(Paula)

Eu me chamo Paula Camargo e tenho 29 anos de idade, eu sou professora a oito anos e diretora a três anos, e em alguns dias atrás aconteceu uma coisa muito inesperada no meu trabalho, uma menina chamada Bruna tem me chamado muito a atenção, ela foi na minha sala com um com um corte  no braço, depois que eu fiz um curativo em seu braço um methiolate que eu estava usando para desinfectar o ferimento caiu no chão, eu e a Bruna nos ajoelhamos no chão para pegar, a Bruna pegou o methiolate e eu coloquei a minha mão sobre a sua, os nossos olhares se encontraram e nos fomos nos aproximando cada vez mais e a Bruna acabou me beijando, mais pra falar a verdade eu acho se ela não tivesse tomado a iniciativa de me beijar eu tinha a beijado, nos estávamos muito próximas uma da outra.

Nós nos afastamos do beijo e a Bruna me pediu desculpas e disse que gostava de mim e por isso ela me beijou, eu achei que ela tinha me beijando por causa do calor do momento mais eu estava enganada.

Ela também disse que  tinha cortado o braço para poder vir na minha sala para me ver, ela me pediu desculpas mais uma vez e quando ela ia se levantar do chão para ir embora eu a puxei pelo braço e a beijei, eu não sei o que deu em mim mais me deu uma vontade de beija-la novamente, nunca uma pessoa fez isso por mim, cortar o próprio braço para ter um motivo para me ver, eu achei tão fofo da parte dela, fazer o que ela fez por mim.

Depois ela foi embora e eu não  consegui tirar ela da minha cabeça.

Depois que a aula terminou eu fui para casa eu não consegui tirar a Bruna da minha cabeça, eu fui tomar um banho e depois eu fui preparar o jantar, eu moro sozinha então eu não fiz muita comida, eu também sou professora de matemática em outra escola  de manhã, todos sabem que o salario de professor não é lá grandes coisas por isso eu tenho que me desdobrar, eu corrigi algumas provas que eu tinha para corrigir, eu fiquei inquieta no meu apartamento, eu andava para um lado e para outro sem saber o que fazer, eu precisava desabafar falar com alguém sobre o que tinha acontecido hoje mais cedo, então eu tive a ideia de ir até o apartamento da minha amiga beatriz que é um andar abaixo do meu, a Beatriz e minha amiga a muitos anos, ela é uma ótima amiga   e eu sei que ela vai me ajudar.

Eu fui até o apartamento da Beatriz e bati na porta, ela abriu a porta e me convidou para entrar, eu entrei e fechei a porta e ela veio me cumprimentar.

— oi Paula tudo bem.— ela disse e me cumprimentou com dois beijos na bochecha.

— tudo bem e você?

— tudo bem, vem senta aqui no sofá.

— eu tenho uma coisa para te falar  eu preciso contar isso para alguém se não eu vou enlouquecer.— eu me sentei no sofá e cruzei as pernas.

— o que Paula fala, o que aconteceu?

— uma menina da escola que eu trabalho me beijou.

— serio? Mais aconteceu assim do nada?

— do nada não, eu vou te contar como aconteceu.

— ok.

Eu contei tudo o que tinha acontecido para ela.

— uau que historia em, ela cortou o braço só para poder te ver.

— é foi o que ela disse.

— é essa Bruna é bonita?

— até que é viu.

— e como ela é?

— ah ela tem os cabelos curtos um pouco castanhos a pele e branca e ela tem os olhos azuis, e ela é um pouco alta.

— parece que ela é bonita.

— é, ela é.

— quantos anos ela tem?

— não sei ela aparenta que tem uns 18.

— ta podendo em Paula, quem dera se isso tivesse acontecido comigo e tão bom ser desejada por alguém.

— eu estou tão confusa Beatriz eu não sei o que fazer de uma hora pra outra surge uma menina que esta gostando de mim, o que você acha que eu faço?

— eu posso te fazer uma pergunta Paula?

— claro, vai em frente.

— você esta  sentindo atração por essa garota?

— eu não vou mentir beatriz, eu não estou conseguindo esquece-la, eu não paro de pensar no seu toque do seu cheiro no seu beijo, eu não sei o que fazer eu não posso me envolver com uma aluna, e ainda mais tem o Fernando eu não quero o trair.

— você não tem culpa se está atraída por ela, siga o seu coração so ele pode te mostrar o caminho certo, deixa ele te guiar e veja ate onde isso vai dar, não pense no Fernando pense na sua felicidade, e  nos sabemos que o seu relacionamento com o Fernando ja era pra ter acabado a muito tempo, você viu o safado beijando outra e você o perdoou.

— ele estava bêbado beatriz.

— eu tenho toda certeza do mundo que se ele estivesse sóbrio ele iria fazer a mesma coisa Paula, so quem é cego para não perceber isso.

— ta bom eu sei que você está certa, mais você esta desviando o assunto da conversa, o que você acha que eu faço com a Bruna.

— eu já te falei, siga o seu coração, se o seu coração disser vá atrás dela você vai atrás dela, agora se eu se o seu coração disser se afaste dela você se afasta dela entendeu?

— ta bom, entendi, mais eu vou esperar o meu coração me dar uma resposta concreta, eu não vou sair por ai fazendo loucuras.

— isso, você esta começando a atender a lógica da questão.

— muito obrigada beatriz, eu iria enlouquecer se eu não contasse isso pra alguém.

— amigo e para essas coisas.

— tchau, eu tenho que ir amanhã eu tenho que  acordar cedo, muito obrigada mesmo Beatriz.— Eu a deu um beijo no rosto em forma de agradecimento e me levantei do sofá.

— tchau boa noite, e boa sorte com a tal garota.

— obrigada realmente eu vou precisar.— eu sai do apartamento e voltei para a minha casa.

Eu fui direto para o banheiro e escovei os meus dentes, depois disso eu me deitei na minha cama e aguardei o sono chegar e depois de alguns minutos eu acabei dormindo.

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(Bruna)

Eu estava morrendo de vontade de ver a Paula mais eu estava com medo dela falar que não quer nada comigo, então eu optei em não procura-la por enquanto.

No sábado eu e os meus amigos combinamos de ir em uma pizzaria, e a noite eu comecei a me arrumar para sair.

Eu tomei um banho coloquei uma roupa  penteei o cabelo passei um perfume e sai de casa,  os meus amigos estavam me esperando no portão.

A Gabriela me viu e foi a primeira a me cumprimentar.

— oi, demorou em.

— é eu acabei cochilando e acordei em cima da hora.

— tudo bem o taxi ainda nem chegou.

— será que vai demorar muito?

— não daqui a pouco deve estar chegando ai, e você sabe que você que vai pagar né, você e única que trabalha aqui, nos só temos dinheiro para pizza e para a balada mais tarde.

— pois é, vocês também podiam tomar vergonha na cara e começarem a trabalhar.

— nos não queremos trabalhar nos queremos e curtir a vida.

— toma vergonha na cara menina.— eu disse sorrindo.

— não.— ela disse e mostrou a língua.

Eu cumprimentei o Danilo e a Luiza, e depois de alguns minutos o táxi chegou.

Eu falei onde nos queríamos ir e o taxista acelerou o carro.

Logo nos chegamos na pizzaria, eu paguei o taxista e nos saímos do carro.

Nos entramos na pizzaria e nos sentamos em uma mesa e escolhemos o sabor da pizza.

— não olha agora Bruna mais tem uma pessoa ali que não tira os olhos de você.— a Luiza falou.

— como assim? Como é essa pessoa?

— e a diretora Paula Bruna.

— o que? Serio?— eu me virei e me deparei com a Paula me olhando.

Eu a olhei por alguns segundos e me virei de volta.

— será quem é aquele homem que está com ela.— a Luiza disse olhando para a mesa da Paula.

— deve ser o babaca do namorado dela.— o meu aspecto mudou pra água pro vinho, eu estava feliz bem humorada, mais agora que eu vi a Paula com esse cara eu estou totalmente triste.

— nossa, a Paula e mil vezes mais bonita que ele.— a Luiza disse ainda os olhando.

— ainda bem que ele não é bonito.

— que mundo pequeno não é Bruna, quantas pizzarias tem por ai e ela tem que vim justo aqui.

— pois é, olha gente eu acho que eu vou embora tá.

— por que você decidiu ir embora assim de uma hora pra outra Bruna?— a Gabriela disse serrando os olhos.

— eu não estou me sentindo bem.

— todos nos sabemos que você quer ir embora por causa da Paula, não vai embora Bruna, você tem que dar a volta por cima e ser superior a isso.

— ta bom eu vou ficar.

— que bom Bruna.

— nossa, agente ainda não escolheu o que agente vai beber né.— a Luiza disse olhando no cardápio.

— nossa é verdade, o que vocês vão querer?

— pode ser uma coca cola?— o Danilo perguntou.

— pode ser.— a Luiza e Gabriela falaram ao mesmo tempo.

— então tá, eu vou chamar o garçom.— Eu me virei e chamei o garçom, a Paula não tirava os olhos de mim, e eu não tirava os olhos dela, nós nos olhamos por alguns segundos, e em um momento a Paula deu a mão para o indiota do namorado dela, a raiva estava exalando pelo os meus olhos, o garçom chegou na nossa mesa e eu fiz o pedido.

— vocês viram o que a Paula fez? Ela deu a mão pra aquele cara.

— você quer me beijar para fazer ciúmes nela?— a Gabriela me perguntou.

— não, se eu fazer isso as  minhas poucas chances que eu tenho com ela vai ir pro buraco.

— você que sabe mais seria uma boa ideia.

— olha as ideias da Gabriela.— o Danilo disse rindo.

— o que tem de mal nisso, você nunca fez ciúmes em alguém não.

— não.

— me engana que eu gosto Danilo.

Eu tenho toda certeza no mundo que a Paula esta me fazendo ciúmes, de vez em quando eu me virava e olhava para mesa dela, e ela nem conversava com o cara, era so ela perceber que eu estava a olhando  que ela ficava toda intima com o cara, e ela dava a mão pra ele, dava alguns beijos no seu rosto.

— nossa ela ta me provocando viu, não sei por que ela quer fazer ciúmes em mim.

— tão vez ela quer ter certeza de que você gosta dela.— A Luiza falou.

— mais quando eu fui na sala dela e a beijei eu disse que gostava dela.

— como assim você beijou ela?— a Gabriela disse com os olhos arregalados.

— é beijei, é uma longa história, depois eu te conto.

— nossa Bruna por que você não me contou antes.

— não sei, eu estava com muitas coisas na cabeça.

— ta, sei.

A nossa pizza chegou, eu comi dois pedaços, e depois de alguns minutos eu vi a Paula se levantando e indo até o banheiro.

— eu vo ali e já volto.

A Gabriela olhou para a mesa da Paula e viu que ela não estava lá e disse.

— veja bem o que você vai fazer nesse banheiro em, vê se não trans* com ela dentro do banheiro em.— a Gabriela disse rindo.

— deixa de ser  boba menina.— eu dei um pequeno sorriso no canto da boca e me levantei da mesa e fui até o banheiro.

A Paula estava dentro de uma cabine no banheiro, eu me encostei na pia e fiquei de frente para a cabine e esperei a Paula sair.

Depois de poucos segundos ela abriu a porta da cabine, e ela aparentou ficar assuntada ao me ver.

— Bruna você por aqui.

— pois é né mundo pequeno não é.— eu disse e fui caminhando lentamente até ela.

— o que esta fazendo.— ela disse quase em um sussurro.

— nada de mais.— eu dei um pequeno sorriso e a empurrei com delicadeza pra dentro da cabine e tranquei a porta.

— por que você esta tentando me fazer ciúmes com aquele cara?

— como assim eu não estou te fazendo ciúmes.

— eu não nasci ontem Paula.

— você esta enganada Bruna, eu não estou te fazendo ciúmes.

Eu não respondi o que ela tinha falado so a puxei pela cintura e colei o seu corpo no meu.

Eu fui me aproximando dos seus lábios mais eu não os beijei, eu queria ver a reação da Paula, eu me aproximei ainda mais perto dos seus lábios e a Paula me deu um beijo calmo.

Nós nos beijamos por alguns minutos e nos afastamos.

— eu estou enlouquecendo Paula, eu nunca senti antes o que eu estou sentindo por você.

— como assim, o que você esta sentindo por mim.

— eu acho que eu me apaixonei por você Paula.

— eu não posso me envolver com uma aluna Bruna.

— ninguém vai saber Paula.— eu me aproximei ainda mais dela e a puxei pela cintura e a beijei novamente, nós nos beijamos por mais algum minutos.

— eu tenho que ir Bruna, depois agente conversa.— a Paula falou saindo do beijo.

— tudo bem, vai se encontrar com seu namoradinho vai.

— tchau.— ela disse e saiu do banheiro.

Eu também sai do banheiro e olhei em direção a mesa da Paula mais ela não estava mais lá, parece que ela foi embora.

Eu fui caminhando até a minha mesa.

— poxa demorou em, eu não falei que não era para você trans*r  Com ela.—a Gabriela falou.

— eu não transei com ela Gabriela.

— hum, sei, mais agora vamos pagar a conta que eu estou afim de ir para balada e encher a cara.

— ta bom.— eu disse e tirei a minha carteira do bolso e coloquei algumas notas de dinheiro na mesa.

Todos ajudaram a pagar a conta com uma quantia de dinheiro e depois que a conta estava paga nos saímos da pizzaria.

— olha eu acho que eu vou pra casa, eu estou afim de ir para balada.

— você vai sim Bruna.— a Gabriela disse autoritária.

— eu não quero, vão vocês e se divirtam.

— você esta assim so por causa da Paula não é, vai ser bom para você vamos beber para esquecer os problemas.

— ta bom, mais eu vou beber so uma cerveja e vou para casa.

— ok tudo bem, agora vamos.

Nos fomos caminhando até a balada que é um pouco perto da pizzaria.

Logo nos chegamos e entramos, nos fomos  em uma balada LGBT, de um amigo meu e a bebida alcoólica e liberada para menores, de nos quatro o único que não é gay e o Danilo mais ele não se importou.

Nós nos sentamos em uma mesa e começamos a beber, o que era pra ser uma cerveja virou 5 com direito a algumas dozes de tequila, a Gabriela e a Luiza e o Danilo foram para a pista de dança, eu não estava nem um pouco animada, eu não conseguia esquecer a cena da Paula com aquele cara.

A Gabriela e a Luiza estavam completamente bêbadas e acabaram se beijando, logo eu pensei, isso não vai prestar elas vão acabar parando em cima de uma cama.

Eu não estava mais afim de ficar naquele lugar, então eu fui atrás do Danilo que não estava tão bêbado.

— Danilo eu vou embora tá, toma o dinheiro do taxi pra vocês irem embora, depois você avisa para as meninas ok.

— ta bom tchau Bruna.

— tchau.

Eu sai da balada e peguei um taxi e fui para casa.

Chegando em casa eu fui direto para o meu quarto, eu estava com muita preguiça de trocar de roupa, então eu tirei a minha roupa e fiquei so de calcinha e sutiã e me deitei na cama.

Eu fiquei algumas horas acordada pensando na Paula e depois eu acabei dormindo.

 

 

Fim do capítulo