.
Quando voltaram para a mesa, as crianças já estavam acordadas e tanto Celina como André estavam fazendo farra com o avô e o tio. Ao ver que Márcia sentara ao lado, Celina começou a resmungar. A major então pegou a filha no colo e disse:
--Do que a minha princesinha está reclamando? Ah gatinha manhosa, logo vamos para a casa meu docinho e faremos muita farra junto com o seu irmão.
André ao ouvir a voz da mãe conversando com Celina começou também a resmungar. Andressa pegou o filho e colocou no outro lado do colo de Márcia.
-- E você meu príncipe, qual a razão desse protesto todo? Melhorou meu pequeno, já está mais animadinho, fazendo bagunça. Eu amo vocês meus filhos, falou abraçando apertado os dois, ao qual fez com que a pequena reclamasse.
-- Bom gente, vamos embora, porque eu creio que estamos cansados e temos muita coisa para pensar. E as crianças já estão inquietas, falou o coronel.
-- Sim papai, depois conversamos sobre a estratégia que usaremos. Ainda sabe lidar com armas coronel? Perguntou Genaro.
-- Dê-me uma que eu te mostro.
Despedindo-se do pai e do irmão, Márcia e Andressa foram para casa. Quando chegaram a major estava com uma terrível dor de cabeça e subiu com os filhos para o quarto.
-- Amor, eu vou deitar um pouco, porque a minha cabeça parece que vai explodir.
-- Vai amor, daqui a pouco eu volto também, pois estou cansada.
Quando a major terminou de colocar os filhos no berço, sentiu uma pontada no peito e gritou pela esposa.
-- Andressa acho que estou tendo um enfarto.
Quando a capitã voltou ao quarto, a major estava caída próxima da cama já desmaiada. O desespero tomou conta de Andressa e para a sua sorte, o coronel Magalhães estava chegando à casa da major, juntamente com Cláudia e Henrique.
-- Doutor rápido, a Márcia desmaiou.
-- O que houve Andressa.
-- Ela subiu e colocou as crianças para dormir e depois gritou que estava tendo um enfarto.
O coronel examinou a major e viu que a pressão estava altíssima e junto com o coronel Tavares, a colocaram na cama e deu-lhe um remédio para colocar embaixo da língua. Aos poucos a pressão foi abaixando e a major acordou.
-- O que aconteceu amor, onde eu estou Andressa?
-- Calma amor, você está em casa com a sua esposa, filhos e amigos.
-- E as crianças, onde estão meus filhos?
-- Eles estão aqui e já tomaram banho, comeram e estão dormindo, fique calma.
-- Mas o que está acontecendo Andressa? Perguntaram Cláudia e Henrique.
-- Depois eu conto a vocês, mas agora eu preciso ficar ao lado do meu amor.
-- Ela já está bem Andressa, só apliquei um sedativo para que ela relaxe e durma.
Andressa sentou na poltrona ao lado da cama e ficou acariciando a major, até que ela se acalmasse e dormisse. Ficou observando os traços da esposa e ficou pensando como que duas pessoas podiam se amar tanto. Ela esperara oito anos para conquistar o amor de Márcia que no começo estava relutante e agora sabia o quanto a major a amava loucamente e a recíproca era a mesma.
-- Eu te amo Andressa e amo nossos filhos de paixão, disse quase fechando os olhos, pois, o sedativo começava a fazer efeito.
-- Eu também te amo loucamente meu amor, agora descanse que amanhã você estará melhor.
Vendo que Márcia adormecera, foi até a sala e reunindo os amigos, contou o que havia acontecido e o motivo da major ter tido a crise. Os amigos se mostraram solidários e a major Monteiro disse:
-- Vamos ajudar a dar um fim nessa situação, temos que bolar uma estratégia para que ninguém saia machucado, mesmo que seja o Nicola.
-- Eu também concordo com você Cláudia, disse Tavares.
-- Então está feito, falaremos amanhã com o coronel e armaremos um plano. Mas devemos ir todos armados, porque não sabemos o que enfrentaremos lá.
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Enquanto isso, o irmão da major estava passando por maus bocados. A tortura psicológica que lhe impingiam era pior do que a física.
-- Então doutor Nicola, vai falar onde está o dinheiro seu canalha.
-- Eu não sei de dinheiro algum, o major é que ficou com ele. A única coisa com que eu fiquei foi com os duzentos mil que fora o combinado.
-- Mas esse dinheiro foi do acordo que vocês dois fizeram para pegar a major Mantovanni em uma cilada, não foi? Aliás, a quase morte da sua irmã lhe rendeu bons lucros.
-- Sim, mas eu fui obrigado por ele a fazer isso, caso contrário ele machucaria a minha filha e a minha esposa.
-- Vou lhe dar somente mais dois dias doutor. Caso contrário eu mando o que sobrar de você para o seu pai. Apesar de que no micro-ondas, sobrarão só os ossos. Está vendo aqueles pneus colocados um em cima do outro? Colocaremos o senhor dentro deles e ai aquele galão de gasolina entrar em ação.
O irmão da major então temeu por sua vida e no mundo espiritual seus avós se preocupavam com a situação do neto.
-- Marieta é hora de irmos até a casa da nossa neta e aproveitar que a major Monteiro está lá e usá-la como intermediária.
-- Sim Genaro, a Márcia tem que tirar o Nicola daqui o mais rápido possível, não tive neto para morrer assim.
Pedindo permissão ao mentor chefe, eles foram até a casa da major. Quando chegaram Cláudia estava conversando com os demais, quando os viu e entendeu o que a visita deles tinha um fundamento. Pediu que Andressa arrumasse a mesa, colocasse uma toalha branca, acendesse uma vela branca e trouxesse um copo com água.
-- Porque isso Cláudia?
-- Faça isso porque não temos muito tempo, seu cunhado corre perigo.
Andressa fez o que Cláudia pediu e quando todos se sentaram à mesa, Tavares viu que a expressão da amiga mudara radicalmente. E enquanto isso, a major chegava espiritualmente próximo da avó e a pedido desta ficou quieta observando.
-- Boa noite a todos vocês meus amigos e que a paz divina esteja com vocês.
-- Quem é? Perguntou Andressa para Tavares.
--Olá minha neta, é bom conhecê-la e os meus bisnetos estão bem? Sou o avô da sua esposa e estou aqui com uma missão que me é muito triste, porém serei breve.
-- Nono Genaro é o senhor? Que alegria, gostaria tanto de tê-lo conhecido, falou com lágrima nos olhos.
-- Sim minha querida, mas agora não temos tempo para conversar. Só vim aqui pedir para que você cheguem logo ao Nicola, porque ele tem só mais dois dias de vida e se vocês demorarem, ele será somente uma lembrança aos Mantovanni.
-- Como assim nono?
-- Vocês já ouviram falar como que a milícia costuma tratar seus desafetos?
-- Sim coronel, falou Tavares.
-- Então meus queridos corram que o tempo está se esgotando. O Nicola está correndo o risco de ir para aquele tal micro-ondas que agora inventaram.
-- O senhor quer dizer que eles irão queimá-lo vivo?
-- Sim Andressa, por isso vocês devem correr contra o tempo.
Andressa olhou para Tavares e disse:
-- Temos que avisar a Márcia, pois com tudo que o Nicola fez, ela jamais deixaria isso acontecer com ele.
-- Ela já sabe Andressa, fique em paz. Agora só depende de você agirem rápido. E não se esqueça de avisar o seu sogro. A presença dele é fundamental para o ciclo natural das coisas que estão planejadas não sejam desviadas do foco. Agora eu preciso ir e agradeçam a major Monteiro por mim. Até mais minha neta e fique tranquila que o André está muito bem e logo vocês estarão todos em paz e com mais um bebezinho para cuidar.
-- Mais um para cuidar. Então eu vou engravidar novamente?
-- Sim querida e será logo. Fiquem todos na paz do pai maior e boa noite.
Márcia se despediu dos avós e retornou para a sua matéria. Acordou sobressaltada e viu que tinha um imenso peso. Virou calmamente a cabeça e viu que os filhos estavam deitados em suas costa acordados e fazendo bagunça.
-- Como esses danadinhos conseguiram essa proeza? Devem trabalhar em conjunto, só pode ser!
Pegou o celular e ligou para Andressa e quando ela subiu e entrou no quarto, deu risada da cena. A major não podia se virar, porque corria o risco dos bebês caírem.
-- Como eles fizeram isso anjo?
-- E eu sei, esses dois estão ficando terríveis. Só sei que acordei com esses pesinhos montados em mim.
Ao verem Andressa, começaram a resmungar e ela foi até a cama e os tirou das costas da major.
-- Seus pestinhas, como vocês estão aprontando!
Depois de dar banho nas crianças, Andressa deu-lhes o peito. Enquanto Márcia tomava banho, ela arrumou o quarto e depois foi a sua vez. Márcia desceu com as crianças e encontrou os amigos que conversavam animadamente.
-- Oi meus bebês lindos, vem aqui com a tia Cláudia, disse pegando os dois no colo. Tavares pegou André e Celina ficou no colo da futura madrinha, que até então não imaginava que receberia o convite.
-- Olá meus amigos, tudo bem?
-- Sim Márcia e você, como está se sentindo?
-- Estou melhor Magalhães, mas é que eu tive um dia estressante hoje.
-- É a Andressa nos contou e nós temos algo para te contar minha amiga, disse Cláudia.
-- Eu sei o que é Monteiro e temos providências a tomar e logo, pois não temos muito tempo. Não pretendo deixar meu irmão virar churrasco de milicianos.
-- Como você soube disso Márcia? Perguntou o coronel Magalhães.
-- Não sei, mas estou sabendo e agora que tal traçarmos o plano para salvar meu irmão?
Nisso Andressa chegou à sala e sentou-se ao lado de Márcia, que lhe deu um beijo apaixonado.
-- Deixem as cenas de amor explícito para depois, falou Cláudia.
Ali começou a ser traçado o plano e a estratégia para tirar o irmão da major do cativeiro em que se encontrava. Ela convocou em sua casa os policiais que ela tinha plena confiança e que eram especialistas em resgates. O tenente Félix e o sargento Prado, foram os últimos a chegar e logo começaram as divisões das responsabilidades e como o local seria invadido. O coronel Giuseppe chegou juntamente com os filhos Genaro, Júnior, Marcelo e o genro Samir. As mulheres ficaram com em casa com a mãe para o caso de alguma coisa acontecer com dona Carlota.
O cunhado da major havia servido no exército sírio e era considerado um atirador de elite, portanto essa seria a sua responsabilidade. Observar o local e ficar em um lugar estratégico e a major Monteiro que também era boa de pontaria ficaria em outro lugar. Andressa ficaria junto com o sogro e o tenente Félix, dando cobertura. A major entraria juntamente com o cabo Motta e o coronel Tavares pela frente, mas sem despertarem suspeitas. A major havia feito curso em Israel, então ela sabia como entrar e sair de uma situação de extremo perigo.
-- Então meus amigos, está tudo certo. Iremos com carros normais para não levantar suspeitas e deixaremos eles a uma certa distancia. E lembrem-se que a prioridade é tirar meu irmão de lá. Enquanto isso, os demais irão até a casa dee e aguardarão o toque do meu celular. Vocês entrarão quando eu resolver o problema no cativeiro, ok?
-- Sim major, estamos combinados. E hoje todos dormirão aqui e amanhã sairemos antes de clarear o dia, falou a major Monteiro.
-- Perfeito major, agora preciso cuidar dos meus filhos, com licença. E a propósito dona Cláudia Monteiro e senhor Henrique Tavares, minha filha precisa de padrinhos e eu os intimo a serem os dela.
A major e o coronel ficaram maravilhados com a notícia e aceitaram a incumbência. Cláudia falou com os olhos lacrimejados.
-- É claro que eu aceito batizar essa gatinha, é o maior presente que vocês estão me dando.
-- Eu também aceito major, e logo que isso terminar vamos batizá-los.
Ótimo, porque a Laura e o André já aceitaram batizar o pequeno André.
O irmão da capitã ficou todo prosa quando ouviu o que a cunhada dissera e falou:
-- Obrigada minha irmã, esse menino vai ser muito amado, assim como essa menina linda. Ele também iria participar do resgate do irmão da major.
As crianças ficariam na casa do coronel Vaz Amorim, e as mulheres também iriam para a casa do ex-sogro da major por motivo de segurança.
Agora estava tudo acertado e a major sentia que um peso de cima dela estava sendo tirado. Andressa estava feliz, pois percebia que a major estava mais animada e isso lhe fazia bem. Quando chegaram ao quarto juntamente com as crianças, Andressa falou :
-- Hoje não faremos amor, mas eu te quero bem juntinho de mim meu amor.
-- Quem disse que não, eu quero você Andressa e nada vai impedir de fazer amor com a minha mulher.
-- Então sendo assim, vem quente que eu estou fervendo.
E assim foi, fizeram amor e depois de muito se amarem, adormeceram sendo observadas pelos filhos que também adormeceram logo depois.
Fim do capítulo
Estratégia traçada. Vamos ao que interessa!
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