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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 14262
Acessos: 12558   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 16

 

 

 

Samantha acordou com o toque insistente do celular. Olhou Amanda, que mexeu-se, Samantha com medo dela acordar com o barulho, rapidamente pegou o aparelho e o desligou, mas seu movimento desesperado acabou a acordando. 

 

-- O que foi amor? -- Amanda acordou meio assustada, estava deitada sobre o colo de Samantha.   

 

-- “Droga”. -- Falou mentalmente por tê-la acordado, estava com o celular na mão, e morrendo de sono ainda. -- Desculpa meu anjo. -- Disse a olhando. -- O celular estava tocando e quando peguei te acordei. -- Samantha a explicou. 

 

Amanda sorriu, e a apertou em um abraço que, Samantha correspondeu e a beijou. 

 

-- Que horas são? -- Amanda perguntou, sentiu que tinha dormido tão pouco, pois ainda estava com muito sono. 

 

Samantha olhou o celular e se assustou com a hora. -- Sete e cinquenta? -- Samantha disse alto, pois pensava ter acordado com o despertador, programado para às nove horas. 

 

-- Que foi? -- Amanda percebeu o espanto dela. 

 

-- Nada...é que pensei ser o despertador do celular, mas não. -- Sorriu a olhando.  

 

-- Amor, tá muito cedo ainda, estou com sono. -- Amanda fez manha enquanto cheirava o pescoço dela. 

 

-- Eu sei, também estou com sono...

 

-- E porque o barulho nos acordou, o que era? -- Amanda quis saber mostrando o celular na mão de Samantha. 

 

-- Acho que era uma ligação, tem várias chamadas não atendidas. -- Samantha explicou e a beijou novamente, mas foram interrompidas pelo toque do celular. Samantha o olhou e viu que era o Doutor Olavo. -- O que o Olavo quer a essa hora? -- Perguntou pensativa, não era nem oito horas ainda. Olhou Amanda deitada a seu lado.

 

-- Atende, pode ser alguma coisa sobre o hospital. -- Amanda ressaltou.  

 

-- Oi, Olavo. -- Atendeu. -- Bom dia.

 

-- Bom dia, Samantha, desculpa ligar a essa hora, ontem você não me atendeu... é que é importante. -- Explicou-se.

 

-- Desculpa nem vi sua ligação. Pode falar...

 

-- Bem... É que ontem depois que você saiu a polícia esteve aqui... -- Samantha tencionou o corpo e a mandíbula. -- Soube por acaso... A Paloma estava comentando com uma enfermeira. Eu perguntei e ela me falou que um detetive esteve na Ala da emergência fazendo várias perguntas sobre uma mulher, chamada Eloá, se ela não tinha dado entrada no hospital no sábado por volta de oito e nove horas... -- Olavo suspirou e Samantha também. -- Paloma negou, não sabia de nada, ela disse que era a segunda vez que procuravam, a primeira vez foi um policial. 

 

-- Amanda entrou pela emergência particular, não tinha com a Paloma saber e eu resolvi tudo pessoalmente e não fiz prontuário, não está arquivado, nem na área particular. -- Samantha confessou, estava preocupada. 

 

-- Eu também não. -- Lembrou. -- Então foi isso... Ele deixou o número caso tivéssemos informações. Eu estou com ele em mãos... Samantha essa mulher que eles procuram é mesmo a Amanda não é? 

 

Samantha respirou fundo olhando Amanda a seu lado que, estava alheia. -- Creio que sim, Olavo. -- Concordou.

 

-- Samantha... 

 

-- Fala. -- Samantha pediu ao perceber o receio dele.

 

-- Samantha, somos amigos, é... eu sei que você está com a moça, digo namorando. -- Confessou e suspirou tenso, temia pela felicidade da morena. -- É o marido quem está à frente do caso. -- Samantha ouviu o que mais temia. -- O que eu faço? Eles vão voltar, com certeza. 

 

-- Espera, em dez minutos eu te ligo. -- Foi o que disse e desligou. 

 

Samantha sentou-se na cama e Amanda a acompanhou, percebeu a preocupação dela. 

 

-- O que foi amor? O que ele queria? -- Perguntou a olhando. 

 

-- Amor. -- Samantha lhe fez um carinho, estava receosa, mas tinha que falar a verdade para Amanda. -- Amor sua família está te procurando. -- Não teve coragem de falar, “o marido”.

 

-- Família? -- Estava surpresa, assustada, preocupada... -- O Doutor Olavo, disse isso? 

 

-- Sim. -- Samantha confessou vendo a aflição dela. 

 

-- Como ele sabe? Quem está me procurando? -- Quis saber. 

 

Samantha baixou a cabeça, estava angustiada, com medo... Voltou a olhar Amanda e pôs-se a explicar o que Olavo tinha lhe dito.

 

Amanda ouviu a tudo com calma, mesmo preocupada a cada palavra proferida por Samantha. E ao termino, ela já tinha uma decisão tomada. Nada, nem ninguém, nem mesmo esse marido iria lhe separar da mulher que amava. 

 

-- Amor... -- Samantha estava com os olhos marejados a olhando.

 

-- Escuta. -- Amanda pegou com as duas mãos em seu rosto ajeitando-se na cama. -- Eu amo você! Ninguém vai nos separar, ouviu bem? -- Samantha já chorava e Amanda também. -- Vamos resolver isso juntas, posso contar com você?

 

-- Claro que pode, amor... Sim, sempre! -- Samantha sorriu feliz e a beijou, um beijo cheio de amor, paixão, gosto de felicidade, molhado pelas lágrimas de uma certeza, a de que se amavam, e muito.  

 

-- Eu te amo. -- Amanda disse ainda com a testa encostada na dela. 

 

-- Também te amo. -- Sorriu.

 

-- Liga para o Doutor Olavo e fala que eu quero falar com ele. -- Amanda pediu e Samantha a olhou receosa. -- Confia em mim. -- Completou sorrindo.

 

-- Tudo bem. -- Samantha fez a ligação. -- Olavo, Amanda vai falar. -- Samantha deu o aparelho para ela.  

 

-- Bom dia doutor Olavo. -- Falou animada. Samantha a observava. 

 

-- Bom dia. -- Sorriu. -- Tudo bem?

 

-- Claro. Doutor...

 

-- Me chame de Olavo. -- Pediu.  

 

-- Ah sim... Olavo, a Samantha me contou tudo, e quero lhe pedir um favor, posso?

 

-- Claro! 

 

-- Então, quero que o senhor ligue lá para esse homem e diga que o senhor pode ter algumas informações, mas não diga nada concreto ainda, não sei, inventa algo... 

 

-- Não entendi. -- Confessou e Amanda riu. 

 

-- É que hoje eu vou conhecer os meus sogros. -- Olhou Samantha sorrindo e, esta, sorriu de volta. -- E não quero nada, nem ninguém me atrapalhando. Então, quero que o senhor marque uma reunião, um encontro, sei lá, para amanhã, mas só amanhã mesmo, pode ser lá no hospital. Eu estarei lá e Samantha também, ai explicamos tudo. Pode fazer isso pra mim?

 

-- Logico que posso! Com maior prazer. -- Olavo consentiu também feliz.  

 

-- Obrigada, faça isso. Ainda quer fala com a Sam?

 

-- Não, vou fazer agora mesmo o que me pediu. 

 

-- Obrigada, tchau.

 

-- Tchau. -- Ele disse e Amanda desligou e pulou nos braços de Samantha a beijando. -- Pronto, hoje eu sou toda sua! -- A beijou novamente. -- Dá sua família. -- Outro beijo. -- Amanhã nós resolveremos tudo isso, e depois serei só sua, somente sua. Eu te amo Sam, e ninguém vai me tirar de você! -- Amanda a beijou com todo amor que sentia.

 

Samantha escutou a tudo com uma felicidade enorme. Amanda era dela, somente dela, e iria fazer de tudo, para elas viverem esse amor, para sempre. A beijou com vontade, desejo, passando todo seu amor, sua felicidade... Lembrou da noite extraordinária delas, que não fazia nem duas horas que foi “pausada” para descansarem, sorriu ainda no beijo ardente delas, estavam ofegantes já, e precisavam de ar...

 

-- Eu te amo. -- Foi a vez de Samantha dizer. -- Bom dia. -- Disse a olhando sorrindo. Elas estavam deitadas atravessadas na cama, com as cabeças para o lado dos pés. Samantha estava sobre Amanda e lhe fazia um carinho no rosto. 

 

-- Bom dia. -- Respondeu sorrindo. -- Amor, estou morrendo de sono ainda. -- Reclamou.  

 

Samantha riu. -- Eu também meu anjo. -- Vem, vamos dormir mais um pouquinho. --Samantha a puxou e elas ajeitaram-se na cama, deitando do lado certo. Amanda deitou sobre o braço direito de Samantha que, a abraçou contente.  Pegou o celular sobre a cama e novamente o reprogramou para despertar, mas dessa vez para as dez horas, afinal ela tinha que apresentar a namorada para a Família. Sorriu. -- Bons sonhos, amor. -- Falou dando um beijo na testa de Amanda. 

 

-- Então vou sonhar com você! -- Amanda disse sorrindo e fechou os olhos aproveitando o calor do corpo e o abraço de Samantha.  

 

 

* * * *

 

Cida chegou as seis e meia em ponto diante da porta do apartamento da patroa. Mas com uma diferença de todos os outros dias, dos últimos quase sete anos que trabalhava para Samantha, ela não usou sua chave de imediato, ficou parada na porta durante uns dois minutos, pensando se tocava ou não a campainha. 

 

-- A Lucida, deixa de besteira e abre essa porta de uma vez mulher! -- Cida disse em voz alta para si mesma, enquanto segurava a chave na fechadura na porta. -- Será? -- Hesitou. -- A seja o que Deus quiser, elas não vão repetir o mesmo deslize, não é possível! -- Cida girou a chave e abriu a porta, respirou aliviada por encontrar a sala vazia. Fechou a porta atrás de si e pôs-se a andar para a cozinha. -- Gente que bagunça! -- Falou ao ver a mesa com as louças do jantar de Samantha. -- Samantha nunca foi de deixar a cozinha assim. -- Notou, mas logo sorriu. -- Ah o amor! -- Disse colocando sua bolsa no lugar de sempre, em um armário na cozinha mesmo. E começou a retirar os pratos e talheres os colocando na pia. Limpou a mesa, e lavou a louça rapidamente.

 

-- Agora sim, uma cozinha descente. -- Cida sempre falava sozinha. Acontecia sem ela perceber. -- Agora o café... 

 

Cida preparou tudo com sempre e arrumou a mesa para o café da manhã das três mulheres da casa. Olhou a hora, achou que Samantha e a filha já estavam atrasadas e realmente estava certa. Pois pensava que Samantha iria para o hospital e Agatha para a escola, essa era a programação que ela esperava.  

 

-- Sete e meia. -- Falou em voz alta sorrindo. -- Ah o amor... Se continuar assim, Agatha não estuda mais e Samantha não trabalha! -- Riu um pouco alto.

 

-- Bom dia Cida. -- Agatha disse aparecendo na cozinha, vestida no pijama, coçando os olhos e arrastando os pés ainda, calçados nas pantufas. 

 

-- Bom dia menina Agatha. -- Sorriu a olhando. -- Não vai pra escola de novo? -- Quis constatar.

 

-- Não, mamãe disse que eu não ia pra escola hoje, porque nós vamos pra casa da vovó. – Agatha a olhou feliz. -- Eles chegam hoje. -- Completou e Cida sorriu, sabia que os pais de Samantha comemoravam tudo.  

 

-- Fico feliz... -- Confessou. -- Já quer sua vitamina? 

 

-- Quero. -- Disse contente e já foi se servido de bolo, pão de queijo entre outras guloseimas. 

 

-- Prontinho meu anjo. -- Cida a serviu.  

 

-- Toma o café também Cida, é chato tomar sozinha, ainda mais com você só me olhando. -- Disse a fitando e Cida riu. Agatha sempre lhe dizia isso, desde quando começou a falar direito. 

 

-- Ok. -- Cida sentou numa cadeira ficando de frente para ela e começou a tomar o seu café também. 

 

-- Cida a mamãe preparou uma surpresa para a Amanda. -- Confessou falando baixo. -- Eu ajudei a tia Susan a pegar as coisas no carro dela. -- Agatha contou sorrindo. 

 

 -- Ah é? E você sabe que surpresa foi? O que era essas coisas? -- Cida estava realmente curiosa. 

 

-- Eu não sei como ela ia fazer. Mas quando eu fui com a tia Susan lá no carro, tinha um monte de caixa e a tia Susan abriu. -- Disse sorrindo. -- Mas não é pra contar pra mamãe não, que ela abriu, é segredo. -- Revelou e Cida assentiu sorrindo. -- Tinha uma caixa com quatro garrafas, a tia disse que era duas de vinho e duas de champanhe, tinha uma caixa com várias coisas, tinha morango, uva, bombons, chocolate e uns potes, tia Susan falou que era velas. 

 

-- Vela junto com as frutas? -- Cida perguntou achando estranho. 

 

-- Era, elas estavam tampadas... e na outra caixa tinha uma sacola só com as pétalas de rosas e também um buquê, eles estavam geladinho, tia Susan disse que a caixa era térmica, para as rosas não murcharem.

 

-- Nossa, quanta coisa...

 

-- Ainda tem mais, tinha uma caixa com um monte de velas pequenas e coloridas.

 

-- Mais velas? -- Cida questionou.

 

-- Era, essas era para iluminar e deixar um cheiro bom, a tia que disse. -- Justificou e continuou. -- E nessa caixa também tinha uma caixa menor... 

 

-- O que era? -- Cida perguntou ao ver Agatha pensando.  

 

-- Não sei, a tia Susan não deixou eu olhar.

 

-- Hum... Nossa, e vocês trouxeram sozinhas tudo isso?

 

-- A gente teve que pedir ajuda para o porteiro. -- Disse sorrindo. -- Era muita caixa.

 

-- Realmente. -- Concordou. 

 

-- Vou subir e escovar os dentes. -- Agatha avisou levantando da cadeira. 

 

-- Tudo bem. -- Cida disse começando a arrumar o que elas tinha sujado. 

 

Quando Agatha, estava passando pela sala escutou o telefone tocando, correu para atender.  

 

 -- Alô. -- Disse sentando-se no sofá e logo viu o vaso com as rosas vermelhas, sorriu. 

 

-- É... Oi, quem fala? -- Uma voz feminina soou no aparelho.

 

-- Agatha, quem é? -- Agatha não conhecia a voz.

 

-- Oi Agatha, meu nome é Mônica e eu queria falar com a minha mãe, a Cida, pode passar o telefone pra ela?

 

-- Posso sim, espera. -- Agatha apertou um botão, pôs o aparelho no gancho e correu de volta para a cozinha. -- Cida, sua filha Mônica que falar com você. -- Avisou. -- Atende ai nesse. 

 

-- A Mônica? O que ela quer? -- Foi atender preocupada. -- Oi, filha, aconteceu alguma coisa?

 

-- Não mãe, relaxa. A senhora esqueceu o seu celular e eu queria lhe pedir uma coisa. 

 

-- Ah sim... 

 

Cida ficou falando com a filha e Agatha subiu para o seu quarto, ao chegar, foi logo tirando o pijama e indo para o banheiro... Escovou os dentes, tomou um banho e arrumou-se, já com a roupa de sair para a casa dos avós. 

 

-- Elas ainda estão dormindo? -- Agatha perguntou-se ao passar em frente a porta do quarto da mãe. Pegou na maçaneta da porta e a girou, mas ela estava trancada, deu de ombros e desceu para a sala, ligou a televisão e ficou entretida assistindo desenho...

 

 

* * * *

 

Samantha novamente acordou com o insistente barulho do seu celular, o pegou assim que conseguiu assimilar a situação e encerrou o ruído do aparelho. Agora sim, ela havia acordado na hora programada por ela. Olhou Amanda ao seu lado, deitada em seu braço, sorriu, ela ainda dormia e estava com um braço a rodeando pela cintura e com uma das pernas sobre a sua. Samantha lhe deu um beijo na testa e a apertou mais em seus braços. Amanda sentiu a movimentação e sorriu sentido ser apertada pela morena, quase embaixo de si. 

 

-- Bom dia, amor. -- Samantha disse ao perceber que ela tinha acordado.  

 

-- Bom dia, amor. -- Respondeu sorrindo e abriu os olhos para fitar Samantha. 

 

-- Com sono? -- Samantha indagou ao ver a carinha dengosa dela. 

 

-- Muito! -- As duas sorriram. -- Mas já estou bem melhor. E com sede! -- Admitiu e Samantha riu.  

 

-- Você bebeu muito, amor. Por isso a sede, está de ressaca. -- Declarou sorrindo. 

 

-- Foi né? -- Afirmou em forma de pergunta sorrindo. 

 

-- Foi sim. -- Samantha a puxou para cima de si e a beijou. -- Você ficou alegre.

 

-- Eu lembro... E lembro também que só g*zei duas vezes lá na banheira. -- Lembrou e Samantha riu. -- Faltou uma!

 

-- Desculpa, mas você ficou muito alegre e não achei justo abusar de você assim. -- Revelou lhe fazendo um carinho.  

 

-- Mas eu lembro que ainda estava alegre e tonta quando você me amou ao amanhecer. -- Notou sorrindo. 

 

Samantha riu lembrando. -- É que você pediu com tanto carinho, que eu não resisti! Te amo, amo... -- Samantha a beijou com calma, deliciando-se com o roçar dos lábios e línguas... 

 

-- Manhêêêêê? – Elas escutaram malmente a voz de Agatha chamando e as batidas abafadas, mas fortes na porta do quarto as despertando do beijo. 

 

-- Nós temos uma garotinha impaciente ai na porta. -- Amanda falou depois do beijo.

 

-- Amaaanndaaa? -- Agatha mudou o nome. -- Vai, acordem! -- Gritava e batia na porta. -- Eu quero ir pra casa da vovó, ela já chegou. Eu já até estou arrumada... Mã... -- Agatha não completou a frase, pois a porta foi aberta por Samantha que, sorria a olhando. Agatha estava com uma mão parada no ar e a outra para trás. -- Mãe... -- Estava sorrindo. -- A Amanda tá vestida? -- Perguntou desavergonhada abaixando o braço.   

 

-- Está, mas... -- Samantha não terminou, pois Agatha entrou correndo na direção da cama. 

 

-- Amanda. -- Disse pulando na cama, quase em cima de Amanda que, assustou-se e sorriu. 

 

-- Oi gatinha. -- Amanda a beijou no rosto. 

 

Samantha observava agora ao lado da cama, viu o que a filha escondia nas mãos, atrás de si.  

 

-- Olha. -- Agatha mostrou uma rosa, que havia tirado do jarro na sala e um papel com um desenho, estava bem dobrado. -- Eu fiz esse desenho com a ajuda da tia Susan, ela fez e eu pintei com a ajuda dela, é você. -- Abriu o papel e entregou a Amanda que, pegou o olhando emocionada, este desenho ela ainda não tinha visto, era o desenho dela, do colo para cima. Olhou Agatha com os olhos marejados, quando leu a frase “Amanda, eu te amo”, escrito no papel. -- Eu te trouxe esse flor também. -- Entregou sorrindo. Amanda já chorava, não conseguiu conter as lágrimas. -- Eu peguei do vaso lá da sala. -- Confessou. -- Mas dessa vez foi eu que te dei. -- Observou. 

 

Amanda e Samantha estavam emocionadas com o ato da menina. Amanda olhou Samantha que, sorriu, voltou a fitar Agatha a sua frente e a puxou para um abraço apertando a beijando várias vezes. 

 

-- Obrigada meu anjo, eu amei o presente. -- Amanda falou 

 

-- Mas não é um presente. É uma surpresa! -- Revelou sorrindo.  

 

-- Ah... Eu amei a surpresa, amei muito! -- Amanda confessou mais fascinada ainda. 

 

-- Legal. -- Comemorou. -- Mãe eu também fiz uma surpresa. -- Agatha disse olhando a mãe.

 

-- Estou vendo. -- Samantha pegou a filha no colo e a beijou feliz. -- Acho que a sua surpresa foi melhor que a minha. -- Samantha sussurrou no ouvida da filha, mas Amanda escutou e riu.  

 

-- Será? Foi legal né? -- Agatha estava orgulhosa de si. -- Ô mãe? -- Indagou observando o quarto. As roupas ao redor da cama, os castiçais com a cera derretida espalhados pelo quarto, o sofá fora do lugar, os abajures no chão, o balde, agora com água sobre o criado mudo, a bandeja com alguns morangos entre outras coisa... -- Que surpresa a senhora fez? -- Agatha olhou a mãe confusa a fazendo rir e Amanda a acompanhou. -- É que só estou vendo o quarto bagunçado, e o que é aquilo vermelho no lençol da cama. -- Agatha se referia as manchas de vinho nos lençóis. Mas Samantha falou das rosas, pensou que era as pétalas que ainda continha nela. -- Não, as manchas. -- Rebateu. Samantha riu e falou o que era. -- E quem foi que derramou? -- Indagava curiosa. 

 

-- Já chega de perguntas, mocinha. -- Samantha a colocou no chão. -- Agora desce, que eu e a Amanda logo desceremos também. -- Avisou. 

 

-- Tá, mas não demorem! -- Falou e saiu correndo do quarto. 

 

-- Essa Agatha. -- Amanda sorriu olhando a namorada. -- Ela também me ama. -- Disse emocionada mostrando o desenho para Samantha que o olhou com carinho também.  

 

 -- De qual surpresa você gostou mais? -- Samantha fez uma brincadeira. 

 

-- Ah amor. -- Amanda reclamou. -- Sacanagem. Não tem como escolher! 

 

Samantha riu alto. -- Eu sei, amor. Estava brincando. -- Samantha a beijou com carinho. -- Ah o que que é dessa vez. -- Samantha reclamou ao ouvir o celular tocar. 

 

-- Atende logo amor. -- Amanda disse rindo. -- Eu vou tomar um banho rápido. -- Disse e foi para o banheiro.     

 

-- Alô. -- Samantha disse meio ríspida, não conhecia o número. 

 

-- Drª Samantha Cooper? 

 

-- Sim. Quem deseja?

 

-- Bom dia senhora. Aqui é o delegado. Na quarta-feira um policial esteve ai, passando algumas informações, e tenho novas ótimas notícias.

 

Samantha respirou profundamente sentando na cama e o interrompeu. -- Pode falar delegado. -- Estava ansiosa.  

 

-- Resumindo e me explicando também... O meu assistente incompetente, que já demiti, rasurou as impressões digitais da moça, por isso, não estávamos encontrando nada em nossos bancos de dados. Estávamos esperando uma autorização para testar as impressões digitais certas e assim que consegui, verifiquei mediante as autoridades competentes e o que me passaram foi: O nome da moça é Eloá Franco do Vale Bartovisk, nascida em Florianópolis dia 25 de janeiro de 1980, 35 anos. Ela é casada com, Fabricio Lopez de Bartovisk... 

 

-- Obrigada delegado. -- Samantha havia anotado tudo, e estava num misto de nervosismo e preocupação, pois Amanda/Eloá, no caso, realmente era casada. -- Mais alguma coisa? -- Samantha perguntou e sentiu ser abraçada por Amanda, já banhada ficando de joelhos atrás dela. 

 

-- Só um minuto senhora. -- O homem pediu.

 

-- Amor é o delegado. -- Samantha mostrou o que havia anotado sobre ela e Amanda leu rapidamente sem conter de novo a preocupação com o “casada”.

 

-- Senhora? -- O delegado chamava.  

 

-- Desculpe, pode falar. -- Samantha havia colocado o celular no viva voz. 

 

-- Desculpe, é que acabo de encontrar um fax de outro distrito policial, perguntando se eu tinha alguma informação sobre este mesmo caso... Eu não acredito, eu o encontrei atrás da máquina, era de quarta-feira. Tudo já teria se resolvido, me desculpe mesmo por isso. 

 

Samantha não sabia se o afrontava ou o agradecia, Amanda percebeu e a acalmou. -- Tudo bem. Mas é realmente sobre a mesma pessoa? No caso a Am... Eloá? -- Samantha estava confusa e Amanda riu a beijando na boca. 

 

-- Sim... A proposito a moça ainda está sob seus cuidados?

 

-- Como? -- Samantha não tinha assimilado. Amanda a beijava no pescoço agora.  

 

-- A moça, a Eloá, ainda está internada no seu hospital? Quando eu fui ai, ela estava desacordada... -- Explicou.

 

-- Ah sim, não. -- Samantha estava gaguejando. -- Desculpa... Ela está sob meus cuidados sim, ela está muito bem! -- Samantha afastou o celular. -- Amor... -- Falou rindo para Amanda que, mordiscava seu pescoço e tocava seu seios.  

 

-- Ok, vou ligar agora mesmo para a outra delegacia e avisar que a moça que eles procuram está no seu hospital. 

 

-- Não! -- Amanda foi quem falou alto. 

 

-- Mas porque não? 

 

Amanda pegou o celular e o deixou mudo, para poder falar com Samantha sem que o delegado escutasse. 

 

-- Amor diz pra ele encerrar o caso, e não ligar pra ninguém. Já sabemos que são os mesmos casos, sobre mim. E já disse que amanhã resolvemos isso, hoje não. Não quero. -- Amanda explicou. 

 

-- Amor, o que eu vou dizer? 

 

-- Sei lá... ah que seja, vou resolver isso logo. -- Amanda pegou o celular. -- Oi delegado, está ai? -- Amanda mesmo falava ao telefone. 

 

-- Sim, mas...

 

-- Sou a assistente da doutora Samantha. -- Amanda disse séria e Samantha riu, mas logo foi detida pela mão de Amanda em sua boca. -- Ela teve uma emergência e me disse para dizer que o senhor pode ligar para a delegacia lá e avisar que a moça que eles procuram está internada lá no hospital... AQUI no hospital quero dizer. E que as visitas deles estará liberada somete amanhã está bem? Só amanhã, não é hoje e nem depois de amanhã, é amanhã... -- Samantha ria ao lado de Amanda que, fazia de tudo para ela se controlar.    

 

-- Tudo bem. -- O homem concordou sem reclamações, pois Amanda foi incisiva. 

 

-- Mais alguma coisa?

 

-- Não, mais nada. Vou fazer o que me pediu. -- Disse e desligou rápido. 

 

-- Amor? -- Samantha ria ainda. -- Coitado do senhorzinho. -- Completou a olhando admirada. 

 

-- Já disse. -- Amanda beijou Samantha calmamente. -- Hoje não quero ninguém me atrapalhando. -- Admitiu. Amanda estava sentada nas pernas de Samantha e a beijou novamente. 

 

-- Amor você leu isso? -- Samantha pegou e mostrou sua agenda com as anotações sobre ela.

 

-- Li, amor. -- Amanda pegou a agenda da mão de Samantha e leu novamente, mas dessa vez, em voz alta. -- Eloá Franco do Vale Bartovisk, nascida em Florianópolis dia 25 de janeiro de 1980, 35 anos. Filha de, Lúcia Franco do Vale e Carlos Martins do Vale. E casada com, Fabricio Lopez de Bartovisk. -- Amanda leu as informações, mas quase nada ali lhe remetia a alguma lembrança forte, sabia que de alguma forma amava aquelas pessoas, mas apenas o nome da mãe e o seu próprio lhe trazia a sensação de real, verdadeiro. Lembrou que, costumava chamar a mãe de “Dona Lúcia”, às vezes e, ela não gostava. Amanda sorriu. 

 

-- Lembrou de algo? -- Samantha perguntou curiosa ao vê-la sorrir.      

 

-- Um coisinha boba, mas legal. -- Sorriu novamente olhando Samantha. -- Eu costumava chamar minha mãe de “dona lúcia” e ela odiava, e ai que eu fazia mesmo, só pra deixa-la nervosa, era engraçado. -- Confessou. -- Mas só isso, o resto, não me trazem nada... -- Suspirou rendida. -- Até meu nome, me trazem apenas a lembrança de escrevê-lo várias vezes por dia, sentada em uma mesa de escritório, é o que me recordo no momento... É chato fazer isso, eu também lembrei disso...-- Sorriu e Samantha também. -- Prefiro Amanda! -- Admitiu.

 

-- Eloá. -- Samantha disse em voz alta. -- Eeeloooaaá. -- Repetiu sonoramente. -- Amanda... Aaamaaanndaa. -- Trocou de nome. Amanda apenas ria com o jeito de Samantha. -- É... como quer que eu te chame de agora em diante? -- Quis saber. Samantha estava curiosa, pois já sabiam o verdadeiro nome dela. 

 

-- Amanda! -- Declarou deixando Samantha surpresa. -- Quero que continue me chamando de Amanda! -- Foi convencida na resposta e Samantha riu a puxando para um beijo. Estava feliz por Amanda ainda querer ser chamada pelo nome que Ela lhe deu, ainda no hospital.   

 

-- Ô Mãe? -- Agatha as interrompeu novamente, entrando no quarto. -- Ainda estão de roupão? -- Constatava as vendo. -- Poxa, eu quero ir pra casa da vovó, eles já chegaram, vamos logo! -- Agatha bateu o pé e cruzou os braços olhando as duas mulheres que só faziam rir da obstinação da menina.  

 

-- Desculpa gatinha. -- Amanda pediu rindo saindo de onde estava, pegou a sua “surpresa”. -- Vou me vestir rapidinho viu? -- Beijou a menina que, ainda estava na mesma posição embirrada. 

 

-- Tá, e não demora mesmo viu? -- Agatha a olhou pedindo e depois para a mãe que ainda ria sentada na cama. -- Manhêee! -- Gritou e Samantha deu um pulo da cama e correu para o banheiro. 

 

-- Já eu desço! -- Amanda disse e foi vestir-se.

 

Samantha banhou-se e vestiu-se rapidamente, sempre na supervisão da filha que a apreçava. Desceram para a sala juntas, prontas para saírem. Já Amanda, ao contrário do que prometeu, não soube de imediato que roupa vestir, para conhecer os sogros, a família de Samantha, os amigos, enfim todos reunidos. E depois de um tempo de indecisão, optou por um vestido branco solto um pouco acima do joelho e um salto médio, fez uma maquiagem básica. Olhou-se no espelho e depois de aprovar o que viu, desceu ao encontro das outras duas.    

 

-- Amanda, tá muito bonita! -- Agatha disse assim que a viu descendo as escadas. 

 

Samantha que estava distraída olhou rapidamente e sorriu apaixonada para Amanda, a acompanhando descer a escada, ficando na sua frente a fitando sorrindo.

 

-- Linda! -- Samantha a olhava de cima a baixo com os olhos brilhantes de admiração. 

 

-- Obrigada. -- Agradeceu sorrindo e também avaliou a morena a sua frente. Samantha estava de com uma calça jeans azul desbotado e uma camisa rosa de mangas compridas dobradas acima dos cotovelos, usava uma sandália casual sem salto e uma maquiagem que realçavam seus olhos. -- Você também está linda! -- Disse a olhando sorrindo encantada. 

 

Samantha sorria boba, e sem conseguir controlar-se a puxou para um beijo. Agatha as olhava sorrindo, mas ao perceber que o beijo estava demorando muito, as interrompeu cutucando cada uma delas. 

 

-- Mãe, Amanda... Vamos! -- Exigiu fazendo as duas mulheres rirem. 

 

-- Vamos apreçada. -- Samantha disse pegando a bolsa e as chaves do carro. -- Espera, vou avisar a Cida que já vamos e pra ela ir pra casa se quiser. -- Samantha foi na cozinha e logo voltou. – Vamos! 

 

-- Até quem fim... -- Agatha ressaltou já se antecipando em sair. -- Ah. Mãe o tio Murilo ligou quando ele chegou do aeroporto com o vovô e a vovó, ele disse que não era pra demorar. Mas nós demoramos. -- Avisou contrariada.  

 

-- Que horas ele ligou? -- Samantha quis saber. Elas estavam no elevador e Samantha estava de mãos dada com Amanda e com a filha.

 

-- Naquela hora que eu subi de novo no seu quarto. 

 

-- Hum. -- Samantha olhou a hora e faltava quinze minutos para o meio dia. -- É, estamos atrasadas. -- Constatou sorrindo. 

 

-- Milena! -- Agatha disse a vendo, assim que a porta do elevador abriu no estacionamento. 

 

-- Oi, Agatha. -- Sorriu a cumprimentando. 

 

Samantha estava alheia a situação e Amanda a explicou.

 

 -- Agatha essas são, minhas mães, Leticia. -- Milena apresentou uma mulher branca de cabelos castanhos lisos, estatura média, olhos verdes e sorriso simpático. -- E Fabíola. -- Apontou a outra mulher, essa mais alta que a outra, cabelos volumosos e bem cacheados, uma bela mulata de olhos verdes. -- Mães essa são a Agatha, a Amanda. -- Apresentou as duas que conhecia. -- E você deve se a Samantha, mãe da Agatha? -- Apontou para Samantha meio tímida. 

 

-- Sou sim. Prazer, Samantha. -- Samantha apertou a mão de cada uma das mulheres, retribuindo a simpatia delas. 

 

-- Bem, não queremos atrapalhar, vocês já estavam de saída não é mesmo? -- Leticia falou sorrindo. 

 

-- Sim. -- Samantha respondeu. -- Mas depois podemos combinar alguma coisa, o que acham? -- Samantha havia gostado de conhecê-las. 

 

-- Pode ser! -- Dessa vez Fabíola respondeu. 

 

-- Ok, combinamos. Agora realmente precisamos ir. -- Samantha explicou.  

 

-- Ah sim, sem problemas. -- Leticia falou. 

 

Elas despediram-se rapidamente e foram para o carro. 

 

-- Mãe a Milena é legal né? Posso chamar ela pra ir lá em casa, às vezes? Pra gente brincar. 

 

-- Pode filha, mas depois vemos isso, está bem? -- Samantha ajudava a filha com o cinto de segurança no banco detrás. 

 

-- Mãe, eu já sei botar isso! -- Agatha reclamou vendo a mãe colocar o cinto para ela.

 

-- Tá bom! -- Samantha disse rindo, entrou e logo arrancou com o carro rumo a casa dos pais. 

 

-- Amor vê ai quem é. -- Samantha pediu para Amanda atender o celular que tocava dentro da sua bolsa. 

 

-- Doutor Olavo. -- Amanda avisou assim que pegou o aparelho. -- Oi, Olavo... -- Ela mesma atendeu.  

 

-- Amanda? -- Quis ter certeza. 

 

-- Sim. Teve algum problema com o meu pedido? -- Perguntou aflita. 

 

-- Não querida. -- Falou contente. -- Falei que era uns dos donos do hospital e que estava para chegar de uma viagem de trabalho, que havia ficado sabendo do caso e que poderia ter informações, mas só poderia verificar de fato, na minha chegada. -- Explicava feliz por ajudar. -- Que seria amanhã, e eles acreditaram. Até tentei avisar antes, mas deu ocupado. 

 

-- Obrigada, Olavo. -- Agradeceu sorrindo enquanto olhava Samantha, pois o celular estava no viva voz. -- A polícia que também estava investigando o meu caso, ligou para a Samantha. Amanhã mesmo nós vamos no hospital. 

 

-- Fique sabendo, por isso tentei ligar... -- Hesitou um pouco e continuou. -- Seu... o homem lá a frente do caso, ficou sabendo da possibilidade de você está aqui no hospital, e... veio aqui e... digamos que, ficou um pouco nervoso querendo ver você. Ele teve que sair escoltado pelos seguranças. 

 

Olavo explicou e tanto Amanda quanto Samantha estavam surpresas com a notícia. 

 

-- Olavo, o que ele fez? -- Samantha quem perguntou dessa vez. Ela revezava sua atenção no trânsito e no que o amigo falava.  

 

-- Quando eu cheguei na emergência ele tinha acabado de socar um enfermeiro. -- Revelou, para uma reação surpresa e descrente, da duas mulheres. -- Ele saiu muito exaltado. -- Ressaltou.   

 

-- Mais alguma coisa, Olavo? -- Amanda perguntou. 

 

-- Não, só isso mesmo... Você já estão na casa do seu pai Samantha? -- Olavo e o pai de Samantha eram muito amigos. 

 

-- Ainda não, mas quase chegado. -- Samantha respondeu sorrindo. Sabia da estima que Olavo tinha pelo pai dela e vice versa. 

 

-- Mande lembranças para ele e a esposa, depois apareço por lá. 

 

-- Claro, pode deixar que falo sim. 

 

-- Era isso, tchau meninas e se cuidem. 

 

-- Tchau. -- Amanda e Samantha responderam juntas e riram.

 

-- Droga eu tenho um ma... -- Amanda ia falar o que pensava em voz alta, mas se deu conta de que Agatha estava no bando detrás do carro. Olhou Samantha e ela a entendeu e com um movimento com a mão disse “depois falamos”.

 

Com toda essa tensão, nem Samantha e nem Amanda perceberam que o carro estava sendo seguido de uma distância não muito suspeita. 

 

 

* * * *

 

-- Vai mano pisa nessa bagaça, se não nós vamo perder elas das vistas! -- Um homem de porte grande, portando uma arma, que estava sentando no banco de trás do carro incentivava o motorista. 

 

-- Tô acelerando já tá ligado. -- Estava concentrado dirigindo o carro. 

 

-- Caraca, as muier tem grana meu, tu vi o carango delas mano? -- Só o filé meu. Vamo levar mano?

 

-- Te acalma ai tá ligado? Nós tem que ir com calma, tá ligado mano, lembra do que eu disse a cara da grana lá quer a menina, vamo pegar ela do jeito que eu disse e vazar, tá ligado?

 

-- POORRAAA! -- Um terceiro homem forte e grandalhão pronunciou em alto tom dentro do carro, assustando os outros dois que conversavam. Ele estava sentado no banco ao lado do motorista. -- Parem com essa lenga lenga de vocês, estou tentando me concentrar aqui. -- Completou em voz alta. -- Eu quero pegar a menina, mas sem deixar rastros e vocês não estão me deixando pensar caralh*! -- Falou agora em voz moderada. Ele era o único dentro do carro que parecia se calculista e ter muito mais inteligência que os outros dois. 

 

-- Tu pode confiar que nós vamo pegar ela de boa. -- O homem de trás disse. -- tu espera nós no carro, que a gente é da hora né não parsa? -- Perguntou para o homem que dirigia o carro.   

 

 -- É nós mano! A grana é bôa, vô sair da miséria, meu.

 

-- Imbecil desse jeito nós vamos chegar primeiro que elas lá. Porr* não chega muito perto ela vai perceber que nós estamos seguindo ela. -- O homem grande advertiu   

 

-- Tá já entendi... O que essa bonitona tá fazendo pra essas bandas meu? Essa porr* de caminho não é o do hospital e nem o da escola da pirralha, tá ligado. -- O homem que dirigia o carro constatou. -- Ferrou tudo tá ligado? -- Bateu exaltado com a mão direita no volante do carro modesto que dirigia. 

 

-- Calma ai meu, nós vamo pegar essa pirralha em qualquer banda! -- O outro homem de trás disse engatilhando a pistola em mãos.

 

-- Mas que porr* de homem burro foi esse que contratou vocês dois para sequestrar a menina hein? Só pode ser mais idiota que vocês dois juntos. -- Constatou de forma preocupada. -- Tito quanto é a grana que ele vai pagar? -- Perguntou para o que dirigia. 

 

-- Cinco mil pau. – Disse empolgado. 

 

-- Escuta aqui seu bosta, eu não sou burro. -- Pegou o motorista pelo colarinho com uma mão só e com a outra controlou a direção do carro. -- Tu fala a verdade que eu sei que foi ele quem te deu grana pra tu comprar essa lata velha que nós tamos dentro, agora me responde quanto é que ele vai pagar pela menina? -- Perguntou revezando a atenção do homem para o trânsito. 

 

-- Trinta mil reais. -- Disse aflito. -- Mas ele já me deu dez mil, do carro, agora me solta tá ligado.   

 

-- Quanta grana meu! -- O homem sentado atrás disse fascinado. 

 

-- Mudanças de plano. -- O grandalhão soltou o motorista. -- Eu estou no comando agora e quinze mil é só meu o resto você dividem. -- O homem pegou sua arma e engatilhou com um sorriso pernicioso. -- Alguém discorda? -- Perguntou mostrando sua arma. 

 

-- Não! -- Os outros dois disseram nervosos

 

-- Para o carro o imbecil! -- O homem grandão sentado ao lado do homem que dirigia gritou ao ver que o carro de Samantha parava há uns quarenta metros à frente.     

 

-- Caaaraaalhoooo mano! -- O homem no banco de trás pronunciou extasiado. -- Que mansão meu... 

 

 

 

* * * *

 

 

 

Amanda admirava a sacada da enorme casa a sua frente, por cima do murro, com cercas elétricas e câmeras de monitoramento. 

 

-- Amor pega esse controle ai dentro do porta luvas e abre o portão. -- Samantha pediu enquanto manobrava o carro na rampa de acesso à garagem, para entrar.

 

Amanda fez o que ela pediu e logo o grande portão revelou a fileira de carro já existente na garagem sem vaga para o seu. 

 

-- Droga, da onde veio tanto carro? -- Samantha reclamou ainda parada com o carro na rampa. 

 

-- Mãe eu vou sair. -- Agatha disse já retirando o cinto de segurança. Estava ansiosa. 

 

-- Agatha, não! -- Samantha disse, mas já era tarde. A menina já tinha batido a porta do carro a fechando e correndo sobre a grama afrente, logo depois do portão. -- Essa menina não tem jeito mesmo. -- Disse rindo olhando a filha passando ao redor da piscina.   

 

-- Deixa ela... -- Amanda riu. -- E agora Amor, vai deixar o carro aqui fora? 

 

-- Até quem fim grandona! -- Alexsandra gritou aparecendo na janela do carro. 

 

-- Porr* Alex! -- Samantha proferiu, tinha se assustado com a chegada da irmã. -- Me assustou, dá onde tu veio?

 

-- Estava ali na casa da Jessica. -- Alexsandra respondeu rindo. Jessica era amiga de infância dela e morava ao lado. -- Oi Amanda. -- Disse olhando-a sorrindo. 

 

-- Oi Alex. -- Respondeu sorrindo. 

 

-- Cadê a Samanthinha mirim? -- Alexsandra indagou sentindo a falta da menina.

 

-- Onde? Lá dentro e se duvidar já até almoçou. -- Samantha disse e as três riram.

 

-- Vai, entra logo! -- Alexsandra disse.      

 

-- Tá me zuando né? -- Samantha perguntou encarando a irmã. -- Nem que eu estivesse a cavalo eu conseguiria passar por ai Maria Alexsandra! -- Apontou o pequeno espaço entre o último carro e o muro. -- E de quem é esse carro? -- Samantha perguntou.

 

-- Sei lá. -- Alexsandra disse rindo, nem tinha notado os carros na garagem, pois quando saiu ainda tinha vagas. -- Espera ai vou ver isso. -- Saiu fazendo o mesmo percurso que Agatha tinha feito. 

 

 -- Eu mereço! -- Samantha olhava os carros a frente de depois fitou Amanda, seu sorriso surgiu fácil. -- Já já você vai conhecer seus sogros. 

 

-- Ai Jesus... Amor, não me deixa nervosa. -- Pediu já nervosa. 

 

-- Calma. -- Samantha levou sua mão direita ao rosto de Amanda e começou a fazer um carinho. -- Eles vão amar você, vai ver. -- Avisou e a puxou para um beijo apaixonado.  

 

 

 

 

* * * * 

 

 

-- Vamo lá mano, elas tão parada lá a um tempão meu, nós chega pela janela aberta, com a munição sacou? -- O homem sentando no banco de trás sugeriu. 

 

-- É? E vamos fazer o que seu idiota? Nós estamos atrás da menina e ela não tá lá, seu troxa! -- O homem sentando no banco ao lado do motorista avisou. 

 

-- Oxi nós bota ela pra chamar, bala é o que nós temos muito! -- Revidou mostrando a arma. 

 

-- Eu queria que tu tivesse era cérebro! -- Revelou impaciente. -- Seu imbecil, tu é sego é? Tu já viu que tem um montão de câmeras no muro? 

 

-- Mas nós bota o capaz seu burro. 

 

-- Puta que pariu meu! Eu vou é sair fora disso, porque é roubada se for com vocês dois!

 

-- Ei, olha, elas nem tão mais lá, olha. -- O homem detrás avisou. 

 

-- Porr*! Eu tinha bolado o esquema tudo lá pra escola, aqui tá foda tá ligado?

 

 

 

 

* * * *

 

-- Pronta? -- Samantha perguntou olhando Amanda a seu lado.

 

Samantha havia acabado de estacionar o carro ao lado da piscina. A irmã havia posto o carro que tapava a entrada, mais pra frente e Samantha pode entrar com o dela. 

 

-- Não. -- Amanda riu. -- Mas vamos lá! -- Disse e Samantha a beijou com carinho. Elas ainda estavam no carro. 

 

-- Heellooo? -- Alexsandra falou ao lado do carro interrompendo o beijo delas. -- Bora lá gente a Samanthatinha mirim já deve ter pulado umas vinte vezes no colo do Murilo! -- Lembrou sorrindo, sabia que a irmã não gostava.  

 

-- Minha nossa! -- Samantha disse preocupada. -- Amor, vamos. Antes que meu irmão jogue minha filha no chão. -- Completou e saiu do carro o rodeando, encontrando Amanda já ao lado de fora, pegou na mão dela e a conduziu a entrada da enorme casa. O Jardim era grande e gramado, a piscina ficava bem no meio, com cadeiras e mesas ao redor. Por toda a extensão do muro havia uma jardim de flores. A casa era de dois andares, a sacada de cima, do lado direito era uma área com paredes de vidro, a esquerda havia janelas entre os telhados, as madeira que fazia o acabamento das janelas e do telhado era de um tom vermelho, tipo envernizadas, pois brilhavam. Na parte inferior antes da porta de entrada da casa tinha uma área por toda a expansão da frente, colunas pitadas de um tom claro, estilo moderno, dividia e sustentava a laje. Nessa área havia cadeiras, sofás e uma rede estendida. 

 

-- Você morava aqui? -- Amanda questionou admirada da riqueza e beleza do ambiente.

 

-- Sim. Vem. -- Samantha a conduziu e logo elas estavam bem no hall de entrada vendo a as pessoas espalhadas na grande e moderna sala da casa. 

 

 

 E logo Samantha viu a filha correndo em direção aos braços estendidos do tio. Ele a pegou e a jogou para cima depois a aparando de volta. Consequentemente e involuntariamente, Samantha gritou.

 

-- Murilo! Ai meu Deus, porque isso? Não tinha um jeito menos perigoso de recepção não? -- Ela despertou a atenção de todos na sala sobre ela e Amanda que, ria divertida da situação até, ser fitada por todos ali presentes. 

 

Os dois caíram na gargalhada sempre faziam isso e Samantha nunca se acostumava, tinha medo de Agatha cair e se machucar.

 

-- Deixa de besteira Sam, nunca a derrubei e nunca vou derrubar, relaxa. Né Agatha?

 

-- É sim mãe é muito legal. -- Disse Agatha ainda nos braços do tio que aproximava-se das duas. Ele a colocou no chão e puxou a irmã para si.

 

 -- Grandona, quanto tempo, não? -- Murilo falou abraçando Samantha. 

 

-- Murilo! – Samantha reclamou, odiava quando ele a apertava muito.

 

-- Já sei, já sei. -- Disse soltando-a. -- Não sei por que ainda não se acostumou, sempre faço isso grandona. -- Disse sorrindo e olhou para Amanda que até então só observava. -- Oi, eu sou Murilo, já que minha irmã não me apresenta faço isso eu mesmo.  

 

Estava sorrindo divertidamente para Amanda que, o observava avaliadoramente. Era mais bonito e charmoso pessoalmente, era um pouco mais alto que Samantha e Alexsandra e bastante alegre. Gostou de seu jeito, sua alegria, seu carinho para com a irmã e com ela mesmo sem conhecê-la, ainda.

 

-- Oi, prazer em conhecê-lo pessoalmente, você é muito bonito e divertido também. -- Amanda falou essa última frase quase que no automático “sem querer querendo”, havia gostado muito, não só dele, mas das amigas de Samantha, a irmã, realmente estava encantada. Ele abriu mais ainda seu sorriso.

 

-- Oh já estou mais que feliz eu sou bonito e divertido, uau eu sou demais! -- Declarou fazendo todas rirem... -- Gostei de você é...?

 

Samantha percebeu e então falou.

 

-- Amanda! 

 

-- Amanda bem vinda à família. -- Murilo a beijou no rosto e a envolveu pela cintura num abraço e depois a conduzindo para sentarem. 

 

-- Obrigada. -- Amanda agradeceu e olhou Samantha que, ainda tinha ficado parada no mesmo lugar.  

 

-- Me diz Amanda, o que você viu nessa grandona ai pra ela te fisgar? -- O homem suspeitava que ela fosse namorada da irmã. 

 

-- Murilo!? -- Gritou Samantha saindo do lugar e tirando a namorada dos braços do irmão. Todos riram inclusive Amanda que, já estava ao lado de Samantha novamente. 

 

-- Cadê a mamãe? -- Samantha perguntou para o irmão, ao percorrer o olhar pela sala e ver somente o pai que, ria sentado no sofá as olhando.  

 

-- Na cozinha, vou chama-la. -- Murilo avisou e saiu. 

 

-- Vem, amor. -- Samantha levou Amanda até o pai que logo levantou para recepciona-las. -- Oi pai. -- Samantha primeiro o abraçou forte. -- Pai, essa é Amanda, minha namorada. Amor, esse é meu pai José Henrique. -- Samantha os apresentou toda feliz. 

 

Amanda fitava um senhor alto e charmoso a sua frente, cabelos grisalhos bem aparados, um cavanhaque bem feito os olhos negros o rosto fino já com as marcas da idade, mas ainda assim com um ar jovem. 

 

-- Oi, muito prazer! -- Amanda disse estendendo a mão, o senhor a pegou e puxou-a para um abraço.   

 

-- O prazer é meu, querida. -- Falou contente e a fitou. -- Você é linda!

 

-- Obrigada! – Agradeceu tímida. 

 

-- Sua namorada é linda, filha. Parabéns! -- Admitiu olhando a filha e logo vendo a esposa chegando e ficado a seu lado. Era bem mais baixa que ele. 

 

-- É sim! -- Samantha assentiu olhando Amanda apaixonada. -- Mãe... -- Samantha abraçou-a primeiro. -- Mãe, essa é Amanda, minha namorada. Amor, essa é Regina, minha mãe.  

 

Amanda começou a avaliar a senhora a sua frente assim que ela chegou. Mesma altura que a sua, pois também estava de salto, rosto oval, aparência jovem também, embora já tivesse as marcas da idade, os cabelos eram pretos e lisos, iam até na altura dos ombros, não tinha nenhum fio branco, Amanda deduziu que eles eram pintados. Os filhos tinham traços dos dois, não pareciam apenas com um deles. 

 

-- Oi, muito prazer dona Regina. -- Amanda disse fazendo o mesmo processo que havia feito com o senhor, estendeu a mão. Mas para sua surpresa, ou não, a senhora a pegou e também a puxou para um abraço apertado. Amanda riu, abraços era tradição na família, pensava. 

 

-- O prazer é meu minha filha. -- A senhora sorria a fitando e segurando as suas mãos num carinho. -- Quando a Agatha disse que você era muito bonita eu confesso que duvidei, mas vendo você agora... Você é muito linda! Bela... Filha sua namorada é belíssima! -- Regina olhava Amanda admirada, e ela sorria ainda tímida com os tantos elogios. -- Ai que lindas vocês duas juntas. -- Olhava de Samantha para Amanda eufórica. -- Né Henrique? -- Indagou.

 

-- É sim. Agora solta a menina. -- Lembrou a esposa que ainda segurava as mãos de Amanda. 

 

-- Ah sim. -- Soltou. -- Desculpa. -- Pediu para Amanda. 

 

-- Aê mãezinha. -- Alexsandra disse ao lado dela. -- Até quem fim alguém a altura para ser sua nora né! -- Disse rindo. -- E isso vale como, literalmente a sua altura, olha. -- Alexsandra pois a mão sobre a cabeça da mãe e passou para cima da cabeça de Amanda que riu.  

 

-- Maria Alexsandra. -- Falou entre dentes olhando a filha irritada. -- Me respeite e respeite a sua cunhada! -- Ordenou.  

 

Todos riram, até dona Regina. Samantha apresentou Amanda para o restante da família e amigos ali na sala e depois apresentou ao empregados com quem tinha mais intimidade e afeto desde de criança, faltava somente duas pessoa a esposa de Murilo, Jaqueline que estava tomando um banho e dona Glória uma senhora que viu os três irmãos nascerem e tem cuidado deles até o momento. Ela era como uma mãe para os três.  

 

-- Olha quem temos aqui... -- Disse dona Glória ao ver Samantha entrar na cozinha acompanhada de Amanda. Ela era uma senhora de sessenta e poucos anos, cabelos quase todos brancos. Ela era a governanta, mais que isso, era da família.

 

-- Oi Glorinha. -- Apelido carinhosamente chamados por todos os filhos de dona Regina, foram todos praticamente criados por ela. -- Tudo bem? -- Perguntou abraçando a senhora com muito carinho. 

 

-- Sim e você minha filha? -- Perguntou a olhando. 

 

-- Muito bem... Deixa eu lhe apresentar. -- Chamou Amanda para seu lado. -- Glorinha, essa é Amanda minha namorada, amor essa é Gloria, a Glorinha, minha segunda mãe. -- Samantha as apresentou e como era a tradição ela foi novamente puxada para um abraço apertado da senhora. 

 

-- Linda, você! -- A senhora disse sorrindo.

 

-- Obrigada. -- Amanda agradeceu. 

 

Elas ainda conversaram amenidades e depois Samantha e Amanda retornaram à sala. Onde, o assunto era a beleza de Amanda e a felicidade de Samantha, entre outros assuntos periféricos. Samantha avistou Jaqueline conversando com o marido, foi até ela junto com Amanda.

 

-- Jack? -- Samantha chamou e rapidamente Jaqueline virou-se para olhá-la. 

 

-- Oi Saman... Eloá? -- Falou assim que viu Amanda ao lado da cunhada. 

 

Jaqueline, Murilo, Samantha e principalmente Amanda, estavam surpresos. -- O que você está fazendo aqui? -- Jaqueline indagou surpresa e curiosa olhando uma Amanda não muito diferente que, a observava sem explicações. Jaqueline era muito bonita, elegante, mais alta que ela e mais baixa que Samantha, estava no meio termo, cabelos loiros escuro naturais, presos em um coque com algumas mechas soltas, olhos verdes, corpo bem delineado num vestido preto um pouco acima do joelho, esbanjava elegância e no momento surpresa ao vê-la. Mas não conseguia lembrar dela. 

 

-- Olha... -- Amanda gaguejou.

 

-- Amor ela é a Amanda, a namorada de Samantha. -- Murilo disse no intuito de explicar. Pensava que a esposa estava enganada, confundindo Amanda com outra mulher. 

 

-- Amanda? Namorada? -- Jaqueline não estava entendendo nada. E eles já haviam despertado a atenção dos outros na sala.  

 

-- Jack, vem aqui! -- Finalmente Samantha saiu do transe e puxou cunhada e namorada para o escritório do pai, mas não sem passar despercebida dos olhares curiosos de todos na sala.

 

-- Eu entendi bem? A Jack conheceu Amanda e a chamou de Eloá? -- Susan perguntou para as três mulheres a sua volta: Julia, Alexsandra e Sheila. 

 

-- Foi! -- As três responderam em coro. 

 

-- Como eu sou cara de pau mesmo, vou já ver isso! -- Alexsandra disse e saiu em direção ao escritório a passos largos.   

 

 

-- Jack de onde você conhece a Amanda? -- Samantha perguntou assim que fechou a porta atrás de si. 

 

-- Amanda? O nome dela é Eloá! -- Afirmou. -- Que brincadeira é essa Eloá? -- Perguntou séria a olhando.

 

Amanda ficou pensativa olhando para a mulher a sua frente fazendo até um esforço para ver se lembrava de algo, mas nada.

 

-- Não é brincadeira... É meio complicado.

 

-- Jack? -- Disse Samantha. Jaqueline a olhou e ela continuou. -- Amanda... Quero dizer a Eloá, sofreu um acidente e perdeu a memória, está hospedada em minha casa desde então.

 

Jaqueline olhou para Amanda boquiaberta e preocupada.

 

-- Mas como foi isso? Quando? Ainda não chamaram o seu marido, família? -- Jaqueline encheu Amanda de perguntas estava realmente preocupada, e havia esquecido da perda da memória por alguns instantes. -- Peraí, mas você a apresentou como sua namorada? Como...? -- Jaqueline olhava de Samantha para Amanda confusa.

 

Alexsandra havia entrado e viu o clima muito tenso, resolveu amenizar a situação do seu jeito.

 

-- Jack, você está deixando minha cunhadinha assustada. -- Falou fitando Jaqueline. -- Ela perdeu a memória, então não lembra de nada. Portanto para de encher a garota de pergunta, deixa que eu resumo pra você. Foi assim oh... -- Alexsandra fez um resumo de toda a história rapidamente. -- Viu, e assim aconteceu. Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, ninguém morreu, a polícia está investigando e minha irmã está feliz da vida com seu amor. Eu tenho uma cunhadinha que finalmente gosto e que gosta de mim, a vida é bela. Agora que tal irmos ao rango? Porque eu estou faminta.

 Alexsandra realmente era alegre, e divertia a todos com seu jeito extrovertido sempre fazendo as pessoas rirem e dessa vez não foi diferente.

 

-- Espera. -- Amanda disse. -- Me conta primeiro... De onde me conhece? Porque me conhece? E o que sabe sobre mim? -- Indagou curiosa e aflita. 

 

-- Bem, não sei muita coisa. -- Jaqueline começou. -- Seu nome é Eloá Bartovisk é Empresária e Advogada é a presidente da empresa da sua família a Construções e Advocacia Franco & Bartovisk, que seu marido, o Fabrício Bartovisk também dirige. Essa empresa tem contrato e sociedade com uma multinacional na França. Sua empresa está entre as cinco maiores do Brasil e já ganhou vários prêmios com o seu comando, devido a inovações como acessória jurídica e de casa populares destinados a famílias carentes. E sei disso, porque a nossa empresa é a responsável pelo marketing da sua a uns seis anos. Foi assim que nos conhecemos, quando fechamos o contrato, mas quase não nos falávamos pessoalmente, era quase sempre por telefone, email, você sempre mandava a Camila no seu lugar, quando precisa resolver ou pedir algo em especial. 

 

Enquanto Jaqueline narrava o que sabia, Amanda ia tendo feches de lembranças sobre o que ela falava. Mas era tudo muito vago, sem nexo algum no momento, lembrou-se vagamente de Camila Toledo, mas nada que a ajudasse a lembrar-se em definitivo sua si e sua vida. 

 

-- Sei que você é casada a anos com esse Fabrício e tem uma filha chamada Natelly, mas soube disso quando havia alguma evento, homenagens e você esporadicamente aparecia em algum deles, e nem nos cruzávamos, era muito raro.  

 

-- Amor, está tudo bem? -- Samantha perguntou olhando Amanda que, estava pensativa olhando para o nada.  

 

-- Sim... -- Amanda respondeu olhando Samantha e depois olhou Jaqueline. -- Jaqueline, eu não lembro de você, na verdade tudo o que você me falou me ajudou pouco em minhas lembranças. É estranho, eu sinto, sei que é verdade, que tudo isso faz parte de mim, mas é... eu não consigo me lembrar de uma vez por todas da minha vida, não consigo. -- Suspirou angustiada e rendida.   

 

-- Amandinha? -- Alexsandra a chamou. -- Olha, isso é normal, para de ficar forçando demais seus pensamentos, a lembrança pode acorrer de forma natural, é só você se acalmar, comer uma comidinha gostosa se divertir e pronto! -- Sorriu fitando a cunhada que, sorria também. -- Poxa, nós viemos para nos divertir, esquecer o trabalho as preocupações. Esquece isso por enquanto. -- Alexandra falou e gargalhou depois. -- Me desculpa, eu esqueci, que você, também esqueceu. Mas você entendeu, para de ficar se atormentando. -- Disse e olhou para a outra cunhada. -- E Jack o nome dela é Amanda, é pra chamá-la assim! -- Ordenou.      

 

-- Verdade! -- Samantha concordou e elas escutaram batidas na porta. 

 

-- Estão chamando para o almoço a mesa já está posta. -- Susan avisou as quatro mulheres no ambiente. 

 

-- Então vamos. -- Jaqueline disse e saiu, sendo acompanhada por Alexsandra. 

 

-- Preocupada? -- Samantha perguntou abraçando Amanda por trás e a beijando no pescoço. Susan viu a cena e sorriu feliz por elas continuarem do mesmo jeito, sem que a notícia, seja lá qual foi, não as intrigassem, fechou a porta, as deixando a sós. 

 

-- Não! -- Amanda virou-se de frente para ela e sorriu. -- Eu só não queria que ninguém me fizesse pensar nisso hoje, mas pelo visto...

 

Samantha riu e a puxou para um beijo calmo a apertando contra seu corpo com amor e carinho. 

 

 

Todos foram para a sala de jantar sentaram-se conversando amenidades e logo Samantha e Amanda, se juntaram a eles e a entrada foi servida, seguido do prato principal. Estavam todos numa conversa gostosa. Estava um almoço em família maravilhoso e ninguém mais lembrava da parte tensa entre Jaqueline e Amanda. A única diferença dos outros almoços anteriores era a presença de Amanda. E a que Alexsandra já havia reparado assim que sentou-se à mesa. Jaqueline não estava tomando vinho e sim suco natural de laranja o mesmo que Agatha e também havia percebido que ela ainda não tinha bebido nenhuma dose de Martine, pois também adorava, e rapidamente seu cérebro trabalhou como sempre. Jaqueline estava grávida, só podia ser. E era essa a notícia que queriam dar também, por isso a antecipação da volta dos pais, por isso o almoço em família e a felicidade ainda maior do irmão. Alexandra riu e sem enrolar soltou a pergunta.

 

-- Quando meu sobrinho ou sobrinha vai nascer Murilo? 

 

Murilo que estava com a taça de vinho na boca soltou rapidamente se engasgando com o liquido, pensando em como Alexsandra descobriu e falou estragando a surpresa que, ele mesmo queria dar depois do almoço. Só os pais deles sabiam e não contariam, não mesmo. A esposa e Samantha se levantaram para ajudá-lo e não demorou muito e ele recuperou-se. Bebeu um pouco de água e olhou para Alexsandra que ria, claro depois de saber que o irmão estava bem.

 

-- Como é que você soube?

 

-- Ué é só somar dois mais dois, esse almoço a volta do papai e da mamãe antes da hora, a Jack não está tomando vinho, coisa que ela adora e visivelmente sua felicidade, rindo de tudo e de todos. Mas me diz quantas semanas tem?

 

Tanto Alexsandra deram os parabéns e queriam saber todos os detalhes sobre a novidade.

 

-- Estraga prazeres. É verdade Jack está grávida, mas ainda não sabemos de quantas semanas. -- Disse alegre sorrindo feito um bobo.

 

 -- Tio eu vou ter um bebezinho pra brincar comigo e pro senhor jogar ele pra cima como faz comigo?

 

Ele sorriu ao ouvir isso ainda não tinha pensado nesse detalhe, jogar seu próprio filho pra cima como fazia com Agatha. E estava adorando a ideia de poder fazer isso e outras coisas a mais.

 

-- É isso ai gatinha você vai ter um companheiro (a) para brigar e eu pra jogar pra cima assim como faço com você.

 

Ao ouvir isso Jaqueline olhou para ele e sentiu medo, agora entendia Samantha quando ele fazia isso com Agatha desde pequenininha.

 

-- Ah não Murilo! Você não vai fazer isso com nosso filho de jeito nenhum eu não vou deixar. -- Disse seriamente olhando para o marido.

 

Samantha riu alto, às vezes, Jaqueline falava para ela deixa de bobagem. -- Tá vendo Jack como eu sofria e sofro até hoje quando ele faz isso, e olha que o bebe ainda nem nasceu.

 

-- Agora entendo e não estou gostando.

 

-- Que isso amor, a Agatha adora é só uma brincadeira.

 

-- É tia Jack é muito legal.

 

-- Viu?

 

-- É Jack deixa de bobagem. – Samantha disse rindo dela, ela realmente queria se vingar da cunhada, mas claro que só de brincadeira. Todos riam da preocupação de Jaqueline.

 

-- Bobagem? Samantha, você está se vingando né?

 

-- Eu? Imagine, jamais faria isso! -- Disse rindo.

 

-- Papai e mamãe estão felizes? -- Perguntou Alexsandra e os dois responderam com evidente felicidade.  

 

-- Eles vão comprar uma fazenda acredita? -- Murilo revelou. 

 

-- Serio? -- Perguntou Alexsandra eufórica com a novidade.

 

-- Sério grandona. Já estão cuidando dos papeis necessários né pai? 

 

-- É sim filha, não é bem uma fazenda, é tipo um sitio, ele é grande e tem uma cachoeira linda. Fica em Santa Catarina. 

 

-- Nossa nem acredito. Mas me conta pai como é lá, se vão comprar já completa, com cavalos, essas coisas? -- Alexsandra estava realmente feliz e muito interessada amava uma fazenda com muitos animais. 

 

-- Calma grandona... 

 

Amanda teve a impressão de que esse assunto mexia em seu íntimo, não lembrava direito, mas lá no fundo sabia que já esteve em uma fazendo com cavalos, gado, enfim... Fazia um esforço, mas não lembrava. Samantha percebeu seu semblante preocupado.

 

-- Está tudo bem? -- Perguntou baixinho em seu ouvido lhe tirando do transe.

 

-- Está sim amor. -- Sorriu deixando de lado aqueles pensamentos.

 

O resto do almoço transcorreu bem, brincadeiras, historias e amenidades. Agatha doeu a cabeça e ficou com sono e Samantha a colocou para dormir em seu quarto. Todos os filhos ainda tinham sempre arrumados os seus antigos quartos e Agatha também tinha o seu. Samantha aproveitou a oportunidade e mostrou o resto da Casa para Amanda que ficava cada vez mais admirada com a grandeza e beleza do lugar. 

 

-- Amor sua cunhada não para de olhar pra cá. -- Amanda comentou. Elas estavam no segundo andar da casa na área de cima, observando através do vidro, os outros distribuídos na beira da piscina conversando animados. Apenas Murilo e a esposa estavam na água.  

 

-- Deixa ela... deve estar com inveja de você, porque o Murilo não está lhe dando uns beijinhos aqui. -- Samantha apertou Amanda mais um pouco a beijando no pescoço. Amanda riu do que Samantha disse e depois suspirou com o que ela fazia em seu pescoço. Samantha estava atrás dela a envolvendo pela cintura, suas mãos faziam um leve carinho sobre a barriga de Amanda.  

 

Na piscina, Jaqueline olhava atenta na direção delas duas, mas foi despertadas pelo marido a abraçando por trás. 

 

-- O que foi amor? -- Ele perguntou olhando na mesma direção que ela, vendo Samantha e Amanda em um beijo.

 

-- Amor, ela é casada! -- Jaqueline disse com a voz baixa virando de frente para Murilo. -- E tem uma filha também. Ela trocou o marido por uma mulher, mesmo sem lembrar se ama ou não ele. E mesmo se não amasse, ela está traindo o marido com sua irmã! -- Disse desgostosa. -- Samantha só pode ter seduzido a Eloá, pois pelo que sei... 

 

Murilo ouvia a esposa, mas sem acreditar no que ela falava. Jaqueline quando começou a namorar com ele, não conseguia esconder a aversão que tinha sobre Samantha ser homossexual, mas com o tempo ela foi acostumando, ou fingia ter se acostumado, pois Murilo não acreditava no estava ouvindo ela falar sobre a irmã e a cunhada, mas só negou-se até certo ponto, pois sua revolta e decepção foi grande em ouvi-la proferir essas palavras que, não sabia com agiria se deixasse ela continuar. Ele a pegou com certa força e a fez virar de costa para os outros na beira da piscina.

 

-- Escuta aqui Jack. Não vou permitir que você fique ofendendo a minha irmã, ainda mais pra mim. Se ela seduziu ou não a Amanda, isso não é problema nosso. E a Amanda não está sendo forçada a nada, nem por Samantha, nem por ninguém. E se ela ama ou não o marido, isso ficou no passado, lembrando ou não dele, ela agora está com a minha irmã e isso foi decisão delas duas, principalmente de Amanda! -- Murilo falava com raiva, mas falava baixo. Mas Susan e Alex que estavam mais perto dos dois, já sentiam o clima tenso. -- Eu pensei que você já entendesse que Samantha é homossexual e já tivesse acabado com esse seu preconceito idiota. Você sabia disso quando aceitou casar comigo, seus pais sabiam, e por falar neles, Cadê? São outros dois preconceituosos que nunca aparecem nas reuniões de família só para não cruzarem com a minha irmã. Mas quando querem dinheiro não pensam duas vezes na hora de pedir, e eles sabem que a grana que você dá pra eles, sempre é a Samantha quem libera lá do hospital ou eu lá da empresa. Aceitar a grana dela tudo bem, mas aceita-la, não! Saco já me cansei disso! Eu amo muito você e já a essa criança que está esperando, mas acredite, não vou pensar duas vezes se tiver que escolher entre você com seu preconceito idiota e a minha família, principalmente a Samantha. Pense bem nisso! -- Murilo saiu da piscina do mesmo lado que estava, deixando a esposa com o rosto banhado em lágrimas tanto de surpresa pelo ato do marido, quanto de decepção com sigo mesma.

 

-- Samantha, não! -- Alexsandra impediu a irmã quando ela estava indo em direção a Jaqueline e o irmão.

 

-- Porque? O que foi? -- Samantha perguntou confusa. Alexandra apenas acenou com a cabeça para ela olhar novamente. Samantha viu Murilo sair e andar a passos largos para dentro de casa. -- O que foi? Eles brigaram? -- Samantha perguntou fitando a irmã.    

 

-- Acho que sim. -- Susan respondeu. -- Jaqueline não parava de olhar para você e a Amanda. -- Mostrou a área lá em cima. -- E ele a virou e começou a falar, ouvimos malmente ele citar você e a Amanda, mas não sabemos sobre o que, exatamente. 

 

-- Hum... -- Foi o que Samantha proferiu. Mas já imaginava o teor da conversa. Jaqueline a respeitava e tratava bem, mas uma vez ou outra deixava escapar o seu preconceito. Samantha suspirou forte e olhou a mulher ainda dentro da piscina, tentando esconder que chorava. Foi até ela, sendo fitada por olhares atentos de todos ali presentes. -- Oi. -- Samantha disse sorrindo abaixando-se na beira da piscina.

 

-- Oi. -- Jaqueline riu, mas não em retribuição e sim de si mesma e de como eram as coisas. A pessoa que ela menos esperava para consola-la foi quem se dispôs a fazê-lo. 

 

-- Tudo bem ai? -- Samantha indagou ainda sorrindo e a resposta da cunhada foi mais lágrimas. -- Vem. -- Samantha ficou parcialmente abaixada e estendeu as duas mãos ajudando Jaqueline sair da água. -- Calma, nervosismo não é bom para o bebê! -- Samantha a conduzia para dentro da casa, sempre sob olhares atentos. 

 

-- Porque? -- Jaqueline perguntou assim que estavam a sós na sala. 

 

Samantha riu. -- Olha não sei o que você disse para o Murilo, nem quero saber. Mas o tema eu imagino, então... -- Samantha suspirou. -- Eu já me acostumei, pra falar a verdade! É chato sim, saber sua aversão sobre eu ser Homossexual, mesmo convivendo comigo a um bom tempo. Mas não vai ser com minha raiva ou ignorância que vou conquistar o seu... digamos que a sua cumplicidade! -- Declarou rindo, fazendo a outra rir também. -- Agora vai lá e conversa com seu marido. -- Samantha sugeriu.  

 

-- Obrigada! 

 

-- De nada, vai lá. -- Tudo bem. 

 

Jaqueline subiu para o quarto, onde estava o marido e Samantha voltou para fora.

 

-- O que você disse pra ela? -- Susan perguntou assim que Samantha voltou.

 

-- Nada de mais. Sugeri que ela fosse conversar com o Murilo. -- Samantha sentou-se ao lado de Amanda. 

 

-- Gostei de ver amiga. -- Susan se pôs ao lado de Samantha. -- Mandou bem! -- Completou pondo sua mão no ombro dela e apertou em um cumprimento. 

 

-- Ai. -- Samantha reclamou de dor sem conseguir controlar. 

 

-- O que foi? -- Susan perguntou olhando Samantha. 

 

-- Nada, eu estava zuando. -- Samantha disse sorrindo tentando disfarçar.

 

-- Besta! -- Susan apertou mais uma vez, de propósito. Mas Samantha não disse nada, aguentou a dor. Susan sabia que a amiga estava mentindo, mas também só ela soube disso. -- Ah vem aqui, quero conversar com você. -- Susan puxou Samantha e as outras riram das duas que, se dirigiam para a área da casa.

 

-- O que foi? -- Samantha perguntou sentando-se em uma cadeira e Susan a imitou.

 

-- Deixa de ser cínica Samantha. -- Disse rindo. -- Gritou de propósito? Conta outra na próxima vez! Me conta como foi? -- Perguntou e Samantha riu. -- Não, me mostra primeiro. -- Susan de novo pegou na mão de Samantha e a arrastou para a primeira sala vazia, o escritório de Henrique.  

 

-- Ei, para sua doida. -- Samantha disse rindo. -- Eu hein. Nem a Amanda viu ainda, nós banhamos separadas. 

 

 -- Não quero saber, quero ver. Anda tira logo essa camisa. -- Susan disse rindo. 

 

-- Calma. Desse jeito até parece que quer me agarra. -- Samantha desabotoou a camisa e a abaixou. 

 

-- Ah meu Deus! -- Susan disse vendo a marca roxa da mordida, tinha as marquinhas dos dentes. Aproximou-se da amiga e olhou a costa. -- Ah, até que não tá muito arranhado, só aqui nos ombros. Dói os arranhões?

 

-- Um pouco, mas só quando se APERTA! -- Samantha disse e a amiga riu alto. 

 

-- Mãe? -- Agatha apareceu abrindo a porta e Samantha subiu rapidamente a camisa. -- Tá fazendo o quê? -- Perguntou olhando a mãe abotoar os botões. 

 

-- Nada... Já acordada? Passou a dor de cabeça? -- Samantha a pegou no colo a colocando sentada na sua perna. 

 

-- Aram. -- Falou sorrindo. -- Mãe acabou a banana e o bolo de chocolate. Eu quero a minha vitamina de banana! -- Pronunciou sentida.

 

Susan e Samantha riram juntas, Agatha havia feito um drama pela vitamina preferida.    

 

-- Vai mãe comprar e vovó Glorinha faz pra mim, ela disse que faz. -- Agatha insistiu. 

 

-- Agatha você quer que eu vá no supermercado pra comprar banana às quatro horas da tarde? -- Samantha perguntou rindo depois que olhou a hora.

 

-- Aram! E o bolo de chocolate! -- Confessou sorrindo. E foi acompanhada por elas também. 

 

-- Eu mereço! -- Samantha disse ainda rindo. 

 

 

 

 

* * * *

 

 

-- Eu já tô com fome de novo tá ligado. -- O homem quase deitado no banco do motorista disse. -- E elas não sai dessa porcaria logo. 

 

-- Verdade mano, aquele pratinho velho de comida não me encheu não oh. Que hora que elas sai daí meu, já tô bolado oh, quero ir pro meu barraco. -- Disse o homem deitado no branco detrás do carro.  

 

Eles haviam retornado uns dez metros com o carro, para uma área mas deserta da rua. De onde estavam podiam ver o portão da casa perfeitamente.  

 

-- Vocês parecem duas frescas com fome, eu hein? -- O terceiro homem disse sem tirar o olhar do portão da casa. -- Saiam do carro e se preparem, elas tão saindo, e não esqueçam do plano. E agora ou nunca! -- Disse engatilhando a arma com fervor. E rapidamente todos saíram do carro com o portão ainda na metade de sua abertura.

 

 

 

* * * *

 

 

Samantha manobrava o carro de ré saindo da garagem. Amanda estava a seu lado e Agatha no banco detrás. Parou na rampa e acionou o botão para fechar o portão e prosseguiu manobrando para a rua, arrancou com o carro assim que o apontou nela. 

 

-- Só tu mesmo Agatha, pra me fazer despencar a procura de banana uma hora dessas. Mas a tua sorte é que sua madrinha chata te mima demais! -- Samantha falava dirigindo o carro devagar enquanto olhava a filha pelo retrovisor do carro. 

 

-- Samantha cuidado! -- Amanda gritou ao ver um homem atravessar a rua aparecendo muito rápido na frente do carro.

 

Samantha olhou já freando o carro, mas ainda assim bateu no homem que caiu no chão na dianteira do carro. Samantha fitou Amanda assustada, esta, também estava. Samantha rapidamente abriu a porta do carro e saiu correndo ao encontro do homem caído no chão. Sendo acompanhada de Amanda e Agatha que fizeram o mesmo processo que ela, estavam curiosas e aflitas. 

 

-- Mãe? -- Agatha ainda disse, antes de ter a boca tampada pelo bandido, mas a mãe não escutou.

 

-- Ei? -- Samantha chamou ajoelhando-se e tocando o homem jogado. -- Droga. -- Ele não havia feito movimentação alguma, mal respirava. 

 

Samantha não percebeu a chegada dos outros dois pelo outro lado do carro assim que ela ajoelhou-se. O homem grande abriu a porta ao lado de Amanda já tapando sua boca e apontando a arma para sua cabeça, tentando a enfiar de volta ao carro.

 

-- Mãe? -- Agatha conseguiu gritar     

 

Samantha ouviu a filha e logo levantou se deparando com a situação. O homem deitado no chão levantou e saiu correndo na direção do carro deles, tampando seu rosto com pôde. E o que estava com sua filha tentou coloca-la de volta no carro também. Porém Agatha se soltou e correu na direção de Samantha sendo acompanhada pelo homem que a pegou de volta a levando para o carro novamente, mas Samantha em um ato desesperado se pôs na frente dele o impedindo de passar com sua filha. 

 

O homem segurava Agatha que chorava e apontava a arma para a cabeça dela. Amanda estava sendo enforcada pelo grandalhão junto com a arma em sua cabeça. Ele desistiu de a colocar no carro e a conduziu para o mesmo lado em que os outros estavam. Samantha não sabia o que fazer. Nem conseguia ver o rosto deles, pois estavam de capuz, apenas com um abertura revelando os olhos.  

 

-- Mãe... -- Agatha chorava desesperada e Samantha começou a chorar também. 

 

-- Se alguém gritar as duas morrem! -- O homem que segurava Amanda disse olhando Samantha exaltado, pois seu plano da ação ser rápida havia falhado quando Agatha também saiu do carro e de novo quando Samantha se pôs na frente do parceiro o impedindo de coloca-la de volta no nele. Seu plano era, Samantha sair do carro deixando a filha nele e eles entrarem, arrancando com o carro levando a menina, depois o descartando, passando para o carro deles e seguirem viagem. Ele não queria ferir ninguém, e agora precisava pensar rápido em uma solução, para isso não acontecer e ainda conseguirem levarem, Agatha.

 

Samantha olhava desesperada de um lado para o outro sem saber o que fazer para ajudar, quando ela se pôs na frente da porta traseira do carro o homem com sua filha afastou-se consideravelmente dela. Não tinha ideia do que fazer, de um lado a filha e de outro Amanda, e na rua não havia movimentação alguma àquela hora, pois era um bairro residencial afastado, se gritasse por socorro sua filha e Amanda poderiam morrer. 

 

-- Agatha? -- Amanda a chamou. -- Olha pra mim. -- Pediu e a menina obedeceu. -- Para de chorar, está bem? Vai ficar tudo bem, eu não vou deixar ele te machucar!

 

-- Cala essa boca vadia! -- O homem que a segurava forte, gritou com raiva apertando mais o braço ao redor do pescoço dela. -- Sai de frente da porta ou eu atiro nessa aqui! -- Falou para Samantha. 

 

-- Não, Samantha! -- Amanda pediu.

 

Agatha pôs-se a chorar alto novamente ao ver Amanda já com o rosto vermelho de tanto ser apertada e por ter uma arma na sua cabeça. 

 

Amanda, com toda aquela situação, vendo Samantha em prantos, desesperada por ter a filha em mira de um louco, tentou acalmar a menina, mas sem sucesso, pois foi apertada com mais violência pelo homem negro grandalhão atrás de si. Mas ao ouvir o que ele disse, foi como se apertasse um botãozinho em seu cérebro, aquelas palavras lhe eram familiar, lhe traziam algumas lembranças boas e ruins. A ruim era que já havia passado por aquilo a boa era que, aprendeu a se defender!  

 

Amanda soube exatamente o que fazer, fleches de lembranças fazendo aquilo veio a sua cabeça e como se os estivesse vivendo naquele momento, com uma agilidade impressionante, girou sua cabeça na direção da curvatura do cotovelo do homem em busca de ar e espaço, encaixou sua mão entre o seu pescoço e o braço dele, com a palma para frente e com a ajuda da outra mão empurrou com toda força afrouxando a chave de braço em seu pescoço, flexionou os joelhos e encaixou seu quadril ao do homem ao mesmo tempo que curvou totalmente o corpo para frente, conseguindo desequilibrar o meliante fazendo com que ele voasse por cima do seu corpo e caísse de costas no chão a sua frente, com Amanda ainda segurando seu braço. E logo vendo ele querer apontar a arma para ela, mas foi mais rápida e pisou no braço dele, tomando a arma e a empunhando com perfeição, apontando na direção dele ainda jogado no chão. 

 

-- Amanda como você fez isso? -- Perguntou Agatha chorosa, admirada e surpresa. Samantha a olhava do mesmo jeito. 

 

-- Se levantar, eu atiro! -- Amanda disse ao ver o homem se movimentar. -- Samantha fica de olho nele, se ele piscar você me avisa. -- Advertiu revezando a atenção entre o homem no chão e o que segurava Agatha, enquanto deu dois passos na direção deles. -- Solta ela! -- Ordenou apontando a arma na direção da cabeça do homem que segurava a menina. 

 

-- Não! E fica parada ai, se não, eu vou meter bala nela! -- Ordenou afastando-se um pouco, em gritos sem tirar a arma da cabeça de Agatha. Amanda parou. 

 

-- Não! -- Samantha gritou olhando a filha. 

 

-- Saman... -- Foi tarde, pois Amanda foi derrubada por uma rasteira violenta do homem ainda deitado, batendo forte com a cabeça no chão e desmaiando. O homem pegou outra arma que estava na sua costa no cós da calça e apontou para Samantha, enquanto levantava, afastou com o pé a arma da mão de Amanda, mas não a pegou. 

 

-- Que porr* é essa? -- O homem que segurava Agatha, gritou para o parceiro ao ver o outro companheiro deles arrancando com o carro e os deixando ali. 

 

-- Desgraçado! -- Esbravejou o homem que empunhava a arma na direção de Samantha que, chorava baixinho olhando a filha e Amanda a sua frente no chão desmaiada. E desesperou-se ao ver sangue saindo de baixo da cabeça dela. -- Cadê a chave do carro? -- O homem completou com fúria. 

 

-- Tá no carro. Por favor, eu pago o que quiserem, mas larguem a minha filha. Me levem e deixem ela, por favor! -- Samantha chorava vendo a filha também chorar e tudo por sua culpa, pensava, por não ficar de olho no homem como Amanda pediu, se distraiu por um segundo e logo Amanda estava no chão desmaiada e sangrando. 

 

-- Vamos, bota a menina no carro! – O Homem negro ordenou para o homem que tinha Agatha, segurando forte Samantha pelo braço para tira-la da frente da porta. O homem aproximou-se rapidamente do carro.

 

-- Não! -- Samantha gritou ainda em pé no mesmo lugar. 

 

Nesse momento foi escutado por eles, quatro tiros. Amanda ainda deitada empunhava a arma na direção deles. Ela havia proferido dois tiros em cada um dos dois homens, tinha revezado entre eles, que agora estavam jogados no chão um de cada lado de Samantha. 

 

-- Tire as... armas deles... -- Amanda disse fracamente e desmaiou novamente. 

 

Samantha a obedeceu dessa vez e logo correu até ela. 

 

-- Amor? Fala comigo, por favor. 

 

-- Mãe? -- Agatha chorava ao lado delas. -- Ela morreu? 

 

-- Não, filha! -- Respondeu também chorando sentindo o pulso de Amanda.   

 

Nesse momento chegava dois carros da polícia sem o barulho das sirenes e um senhor de idade saindo da casa que ficava separada da rua por um enorme muro. Ele correu do jeito que pode na direção de Samantha, Amanda e Agatha. 

 

-- Desculpa não ter aparecido aqui fora antes, mas eu estava sozinho em casa e sou um velho e não poderia ter feito nada a não ser ligar umas dez vezes pra polícia. -- Ele explicava-se para Samantha que já tinha pego Amanda no colo e a colocava no banco detrás do seu carro. 

 

-- Eu entendo! Obrigada... -- Disse chorando sem fitar o senhor a seu lado. -- Filha segura aqui pra mamãe, consegue? -- Perguntou segurando um pano no sangramento dela. Agatha estava sentada ao lado da cabeça de Amanda. 

 

-- Samantha? -- Alexandra chegou correndo. Ela havia saído por um acaso na frente de casa e avistando toda a movimentação da polícia e o carro da irmã, gritou para a família e saiu correndo até Samantha.

 

-- Alex, liga para o hospital e manda o Olavo se preparar para operar a Amanda. -- Pediu já sentada ao volante do carro. -- Acho que ela está com um coágulo na cabeça, sangrou demais, mas está muito inchado. 

 

-- Ok.

 

Samantha arrancou com o carro a toda velocidade que pode na direção do hospital.  

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 16 - Capítulo 16:
Lea
Lea

Em: 08/10/2021

Indentidade descoberta!! E agora???

Amanda/Eloá machucada,teriam que avisar a família, vão afastar a Samantha dela!!

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rhina
rhina

Em: 08/07/2020

 

Este sempre será um momento muito tenso.

Rhina

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rhina
rhina

Em: 26/01/2017

 

Meus Deus 

tensão logo no começo. ....saia justa Jaqueline colocou na Amanda

realmente desconfortavel. ....

passado o momento. ...tudo foi muito bem.......

mas na saída. ....que sufoco........na tentativa de levarem a Agatha. ...Amanda acaba seriamente ferida.....

rhina

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sis
sis

Em: 27/12/2015

Nossaaaaa qta emocao sofri e chorei com esse capitulo ualllll foi d masss ansiedade a mil para ler o prox

 

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