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Como posso não te amar por Raquel Santiago

Ver comentários: 3

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Palavras: 2142
Acessos: 828   |  Postado em: 30/09/2025

Capitulo 15

A luz tênue do amanhecer filtrava-se pelas cortinas do quarto de Chloe, banhando o ambiente em um cinza suave. Lara acordou antes que o sol estivesse plenamente no céu, o corpo de Chloe aninhado ao seu, a respiração profunda e regular indicando um sono pesado e merecido. A médica deslizou para fora da cama com o máximo cuidado, não querendo perturbar a paz da ex-piloto.

Em pé, ao lado da cama, Lara observou Chloe adormecida. O rosto dela, sem as defesas habituais, parecia mais jovem, mais vulnerável. Os cabelos escuros espalhados pelo travesseiro um pouco opacos, os cílios longos repousando sobre as maçãs do rosto pálidas. Lara sentiu um aperto no peito, uma onda de ternura avassaladora. Era inegável. Ela estava se apaixonando por Chloe Miller. Não era mais apenas atração ou o desafio de desvendar a mulher misteriosa. Era algo profundo, que a tocava na alma.

Mas Lara também conhecia a arisca Chloe. Sabia que, se forçasse demais, se revelasse a profundidade de seus sentimentos agora, a piloto se retrairia ainda mais, talvez para sempre. A negação de Chloe era uma muralha, e Lara precisava de paciência para derrubá-la, tijolo por tijolo.

Com um último olhar para a mulher adormecida, Lara se dirigiu à cozinha. Com movimentos silenciosos, preparou um café fresco, torrou pães e arrumou uma pequena bandeja com frutas e geleia. Deixou-a cuidadosamente ao lado da cama de Chloe, junto com um bilhete escrito à mão:

"Bom dia, Comandante. Fui para o trabalho. Café da manhã especial para você. Melhoras. Lara."

Um sorriso suave brincou em seus lábios enquanto ela saía do apartamento, a esperança e a incerteza misturadas em seu peito.

(---)

Quando Chloe acordou, o sol já estava alto, e um cheiro delicioso de café pairava no ar. A cabeça doía um pouco e o enjoo persistente não havia desaparecido completamente, mas a sensação de vertigem diminuíra. Ela abriu os olhos lentamente, sentindo o peso do corpo e uma estranha sensação de vazio ao seu lado na cama. Foi então que seus olhos pousaram na bandeja. Café, pães, frutas. E um bilhete. O coração de Chloe deu um salto. Lara.

Ela pegou o bilhete, os dedos roçando o papel. A caligrafia quase ilegível de Lara, com um toque de diversão na palavra "Comandante". Um suspiro escapou de seus lábios. A médica havia ido embora. Um alívio, sim. Ela não teria que enfrentar a conversa sobre as coisas que fizeram nas últimas duas noites.  Mas, ao mesmo tempo, uma pontada de algo que ela não quis nomear a atingiu. A cama parecia vazia demais, o apartamento, silencioso demais.

Chloe tomou o café, sentindo o calor da bebida aquecer seu corpo. A gentileza de Lara, a forma como ela sempre cuidava dela, as carícias, os beijos... tudo isso a perturbava profundamente. Ela havia gostado. Havia se entregado com uma intensidade que a assustava. Lara era tudo o que ela não podia ter, tudo o que ela não devia querer. A vulnerabilidade que Lara despertava nela era perigosa, uma ameaça ao seu segredo. Ela precisava manter Lara à distância, por mais que seu corpo e sua alma gritassem o contrário. Seu momento juntas foi um deslize. Um momento de fraqueza. E não poderia se repetir.
Ela se levantou, sentindo-se um pouco mais forte. A rotina do trabalho seria sua salvação, a lógica dos números, o distanciamento das emoções confusas que Lara provocava.

(---)

O hospital fervilhava com a rotina diária, mas Lara estava calma, feliz pela sua noite mágica. Após a intensidade da noite com Chloe e o plantão exaustivo, ela se jogou no trabalho, focando nas consultas, nos diagnósticos, na interação com os pacientes. Sua energia, mesmo após a noite mal dormida, era contagiante.

No meio da tarde, sentindo a necessidade de um café e um breve respiro, Lara se dirigiu à cantina do hospital. Enquanto se aproximava, seus olhos varreram o corredor e pararam abruptamente. Uma figura familiar saía da ala de oncologia, mais precisamente da sala da Dra. Márcia, uma das maiores referências no tratamento de câncer em São Paulo.

Era Chloe.

A ex-piloto estava com um lenço elegante amarrado na cabeça, cobrindo os cabelos. Observando mais atentamente, seu rosto parecia mais magro, e os olhos azuis, embora mantivessem a intensidade, estavam cercados por olheiras profundas, um cansaço que nem a maquiagem leve conseguia disfarçar. Ela se movia com uma discrição quase furtiva, como se não quisesse ser notada, e caminhava em direção à saída de forma apressada.

Lara se encolheu atrás de uma pilastra, o coração batendo descompassadamente no peito. O café que segurava ameaçou cair de suas mãos trêmulas. Chloe. Na ala de oncologia. Com um lenço na cabeça. Como não percebi antes? Ela emagreceu desde o casamento de Sophie e só agora Lara entendia o motivo.

As peças do quebra-cabeça se encaixaram com uma dor lancinante. A vertigem, as náuseas, a palidez, o cansaço extremo, a saída abrupta da aviação, o isolamento, a negação constante de qualquer proximidade emocional. Tudo. Tudo se conectava a uma única e terrível verdade.

A mulher por quem estava se apaixonando, a mulher que a atraía com uma força magnética, estava doente. Muito doente.

Uma dor aguda perfurou o peito de Lara, uma dor que superava a da perda do bebê no plantão. Era um desespero silencioso, uma angústia que a sufocava. Ela sentiu os olhos marejarem, mas se recusou a chorar ali, no meio do hospital. A esperança, por um breve e torturante instante, tentou se agarrar à ideia de que Chloe estava apenas visitando um amigo, um conhecido, que não era ela. Que não podia ser ela.

Mas no fundo de sua alma, Lara sabia. A forma como Chloe agia, a barreira que ela impunha, a fuga de qualquer intimidade... tudo indicava que ela estava passando por aquilo sozinha. Que ninguém mais sabia. E a dor de imaginar Chloe enfrentando uma batalha tão assustadora, tão solitária, era quase insuportável.

Lara apertou o copo de café em suas mãos, a mente um turbilhão de emoções. A frieza de Chloe, sua relutância em se aproximar, não era sobre desinteresse. Era sobre proteção. E Lara, com o coração em pedaços, sentiu uma determinação ainda maior. Ela não a deixaria passar por aquele momento sozinha.

(---)

O motor do carro de Chloe roncou suavemente enquanto ela estacionava na garagem subterrânea de seu prédio, um contraste estranho com a tempestade que se formava dentro dela. Aquele lenço no cabelo, que ela apressadamente jogara no banco do passageiro ao entrar no veículo, era um disfarce para os olhos do mundo. Mas para ela, era um símbolo, uma bandeira branca de rendição que a enraivecia.

O trajeto do hospital até seu apartamento fora um borrão, os pensamentos uma névoa densa de medo e fúria.

Ao destrancar a porta do apartamento, o silêncio do lugar que Lara deixou naquela manhã parecia gritar ainda mais alto, um eco vazio de sua própria solidão. O cheiro de café ainda pairava levemente no ar, um lembrete da gentileza de Lara, da efemeridade daquela breve conexão. E esse lembrete, em vez de acalmá-la, só alimentou a chama da raiva que crescia em seu peito.
Lara. A médica que a via, a que a beijava, a que se preocupava. Lara, que não merecia o peso de sua doença, que não podia ser arrastada para aquele abismo de incerteza.

Um grito abafado escapou de seus lábios. Ela não conseguia mais conter. Seus olhos varreram a sala, buscando um alvo para sua fúria. A mesa de centro. Em um movimento brusco, Chloe empurrou o copo de água, que se espatifou no chão em mil pedaços, o som agudo ecoando na imensidão do apartamento. As mãos tremiam, as veias saltavam em seu pescoço.

—Droga! Droga!— Ela rosnava, cada palavra carregada de desespero e impotência.

Sua visão embaçada pela raiva encontrou os livros de aviação na mesa lateral, a pilha cuidadosamente arrumada de sonhos e promessas. Aqueles livros, antes fontes de inspiração, agora eram um tormento. Eram um lembrete constante do que ela havia perdido, do que ainda estava perdendo.

Com um rugido primal, Chloe agarrou a pilha de livros. Um por um, ela começou a rasgá-los, as páginas macias cedendo sob a força de seus dedos, a capa de um manual de voo sendo dilacerada, o som de papel rasgado enchendo o ambiente. Ela rasgava com uma violência selvagem, lágrimas quentes e amargas escorrendo por seu rosto, misturando-se ao suor frio que brotava em sua testa.

Seu corpo, já fraco, não aguentou mais a explosão de raiva. As pernas falharam, e ela desabou no chão frio, encolhida entre os pedaços rasgados de seus sonhos, o choro agora um soluço incontrolável que sacudia todo o seu ser. As lágrimas, antes de raiva, agora eram de uma tristeza profunda, existencial. As palavras da Dra. Márcia ecoavam em sua mente, frias e implacáveis, cada uma delas uma punhalada em sua alma.

FLASHBACK  ON

Horas antes, no consultório da Dra. Márcia...

O consultório da Dra. Márcia era um ambiente acolhedor, com quadros de paisagens serenas e uma leve fragrância de lavanda. Mas para Chloe, o ar ali parecia pesado, carregado de um presságio. Ela estava sentada na cadeira em frente à mesa da médica, com as mãos firmemente cruzadas no colo, uma tentativa inútil de esconder o tremor que a percorria.

A Dra. Márcia, uma mulher de meia-idade com olhos gentis e uma voz calma, passava alguns exames na tela do computador.

— Chloe, os resultados da última sessão de quimioterapia chegaram. E... não são o que esperávamos.

O coração de Chloe gelou no peito. Ela já sabia. Sentia em seu corpo que a quimioterapia não estava fazendo o que devia.

— O tumor no seu estômago, ele não reduziu significativamente com a quimioterapia. — A Dra. Márcia continuou, a voz suave, mas firme, como quem entrega uma notícia difícil com a maior delicadeza possível. — Ele não encolheu ao ponto que nos permitiria evitar uma intervenção mais agressiva. Sinto muito, Chloe. Teremos que avançar com a cirurgia.

Uma onda de tontura atingiu Chloe, mas ela a conteve. Cirurgia. A palavra era um monstro, um abismo.

— As chances... Dra. Márcia. Quais são as chances de cura? —  Chloe mal conseguiu murmurar, a voz estrangulada pelo medo.

A médica suspirou, tirando os óculos e olhando diretamente para Chloe, com um olhar de profunda compaixão.

— Chloe, com um câncer de estômago estágio 3, onde o tumor já invadiu as camadas mais profundas da parede do estômago e possivelmente atingiu linfonodos próximos, as chances de cura completa são... pequenas. Mas elas existem. Elas são reais se fizermos a cirurgia.

Chloe sentiu um nó na garganta. Pequenas. A palavra ecoou, amplificada pelo desespero.

— Nós teremos que remover parte, ou até mesmo todo o estômago, dependendo da extensão do tumor durante o procedimento. E também os linfonodos afetados. — A médica explicou com clareza, sem rodeios. — Será uma cirurgia grande, Chloe. Seu corpo vai precisar se recuperar de algo muito invasivo. E depois, o tratamento não termina. Você provavelmente precisará de mais quimioterapia após a cirurgia, para eliminar quaisquer células cancerígenas remanescentes e reduzir o risco de recorrência.

— Então... será um tratamento longo? — Chloe perguntou, a voz mais rouca do que ela pretendia.

— Muito longo, querida. E exaustivo. A recuperação da cirurgia, os efeitos colaterais da quimioterapia... será uma jornada árdua. Mas é a sua melhor chance. A única chance, nesse momento. — A Dra. Márcia estendeu a mão sobre a mesa, convidando a um toque. — Eu sei que é assustador, Chloe. Mas você não precisa passar por isso sozinha.

Chloe, porém, recuou sutilmente, retirando sua mão do alcance da médica. As palavras da Dra. Márcia se misturavam à imagem do sorriso de Lara, da mão de Lara em seu rosto. Como ela poderia puxar alguém para essa escuridão? Como poderia permitir que Lara, tão cheia de vida, se aproximasse de um futuro tão incerto e doloroso? A ideia era insuportável.

A consulta terminou com a Dra. Márcia explicando os próximos passos, os exames pré-operatórios, a data provável da cirurgia. Chloe assentiu, absorvendo as informações, mas sua mente já estava em outro lugar, planejando como erguer suas muralhas ainda mais altas, como se isolar completamente para enfrentar o que viria. O medo da morte era grande, mas o medo de arrastar alguém junto com ela era ainda maior.

FLASHBACK OFF

De volta ao presente, sentada no chão entre os livros rasgados, Chloe sentia o peso de cada palavra da Dra. Márcia. "Pequenas, mas existem." Uma chance mínima, em meio a um inferno de tratamento e incertezas. Aquele mundo de aviação, de liberdade, de voar acima das nuvens... era agora uma impossibilidade. E Lara, com seus olhos azuis cheios de vida, suas risadas contagiantes, sua teimosia em se aproximar... Ela não podia, não podia arrastá-la para isso. Aquela era uma batalha que Chloe teria que travar sozinha.


Fim do capítulo


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Comentários para 16 - Capitulo 15:
jake
jake

Em: 06/10/2025

Eita Lara força pra ajudar a Chloe

 

 

 

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Mmila
Mmila

Em: 02/10/2025

Será o momento da Lara tomar conhecimento da situação e entrar em ação.

Chloe, se permita esses momentos.

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Duduka
Duduka

Em: 30/09/2025

Agora Lara vai fazer de tudo pra salvar sua rainha do gelo.

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