Eu não estava tendo paz, eu não conseguia tirar a Paula da minha cabeça, varias vezes na noite eu me levantei da cama com falta de ar, eu estava completamente inquieta, eu fui até a cozinha para tomar um pouco de água e fiquei alguns minutos no quintal para tomar um pouco de ar fresco.

Eu não sei por que aquilo estava acontecendo comigo, eu estava me sentindo super estranha, do nada eu sentia falta de ar.

— será que eu me apaixonei pela Paula.— eu disse a mim mesma.

Essa frase não sai da minha cabeça, será que eu me apaixonei por ela.

Ja se beirava quatro horas da manhã e eu fui para o meu quarto e me deitei na minha cama novamente.

E o pior que amanhã eu vou acordar as seis horas para ir trabalhar e eu não dormi quase nada essa noite.

Eu pensei em faltar no trabalho e falar que eu fiquei doente, mais ontem eu já tirei o dia de folga, o meu chefe e muito rigoroso e pode acabar me demitindo, eu trabalho de menor aprendiz em um banco que e perto da minha casa, eu trabalho lá já faz algum anos e da uma boa renda no final do mês.

Eu tentei me concentrar e não pensar mais na Paula, mais foi em vão eu não consegui, a única coisa que eu conseguia fazer era pensar nela, a sua voz soava na minha cabeça sem parar.

Eu acho que eu acabei dormindo lá por volta das quatro e meia da manhã.

A pior coisa que eu  poderia ouvir naquele momento era o meu despertador e infelizmente ele tocou.

Desativei o despertador com os olhos fechados, me levantei da cama com dificuldade e fui direto para o banheiro, tirei a minha roupa e entrei de baixo do chuveiro.

Tomei um banho morno com o intuito de passar o sono, mais não adiantou em nada.

Eu sai do banho e vesti o meu uniforme do trabalho e fui para a cozinha e me sentei na mesa.

A minha mãe logo notou o meu estado e veio falar comigo.

— o que aconteceu Bruna? por que você esta assim quase dormindo na mesa?

— eu dormi muito mal essa noite mãe.

— por que? o que aconteceu?

— foi insônia só isso mãe.

— mais você nunca teve insônia Bruna.

— tudo tem a primeira vez na vida.

— alguma coisa está te incomodando Bruna para você não conseguir dormir.

— não mãe.

— tudo bem, já que você está dizendo.

— é, esta tudo bem, agora eu tenho que tomar café da manhã tá, daqui a pouco eu tenho que sair.

— ok, eu vou sair para trocar um sapato que eu comprei, tchau e bom trabalho.— a minha mãe me deu um beijo na minha testa e saiu.

Eu tomei umas quatro xícaras de café para tentar me manter acordada e comi um pão.

Eu sai da minha casa e fui caminhando até o trabalho.

Logo eu cheguei no meu trabalho, eu trabalhei a manhã inteira e depois eu voltei para casa para almoçar.

Eu almocei e troquei o meu uniforme do trabalho pelo  o uniforme da escola.

Quando o horário da escola se aproximava, eu sai de casa e fui  andando até a escola.

Eu cheguei na escola e olhei ao redor para tentar ver a Paula, mais eu não consegui encontra-la.

Eu fui para a minha sala e me sentei na minha carteira.

Os três horários se passaram e fui para o intervalo.

Eu me sentei em um banco com a Luiza, a Gabriela e o Danilo ainda não tinham chegado.

Eu estava morrendo de sono, quase caindo do banco, até que do nada todo o sono que eu estava sentindo naquele momento foi em bora quando eu vi a Paula saindo da sua sala.

Ela estava linda, eu não consegui tirar os meus olhos dela, ela percebeu e me deu um pequeno aceno, e eu retribui o aceno.

A Paula entrou na sala dos professores e a Luiza ficou me cutucando com o cotovelo.

— você  viu? ela acenou pra você.

— é eu vi.— eu disse e deixei um sorriso bobo sair dos meus lábios.

— você esta afim dela não esta Bruna?

— eu não estou afim, dela para de falar isso, Luíza.

— esta sim, eu sei que você está gostando dela, para de mentir por que você não quer me contar? que eu, saiba eu sou a sua amiga não só.

— vamos mudar de assunto pode ser.

— poxa Bruna, me conta ai vai, admite que você esta afim da diretora.

— ta bom, eu estou gostando dela, ta feliz.

— serio mesmo Bruna?

— é essa noite quase eu não dormi pensando nela, por isso que eu estou assim morrendo de sono.

— eu sabia que você estava gostando dela, eu te conheço como a palma da minha mão.

— eu não sei o que fazer Luiza, eu estou enlouquecendo, eu nunca pensei que eu iria me apaixonar tão rápido por ela.

— o amor é assim Bruna, quando agente menos espera ele acontece.

— você já se apaixonou Luiza?

— amor não, mais eu já tive algumas paixonites.

— mais também, com esse tanto de mulher que você fica.

— pois é.

— mais o que eu sinto pela Paula é diferente, eu nunca senti o que eu estou sentindo por ela.

— e o que você sente?

— não sei dizer direito, mais eu sinto um aperto no coração, sinto falta de ar, eu fico com muita ansiedade e  fico com vontade de ver ela a todo estante.

— o que você vai fazer?

— eu não faço a mínima ideia.

— boa sorte, você vai precisar, se você precisar de mim se eu puder te ajudar em alguma coisa e so você me falar.

— tudo bem obrigado, a Gabriela esta vindo, não vamos tocar nesse, assunto tá.

—  você não vai contar para ela?

— por enquanto não.

— tudo bem você que sabe.

A Gabriela se juntou a nos, depois de alguns minutos o sinal do intervalo tocou e nos fomos para as nossas salas.

As horas foram se passando e eu voltei para casa sem ver a Paula.

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Dois dias depois.

Eu não estava aguentando mais o meu coração chamava pela Paula, os meus olhos pediam para  revela, eu quase não avia so quando ela saia da sua sala para ir para a sala dos professores na hora do intervalo, eu precisava a ver  de perto, ouvir a sua voz,  sentir o seu cheiro novamente.

Eu estou na escola totalmente inquieta pensando em uma maneira de revela e já  esta no último horário, eu preciso ver a Paula e tem que ser nesse horário.

A única forma para mim ver a Paula e indo até a sala dela, e como da primeira vez eu tenho pensar em algo para ter um motivo para entra na sala dela.

Eu pensei varias vezes no que eu iria fazer, eu acabei lembrando de um estilete que estava dentro da minha mochila, eu pensei em fazer um corte no meu braço, na sala da Paula tem um kit de primeiros socorros, é loucura eu sei, mais eu preciso ver a Paula, ja tem dois dias que eu so a vejo de longe.

Eu peguei o estilete e coloquei o meu braço de baixo da mesa e tentei tomar coragem para fazer essa loucura, eu nunca fiz isso antes.

— vai Bruna você consegue, você e corajosa, você consegue.— eu disse a mim mesma enquanto eu suspirava descontroladamente.

Depois de alguns minutos eu tomei coragem e fiz um corte médio no meu braço, o corte não foi muito grande, mais foi suficiente para escorrer sangue pelo o meu braço.

Eu me levantei e fui até a mesa da professora.

— professora eu cortei o meu braço.

— nossa Bruna, como isso aconteceu?

— não sei quando eu me dei conta ele já estava cortado.

— vai lá na sala da direção para você fazer um curativo.

— ok.—  eu sai da sala e fui até a sala da Paula.

A porta estava aberta e a Paula esta sentada na sua mesa escrevendo, eu fiquei parada na porta a olhando.

Eu fiquei a olhando por alguns segundos,  ela percebeu que eu estava a olhando e disse.

— Oi, entra e fecha a porta esta fazendo muito barulho ai fora.—  a Paula disse sorrindo.

— Oi.—  eu disse e entrei e fechei a porta.

— Nossa o que aconteceu com o seu braço?

— Eu me cortei em um prego que estava na mesa,  a professora me mandou pra cá.

— Nossa está saindo muito sangue, esta doendo?

— Não, so esta ardendo um pouco.

— Tudo bem,  senta aqui vamos dar um jeito nisso.

Eu me sentei e a Paula foi até uma estante e pegou o kit de primeiros socorros e se sentou do meu lado.

Ela limpou o sangue que estava no meu braço com uma gaze, e passou um pouco de merthiolate no ferimento e fez o curativo.

Ela é tão cuidadosa, cuidou de mim  super muito bem.

— prontinho, o curativo esta pronto.

— obrigado Paula.

— que isso não precisa agradecer.

A Paula estava guardando os matérias na maleta, e de repente ela deixou o merthiolate cair.

Eu me ajoelhei no chão para pegar o merthiolate e no mesmo estante Paula também se abaixou para pegar.

Eu peguei o merthiolate e a Paula  colocou a sua mão sobre a minha.

Os nossos olhares se encontrar, a nossa respiração ficava cada vez mais ofegante, os nossos lábios ficavam cada vez mais perto um do outro, eu não consegui me conter e a beijei.

Eu nunca senti nada parecido a sensação de estar beijando a Paula foi a melhor coisa que eu já senti na minha vida.

Para a minha felicidade a Paula correspondeu ao beijo, nós nos beijamos por mais ou menos dez segundos, e a Paula selou o beijo.

A Paula ficou olhando nos meus olhos, ela tentava falar alguma coisa mais conseguia então eu disse.

— me desculpa Paula eu não consegui me conter, eu já vou indo, me desculpa.

— espera não vai.— a Paula segurou o meu braço quando eu ia me levantar.

— me desculpa Paula, foi mais forte do que eu.

— tudo bem, mais por que você me beijou.

 — ah é por que, e por que eu gosto de você.— eu disse com um pouco de dificuldade.

— você gosta de mim?

— é gosto, esse corte no meu braço não foi atoa, eu cortei o meu braço para poder vim aqui para te ver.

— você não devia ter feito isso Bruna.

— é eu sei, eu sou uma indiota, vamos fingir que isso não aconteceu tá, me desculpa.— eu já ia me levantar mais a Paula puxou o meu braço e me beijou.

Nós nos beijamos por mais alguns minutos e a Paula se afastou do beijo.

— olha Bruna eu não posso ficar com você eu tenho namorado, você entende?

— claro entendo, eu não sei o que eu tenho na cabeça, que dia que uma mulher como você iria ficar comigo.

— o que você está falando Bruna para de falar bobagem você é linda.

— serio você me acha bonita?

— claro você é linda.

— e você é a mulher mais bonita que eu já vi.

A Paula ficou totalmente vermelha.

— ah, são seus olhos.

— eu acho melhor eu ir andando, daqui a pouco o sinal do fim da aula vai tocar.— eu disse e me levantei do chão e a Paula também se levantou.

— mil desculpas Paula.

— tá tudo bem não precisa se desculpar.

— ok, tchau.

— tchau.

Eu sai da sala e fui  caminhando até a minha sala.

Eu estava sentindo um misto de alegria e tristeza, eu estava feliz por ter beijado a Paula e triste por que ela tem um namorado.

Eu voltei para a minha sala e me sentei na minha carteira

A Luiza me olhava com uma cara de curiosidade.

— Luiza você pode tomar uma vitamina comigo depois da aula? Eu estou precisando conversar com alguém.

— claro Bruna, o aconteceu?

— daqui a pouco eu te conto.

— tá bom.

A aula terminou e nos fomos tomar a vitamina, eu comprei duas vitaminas e nós nos sentamos em uma praça.

— o que aconteceu Bruna?

—  esse corte que esta no meu braço foi eu que me cortei para ir na sala da Paula.

— nossa você cortou o seu braço para ver a Paula, isso que é amor em.

— é, eu fui até a sala da Paula e ela fez um curativo no meu braço, e depois ela deixou o merthiolate cair, eu me abaixei para pegar e ela também se abaixou, eu fui pegar o merthiolate e ela colocou a sua mão sobre a minha, nos estávamos muito próximas e eu acabei a beijando.

— serio? Você beijou ela?

— sim beijei, mais ela disse que tinha um namorado.

— nossa Bruna eu nem sei o que dizer, mais quando você beijou a Paula ela se afastou de você?

— não ela correspondeu ao beijo, eu contei para ela que eu tinha cortado o meu braço por causa dela e ela me deu outro beijo.

— olha Bruna não fica assim, so por que ela tem um namorando, você beijou ela, você tem e que ficar feliz.

— eu estou feliz e triste ao mesmo tempo.

— não fica assim Bruna.

— é eu vou pensar em alguma coisa.

— isso mesmo amiga da a volta por cima.

— é isso que eu vou fazer eu não vou ficar choramingo pelo os cantos, eu vou tentar conquistar ela você vai ver, mais agora eu vou para casa eu estou morrendo de sono.

— tchau Bruna.

— tchau.

Eu fui para casa e comi um sanduíche, tomei um banho e fui dormir.

 

 

 

Fim do capítulo