Capítulo 12
(Paula)
1 dia antes.
Observava o Fernando enquanto ele ainda estava desmaiado. Como eu pude me envolver com esse homem, eu sempre vi que ele não prestava, mais mesmo assim eu não tive coragem de terminar com ele. mais hoje foi a gota d'água, vou terminar com ele e acabar com esse relacionamento que eu já deveria ter terminado a anos atrás.
Logo o Fernando acordou e eu fui até ele.
— Fernando eu preciso falar com você.— eu disse enquanto ele se levantava do chão.
— eu não quero conversar.— ele disse aos berros.
— ah mais você vai me escutar sim.— respondi no mesmo tom de voz.— eu não quero mais, eu quero terminar com você.
— você não vai fazer isso! Caso contrário eu espalho para a escola e para todo mundo sobre você e essa garota.
— ela não é da escola em que eu trabalho, eu a conheci em uma festa.— menti.
— eu não sou burro eu sei que ela e da sua escola.
— eu vou terminar com você eu não tenho medo de você! e aliás eu sei que você já me traiu.
— não importa. Eu acho melhor você começar a ter medo de mim por que se você terminar comigo eu vou contar para todo mundo.
— você não vai ter coragem de fazer isso.
— não duvide de mim Paula.
Eu estava em um beco sem saída eu não poderia terminar com ele por que ele iria fazer a minha vida virar um inferno, eu vou perder o meu emprego e não vou conseguir outro tão cedo, a minha única opção era continuar com ele.
— Você é um chantagista Fernando.
— é mesmo é.— ele respondeu depois de gargalhar.
— tudo bem Fernando eu não vou terminar com você.
— isso mesmo Paula e o melhor que você faz, e se você continuar se encontrando com essa garota eu vou contar do mesmo jeito, você me entendeu?
— ok Fernando, eu não vou mais me encontrar com ela.
— que bom coração.— o Fernando disse me envolvendo em seus braços e me dando um beijo que eu não correspondi.— eu vou tirar um cochilo, que tal você fazer uma comidinha para gente.
— tá! Eu vou fazer.— respondi friamente.
— quando estiver pronto você me chama, eu estou com fome.— ele disse e em seguida foi para o quarto.
Fui fazer o maldito jantar. De repente me bateu uma enorme vontade chorar, as lágrimas não paravam de cair sobre o meu rosto, algumas lagrimas cairam sobre a comida mais eu estava pouco me lixando para o Fernando.
Ninguém nunca me tratou tão bem igual a Bruna, desde a primeira vez que eu a vi ela foi tão carinhosa e atenciosa ela disse que gostava de mim que me amava, agora tudo que nos vivemos nesses últimos dias foram por água a baixo e eu não vou poder me encontrar com ela novamente por causa do desgraçado do Fernando, nossa como eu odeio ele.
Assim que o jantar ficou pronto eu fui até o quarto e como sempre o Fernando estava roncando como um porco.
— Fernando acorda.— eu disse me aproximando da cama.
— o jantar já está pronto?— ele perguntou ainda com os olhos fechados.
— se eu estou te chamando é por que sim.
— olha quem está nervosinha.
— como você acha que eu deveria estar Fernando.— respondi aos berros.
— você me traiu sabia disso.— ele também respondeu gritando.
— e você acha que eu não sei que você também me traiu não é.
— isso não vem ao caso Paula.
— como assim não vem ao caso.— gargalhei.— você me traiu e eu não posso te trair? faça mil favor Fernando quem você pensa que é.
— eu sou seu namorado querido.— ele disse rindo e se levantou da cama.
— você é um chantagista desgraçado!
— olha como você fala comigo em.
— o que você vai fazer me bater de novo é?
— não Paula, eu te amo.
— se você realmente me amasse você não teria me traído e muito menos me batido.— eu disse indo em direção a porta e De repente eu escutei uma voz vindo do lado de fora da janela e logo percebi que era a voz da Bruna gritando o meu nome.
Caminhei em direção a janela mais o Fernando me interrompeu puxando o meu braço.
— aonde você pensa que vai?
— eu vou falar com ela.
— não você não vai.
— ela está me chamando, deixa eu falar com ela!
— tudo bem.— ele disse soltando o meu braço e fazendo um sinal de rendimento.—fala para ela ir embora e seja breve entendeu?
— tá. Eu respondi ríspida caminhando até a janela.
— Bruna, eu estou bem, por favor você tem que ir em bora Tá bem.
— tudo bem, já que você quer assim.— a Bruna disse e o Fernando me puxou pelo braço fazendo-me sair da janela.
— em nem me despedi dela!
— ah que pena.— ele falou rindo.— agora vamos jantar que eu estou com fome.
— eu odeio você.— eu indaguei o olhando nos olhos com desprezo e em seguida sai do quarto e fui para a cozinha.
A campainha tocou. eu atendi era o porteiro do prédio.
— oi senhor Enzo tudo bem com o senhor?
— oi senhorita Paula, agora pouco uma menina veio aqui a sua procura ela tocou o interfone mais você não atendeu, então eu chequei o interfone e não está funcionando, mais você pode ficar tranquila que amanhã ele estará consertado. Você tem alguma idéia de quem seja essa garota?
— ah sim... Eu sei quem é, muito obrigada por me avisar.
— Não a de que senhorita Paula, tenha uma boa noite.
— igualmente.— fechei a porta e me deparei com o Fernando me observando enquanto ele jantava na mesa.
— você disse que me odeia não é.— ele disse bebendo um pouco de suco.— pois você começar a me amar docinho, você não vai se livrar de mim tão cedo.
— eu não estou afim de ouvir a sua voz eu vou para o meu quarto.
— pode parar aí. me da o seu celular, eu sei que vai ligar para a sua amantezinha.
— eu não vou te dar o meu celular.— respondi o olhando com rancor.
— ah... você vai. caso contrário eu faço uma visitinha na sua escola amanhã o que você acha em coração.— ele falou estendendo a mão para que eu pudesse entregar o celular.
— tá bom, toma essa droga!— eu o entreguei o celular com extrema ignorância e caminhei em passos largos até o meu quarto onde eu literalmente me desmoronei em lágrimas deitada em minha cama, abraçada no travesseiro em que a bruna tinha deitado, o seu cheiro ainda estava lá.
Como eu pude me envolver tanto assim com uma aluna, e agora o que eu irei fazer, eu gosto tanto dela mais eu não posso me arriscar e perder o meu emprego eu tenho que continuar com essa farsa de relacionamento que eu já deveria ter terminado a muito tempo atrás, mais eu fui covarde e não tive coragem te terminar antes, e agora eu irei sofrer as consequências, e o pior e que não é so eu que estou envolvida nessa história a Bruna também está e eu não sei como vai ser daqui para frente, e eu não vou poder me envolver com a bruna novamente.
Xxxxx
(Bruna)
Voltei para sala esbanjando raiva e tristeza ao mesmo tempo. Como a Paula pôde ter feito isso comigo. Eu amo tanto essa mulher e ela me apronta uma dessa. eu fiz uma promessa a mim mesma que isso não irá ficar assim, eu vou resolver essa palhaçada e vou ter a mulher que eu amo de volta não vou deixar ninguém tira-lá de mim custe o que custar.
Me sentei em minha carteira e em seguida a Luiza veio até mim e me perguntou.
— o que aconteceu? Você está com uma cara péssima.
— você acredita, que a Paula disse que não quer mais me ver!— falei furiosa
— nossa o que aconteceu?— a Luiza perguntou com curiosidade.
Eu contei a ela tudo o que tinha acontecido desde de ontem até hoje.
— nossa vocês estavam tão bem, esse cara está obrigando a Paula a se afastar de você, o que você vai fazer Bruna vai desistir dela?
— não eu não vou abrir mão do meu amor pela Paula por causa desse cara, eu vou fazer ela terminar com esse cara e so uma questão de tempo.
— você tem algo em mente?
— mais ou menos eu ainda tenho que pensar no que eu irei fazer, mais eu confesso a você, eu tenho medo de que de errado e que eu perca a Paula para sempre.
— pensa positivo Bruna, tudo vai se ajeitar, você vai ter ela de volta. Que tal agente ir treinar um pouco pra você esquecer isso tudo, o campeonato vai ser daqui alguns dias.
— e você tem razão eu tenho que pensar positivo e não no pior. Vamos para quadra que eu quero ganhar aquele troféu.
— assim que se fala Bruna, vamos lá, eu quero ver um pouco de animação nesse seu rostinho lindo.
— você está me paquerando é? Eu ainda gosto da Paula.— eu disse em um tom de brincadeira e ela ria.
— para de ser boba.— ela me deu um tapa de leve no meu ombro.— vamos logo que nos já estamos atrasadas.
— Tá vamos.— eu disse e nos fomos até a quadra.
Todas as meninas já estavam prontas para jogar exceto eu e a Luiza que ainda tínhamos que nos trocarmos. Nos trocamos rapidamente e fomos para o jogo.
Eu não estava conseguindo jogar so corria de um lado para outro com a mente em outro lugar,e esse outro lugar significa a Paula, eu não conseguia esquecer a Paula um minuto se quer.
O jogo terminou e o professor me chamou para conversar em particular.
— o que está acontecendo com você Bruna? Hoje você foi muito pouco produtiva, você é a melhor delas, quase você não tocou na bola.
— me desculpa professor e que hoje eu não estou muito bem, mais nos próximos treinos eu vou dar o meu melhor e que realmente hoje eu não estou bem.
— tudo bem, eu estou contando com você.
— ok, eu vou dar o meu melhor o senhor pode confiar. tchau eu tenho que voltar para sala.
— tchau.— ele respondeu e eu fui para sala. No corredor quando eu estava quase chegando na minha sala eu me encontrei com a Paula, eu estava indo e ela estava voltando. Ela olhava em meus olhos profundamente, até parecia que ela queria se aprofundar em minha alma. Nos observávamos sem dizer uma palavra até que ela se decidiu em falar.
— oi.— ela disse em um tom de voz tímido.
— oi.— respondi no mesmo tom de voz.
A Paula seguiu andando e eu fui para a minha sala, me sentei. O professor já estava em sala explicando uma matéria qualquer que com certeza eu não iria conseguir prestar atenção.
literalmente eu estou morrendo aos pouco, como eu vou viver sem a Paula, so ela que faz meu coração acelerar so do fato de me lembrar da sua bela voz rouca, o ótimo cheiro que vem dos seus cabelos e da sua pela macia, como eu vou viver sem ela? eu não me imagino sem ela, por que o amor tem que existir? Só para acabar com a minha vida? será que eu não vou ter escolhas e sofrer pro resto da minha vida, será o que vai acontecer daqui pra frente, sinceramente eu não sei.
Depois de alguns minutos uma pessoa parou do meu e estalou os dedos me fazendo despertar dos meus devaneios.
—Você não vai pro recreio não?— era a Luiza me chamando.
— vou sim, ja está no intervalo?— ela riu da minha cara e colocou a mão no meu ombro.
— você está tão apaixonada assim que nem está vendo o tempo passar? Você não ouviu o sinal do intervalo não?— ela ainda ria de mim como se aquilo fosse a coisa mais engraçada do mundo.
— não eu não escutei. E não tem graça Luiza eu estou sofrendo tá.
— meus deus que drama.Agora levanta dessa cadeira.— a Luiza puxou os meus braços fazendo-me levantar.
— eu não quero ir me deixa ficar aqui sozinha.— me sentei e a Luiza me puxou novamente.
— você não vai ficar aqui Bruna! anda vamos lá pra fora.— a Luiza disse me empurrando até a porta.
— ta bom você venceu.— eu ergui os braços em sinal de rendimento.
— é bom mesmo.— ela sorriu por causa do meu gesto.— vamos lá para fora.
— ta ok.
Caminhei lentamente até o pátio e me sentei junto a Luiza e a Gabriela.
— o que aconteceu com você Bruna você esta um pouco estranha hoje.— a Gabriela disse enquanto me observava.
— não aconteceu na..— fui interrompida com os meus dizeres ao ver a Paula bem próxima de mim conversando com uma Professora. Ela se despediu da mulher me olhou nos olhos e seguiu caminho até a sala dos professores.
— ué por você perdeu a fala?— a Gabriela falou olhando nos meus olhos.
— ham... Eu não perdi a fala.
— e só você olhar para diretora que você fica desse jeito. Será que quando eu me apaixonar Eu vou ficar com essa cara de bocó igual você fica?— a Gabriela soltou uma mega risada fazendo a Luiza rir também.
— eu não tenho cara de bocó.
— quando você vê a diretora você tem sim.— ela continuou rindo apontando para o meu rosto.
— eu não estou para brincadeira hoje Gabriela.
— mais afinal o que você tem? Você está comendo a diretora não tá? Se eu estivesse pegando aquela mulher boazuda eu estaria super feliz.
— ou... não fala assim dela!
— mais é verdade. O que está acontecendo com vocês duas?
— ela não quer mais me ver.
— mais por que? Você pegou ela de jeito? você transou com ela né? Na hora do vamo ver você desistiu de trans*r com ela? Ah se eu estive no seu lugar eu iria comer aquela mulher todinha.
— pode parar com esse seu linguajar, eu não quero ver você falando assim da Paula, poxa eu amo ela e você fica falando essas coisas Gabriela!— eu alterei o tom de voz e ela esbugalhou os olhos, acho que se assustou.
— me desculpa Bruna.— ela respondeu com uma cara de cachorro que caiu da mudança.— mais afinal por ela disse que não quer mais te ver?
— o namorado dela nos pegou na cama e ele está chantageando a Paula dizendo que se ela continuar se encontrando comigo ele vai dar a língua nos dentes e denunciar a Paula aqui na escola.
— nossa! mais você e quase maior de idade.
— o problema não é esse e que professor não pode se relacionar com aluno. a Paula pode perder o emprego dela.
— mais que puta sacanagem o que tem de mal nisso.
— pois é mais isso ninguém entende.
— o que você vai fazer Bruna vai desistir dela?
— não eu não vou desistir eu não pretendo perder essa guerra.
— é assim que se fala mostra para esse cara quem é que manda.
— mais vê se não faz nenhuma loucura.— disse a Luiza.
— pode ficar tranquila eu não vou fazer nenhuma loucura.
— assim espero.— ela falou e logo depois o Danilo se juntou á nos e se sentou. Enceramos aquele assunto e os três ficaram conversando e eu fiquei quieta no meu canto refletindo sobre algumas coisas.
Não demorou muito para o sinal tocar. voltei para sala e o professor começou a sua aula. deite a cabeça sobre os meus braços, eu não estava afim de prestar atenção em aula nenhuma.
os horários se passaram com muito custo e assim que a aula terminou eu fui para casa direto para o meu quarto, me joguei na cama, tentei ligar para Paula e não atendeu mandei uma mensagem de texto mais não obtive resposta.
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Alguns dias se passaram e a Paula não me procurou e nem eu a procurei, aquilo estava me incomodando será que ela me esqueceu? eu não saia mais de casa só ficava trancada no quarto, só saía para trabalhar e ir a escola.
Estava na escola ouvindo aquele professor chato de ensino religioso, estava fazendo um para casa de matemática que eu tinha esquecido de fazer em casa, escutei duas batidas na porta e olhei para ver quem era. era uma servente da escola, o professor permitiu a sua entrada, voltei a fazer o que eu estava fazendo até que escutei o meu nome, olhei para ela de imediato.
— Bruna a diretora esta te chamando.— eu gelei quando ouvi aquelas palavras mais eu sabia do que se tratava.
— tudo bem eu já vou.— respondi e fui até a sala da Paula.
Chegando lá dei duas leves batidas na porta que estava aberta.
— entre Bruna e feche porta por favor.
Fiz o que ela me pediu e fiquei de frente para ela a encarando.
— sente-se Bruna.— ela apontou para a cadeira e eu me sentei.
— nossa você lembra o meu nome? achei que tinha se esquecido de mim.— fui sarcástica.
— não eu não me esqueci de você Bruna.— ela respondeu com um olhar triste que também me fez entristecer.
— então por que você não atende mais as minhas ligações? o desgraçado do seu namorado fica vinte e quatro horas do seu lado?
— não. Ele pegou o meu celular.
— você deixa esse cara impor essas regras sobre você? que eu saiba ele não é o seu pai.
— eu estou sendo chantageada Bruna, eu gostaria de terminar com ele mais eu não posso.
— tudo bem. esse cara esta te batendo? esta fazendo alguma coisa com você?
— não.
— que bom. Mais afinal por que você me chamou aqui?— eu sabia qual era o motivo mais eu não queria que ela percebesse.
— esse buquê de flores aqui serve?— ela apontou para o buquê de flores que estava em uma jará com água em cima da mesa. Ela demostrava um pequeno sorriso tímido.
— como você sabe que foi eu que te dei o buquê?— sorri e ela também sorriu.
— essa tal pessoa misteriosa também mandou um cartão.— ela disse e logo em seguida leu o cartão em voz alta.
— Não te quero por um dia. Não te quero por um ano. Te quero por toda a vida, te quero porque te amo!
— mais não tem meu nome aí.
— pode parar Bruna eu sei que foi você que me mandou esse buquê.
— tudo bem foi eu. Você gostou?
— gostei, mais eu deixei bem claro que agente não pode mais se ver.
— então você não gosta mais de mim é isso?
— eu gosto de você Bruna mais eu não posso me envolver com você de novo.
— vai.. me diz que você não sente mais nada por mim.— eu me levantei e fui até ela, a puxei pelo braço e agarrei pela cintura.
— Bruna não faz isso.— a Paula disse em um sussurro.
— eu te amo.— disse em seu ouvido.
— por favor Bruna vai embora eu não vou conseguir aguentar por muito tempo.
— eu não vou embora.— apalpei suas nádegas ela omitiu um gemido baixo.
— agente não pode mais fazer isso, o Fernando vai acabar descobrin...— calei a sua boca com um beijo cheio de desejo e paixão.
Fim do capítulo
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