Capítulo 10 - Meu mundo é esse...não conheço outro...
Mais uma vez me perdi na perfeição que era o beijo daquela menina. Ela sabia muito bem o que fazer, a intensidade certa, nossas bocas moviam-se numa cadência que eu jamais experimentara...poderia beijá-la até...sei lá...
Vozes, eu ouvia algumas vozes vindas de dentro da casa. Era quase um alarme para correr daqueles lábios quentes, deliciosos, mas eu simplesmente estava enfeitiçada, embriagada, viciada. Eu gostava de tudo, absolutamente tudo na forma como ela me beijava e olha que sou chata e vejo defeito em tudo, sempre digo que dos meus homens se 10% beijou bem já me considero uma vitoriosa. O que eu mais gostava, além da boca toda, da língua que sabia muito bem o que fazer, o que me deixava entregue e louca por mais, era que ela sorria entre beijos, me olhava e sorria, parecia que estava em transe, que minha boca era o mundo dela...ah e quando gemia? Meu Deus, cada vez que ela gemia dentro da minha boca eu queria fundir-me nela...e as coisas que sentia...ai que loucura.
--Acho que já é hora do nosso almoço.
Disse de repente me soltando, senti meu corpo tremer. Não queria parar, precisava de mais...muito mais.
Não consegui dizer nada. Passei a mão pelo meu cabelo e brinquei com Scout que me olhou com afeto. Abracei meu bicho e beijei-o. Estava sim com saudades dele, mas meu corpo tremia e eu não conseguia entender porquê...provavelmente aquele beijo despertara o fogo que me consumia, mas precisava concentrar-me, encarar pessoas com as quais não tinha a menor familiaridade e sair impávida e serena com meu gato nos braços.
Eu estava certa que ela já tinha entrado quando ouço:
--Vamos?
Eu ficara de costas depois do beijo e crente que ela entrara.
--Umhum...-- A minha voz estava rouca, não tinha dúvidas...quando fico excitada ela fica muito rouca. Melhor ficar calada.
--Scoutie é um amor...ainda não tenho um nome para a minha gata, ajudas-me a escolher?
Tenha piedade menina...não quero falar agora...
--Ok!
--Tudo bem? - Ela passou uma mão na minha face e tive vontade de raptá-la, mas ela parecia tão no controle da situação que me senti quase uma adolescente, uma adolescente ridícula.
--Tudo...estou cansada.
--Viagens sempre cansam...e tu viajas muito. Dessa vez não aconteceu nenhuma aventura? Não foste obrigada a conviver com uma menina chata por 3 dias?
Ela sorria...linda e eu tive vontade de dizer cada asneira.
--A sorte não bate duas vezes seguidas na nossa porta. - Pronto, era asneira mas não pude evitar, essa mulher me enfeitiça e perco a noção...o bom senso.
Ela sorriu de tal forma que senti aquela coisa na barriga que o cliché convencionou chamar de borboletas no estômago.
Ela caminhou em direção à casa mas sorrindo, podia ver e aquele sorriso me incentivou a cometer a próxima loucura.
--Skya, posso ter o teu telefone? - Voz rouquíssima e quando ela virou-se para me encarar eu senti um ardor na face...depois de velha, eu dera para isso...
Ela disse os números pausadamente.
--Mas não tens como anotar...
--E minha cabeça, não serve?
--Pensei que tua cabeça não fosse muito boa para guardar coisas...
--Depende...- Repeti a sequência de números que ela acabara de dizer sem errar.
--Boa!
Ela entrou em casa e eu fiquei um pouco atrás. Estava receosa...Ciara não gostava de mim e sinceramente não sabia porquê, tinha essa estranha que chegara, sem contar que tinha Skya que me deixava fora do prumo...ainda bem que tinha a Sue e o Scoutie. Mas entraria e sairia logo dali alegando compromissos para almoço.
--Skya, essa é a Rebeka, tua futura parceira rumo ao sucesso retumbante.
Skya e Rebeka abraçaram-se entre sorrisos.
--Rebeka...tu és mil vezes mais bonita ao vivo. - Disse Skya admirada.
--Ah, eu disse a mesma coisa, ela é linda e tem uma aura perfeita. - Susan estava entusiasmada.
--Bom, esse seria o momento que eu morreria de ciúme mas como sei que minha mulher é espontânea...
--E muito apaixonada por ti, logo ciúme é bobagem. - Concluiu Susan entre risos e olhando para a mulher com ternura.
Gargalhadas altas e eu quase escondida num canto. Não pertencia àquele universo, não conhecia aquela gente e não estava muito interessada naquele momento confraternização.
--Olha quem está aqui...- Ciara olhou para mim e dei um sorriso amarelo. - Rebeka, essa é uma grande amiga da Susan e acho que a Skya também a conhece, certo?
Skya maneou afirmativamente com um sorriso nos lábios.
--E a amiga das amigas não tem nome? - Perguntou a recém chegada olhando-me diretamente nos olhos.
--Catherine, meu nome é Catherine. - Tomei pulso da situação, não gosto de ninguém falando por mim.
--Prazer Catherine. Tu também és das artes?
Ia responder que não quando Ciara deu uma de suas respostas de duplo sentido.
--Não...a arte dela é outra.
Susan a fuzilou com um olhar e eu quase fui embora naquele momento. Já tinha vivido outras situações em que a "espontaneidade" de Ciara quase me irritara, mas naquele momento só não dei uma resposta atravessada em respeito à Sue e às demais que não tinham nada a ver com o fato daquela doida não gostar de mim e a reciproca era mais do que verdadeira.
A menina que acabara de chegar percebeu o momento estranho e mudou de assunto.
--Estou com muita fome, vamos almoçar? Tenho muito para conversar com minha parceira. Eu já te devorei na internet mas nada como ao vivo e diga-se de passagem, a senhorita é também muito mais linda assim, à minha frente.
Skya ficou vermelha e sorriu timidamente. Eu tive vontade de ir embora...mas...
--Catherine, és nossa convidada para o almoço. Fazemos questão, não é meu amor? - Ela abraçou Susan que me olhou com aquele olhar doce que eu adorava.
--Ela sabe que sim, minha casa é a casa dela.
--E do Scoutie também, aliás esse vive mais cá do que noutro lugar qualquer.
Não sei se aquilo foi uma crítica mas como Sue não reagiu sequer com um olhar, resolvi acreditar que tinha sido apenas uma brincadeira idiota daquela mulher. Scoutie vive mais em casa delas...desde quando? Tudo bem que viajo muito mas meu gato é especial...
O almoço decorreu de forma animada, mais pelas outras quatro integrantes da mesa do que por mim. Eu comia, bebia taças de um vinho maravilhoso e prestava atenção às conversas paralelas.
--Tudo bem Cathe? A comida está do teu agrado?
--Queres louros? Tua comida está dos céus dona Susan, não consigo parar de comer.
Risos.
--Ah e o vinho também, qualidade suprema...
--Mérito da Ciara, ela que é expert em vinhos... a viagem foi o sucesso de sempre?
--Foi...um bocado cansativa mas no fim deu tudo certo. Mas se queres saber, ando cansada...não sei a quê atribuir essa sensação, mas as coisas já não são o que eram...
--Se calhar precisas de novos estímulos na carreira, outros desafios...na vida continua tudo como sempre, certo?
Pensei rapidamente na pergunta para concluir em seguida que sim, a nível pessoal tudo estava igual.
--Sim...sem muitas emoções, apenas aquelas que consigo suportar...aquelas que eu entendo bem...
--Sexo, muito sex*.
Risos.
--Sim e cada vez melhor...
--E do meu mundo?
--Não entendi.
--No meu mundo, deste mais algum voo rasante?
Risos.
--Não...louca. Não quero mais voos rasantes no teu mundo...foi apenas uma experiência...
--Muito boa...porque não repetir?
--Não gosto de repetições...
--Nem quando é muito bom?
--Não foi nada de especial Sue...até porque não tenho com quê comparar. - Mentira, uma atrás da outra. Nada de especial e eu não pensava em outra coisa...
--Talvez seja melhor mesmo que não tenha significado nada de outro mundo para ti, pois do pouco que conheço da Skya, ela é livre e apaixonante, ou seja, brevemente alguém se apaixonará por ela e vida que segue. Aliás, olhando para o cenário à minha volta, eu diria que a paixão pode explodir entre ela e a Rebeka a qualquer momento. Que moça linda essa menina, Skya já conhecemos, mas a Rebeka é linda, doce e ao mesmo tempo forte, de opiniões claras e ainda tem a arte que as une...é fácil nascer uma paixão...
Se Susan soubesse o que me vai na cabeça, eu diria que ela estava a provocar-me, mas como ela não faz a menor ideia, eu tenho razões para ficar mais preocupada...preocupada com quê Catherine?
--Essa Rebeka é gay?
--Não sei, mas como bem sabes, não é necessário ser gay para...
--Ah sim, claro. Vou comer mais um pouco desse bolo, está uma delícia. - Mudei de assunto, estava irritada.
As outras três riam e pareciam felizes da vida. A tal da Rebeka ria a ponto de cair em cima de Skya que parecia adorar, tudo parecia muito natural para pessoas que mal se conheciam. Esse povo das artes é muito exagerado.
Susan encaminhou-me para o ambiente onde as outras mulheres riam sem parar. Nós duas tínhamos ficado na mesa enquanto elas ouviam música e conversavam noutro ambiente da casa.
--Queremos rir também, qual é o tema?
--Amor e sex*! - Quase gritou Ciara que já estava bastante alegre depois de algumas taças de vinho.
--Boa, gostei. Quero participar. - Susan sentou-se num enorme puff e me levou junto.
--A Rebeka tem cada teoria maravilhosa sobre esses temas...
--Partilha connosco Rebeka. - Susan pediu com aquele seu ar meigo, ninguém nega coisa alguma a essa mulher.
--Só acho que as pessoas vivem muito presas a dogmas, verdades absolutas e quando se fala de amor e sex* então...
--Hmmm, como assim?
--Por exemplo, estávamos a falar de amor e sex* e de como muitas vezes as coisas mudam num instante...eu por exemplo, até hoje relacionei-me sexualmente apenas com homens, senti amor apenas por homens, mas essa não é uma verdade absoluta na minha vida. Eu me encanto por gente determinada, gente doce e ao mesmo tempo firme, gente com sonhos e que luta por eles, gente de caracter, gente que não tem medo, gente que tem brilho no olhar, gente bonita por dentro e por fora...e isso pode vir na forma de uma mulher, porque não?
--Acho que acabaste de descrever a Skya.
As duas artistas riram e Skya ficou vermelha.
--Então se a Skya é isso tudo, eu posso sim me apaixonar por ela. Mas não fiques vermelha minha linda, eu sou inofensiva...só ataco se a trincheira estiver liberada.
Gargalhadas altíssimas e minha inquietação atingindo picos insuportáveis.
--Namoras alguém Rebeka? - Santa Susan que mudou um pouco o foco, ou nem tanto...
--Não...agora não, terminei uma relação há mais ou menos mês. Fomos à India resgatar algo que não tinha mais base de sustentação e acabou. Esse é outro ponto que muitas vezes as pessoas não entendem minha forma de encarar a vida...términos de relacionamento nunca significam bichos-de-sete-cabeças para mim, sou capaz de dar uma festa ainda que a única convidada seja eu ao final de uma história...quase sempre é uma libertação, a abertura para o novo e tendemos a ficar em depressão, fechados, sofrendo...
--Isso quer dizer que não dás tempo ao teu coração? Que entre uma história e outra não existe um tempo para uma reestruturação?
A pergunta foi feita por Skya e eu prestei atenção à resposta...aquela menina era doida, ou então eu não entendia nada daquela matéria.
--Claro que sim. Terminei com o meu namorado e por ora não penso em nada e meus canais do amor estão todos fechados, mas podem se abrir a qualquer momento...e vou amadurecendo as coisas até estar pronta. Se valer a pena acontece no tempo certo...
--Hmmm...- Skya pareceu pensar sobre a própria vida o que chamou a minha atenção.
--Nossa estrela está apaixonada? - Ciara claro, depois dos vinhos...
--Não...em recuperação de uma história que me tirou as forças...- Ela sorriu de forma triste e senti algo estranho...uma mistura de várias coisas que resolvi não dar nome para o bem da minha sanidade.
--Muito amor?
--Sim...da minha parte só amor...mas vai passar, ou já passou...não sei ao certo.
--Se não passou, vai passar linda. Prometo que nossa arte vai fazer-te esquecer qualquer resquício de quem não vale mais a pena.
Rebeka abraçou Skya que ficou deitada no seu ombro. Quanta intimidade para tao pouco tempo...povo exagerado.
A conversa continuou, cada uma dando sua versão para temas por si só passiveis de muita argumentação. Eu permaneci calada, muitas vezes me perdendo nas nuances daquela menina cuja vida era um mistério para mim...eu queria desvendá-la e de certa forma me libertar daquele feitiço.
--Tu não dizes nada?
A tal da Rebeka encarou-me com um olhar firme e doce, parecido com o da Susan que me arrancava tudo ou quase tudo.
Dei de ombros...dizer o quê?
--Ela não entende de amor...não é mesmo Catherine? Mas de sex* pode dar uma aula magna. - Concluiu Ciara com aquele seu ar cínico.
Fiquei irritada, mas ela estava bêbada e não ia arranjar confusão em casa da minha amiga.
Todas me olharam e mais uma vez dei de ombros.
--És sempre assim?
--Assim? Como? - O que aquela desconhecida queria dizer?
--Vives sempre na defensiva?
Respirei fundo. Atrevida. Ela sequer me conhecia e já tirava conclusões levianas.
--Acabaste de me conhecer e já viste isso tudo? - Usei meu melhor tom irónico.
--Tua energia é clara nesse sentido...estás na defensiva e não queres que ninguém se aproxime.
Energia? Treta, uma treta atrás da outra.
Skya me olhou nos olhos e desviou imediatamente. Eu senti uma espécie de vertigem...
--Que tal uma música? - Bendita Susan que sempre me livrava de problemas.
--Claro, até porque em matéria de sex* e energia não estamos em sintonia. A Rebeka é aberta para a vida e suas surpresas, logo pode conversar connosco mas a Catherine não...
Quase levantei-me para ir embora. Idiota aquela Ciara, agora não gostar das coisas de que ela gostava era defeito...não sei como a Susan aguenta essa mulher.
No momento seguinte ninguém mais lembrou que eu existia, entraram no mundo das artes e eu fiquei no meu canto tentando não pensar nas coisas que acabar de ouvir.
Instigaram Skya a cantar, e meio tímida começou a dedilhar algumas notas numa guitarra que Ciara buscara. Ela cantou uma música linda e todas pararam para apreciar. Eu não sou muito de prestar atenção a essas coisas, mas ela tem muito talento e é como Susan diz, se tem técnica ou não, nós não podemos avaliar, mas a música atinge os ouvidos, os sentidos todos e nos eleva...
--Essa menina é apaixonante. - Susan quase sussurrou ao meu ouvido.
Era sim mas eu não admitiria nem a mim mesma.
--Sorte da tua mulher que pode matar vários coelhos com uma única tacada.
--Essa pareceria tem tudo para dar certo e a Rebeka escreve muito bem também.
--Contos para adolescentes...o que isso tem a ver com o que Skya escreve?
--E tu lá sabes o que Skya escreve?
--Romances...essas tretas de coração, não é?
--Ás vezes teu descaso me espanta...ela escreve sobre várias coisas, mas realmente tens razão, coisas que não te interessam...
--Nada disso me interessa, e vou aproveitar que ninguém está preocupado com a minha permanência aqui e vou-me embora. Estou cansada, vou dormir um bocado e curtir meu gato e minha casa. Preciso de silêncio.
--A Rebeka tem razão...
--Ah não Susan, tu não...tu és minha amiga...
--Exatamente por isso...ela é sensível Catherine e estudiosa dessas coisas...
--Uma super mulher, que toca saxofone, escreve como ninguém, viaja pelo mundo, ama de forma abnegada...casa com ela.
Susan riu daquele jeito que eu nem ousava perguntar o motivo. Olhei mais uma vez para o local onde as três mulheres estavam e minha irritação aumentou. Skya olhava para a Rebeka com admiração e ela retribuía.
--Obrigada por cuidar bem do Scoutie, agora vamos para a nossa casa, não é meu amor?
--Vê lá se extravasas um pouco essa energia, está tudo acumulado...
--Falta de sex*, mas vou resolver isso ainda hoje, minha agenda vai entrar em ação assim que recuperar as forças. - Ri com ar de deboche e ao mesmo tempo com minha melhor expressão safada.
--Ninfomaníaca. Tchau doida, eu te adoro mesmo sendo essa louca sem noção.
--Nós também te adorámos dona chata, não é Scoutie?
Scoutie miou e depois de beijar Susan fomos embora.
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Dormi uma hora e meia se tanto e acordei elétrica. Sonhei coisas sem sentido, eu chorava sem parar à beira de um abismo...não me lembro a ultima vez que chorei na vida e abismos nada tinham a ver comigo. Minha vida seguia a linha reta traçada por mim e nada me desviaria...
Dor de cabeça, inquietação e um calor insuportável no corpo, todo ele ardendo e uma sensação que conheço bem.
Peguei o telefone inúmeras vezes para acionar meus contactos, já até pensando em repetições já que não estava em condições emocionais de conhecer ninguém novo e esperar para ver se dava ou não o tal click sexual. Queria sex* e para já.
Andei para cima e para baixo na extensa agenda do meu telefone mas nada pareceu suficientemente atrativo.
Droga!
Fui tomar banho, o segundo em poucas horas e o calor não passava.
Deitei-me no sofá e tentei ser honesta com minhas sensações, pelo menos uma vez na vida...eu não parava de pensar em Skya. O beijo, a pele, o cheiro, o sorriso, as mãos...o toque, ah o toque daquela mulher...estava viciada naquela mistura de timidez com ousadia. Uma saudade doída de senti-la e vê-la me devorando com desejo...eu queria aquela mulher, queria porque queria e ponto final.
Saí, fui para a rua respirar. Andei de carro por ruas e avenidas já muito conhecidas. Ouvi a mesma música vezes sem conta e Skya não me saia da cabeça, do corpo todo...meus sentidos estavam em sintonia fina com aquela mulher.
Tinha o número gravado na memória e no telefone mas e a coragem? Ia dizer o quê? Ela provavelmente estava ainda em casa de Susan, os almoços por lá sempre duravam uma vida e ainda tinha a tal artista e futura parceira...que menina bonita, ela não podia ter apenas 23 anos, claro que era falta de informação de Susan. Ela tinha muita vivência para ser apenas uma menina de 23 anos. Susan fizera confusão...
Ela era bonita, jovem, tinha os mesmos gostos de Skya...balancei a cabeça e aumentei o volume da música no meu carro.
Sem pensar muito mais enviei a seguinte mensagem à Susan:
" Sue, sem perguntas. Tens o endereço da Skya?"
A resposta demorou muito mais do que minha ansiedade estava preparada para suportar...
Quinze minutos depois a informação veio e mais ainda, Susan disse que ela já tinha ido embora, só não sabia se para casa.
Pronto! Agora só precisava de mais uma dose de coragem e teria minha Skya para mais uma sessão de bom sex*.
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Susan estava apreensiva tentando entender aquele rompante da amiga. Depois da cena que vira, não sabia mais o que pensar. A cena levava para um caminho e as palavras de Catherine para outro completamente diferente. Catherine era completamente louca...já chegara a pensar que ela era infeliz mas com o tempo aquela ideia perdeu forças, ela era assim e pronto. Não concordava com aquela postura em relação à vida, mas ela tinha outras inúmeras qualidades que a transformavam numa amiga como poucas. Mas e Skya? Aquela menina parecia sensível demais para lidar com alguém tão sexual como Catherine...e pior ainda, parecia estar em recuperação de algum sofrimento...mas ninguém se recupera de uma dor entrando noutra que pode ser maior ainda...suspirou profundamente.
--Meu amor, o que fazes aqui sozinha?
Ciara a abraçou por trás e beijou-lhe a nuca.
--Pensando...
--Em quê? Posso saber? Ou é segredo guardado a sete chaves.
Susan sorriu e beijou a mulher.
--Na vida meu amor... no quanto as pessoas podem ser diferentes umas das outras...nas expectativas...
--Hmmm...acho que bebi demais.
--Sim senhora, mas eu já sei que quando está entusiasmada e cheia de ideias o vinho paga as favas.
Riram muito.
--Mas não fui inconveniente...fui?
--Longe disso...
--Nem com a tua amiga? Ela não voltaria da viagem apenas amanhã?
--Pois, regressou antes e veio correndo buscar o gato que ela adora. Não foste inconveniente com ela, mas vocês não se dão bem, então...
--Mas não gosto de tratar mal a ninguém em minha casa.
--Tu não a trataste mal Ciara, apenas trocaram farpas...normal.
--Ela estava esquisita, mais esquisita, ou foi impressão minha?
--Normal...Cathe é estranha mesmo, mas não vamos falar dela...eu acredito que temos coisas mais interessantes para fazer...
--Ah, essa minha mulher com cara de anjo e louca entre quatro paredes...
--Gostas, ou não?
--Eu adoro...usa e abusa de mim meu amor, sou toda tua...
--Hmmm, assim que eu gosto...
Susan derrubou-a no sofá e entre beijos quentes tirou-lhe a blusa sem muita cerimónia.
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Antes de aparecer como uma doida à porta de Skya, pensei mais algum tempo. Dei algumas voltas pelo quarteirão do edifício onde ela morava enquanto pensava no que dizer.
Mas eu não sou exatamente uma adolescente inocente e muito menos a mais paciente das criaturas, logo, munida do meu espirito predador, liguei e a convidei para uma bebida num bar qualquer.
Surpreendentemente, ela disse que estava a tomar um vinho e que se quisesse poderíamos tomá-lo juntas, em casa dela. Disse ainda que não poderia sair pois dormiria cedo para poder honrar compromissos.
Em dois minutos eu já estava à entrada do prédio, mas demorei algum tempo até subir e bater à porta.
--Oi...
Ela abriu a porta e tive a sensação que um mundo de possibilidades se abriu.
--Espero não incomodar...- Meio idiota eu sei, mas não consegui dizer mais nada. Ela estava com aquele sorriso que me encantava ou destruía, dependendo do ponto de vista, com aquele seu ar de menina/mulher, com uma camisa que mal cobria as pernas e aberta na altura dos seios, descalça, cheirando a vida e aparentemente feliz com a minha chegada.
--Claro que não incomodas, se incomodasses não te convidaria para subir. Vinho?
Aceitei com a cabeça e ela já estava com a taça em cima do balcão.
--Só tem duas taças nesse meu canto. É muito pequeno se compararmos com o teu...que idiotice a minha, não tem comparação possível...é pequeno mas eu adoro e para mim está perfeito.
Perfeito! Era assim que considerava aquele momento...mas inconscientemente, sempre.
O apartamento era realmente pequeno. Entravamos na sala que também era cozinha com a separação de um balcão, tinha um sofá pequeno, uma secretaria com uma pilha de livros, papéis escritos à mão e um computador com um monitor enorme. Num canto, perto da pequena varanda, estava o contrabaixo dela, enorme quase da altura da porta baixa da varanda. Era possível ver mais uma porta que provavelmente seria ou o quarto, caso ela não dormisse por ali mesmo, ou então o banheiro.
Bebemos vinho e ela pediu que eu aguardasse um minuto, alegando precisar resolver alguma coisa. Ela entrou na porta que supostamente seria o quarto e ouvi uma conversa ao telefone. Não entendi uma vírgula, ela falava em russo ou checo...
Minutos depois...
--Era a minha mãe, preocupada com a cria.
Sorriu e eu ri junto.
--Ela deve ficar preocupada...
--Nem tanto, eu sempre fui do mundo...viajo sozinha desde os meus 16 anos. Ela se preocupa mais com a alimentação, se estou a seguir as coisas à risca, os estudos...minha mãe é muito focada, e eu também, só que menos neurótica...
Mais um sorriso e aquela velha sensação que já nos conhecíamos de muito tempo...
Ela pegou o contrabaixo e começou a tocar...o som entrou em mim...o momento ficou gravado em mim...ela tocando era sexy, lindo...sem palavras...
--Tenho uma audição e estou enferrujada...
--Tu? Meu Deus...esse teu som é dos céus...
Ela sorriu e piscou-me o olho.
--Quem me dera que os julgadores tivessem os teus ouvidos...quero entrar na orquestra do Metropolitan...
--É muito concorrido...
--Eu sei, por isso esse desespero e esses dedos doloridos, e as costas também...
--Mas tu não estás mais inclinada para a escrita?
--Sim, mas uma arte não exclui a outra, até porque só sei escrever se tocar muito...a escrita ainda é embrionária, meu trabalho é a música, é com ela que eu vivo e pago minhas contas.
--Hmmm...- Não sabia o que dizer, além de não entender nada daquilo ainda estava doida para fazer outras coisas.
Ela adivinhou, sempre adivinha.
--Domingo à noite o que duas mulheres fazem trancadas num apartamento minúsculo?
Ah Skya, não provoca minha imaginação...
Sorri apenas.
Ela encheu mais as nossas taças e mexeu no computador. Em segundos o ambiente foi invadido por música.
Ela me levou à varanda e começamos a dançar com as taças de vinho no ar. Ela sorria o tempo todo e vez ou outra tocava-me...a temperatura subia...subia...
--Porque foste embora sem se despedir?
A pergunta me deixou atrapalhada, estava a pensar em outra coisa...
--Ah, o assunto não me interessava...não entendo nada de escrita e muito menos de música... - Não sei se estou doida, mas acho que os olhos dela mudaram de tonalidade diante da minha resposta, ela estava bem perto de mim e tive essa impressão...se mudaram ou não, não sei, mas ela entrou e mudou a música para depois me chamar para dentro e continuarmos a dançar.
A música era um convite para a sensualidade e ela me seduzia, ou nos seduzíamos. Estava claro o que queríamos naquele momento...
No meio à dança e com as taças nas mãos, ela beijou-me levemente os lábios. Simples mas arrasador. O corpo todo tremeu, eu ansiava por aquele toque, ansiava por ela desde mais cedo...ou desde que a conhecera...ansiava...
Ela sorriu e eu me senti ardendo por dentro. Cheguei mais perto no ritmo da música e ela me enlaçou pela cintura e beijou com vagar, parando, me olhando dentro dos olhos, sorrindo...beijando de novo...como eu adorava aquilo...
--Duas mulheres trancadas em casa num domingo à noite também podem beijar...além de dançar...
Ela me apertou contra o seu corpo e eu tive vontade de despi-la ali mesmo e de arrancar as minhas próprias roupas...mas só me deixei levar e ela me conduzia tão bem...
Caímos no sofá minúsculo e não conseguimos evitar uma gargalhada, era muito pequeno para tanto desejo.
Ela ficou sobre o meu corpo, beijando minha boca, passeando as mãos pelo meu corpo e me deixando num estado de fulgor quase insuportável...entrelacei minhas pernas naquele corpo quente e a apertei mais contra mim, apertei-me nela e senti tremores pelo corpo todo e uma vontade de ir além...de experimentar aquelas sensações...mais uma vez, vezes sem conta...
--Não tem uma cama? - Perguntei quase em agonia.
Ela sorriu e beijou-me devagar aumentando ainda mais o meu desejo.
--Não...mas tem um colchão enorme no chão do meu quarto...queres ir para lá? Conhecer o meu quarto? - Ela dizia uma palavra e me beijava...outra e mais um beijo e eu arfava...arfava...
Me vi no quarto, só não sei como...ela me conduzia e eu me deixava levar...sensação diferente mas maravilhosa...
--Tem música...sempre tem, tudo bem?
Ela falando dentro do meu ouvido, com as mãos nos meus seios...que mal poderia ter?
Nem respondi, apenas sorri e segurei na face dela para beijar melhor...queria sentir tudo ao mais ínfimo detalhe...
Tocava uma música linda que eu não conhecia e ela me disse entre beijos que era vague à l`ame um dueto de Juliette Katz e Sia...não gosto de música na hora do sex*, ou não gostava, mas Skya era minha música e nada mais interessava...
Ela encostou-me à parede e se afastou ligeiramente...senti vontade de puxá-la mas não tive forças. O olhar me hipnotizava, os gestos me enlouqueciam, não conseguia pensar...ela tirou a minha blusa com tamanha delicadeza...eu nunca vivi nada assim...tudo era novo...beijou meus seios ainda presos no sutiã...beijou-me a boca e eu gemi alto...desceu a boca pelo meu colo, abriu o sutiã e parou para admirar meus seios que arfavam...puxei-lhe para mim, para os meus seios e ela os beijou, ch*pou e acariciou com tamanha perícia que senti meu corpo caindo em direção ao chão...ela me segurou e beijou-me com fúria, nossas línguas travavam lutas dentro dos beijos quentes, eu queria mordê-la, queria apertá-la, queria fundir-me nela...queria Skya...tanto...tanto...tanto...
Ela tirou minha calça e não me dei conta, só percebi que estava quase nua quando caí no colchão e senti o atrito do lençol contra a minha pele. Ela ficou parada em cima de mim com os braços segurando o próprio corpo, me olhando, com olhos brilhantes, a boca vermelha, o peito arfante...prendi-a com as minhas pernas e com mãos trémulas abri parte da camisa que usava...toquei-lhe os seios que estavam livres de sutiã...lindos...nunca pensei gostar tanto de tocar seios que não fossem os meus...ela abriu os últimos botões e ficou quase nua sobre mim.
Beijou-me o corpo todo, ora com calma ora com loucura e louca estava eu...louca para ser dela, mais uma vez e tantas outras que ela quisesse naquela noite...a noite toda...
Ela me dizia coisas ao ouvido e mais uma vez numa língua que não entendia mas que meu corpo entendia e bem porque aumentava minha fome dela, minha vontade de gritar de prazer, de mordê-la, cravar minhas unhas naquela pele firme...ela mexia-se sobre mim numa harmonia com o meu corpo, com a minha cadência...eu queria morrer...de prazer...morrer de prazer...uma mão tocou-me onde meu corpo mais ardia e eu mordi com força um dos ombros dela...era um prazer enlouquecedor...ainda melhor do que me lembrava...ela entendia essas minhas demonstrações como ninguém e em segundos me vi livre da única peça de roupa que ainda usava e numa urgência que também ia ao encontro da minha, tirou a dela e nossos corpos se uniram...eu mexi como doida, meu corpo pulsava pelo dela...queria senti-la, queria muito...e ela deu-me o que queria...sempre olhando dentro dos meus olhos, que eu muitas vezes não conseguia manter abertos...ela tinha pressa, eu também, queria me perder nos labirintos do prazer...precisei de muito pouco para gritar...eu a recebi em mim com tanta vontade e ela me tomou com mestria...colei-me nela, nossos suores se misturaram, tudo de misturou e eu não queria mais nada...trememos juntas...duas...três vezes...
Minutos depois...sem força para abrir os olhos, senti que ela caiu para o lado. A sensação de meu corpo sem o calor dela não era boa, queria ficar grudada nela até conseguir respirar normalmente...
Mas não gosto de ficar agarrada a ninguém depois do sex*...não gosto...não gosto...
Fim do capítulo
Eis que chegamos ao décimo...dobro do pretendido rsrsrsrs e a sensação que me deu ao terminar de escrevê-lo é que agora a história vai começar...ai ai ai eu e essa minha mania de escrever sem parar. Bom, provavelmente chegaremos aos 20...vamos?
Noticia não muito agradável. Essa semana será loucura total na minha vida, arrumar mudança de um lugar para outro, saber se vou viajar mesmo ao Brasil e preparar-me também para isso, claro que escrever nao cabe nesse universo...
Devo passar algum tempo ausente, mas eu volto, sempre volto. Mas entre uma caixote de mudança e outro se sobrar algum tempo posso escrever um capitulo pequeno rsrsrsrs
Espero que gostem.
Bjs,
Nadine
Comentar este capítulo:
CirMorais Kim
Em: 13/10/2015
Nossa to encantada pela historia vc escreve super bem. To Adorando td.. nao demore para posta o proximo :)
E vamos chegar aos 20 ou ate passar :)
Resposta do autor:
20 sim, passar não...
Muito obrigada. Bj
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FlavinhaP
Em: 12/10/2015
essa cath pode ser mais velha, mas é imatura viu, prevejo muitas confusões
seja bem vinda ao Brasil moça, boa mudança
bjos e inté a proxima
Resposta do autor:
Mudança on the way e muito cansaço, mas digamos que ja seja expert nessa materia rssrs. Brasil ainda nao sei, ate sexta tudo pode acontecer rsrs.
Cathe é uma delicia kkkkk pelo menos para quem escreve.
Bj
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Sem cadastro
Em: 12/10/2015
Por que a Ciara trata a Catherine tão mal? Não gosta dela ponto, mas não precisa o tempo todo ficar ofendendo. Acredito que Cathe não fale nada em consideração à amiga Su.
Catherine está nesse conflito interno que aflige os héteros convictos quando se descobrem interessados por alguém do mesmo sexo. Ela quer, mas acha que não quer e fica falando mil besteiras para justificar o injustificável. Vamos ver o que será delas depois dessa noite de amor, espero que ninguém fujas.
Essa sua vinda a Cuiabá não terá uma escala no RJ? Assim né, de repente o avião pousa por aqui e fica uns diazinhos taxiado por aqui...kkkkk
Boa mudança, boa viagem e boas inspirações para termos muitos capítulos
Beijos e feliz dia das crianças procês!
Resposta do autor:
Ela deve ter os seus motivos...
Será que alguem vai fugir? Aguarde o 11...rsrsrs
Kkkkkk se for ao Brasil terá de ser forçosamente a Cuiabá, coisas de trabalho. Por mim parava no RJ, em SP, Natal etç mas...:(
Bjs
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Mari
Em: 12/10/2015
Catherine na maior parte do tempo parece-me uma criança mimada que não consegue perceber nem a si mesma e muito menos quem está a seu redor. Mas, em outros momentos tem se mostrado tão sozinha e frágil que chega a me angustiar (dá vontade de abraçar e não largar mais). Embora também tenha restrições em relação a ela, não consigo entender o porquê do tratamento, no mínimo, desrespeitoso da Ciara. Sinceramente, não sei como a Catherine suportou ouvir calada os comentários da esposa da amiga. Talvez porque, no fundo, ela saiba que por mais insultantes que fossem, não eram mentira.
Nadine, essa é mais uma obra de sua autoria da qual me torno fã. É impressinante o alto padrão de qualidade que você consegue manter em todas elas. Seu estilo é único e pra mim, sinonimo de excelência.
Que tudo transcorra bem em sua mudança e, por favor, volte logo, pois já estamos com saudade. Ah, com todo respeito aos cuiabanos, mas deixe Cuiabá pra lá e venha conhecer Goiania. Ar-condicionado por ar-condicionado, os nossos são melhores.
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Jean Grey
Em: 12/10/2015
Cada vez q elas se veem e tao quente e doce... É realmente lindo Nadine... Parabens...
Qnto aos 20capitulos, conte comigo kkk. So penso, 20...mtos altos e baixos pras elas e pra quem le tbm, mas e isso q faz a leitura ser tao bom, a emoçao e a expectativa...
Oh Nadine, q Deus te acompanhe em sua mudança e em sua vinda ao BR, apesar de tempos turbulentos, aqui e tao lindo e maravilho, com uma cultura tão rica, srta vai gostar mto!! Seja Bem Vinda!! Bjos linda!!😘😘
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Ana_Clara
Em: 12/10/2015
Cada vez que elas se encontram as faíscas voam pelo ar, mas sinceramente fico muito preocupada com essa maneira fria e algumas vezes insensível que a Cathe tem ao falar e guiar a sua vida. Quando acho que ela definitivamente colocou os pingos nos i's, ela simplesmente vem com uma pérola nova. Muito vazio esse modo de agir! Em seu íntimo ela sabe que está totalmente entregue a jovem talentosa, romântica e livre que usa sneakers, mas ainda assim teima em mostrar o quão egoísta são seus sentimentos. Enfim, ainda teremos muito o que nos aborrecer com a toda poderosa.
Fico muito preocupada com essas noticias de viagem. rsrs Volta logo Nadine, não nos deixe em espera constante, por favor. Ah, e boa viagem!
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Bibiana Beurmann
Em: 12/10/2015
Ahhh Skya!! Entende a Catherine como ninguem... mais do que ela mesma!
Muito feliz que você decidiu continuar a história... continue... escreva....Elas são incríveis! Impossivel não se apaixonar.
Beijos
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Cabrita de Paulo
Em: 12/10/2015
Nadine,
que estória maravilhosa, todas de tua autoria são.
Creio q Cathe ainda vai nos dar uma enxurrada de emoções, acredito q Skya está a ensinar q a vida não se resume a sexo bem feito e Cathe já sente o reflexo disso; apenas sinto mto q a cada negação de seus sentimentos ela magoa ainda mais Skya q ao q parece sofreu uma desilusão mto grande.
Qto a Skya e Rebeka não vejo futuro no lado romantico, elas são mto parecidas e vejo nessa dualidade q é Cathe e Skya o grande amor se formar. (olha eu tentando adivinhar o futuro de nossas personagens)
Cap ótimo, cena de sexo maravilhosa.
Espero q resolvas a tua vida da melhor maneira possivel, te esperaremos sim... sempre e leve o tempo necessário.
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Silvia Moura
Em: 11/10/2015
Nadine, esse capitulo foi bom, quente, bem o que eu esperava...apesar de toda aurea de mistério que rodeia skya, ainda me mete medo o que ela pretende com seus sorrisos e seus silêncios, espero que os segredos de liquidificador que ela fala ao pé do ouvido de cathe quando fazem amor, sejam palavras de sentimentos, de o quanto que te quero amor meu...sei lá... a cathe assim tão desprotegida e fragil perante o amor de verdade me dá uma peninha... vai autora, não faz tanta sangria de amor não... adoro mesmo é quando você se desfaz em torrentes quentes de desejo e deixa esse amor todo escancarado no ar...quando você se desfaz em skya e cathe.... querida autora minha, triste pela distancia que se fará nesses dias atribulados em sua vida... mas esperando sempre... beijos doces com imenso carinho...
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