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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 7003
Acessos: 13017   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 8

 


-- Fabrício, eu estou grávida! 

-- Verdade? Tem certeza?

-- Sim, eu tenho certeza, esse é o terceiro teste de gravidez que fiz e deu positivo. -- Respondeu o olhando, ela sorria e chorava ao mesmo tempo, ele levantou surpreso, assustado e também feliz, tudo mesmo tempo... Voltou a ajoelhar-se perto dela e a encarou.

-- Mas... eu... nós só fizemos uma vez... e agora? -- Ele não sabia o que dizer.

-- Você não quer esse filho, é isso? -- Ela perguntou decepcionada.

-- NÃO! SIM! -- Ele estava trocando as palavras, estava aturdido com a pergunta. -- Espera, calma. -- Respirou tentando acalmar-se e sentou ao lado dela a fazendo virar de frente para ele e pegando as mãos dela. -- Eu quero esse filho, nunca que o rejeitaria, é nosso filho... -- Disse a olhando com carinho. -- Desculpa se te fiz pensar que não o queria, é que pensei em tudo que estamos passando, nossa situação, entende? 

-- Eu sei...

-- E agora você está grávida, o que vamos fazer? 

-- Não sei Fá, realmente não sei. -- Disse preocupada.

-- Linda, nós voltamos da lua de mel decididos a nos divorciarmos, ai aconteceu aquilo...  Papai, não tinha o direito de ter jogado tudo nas minhas costas, ainda não nem terminei a faculdade, e agora você está grávida... meu anjo, não podemos nos divorciamos agora, não com tudo isso acontecendo. -- Disse ele decidido.

-- Eu sei... meu pai também não podia ter concordado com isso, poxa eles nos amarraram de todos os jeitos, como eles assinam um contrato milionário, pondo as duas empresas como garantia? Por Deus, e ainda por cima os dirigentes têm que serem casados? Eu devia ter te falado a verdade antes, devia! -- Ela estava realmente com raiva e preocupada. 

-- Ei acalme-se... Você está grávida, não pode se exaltar. -- Ele observou preocupado. -- A culpa também foi minha, mas agora não tem mais jeito. Mas veja bem, pensando só por esse lado a coisa é realmente péssima, porém se nós conseguirmos, vamos alavancar no mercado exterior, pensa... as cláusulas são um pouco absurdas eu sei, mas nós vamos faturar milhões de dólares para as empresas, elas vão ser um sucesso... Então, posso contar com você nessa? 

A jovem suspirou vencida e sorriu concordando. -- Pode!

-- Perfeito, esquecemos o divórcio e vamos cuidar das empresas e dessa criança que está vindo. -- Disse ele acariciando feliz a barriga dela.


 

Samantha acordou com o remexido de Amanda sobre a cama, olhou o rosto dela e estava expressivo, como se estivesse preocupada, ou tendo um sonho ruim. Samantha ficou um tempo à observando, e pouco a pouco ele voltou a ficar normal, ela a abraçou mais a aconchegando em seu corpo e voltou a dormir também.

 

 

-- Pai, isso é inadmissível! -- A mulher encarava um senhor de uns sessenta e poucos anos sentado à sua frente, a única coisa que os separavam era a mesa grande da sala da diretoria da empresa da família. Ela o encarava com fúria e principalmente decepção no olhar, levantou e foi até a janela da sala, olhou os outros prédios ao redor e encarou as pessoas pequenininhas lá em baixo, pois estava na cobertura de um prédio de quinze andares. 

-- Filha eu não quero mais essa mulher trabalhando com você, você é uma mulher casada e na empresa rola umas fofocas de que...

O senhor não terminou de falar, pois a mulher andou até a mesa pondo as mãos sobre a mesma e aproximando o corpo para fita-lo de perto. 

-- Não me interessa fofoca nenhuma, que se dane, o nome já diz, fo-fo-cas, e pode esquecer, eu não vou demitir a Ligia em hipótese alguma e, muito menos, por ela ser homossexual. Pelo amor de Deus pai, isso além de ser homofobia, preconceito, isso é crime, o senhor como bom advogado que foi, deveria, mais do que ninguém saber disso!  

Ela praticamente gritava as palavras perto do rosto do pai, ele a olhava surpreso e assustado, nunca tinha visto a filha daquele jeito, com raiva, com um ar de decepcionada, seus olhos demonstravam isso, brilhavam diferente do que ele estava acostumado a ver, que era carinho por ele, amor, admiração, desviou o olhar, pois não conseguiu encará-la por mais tempo. Ela se jogou sobre a cadeira e sem olhar o pai disse.

-- Saia, por favor, e pode esquecer essa ideia... -- Disse virando a cadeira de costas para ele, deixando as lágrimas rolarem soltas por seus rosto.


 

Samantha novamente foi acordada por Amanda, que se mexia demais na cama, pensou em chama-la, mas logo ela acalmou-se e pareceu dormir mais tranquila, desistiu e a apertou em seus braços. Samantha estava preocupada com ela, pensando o porquê dela está com o sono conturbado, demorou um pouco a dormir dessa vez.

 

 

-- Natelly, você tem que acompanhar a cavalgada do cavalo, se continuar assim, vai ficar toda dolorida, filha.

-- Ai mãe isso é difícil viu... pensei que ia ser mais fácil. -- Disse a garota que aparentava ter uns doze anos de idade, pele branca, rostinho triangular, olhos cor de mel, as covinhas apareciam quando sorria e seus cabelos eram ondulados e estavam soltos, eram da cor castanho escuro, vestia a roupa própria de cavalgar, e usava um chapéu preto para proteção contra o sol. A mãe ria da dificuldade dela em se ajeitar na sela do animal. -- Mãeeee, para! 

-- Filha, é simples, você acompanha a marcha do cavalo, se ele sobe você sobe se ele desce você desce, você está fazendo ao contrário. -- Disse a olhando em cima do cavalo. 

-- Falar é fácil. -- Respondeu parando o animal e encarando a mãe em pé a olhando também.      

-- Ok...     

-- O que tá fazendo? -- Perguntou ao ver a mãe tirando o seu pé do estribo e colocando o dela, subindo no cavalo e sentando atrás de si. 

-- Vou te ensinar a cavalgar sem se autodestruir, pronta? -- Perguntou olhando a filha e pegando as rédeas. -- Não, não solta, segura também. -- Disse ao observar a filha soltar as rédeas. -- Você vai guia-lo e acompanhar o movimento do meu corpo está bem?

-- Aram.

-- Vamos... -- A filha pôs o animal em movimento a princípio foi fácil, o animal estava só andando. -- Agora mais rápido. -- Disse e a filha obedeceu. A garota começou a errar na cavalgada e a mãe pôs as duas mãos sobre o seu quadril a fazendo com que seguisse o ritmo do cavalo. -- Está vendo? É assim que tem que fazer, se deixar levar pelo movimento. -- A garota logo pegou o jeito e a mãe a soltou deixando-a fazer sozinha.   

-- Isso é muito legal, nossa bem melhor assim. -- Disse feliz olhando a mãe que sorria e aumentando mais a velocidade. 

-- Ei, vai com calma, você está sentada confortavelmente ai, mas eu não bonita. --Disse pegando as rédeas parando o animal e descendo.

-- Desculpa mãe. -- Pediu rindo. -- Me empolguei. 

-- Tudo bem, agora continue. -- Respondeu sorrindo e batendo de leve no cavalo o fazendo andar pela arena cercada.

 

 

Amanda ria enquanto dormia, estava se sentindo feliz, virou sobre a cama ficando de frente para Samantha, que também dormia. O relógio no criado mudo ao lado da cama marcava três horas da manhã. O sono das duas foi sereno até certo ponto para Amanda, que passou a sonhar novamente.

 

 

A mulher ao volante chorava copiosamente, estava com raiva, triste, confusa, sentia uma coisa estranha no coração, que a fazia perder toda a razão acelerando mais ainda o carro que dirigia. Estava noite, e chovia forte, e tanto a chuva quanto suas lágrimas a impediam de ver a pista e os carros a sua frente. Passou a mão esquerda nos olhos tentando enxugar as lágrimas, mas era inútil, elas insistiam em brotar cada vez mais neles, conseguiu desviar de um carro à sua frente, passando por ele quase o tocando na lateral, obteve sucesso só mais uma vez, pois quando desviou de um outro carro acabou indo de frente com um caminhão que vinha na direção oposta, desviou do mesmo, mas capotando logo em seguida. A mulher gritou alto ao ver que sua vida estava em grande perigo.

 

 

Amanda acordou exaltada, gritando e chorando, assustando Samantha, que acordou com o grito dela, a viu sentada na cama chorando baixinho com as mãos sobre o rosto. 

 

-- Ei amor, shiii... Foi só um sonho ruim, estou aqui. -- Disse a puxando e a abraçando forte, Amanda retribuiu ao abraço se aconchegando nos braços de Samantha, e aos poucos foi acalmando-se. Samantha desfez o abraço a olhando nos olhos e limpando suas lágrimas. -- Que falar?

 

-- Um pesadelo... Eu estava num carro chorando, com medo, com raiva eu acho... ai o carro virou, capotou várias vezes, eu morria... Foi horrível Sam.

 

Samantha a abraçou novamente. -- Calma, foi só um sonho ruim, já passou eu estou aqui com você. 

 

-- Fiquei com tanto medo. 

 

Samantha desfez o abraço e a olhou lembrando também da noite conturbada que ela tinha tido. 

 

-- Amor, você teve outros sonhos além desse?

 

Amanda suspirou vencida lembrando dos outros sonhos, não só daquela noite, mas de todos os outros também, não tinha mais como esconder, não da mulher que amava e estava ali preocupada com ela.

 

-- Tive... Vários outros sonhos, não só essa noite, mas já venho sonhando desde lá do hospital... são sonhos estranhos, eu sei que sou eu, mas não consigo lembrar de nada, é como se fizesse tudo no automático, eu falo, ouço, mas... mas não lembro nem meu nome nem das pessoas que estão comigo, ao meu redor...

 

-- Quer me contar como eles eram? Ainda lembra? 

 

-- Lembro, mas não quero te alugar, muito menos que se preocupe com isso amor.

 

-- Ei, não fale mais isso, você não me aluga, e eu me preocupo sim com você, porque eu te amo, eu te amo, ouviu bem? -- Disse fazendo um carinho em seu rosto. Amanda se emocionou ao ouvir as palavras da mulher que também amava.

 

-- Eu também te amo, te amo Sam, te amo muito. 

 

Samantha a beijou feliz, um beijo calmo, lento e cheio de amor, tentando passar todo amor, tranquilidade e carinho que sentia por ela. Amanda também retribuiu, passando todo amor que sentia. Elas separaram e olharam-se sorrindo. 

 

-- E ai, vai me contar ou não? -- Samantha perguntou.

 

-- Vai demorar, não vai te atrasar para levar a Agatha para a escola?  

 

Samantha olhou o relógio e viu que eram cinco horas ainda.

 

-- Não. Podemos conversar tranquilamente, vem deita aqui. -- Disse deitando e chamando-a para deitar em seu ombro, Amanda se ajeitou e começou a narrar todos os sonhos que teve até o momento, contou tudo que lembrou de todos eles, narrando de um por um, e se envergonhando quando narrava os sonhos que teve fazendo sex* tanto com as mulheres, quanto com o homem. Amanda olhava algumas vezes para Samantha, tentando ver sua reação, mas o que encontrava era um rosto impassível em todos os sonhos que falava, até nos de sex*. 

 

Samantha por sua vez, ouvia a narração dela, tentando ser impassível, mas quando Amanda começava a falar dos sonhos em que ela fazia sex*, se sentia incomodada e percebia que Amanda também, pois ela a olhava as vezes, mas fez de tudo para permanecer, indiferente, e ficou até o final. 

 

-- E foi esses, parecem lembranças, mas... sei lá, não lembro nada. 

 

Samantha a fez olha-la. -- Acha mesmo que são lembranças?

 

-- Não tenho certeza... -- Disse triste. -- E se forem Sam? Isso quer dizer que eu... -- Disse já com os olhos marejando, mas não teve coragem de terminar.

 

-- Se forem, vamos resolver juntas, está bem? Foram sonhos ou lembranças sem ordem cronológica, você pode ter sido casada sim com esse Fabrício, isso não significa que ainda é, pois você disse que queriam se divorciar e você nem tem aliança. -- Disse a olhando. -- E ter uma filha ou ter tido outras mulheres em sua vida, não significa que vai atrapalhar a nossa daqui para frente. -- Disse tentando aclamá-la e acalmar-se também, pois também estava com medo. 

 

-- Você tem razão. -- Disse mais animada.

 

Samantha sorriu e a beijou, logo em seguida a puxando para cima de si, intensificando o contato e o beijo. 

 

-- Amor? -- Amanda disse ao perceber que Samantha desabotoava o sutiã que usava, mas Samantha não lhe deu atenção e continuou agora dando leves beijos no seio já descoberto dela. Amanda gemia baixinho, abriu os olhos em direção ao relógio e viu a hora. 

 

-- Sam?

 

-- Hum. -- Balbuciou ainda com a boca entre os seios dela. Amanda não estava mais resistindo.

 

-- Samantha. -- Disse segurando o rosto dela com as duas mãos a fazendo olha-la. -- Você vai se atrasar de novo. -- Disse num folego só, pois já estava ofegante.

 

Samantha olhou a hora, eram seis e meia, já tinha passado e muito da hora dela levantar. Respirou desgostosa olhando para Amanda.

 

-- Ah não, queria tanto amar você agora. -- Disse fazendo bico, gesto que Amanda achou fofo e engraçado, não resistindo e a beijando, mas separando logo.

 

-- Eu também amor, mas você tem que levantar. 

 

Samantha suspirou vencida e depois de a beijar mais uma vez levantou deixando-a ainda deitada e indo chamar a filha para ela arrumar-se para a escola, só que não a encontrou mais deitada e sim já arrumada.

 

-- Já filha? Acordou sozinha? -- Estava surpresa.

 

-- Foi, eu coloquei o porquinho pra despertar. -- Disse terminando de colocar o tênis e olhando a mãe sorrindo. O porquinho era o relógio que ela tinha no formato da cara do animal, ele ficava no criado mudo ao lado da cama. Samantha foi até a filha e a beijou.

 

-- Minha garotinha está crescendo. -- Disse a olhando feliz. -- Crescendo rápido... -- disse essa última frase mais para si do que para a filha.   

 

-- Aram, não precisa mais me acordar se não quiser eu posso colocar ele pra despertar todos os dias. 

 

-- Negativo, mamãe faz questão de vir te acordar, pelo menos por enquanto, está bem?

 

-- Tá bom.

 

-- Agora você desce e toma seu café eu só vou tomar um banho rápido e me arrumar, logo desço para irmos.

 

-- Não vai tomar café?

 

-- Não vai dar tempo, mas não se preocupe, eu tomo no hospital.

 

-- Tudo bem, vou descer agora.

 

-- Vai lá. 

 

Agatha desceu e Samantha foi para seu quarto tomar banho e se arrumar.

 

-- Ela já estava arrumada, acordou sozinha acredita? -- Disse entrando no quarto e olhando Amanda ainda deitada. Amanda riu virando de bruços e apoiando o queixo com as duas mãos embaixo dele a olhando.

 

-- Sua filha é uma menina inteligente Sam, e embora tenha apenas seis anos, sua mentalidade é de uma criança bem mais velha, você mais do que ninguém devia saber disso, você a criou assim, ensinando-a tudo, a ser crítica desde pequenininha imagino, estou certa?

 

-- Sim, mas... mas ela está crescendo muito rápido, logo estará uma adolescente e mulher e... 

 

Amanda riu alto, Samantha estava tendo uma crise de ciúmes, pela filha não está mais tão dependente dela.    

 

-- Tá rindo do que? É verdade oras. 

 

-- Eu sei amor, não se preocupe, você sempre será a mãe dela e ela sabe disso, vai saber sempre. Você sempre terá o amor, carinho, e atenção dela, mesmo ela não dependendo totalmente de seus cuidados, como chama-la para ir pra escola e tudo mais, ela sempre dependerá de seu amor, carinho, colo, concelhos... Agora tire essa ruguinha de preocupação da testa e vai tomar seu banho, você está atrasada. 

 

Samantha riu e foi tomar banho. Arrumou-se quase correndo, pegou suas coisas e foi dar um beijo em Amanda.

 

-- Bom trabalho. -- Disse Amanda ao desgrudar do beijo.

 

-- Obrigada... Linda estava pensando, vou ver como está a agenda do Olavo para hoje de manhã e se ele tiver um tempinho, eu te ligo para você ir lá no hospital, ele pode ajudar com esses sonhos que vem tendo. -- Disse Samantha a olhando com carinho. 

 

-- Tudo bem, faço tudo que quiser. -- Disse Amanda sorrindo e fazendo Samantha rir. 

 

-- Eu te ligo. -- Disse e a beijou. -- Tchau. 

 

-- Tchau. 

 

Samantha desceu e encontrou com a filha já a esperando na sala acompanhada de Cida, elas se despediram e saíram.

 

Samantha fez o percurso de casa para a escola da filha com a impressão de que estava sendo seguida, mas logo tirou da cabeça ao ver o carro dobrar em uma rua. Deixou a filha na escola lhe dando um beijo de despedida e se dirigiu para o hospital. 

 

-- Bom dia Sheila. -- Disse olhando a amiga e assistente sentada na mesa em frente à sua sala. 

 

-- Bom dia Sam. -- Disse a olhando sorrindo e já levantando com a agenda na mão. Samantha se dirigiu para sua sala sendo seguida por ela.

 

-- Você tem que ir agora mesmo falar com os estagiários, coisas de práxis, você já sabe... As oito e meia você tem uma consulta encaminhada pelo doutor Olavo...

 

-- Ah por falar nele. -- Interrompeu Samantha, já sentada em sua cadeira com Sheila sentada a sua frente. -- Ver com ele se tem tempo livre agora pela manhã, ou quando tiver, mas quero o mais rápido possível, quero marcar uma consulta para a Amanda. 

 

Sheila balançou a cabeça em consentimento e continuou a falar. 

 

-- As nove, uma conversa chata com o pai do Paulo. -- Disse fazendo uma careta para ela. Samantha a acompanhou.

 

-- Vai querer que eu reveja a demissão do filho, com certeza, mas sem chances, Sheila.

 

-- Eu sei, mas vai ter que acalmar o velho. -- Disse rindo. 

 

-- Fazer o que... E depois? 

 

-- Depois só ficar aqui em sua sala, tomar um cafezinho, descansar um pouco da noite... -- Disse Sheila debochando dela.

 

-- Palhaça. -- Disse lhe jogando um papel amassado. -- Só pra sua informação, não fizemos nada ontem à noite.   

 

-- Oi? Já estão frias assim? 

 

-- Não besta, minha filha teve um pesadelo ai eu fui ficar com ela, e quando voltei Amanda já estava dormindo. 

 

-- Que pena hein? -- Disse rindo.

 

-- Tá, vamos trabalhar né... -- Disse levantado e colocando o jaleco e se dirigindo a porta. 

 

-- Ei espera ai? 

 

-- Que foi agora? -- Perguntou Samantha parando. Sheila foi até ela e abotoou a camisa dela até mais em cima.

 

-- Está fraca, mas está visível, ainda mais quando olhado de perto. -- Disse se referindo as marcas do pescoço dela.

 

-- Obrigada, vamos.

 

-- Ok, vai indo só vou ligar para a secretaria do Dr Olavo e fazer o que me pediu.

 

-- Ah sim, te espero lá.

 

Elas saíram, Sheila foi fazer a ligação e Samantha se dirigiu para o segundo andar do prédio onde os estagiários a esperavam. 

 

-- Oi, bom dia. -- Andava cumprimentando alguns funcionários do hospital pelos corredores. E logo avistando a irmã saindo de uma das sala. -- Oi, bom dia. -- Disse beijando o rosto da irmã.  Alexsandra era uma bela mulher de cabelos pretos lisos e longos, e a franja muito bem aparada sobre sua testa lhe dava um ar mais jovem, seus olhos eram castanhos escuros, a diferença de altura dela para Samantha era apenas de dois ou três centímetros a menos, era linda também. Alex, era mais brincalhona, tinha um jeito mais descontraído. Estava vestida em uma calça jeans branca, uma regata branca, tênis e usava o jaleco branco, no momento aberto, com seu nome escrito e sua especialidade, mastologista. 

 

Alexsandra retribuiu o carinho. -- Bom dia, tudo bem? 

 

-- Sim, não temos nos visto muito por aqui né?

 

-- Muito trabalho... -- Suspirou. -- Poxa não estou tendo tempo pra quase nada Sam, esses dias está puxado viu. Contratei uma personal e até agora não consegui tempo pra isso também.

 

-- Sinto muito por você, mas logo logo, Victoria volta e você terá seus dias de folga. -- Disse tentando animá-la. 

 

-- Aquela ingrata, nem convida a gente pra ir junto. -- Disse fazendo uma cara que Samantha não soube decifrar e riu.

 

-- Tenho que ir, preciso falar com os estagiários.

 

-- Ah sim, estão na sala de espera aqui desse andar. -- Disse a olhando e logo depois vendo Sheila chegar. 

 

-- Oi, bom dia tudo bem? -- Disse Sheila cumprimentando Alex.

 

-- Bom dia, mas meu dia já está corrido, eu quero uma assistente como você, não, eu quero você como assistente, juro eu pago o triplo que ela tá pagando. -- Disse apontando o dedo para a irmã e encostando as mãos em forma de suplica. Sheila riu do jeito da mulher a sua frente. 

 

-- Ei, a Sheila é minha e não dou ela pra ninguém, nem pra você. -- Disse Samantha fingindo indignação. 

 

-- Egoísta!

 

Sheila só fazia rir das duas mulheres à sua frente. -- A discursão tá boa, mas temos que ir Sam, se não, você vai se atrasar para a consulta que tem que fazer. 

 

-- Tá vendo ela é a assistente perfeita. -- Disse Alex rindo. 

 

-- É sim, mas é minha e tchau pra você, vamos Sheila. -- Disse Samantha rindo e já andando em direção a sala de espera. Alex e Sheila riram. 

 

-- É impressão minha ou ela está mais alegre, feliz, tem mulher no meio não tem? --Perguntou Alex olhando Sheila ainda sorrindo. 

 

-- Tem sim, mas não posso falar mais nada, pergunte para ela depois.

 

-- Sabia...Vai lá, deixa eu cuidar por aqui. -- Disse Alex ainda rindo. 

 

Sheila foi ao encontro de Samantha, que já estava falando. Na sala tinha uma mesa ampla onde os dez estagiários, Samantha e mais dois médicos, que seriam juntos com ela os responsáveis pelos novos estagiários, estavam dispersos sentados e atentos ao que Samantha explicava, eram seis estagiárias mulheres e quatro homens. Sheila sentou na cadeira ao lado de Samantha, imaginou que Samantha a reservou para quando ela chegasse.  

 

-- Bem, já que fizemos as devidas apresentações vamos continuar. Quero que prestem bastante atenção em mim, e principalmente no que vou falar. -- Sheila riu discreta, ia começar e Sam continuou. -- Nessa pasta a frente de você, está o contrato que terão que ler atentamente, assinar e entregar no RH até sexta feira. -- Disse Samantha observando os jovens abrindo a pasta e olhando os papeis rapidamente, mas só um deles fez uma rápida observação dos mesmos, continuou. -- Também está o cronograma de cada área e horários que devem estar presentes, tanto para aulas simuladas práticas, nas teóricas e também para assistir a procedimentos feitos por outros médicos, como por exemplo cirurgias, consultas, entre outros e que a cada final dos mesmos terão uma prova oral, escrita ou prática, este cronograma vocês irão receber de semana em semana e pode ocorrer algumas alterações... Quando lerem o contrato verão que nele consta que são quatro horas obrigatória de estágio, e verão também que podem ser dispostas de acordo com o horário que estudam, se estudam a tarde, estágio pela manhã, e vice versa. E se quiserem podem escolher a noite, mas não recomendo, pois tudo no hospital acontece mais durante o período do dia, a não ser quê, que aqui tenha algum preguiçoso que não queira trabalhar. -- Disse séria encarando, um por um, dos estagiários, mas ninguém disse nada. Sheila e os outros dois médicos riam discretamente e Samantha continuou. -- Se precisar faltar avise antes, se for em cima da hora, avise, qualquer dúvida perguntem, se achar que é uma dúvida estupida, ai é que devem perguntar, pois nenhuma dúvida é tola quando se trata de vidas, vidas que estão dependendo de vocês, e saber salvá-las é o dever de vocês, nosso! Portanto nessas horas tudo o que não queremos, acreditem, são dúvidas e muito menos dúvidas que julgaram serem tolas. Entenderam?   

 

Todos eles balbuciaram um sim e Samantha continuou a falar. -- Muito bem, dentro da pasta, está também um cheque com o valor referente aos dias que ficaram em testes. – Samantha observou que todos com exceção de um estagiário olhou o cheque. -- E quando entregarem o contrato assinado receberam um formulário para preencherem e, este sim, deve ser entregue no mesmo dia, pois a partir dele é que vamos ter os seus dados pessoais e o número da conta do banco de cada um, para deposito dos benefícios que receberão. Alguma pergunta? -- Perguntou e ninguém disse nada. -- Muito bem. Alguém sabe me informar o que vocês vão fazer agora, já que foram avisados que o estágio começaria hoje? -- Samantha perguntou séria e tanto Sheila quanto os outros dois médicos riram sem poder conterem-se, mais logo pararam. Ninguém se manifestou de cara, mas logo Samantha avistou uma mão levantando e concedeu que a garota falasse. 

 

-- Das oito e meia as nove está reservado para o horário do café da manhã, das nove as dez na sala 35 uma aula teórica sobre anatomia dos principais músculos e logo em seguida das onze ao meio dia aula prática de atendimentos de emergência para conter hemorragias ocorridas nas artérias e veias dos músculos que estudamos na aula teórica anterior. -- Disse segura de si a jovem, enquanto os outros a olhavam bobos, estavam com medo e não sabiam a resposta. 

 

Samantha sorriu, aquela garota era das dela, atenta, segura, inteligente... 

 

-- Muito bem Laila, você pode explicar para seus colegas como sabe disso? 

 

Laila sorriu. -- Está no cronograma. 

 

-- Exato. Laila, sabia a resposta porque olhou no cronograma, eu falei sobre o cronograma, era só olhar, mas ninguém além de Laila fez isso, devem aprender que nós médicos temos que está com todos os sentidos atentos, vocês ficaram me olhando o tempo todo e não se atentaram a mais nada a redor de vocês, o olhar no olho é importante sim, mas não devem se atentar somente a isso, mas de uma coisa eu tenho certeza o valor do cheque todos vocês olharam não é mesmo? -- Disse e todos riram, pois era verdade.  -- Laila parabéns, continue assim e irá longe. -- Disse sorrindo para a garota. -- E vocês mais atenção daqui para frente. -- Disse para os outros. -- Estão dispensados. -- Todos já se dirigiam para a saída. -- Laila, você fica, quero falar como você. 

 

Laila voltou para seu lugar e sentou. Samantha escutava o que Sheila falava para ela, estavam bem próxima.

 

-- As nove Sam, ele só pode ficar com ela até as dez, tudo bem?

 

-- Perfeito Sheila, liga lá pra casa e fala isso para Amanda, pede para ela arrumar-se e manda o motorista ir busca-la. 

 

-- Hein? Sam, não temos um motorista. -- Sheila respondeu confusa. Samantha riu alto da cara da amiga. 

 

-- Eu sei, portanto trate de encontrar um e logo. 

 

-- Samantha! 

 

-- Dê um jeito Sheila, não vou poder busca-la. -- Pediu sorrindo.

 

-- Está bem, fazer o que? Vou subir, te espero lá na sua sala.

 

-- Tudo bem, já vou lá. -- Sheila saiu e Samantha olhou a jovem a sua frente. -- Senta aqui. -- Disse apontando a cadeira que Sheila estava sentada. Laila se dirigiu até ela e sentou. 

 

-- Fiz alguma coisa errada? -- Laila perguntou preocupada.

 

Samantha riu. -- Não, não se preocupe, quero falar outra coisa com você. -- Disse a olhando agora seria. 

 

-- Pode falar.

 

-- Laila é sobre segunda...

 

-- Drª não tenho nada a ver com a sua vida pessoal, muito menos me meter no que a senhora faz dela, com ela, enfim... -- A interrompeu logo, se explicando. 

 

-- Ei calma... Sei que você não é disso, só quero esclarecer as coisas, porque a Sheila, embora não se importe merece e você também. Sobre o que viu quando entrou na minha sala, era uma brincadeira minha e da Sheila, não tenho nada com ela, ela é casada, e é minha amiga, grande amiga na verdade e assistente, apenas isso, enfim... queria que soubesse e não pensasse bobagens e isso atrapalhasse seu respeito e admiração por nós duas. 

 

-- Não se preocupe com isso, mesmo que fosse verdade eu não tenho o direito de achar nada, ou julgar ninguém, mas foi bom esclarecer tudo, como ninguém é de ferro né, eu pensei que vocês tivesse mesmo algo, mas claro que não disse nada pra ninguém e muito menos isso afetou meu respeito e admiração por você e por ela. 

 

-- Que bom, fico feliz, mas agora estamos esclarecidas, não tenho nada com minha assistente e nem com ninguém aqui do hospital.

 

-- Tudo bem, fica tranquila.

 

-- Ok, preciso ir. 

 

-- Ah claro, eu também.  

 

 -- Então vamos. -- Disse levantando sendo acompanhada pela garota. Laila foi para a lanchonete do hospital e Samantha para sua sala.

 

 

* * * *

 

Amanda levantou quinze minutos depois que Samantha saiu do quarto, tomou um banho meio demorado ali mesmo no banheiro de Samantha e foi para seu quarto arrumar-se, olhou-se no espelho e gostou do que viu, pois resolveu arrumar-se logo para ir ao hospital, tinha certeza que Samantha daria um jeito de arrumar uma vaga na agenda do médico, desceu para tomar seu café da manhã, encontrando Cida e Janaína conversando na cozinha.

 

-- Bom dia gente. -- Disse olhando-as sorrindo, elas responderam juntas. 

 

-- Está linda dona Amanda, vai sair? -- Perguntou Janaina a observando sentar-se à mesa. 

 

-- Vou, a Samantha vai marcar uma consulta para mim, e por favor Jana, não me chame de dona, só Amanda, já disse várias vezes. -- Disse olhando a jovem sorrindo. 

 

-- Ok, é que saiu sem querer, força do hábito.

 

-- Tudo bem. -- Disse escolhendo o que iria comer.  

 

Amanda vestia uma calça jeans azul, uma blusa de mangas na cor rosa, e uma sandália de salto médio, cabelos soltos e usava uma maquiagem básica, usava o cordão, os brincos e o relógio, que estavam com ela quando sofreu o acidente, estava linda. 

 

-- Cida como foi a conversa com a sua filha, já estão amigas de novo? -- Perguntou Amanda.

 

Cida riu feliz. -- Sim Amanda, conversamos, ela me pediu desculpas, eu chorei, nossa eu sou chorona sabe, ai nós nos abraçamos e está tudo como antes.  

 

-- Que bom Cida, fico feliz. Samantha ia te perguntar, mas não teve oportunidade. 

 

-- Ah foi, eu fui embora, a dona Susan disse que eu podia ir. 

 

-- Ela falou... Vocês já tomaram café? -- Disse olhando as duas mulheres. 

 

-- Já sim, eu tomei junto com a Agatha e Jana assim que chegou. -- Respondeu Cida.

 

-- Amanda posso subir para arrumar os quartos, ou ainda vai subir para algum deles? -- Perguntou Janaina.

 

-- Pode ir Jana, não vou agora para lá. -- Olhou no relógio e eram oito e meia. -- Vou esperar Samantha ligar e ver o que ela diz.  

 

-- Por falar nela, acho que já é ela quem está ligando. -- Disse Cida ouvindo o telefone tocar. -- Alô. -- Disse atendendo o da cozinha mesmo. -- Oi dona Sheila, está aqui sim, vou passar pra ela. Amanda para você. -- Disse entregando o telefone para ela.

 

-- Oi. 

 

-- Amanda? Oi, eu sou a Sheila a assistente da Samantha e ela pediu para eu te avisar que você tem uma consulta aqui no hospital com o Dr Olavo agora as nove. 

 

-- Ah sim, obrigada, e como faço para chegar ai? -- Perguntou rindo.

 

-- Não se preocupe, daqui a pouco está chegando ai um rapaz chamando Bruno, ele irá traze-la, desça quando ele interfonar, ok?  

 

-- Está bem. 

 

-- Eu vou espera-la, não se preocupe. Tchau.

 

-- Tchau. -- Disse desligando. -- Simpática essa Sheila.

 

-- É sim, uma das melhores amigas de Sam.

 

-- Mesmo?

 

-- É sim, e assistente dela também. -- Respondeu Cida.

 

-- Ela é bonita? -- Perguntou Amanda com um pouco de ciúmes e Cida riu.  

 

-- É sim, mas não se preocupe, elas são só amigas, e ela é casada.

 

Amanda riu contente. -- Ahhhh. -- Disse e o interfone tocou. 

 

-- Oi... ah sim ela já vai descer. -- Disse Cida. -- O porteiro disse que tem um rapaz te esperando lá em baixo.

 

-- Ah sim, ele veio me buscar. -- Disse levantando. -- Tchau pra vocês. -- Elas responderam e Amanda saiu, pegou o elevador e logo estava na portaria.

 

-- Amanda? Oi, bom dia meu nome é Bruno e vou leva-la para o hospital. -- Disse simpático. 

 

-- Bom dia, vamos. -- Disse rindo. Eles se dirigiram para o carro, o rapaz abriu a porta do mesmo e Amanda agradeceu com um sorriso e entrou sentando no bando de trás. Ele entrou em seguida dando a partida e o colocando em movimento em direção ao Hospital. 

 

-- Curitiba é uma cidade muito bonita. -- Disse Amanda olhando pela janela do carro. Ele a olhou pelo retrovisor e sorriu.

 

-- É sim... a Senhora não é daqui?

 

-- Não sei. -- Ele a olhou confuso e Amanda riu. -- É uma longa história... Eu perdi a memória em um acidente, Bruno.

 

-- Sinto muito, senhora. -- Disse reticente.

 

-- Mas estou bem, não se preocupe. E você é daqui mesmo?

 

-- Sim, nascido e criado.

 

-- Trabalha no hospital?

 

-- Sim, trabalho na recepção do hospital. 

 

-- Não é motorista? 

 

-- Não, mas eu tenho carteira não se preocupe e sei dirigir bem. -- Explicou-se rapidamente e Amanda riu. 

 

-- Não é por isso, eu pensei que fosse mesmo motorista do hospital, de alguém, sei lá. 

 

-- Ah não, eu estou fazendo um favor para uma amiga, a Sheila me pediu e aqui estou eu. -- Disse sorrindo.    

 

-- Ah tá, sem problemas. Você conhece a Samantha?

 

-- Ah sim, quem não conhece? Ela é durona, dirige o hospital como ninguém e sai debaixo o nego que se botar a besta com ela. 

 

-- Você gosta dela?

 

-- Eu? Claro que gosto, ela é legal, mesmo sendo durona, e ela nunca fez nada para eu não gostar dela, mas muitos ali não gostam, acham ela chata e tudo mais, mas ela só é assim com quem merece, ou não leva a sério o trabalho. E muitos não entendem isso. 

 

-- Hum... 

 

-- Ela mora no mesmo prédio que você estava. -- Disse o rapaz sorrindo, Sheila não lhe dera detalhes sobre Amanda e ele não sabia em qual apartamento Samantha morava, só sabia o condomínio.

 

-- Eu sei... 

 

-- Desculpa falar... Você é muito bonita. -- Disse o rapaz sorrindo timidamente.

 

Amanda riu. -- Obrigada, você é muito gentil e simpático. 

 

-- Isso é o que as mulheres falam quando o homem não é bonito, eu sei. -- Ele falou sorrindo e Amanda não pôde conter a gargalhada, e ele também. -- Chegamos. --Disse parando o carro próximo a rampa de entrada do hospital. 

 

-- Obrigada. -- Disse já mais recuperada do riso ainda sentada. -- E disse o que achei a primeira vista, não reparo só na beleza física, mas não se preocupe, você não é feio, é bonito, eu achei, e sua simpatia e gentileza só colaboram para melhor. 

 

Ele a olhava agora virado de frente para ela, sorriu ao ouvir isso e desceu para abrir a porta para ela descer. 

 

-- Está entregue. 

 

-- Obrigada. -- Disse após descer o olhando, ele era mais alto que ela, tinha o rosto oval, usava óculos de grau, seus olhos eram castanhos claros e seu cabelo liso e pretos, bem penteados separados meio de lado, lhe dava um ar mais de nerd, barda feita, corpo normal, nem magro nem gordo, nem definido. Foram interrompidos por Sheila.

 

-- Ah que bom que chegaram. -- Disse e eles a olharam. -- Bruninho, te devo essa. -- Disse abraçando o rapaz e beijando sua bochecha. 

 

-- Não foi nada. 

 

-- Amanda. -- Disse Sheila a olhando agora. -- Eu sua a Sheila, assistente da Samantha e vou te levar até a sala do Dr Olavo.

 

-- Oi Sheila, tudo bem. -- Disse a olhando atentamente, Loira dos olhos azuis, aparentemente mesma altura que ela, Amanda não a achou bonita, a achou linda.    

 

-- Bruninho estaciona pra mim, por favor, não vou ter tempo. -- Pediu com cara de suplica.

 

-- Está bem, o que você não me perde chorando que eu não faço sorrindo. -- Disse entrando no carro, que era de Sheila. 

 

-- Vamos? -- Sheila, chamou Amanda. 

 

Sheila levou Amanda diretamente para a sala do Dr Olavo.

 

-- Dr Olavo sua nova paciente. -- Falou com um sorriso leve no rosto.

 

-- Ah sim, já nos conhecemos, como vai senhorita? -- Ele cumprimentou Amanda e olhou para Sheila. -- E por favor, me chame só de Olavo somos amigos, esqueceu?

 

Ele dirigiu seu olhar simpático para Amanda novamente e estendeu a mão para cumprimentá-la.

 

-- Seja bem vida.

 

 Amanda pegou em sua mão e sorriu. -- Obrigada.

 

-- Bem Amanda podemos começar? -- Perguntou o médico.

 

-- Sim.

 

-- Amanda quando você sair segue por esse corredor direto e logo me avistará, se não só perguntar que te explicarão, tudo bem?

 

-- Sim

 

-- Tchau.

 

-- Tchau Sheila. 

 

-- Bem agora é com a gente, entre senhorita.

 

-- Obrigada Dr.

 

 

 

* * * * 

 

 

Samantha levantou de sua cadeira e ficou atrás dela com os braços apoiando na mesma olhando o senhor à sua frente, suspirou.

 

-- Dr Otávio eu o admiro e respeito, mas nem pelo senhor vou readmitir o seu filho de volta nesse hospital, ele não segue as normas não respeita seus colegas, faz intrigas, entre outras coisas, eu sinto muito, e pelo senhor.

 

O senhor suspirou resignado, sabia que Samantha estava certa, conhecia o filho que tinha. Era uma pena o filho ter perdido essa oportunidades logo em início de carreira, iria ter uma conversa séria com ele quando chegasse em casa. 

 

-- Tudo bem minha filha, conheço a peça que tenho como filho.

 

-- Realmente sinto pelo senhor, e até mesmo por ele, está jogando uma oportunidade fora, poderia ser um brilhante profissional com nosso apoio.

 

-- Está sim... -- O senhor a olhou triste, mas convencido. -- Ele disse que você o agrediu, é verdade?

 

Samantha suspirou, não queria tocar naquele assunto, mas resolveu falar a verdade.

 

-- Sim, mas imagino que ele escondeu o motivo por eu ter feito isso. 

 

-- Sim, não quis me dizer. 

 

-- Ele me ofendeu, e muito, não pude conter a raiva e lhe dei um soco. 

 

-- Peço desculpas pelo que ele disse, imagino que tenha sido realmente uma ofensa séria, para você ter agido dessa forma. 

 

-- Sim, foi, mas não quero falar sobre isso. 

 

-- Tudo bem... Eu vou indo, não quero tomar mais o seu tempo. -- Disse levantando-se.

 

-- Tudo bem, mas não está me atrapalhando.

 

-- Obrigada. Mas já está na minha hora, e peço mais uma vez desculpa por tudo.

 

-- Sem problemas, não se preocupe. -- Disse abrindo a porta para o senhor sair. -- Pode voltar quando quiser, será sempre bem-vindo.

 

-- Obrigada, tchau.

 

-- Tchau. 

 

O senhor se foi e Samantha olhou Sheila sentada a mesa dela, a olhando também. -- E ai Sheila, ela veio?

 

-- Sim, está na sala do Olavo, está quase saindo, só faltam quinze minutos. -- Disse olhando a hora no computador à sua frente.  

 

-- Hum... 

 

“Drª Samantha Cooper, por favor, comparecer a entrada de emergência da ala particular.”

 

Elas ouviram no alto falante do hospital, a moça repetiu mais uma vez e parou.

 

-- O que será dessa vez? -- Perguntou Samantha.

 

-- Vai lá e descubra. -- Disse Sheila rindo. 

 

Samantha lhe deu a língua e se dirigiu para lá. Ao chegar logo viu um policial em pé perto do balcão de recepção. Samantha fez um semblante preocupado, pensando o que o policial diria, será que encontraram a família de Amanda? O marido? Não sabia o que pensar, como agir. Mas deixou o medo de lado e foi até ele.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8:
Andreia
Andreia

Em: 29/10/2020

Estou facinada pela sua história é linda as personagens e as principais são lindas em tudo no geral . Parabéns bjs e abraços.

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rhina
rhina

Em: 07/07/2020

 

Notícias boas ou ruins.....

Rhina

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 15/07/2017

No Review

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rhina
rhina

Em: 13/01/2017

 

Samantha é uma ótima médica. ...chefe....amiga....uma mulher e tanto.....Mas são as pequenas coisas em seu caráter e personalidade que conquistam......se faz gigante.....a torna irresistível. ...

Alex......curiosa

Seu romances é demais autora 

rhina

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