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Como posso não te amar por Raquel Santiago

Ver comentários: 2

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Palavras: 1793
Acessos: 785   |  Postado em: 30/09/2025

Capitulo 16

A luz do dia invadia o apartamento de Chloe, mas para ela, o mundo parecia ter mergulhado em uma penumbra fria. Desde a explosão de raiva da noite anterior, seguida pela avalanche de informações da Dra. Márcia, Chloe havia se envolvido em uma bolha de isolamento. Cada batimento de seu coração era um lembrete do tumor que habitava seu corpo, uma contagem regressiva silenciosa que a impedia de respirar livremente.

Lara. O nome da médica ecoava em sua mente, um misto de conforto e terror. Ontem foi muito difícil despistar Lara, ela veio até o seu prédio, mas Chloe não atendeu o interfone. Em determinado momento, Lara deve ter se cansado e ido para casa. O beijo. Aquele beijo no qual ela, em um momento de fragilidade e desespero, havia se entregado com uma intensidade que ainda a fazia tremer. Era por isso que Lara não podia se aproximar. Era um risco. Um risco que Chloe não podia permitir que Lara corresse.

Seu celular vibrou na mesa de centro, iluminando a tela com uma notificação de Lara. Chloe olhou, sentindo um arrepio. Uma mensagem carinhosa de "bom dia", perguntando como ela estava. Chloe a ignorou. Fechou os olhos, respirando fundo. Aquela gentileza a desarmava, e ela não podia se dar ao luxo de ser desarmada agora. Precisava ser forte. Sozinha. Seu plano era ignorar a mais nova e assim que possível terminar com aquela farsa de namoro. Com a gravidade da sua doença, não fazia mais sentido colocar as vontades dos seus pais acima do tratamento. Ela iria precisar focar nos exames e preparação para a cirurgia e já tinha pensado em uma forma de evitar intromissões. Chloe iria viajar e tirar férias, pelo menos era o que diria aos seus pais. Essa seria a saída perfeita. Quanto a Lara, ela iria romper com o acordo. Pensar na última parte do seu plano a machucava, mesmo que ela quisesse ignorar o sentimento crescendo em seu peito, ela ainda sentia. Mas Lara era uma boa moça e não merecia ser puxada para a confusão que estava a vida de Chloe. Sem falar que Lara também era jovem, tudo o que elas tinham feito era uma aventura para a médica. E no fim, se Chloe se apegasse demais, ela seria a única com o coração partido.

(---)

Os dias que se seguiram transformaram o apartamento de Chloe em uma fortaleza silenciosa. Mensagens de Lara vinham e iam, com a persistência habitual da médica. Algumas eram ignoradas, outras respondidas com monossílabos frios, inventando desculpas sobre reuniões de trabalho urgentes, viagens inesperadas ou a necessidade de foco total na empresa do pai. Não havia mais convites para sair, não havia mais a leveza da "farsa". A cada tentativa de Lara de se aproximar, Chloe erguia uma nova parede, mais alta, mais impenetrável.

A verdade era que cada mensagem não respondida, cada "não" disfarçado, dilacerava Chloe por dentro. Ela se lembrava do calor dos braços de Lara, do gosto de seus lábios, da forma como Lara a fazia sentir-se vista, compreendida, mesmo em seu caos interno. A dor da solidão, do isolamento autoimposto, era quase tão intensa quanto a dor física que sentia. Mas era um sacrifício necessário. Uma proteção.

Ela passou as manhãs na empresa, mergulhada em planilhas e reuniões, usando o excesso de trabalho como uma armadura contra seus próprios pensamentos e sentimentos. As tardes eram passadas em casa, ou lendo relatórios, ou simplesmente encarando a vista da cidade pela janela, com o telefone silenciado, ignorando as chamadas que sabia serem de Lara.

A cada vertigem, a cada onda de náusea, a cada pontada de dor, a determinação de Chloe se solidificava. Como ela poderia permitir que alguém tão vibrante e cheia de vida como Lara se apaixonasse por uma mulher que estava, talvez, com os dias contados, ou que enfrentaria uma batalha exaustiva e desfigurante? A imagem de Lara, tão radiante, ao lado de uma Chloe fragilizada pela doença, era um pesadelo que estava tendo quase todas as noites.

Ela tentava se convencer de que estava fazendo a coisa certa. Que Lara a esqueceria, seguiria em frente, encontraria alguém que pudesse oferecer um futuro. Um futuro que Chloe, em sua mente atormentada, sentia que não tinha mais.

(---)

Lara não sabia mais o que fazer, ela já tinha tentando de tudo para conseguir falar com Chloe, tinha até mesmo ido ao seu apartamento várias vezes durante a semana, mas não podia invadir o lugar sem a autorização de Chloe. Ela estava ficando louca de preocupação, essa era a verdade. Depois que Chloe correspondeu às suas investidas e elas até dormiram na mesma cama, Lara achou que algo tinha mudado, mas estava enganada.

Lara lembrava do olhar de Chloe quando a viu saindo da sala da Dra. Márcia. Ela tinha experiência o suficiente na profissão para identificar as expressões dos pacientes que recebiam notícias ruins. A sua ética de trabalho foi a única coisa que lhe impediu de buscar informações sobre o caso de Chloe. Ela conhecia a Dra. Márcia, elas já tinham conversado em seminários e workshops. Márcia também tinha sido sua professora no segundo ano da faculdade. Mas Lara sabia que seria errado especular sobre os pacientes da professora. O problema é que Lara podia jurar que a última consulta de Chloe foi o motivo para o seu afastamento.

A solução para a sua aflição veio através de uma mensagem do seu amigo Rick. Os dois conversavam com frequência por mensagem e o designer faria uma visita para a família no final daquela semana. Henrique deduziu que Lara estaria no seu almoço de boas-vindas, isso deu a entender que ele já sabia do seu namoro com Chloe. Apesar de Lara não ter sido avisada sobre o almoço, ela agiu como se já soubesse. Seja o que tivesse acontecido com Chloe, ela estava disposta a abrir mão da presença de Lara em uma reunião de família. Isso significava que ela não estava se importando com os questionamentos dos seus pais em relação à ausência da sua 'namorada'. Mas Lara não deixaria que Chloe fugisse e se isolasse. Essa seria a oportunidade para ver a mais velha. Perto da família ela não teria como fugir de Lara.

Não era mais sobre conquistar o coração de Chloe, mas sim sobre estar ao seu lado lhe apoiando e dando forças. Lara não conseguia imaginar o pesadelo que estava sendo para Chloe enfrentar o câncer sozinha. Ela nunca iria deixar Chloe sozinha. Mas a piloto precisava baixar um pouco a guarda. Enfrentar uma situação tão difícil sozinha era inconsequente e perigoso.

(---)

O Airbus A320 da Latam deslizou suavemente pela pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e Henrique Müller sentiu o habitual tremor da aterrissagem. Havia algo familiar e nostálgico em cada pouso na cidade dos pais, mas desta vez, uma nuvem de apreensão pairava sobre ele, mais densa do que a poluição visível pela janela.

Enquanto descia do avião e seguia para a esteira de bagagens, a cabeça de Henrique era um turbilhão. A notícia que Flávia, sua melhor amiga (e confidente de seus mais íntimos segredos), lhe dera alguns dias antes ainda reverberava em seus ouvidos. "Lara está namorando. E a namorada é... a Chloe."

O choque inicial foi seguido por uma onda de tristeza que ele tentou sufocar. Lara, sua amiga, a mulher que, mesmo depois daquela noite embriagada no seu apartamento, da confissão de seus sentimentos e da gentil recusa dela em aceitá-los como algo mais que amizade, ainda ocupava um pedaço considerável de seu coração. Ele sabia que Lara não o via daquela forma. Ele aceitava a amizade. Mas ver Lara com outra pessoa, e ainda por cima a sua própria irmã, era um golpe inesperado. A boca da Flávia era um túmulo, mas ele sabia que a melhor amiga não mentiria sobre algo assim. Até porque ela era a única que sabia sobre os seus sentimentos por Lara.

Ele puxou sua mala da esteira, os olhos azuis varrendo o saguão, procurando por um táxi ou um carro de aplicativo.

Henrique e Chloe tinham uma relação de respeito e admiração. Desde pequeno, ele venerava a irmã, sua determinação, sua mente afiada, sua paixão pela aviação. Chloe sempre fora a pessoa focada na carreira, a que voava alto (literalmente). Relacionamentos sérios? Aquilo nunca fora uma prioridade para Chloe, pelo menos não até onde ele sabia. Ela era reservada, sim, mas ele sempre sentiu uma admiração incondicional por ela. Mesmo que tenha sido o primeiro a chamá-la de rainha do gelo, aquilo era uma brincadeira entre eles. Rick sabia que Chloe era muito mais do que deixava transparecer.

E agora, essa notícia. Não apenas Chloe havia, aparentemente, largado a aviação, o que já era um mistério para Henrique, que sabia o quanto ela amava pilotar, o quanto aquilo era a essência dela, mas também estava namorando. E com Lara.

— Quando foi que as duas ficaram tão próximas a ponto de namorar?— Ele murmurou para si mesmo, um leve amargor em sua voz. Ele sabia que Lara e Chloe tinham tido algumas interações nos eventos anteriores ao casamento de Soph, mas nada que indicasse uma proximidade tão grande. Era tudo tão repentino, tão ilógico para o que ele conhecia de sua irmã.

Ele sabia que precisava manter suas emoções sob controle. Chloe não sabia de seu passado com Lara, daquela noite em que cruzaram uma linha difusa de amizade e desejo, e da sua própria paixão não correspondida. Lara já havia deixado claro que o via apenas como amigo. A médica não lembrava de nada daquela noite. Ele não podia estragar a felicidade da irmã, não podia revelar seus próprios sentimentos agora. O sorriso tinha que ser autêntico. A surpresa, bem disfarçada.

O coração de Henrique Müller estava pesado. Ele amava sua irmã. A admirava. E amava Lara. Ver as duas juntas, sabendo que uma parte de Lara, que ele desejava, agora pertencia à sua irmã, era uma ironia cruel do destino. Ele se preparava mentalmente para o almoço, para os sorrisos forçados, para os olhares que teria que desviar.

Ele pegou o celular e mandou uma mensagem para Lara:

Henrique: Cheguei, baixinha. Te vejo mais tarde? Soph mandou alguns exames para você verificar.

A mensagem era alegre, descontraída, como sempre. Uma máscara para o turbilhão de emoções que sentia. A resposta de Lara foi divertida, como ela sempre era.

Lara: Soph tem sorte de ter uma médica particular. O voo foi tranquilo? Com certeza te vejo em breve, Rick.

Henrique saiu do aeroporto, pegou um táxi e observou a paisagem urbana de São Paulo passar pela janela. Ele não sabia o que esperar daquele almoço, mas tinha certeza de uma coisa: seria um dia longo e cheio de revelações, pelo menos para ele.


Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capitulo 16:
jake
jake

Em: 06/10/2025

Eita que agora vai esquentar...

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Mmila
Mmila

Em: 02/10/2025

Agora complicou, os dois irmãos!

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