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Depois eu te conto... por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 5

Ver lista de capítulos

Palavras: 1921
Acessos: 1113   |  Postado em: 05/08/2025

Capitulo 2

 

 

Eu jamais daria razão à Lúcia, ou ouviria a mesma ladainha por mais tempo do que minha paciência estaria disposta a aguentar, mas ela estava coberta de razão. Para quê inventar de ficar num Airbnb e pior ainda, sem ver qualquer tipo de referência? Às vezes eu era engolida pelo meu dia-a-dia exigente e agia no automático. Grande erro e as faturas sempre chegavam. O lugar onde me hospedara era bonito apenas por fora e nas fotos de internet (uma pena que tenha me lembrado de ver informações na rede tarde demais). Na primeira noite tive que mudar de quarto porque uma janela não fechava. Prezo muito pela minha segurança. Hoje, quando ia tomar banho para sair e receber o bendito prémio, faltou água. Sim, por mais absurdo que possa parecer, tomei banho com 1 galão de água de 10 litros que me trouxeram da receção. Prémio recebido, duas taças de vinho, aperitivos gourmets e alguma conversa de circunstância, voltei para o apartamento. O problema da água já tinha sido resolvido, mas a menina da receção me avisou a título de informação privilegiada (ela deve ter simpatizado com a minha cara ou então era pouco profissional) de que a coisa não estava muito sólida. O galão de água poderia voltar a qualquer momento. Estava cansada e relevei, afinal não tardaria a voltar para casa. Tudo o que queria era cama e silêncio. Deitei-me feliz da vida porque finalmente ia dormir o sono dos justos e exatos 15 minutos depois, eu tive a sensação que tinham ligado uma coluna potente com música duvidosa dentro da minha cabeça. Pensei que pudesse ser um pesadelo, até abrir os olhos e ver uma luz colorida refletindo na minha janela. Decorria uma festa num apartamento exatamente em frente ao meu airbnb. Jovens pulando e gritando como se não houvesse mais nada nesse mundo. Fui reclamar e a mesma moça sonsa da receção, fingiu alguma comiseração, para em seguida dizer que era sempre assim e que outros hóspedes não pareciam se incomodar. Tentei agir diferente, juro que tentei ser menos exigente e chata do que normalmente era. Fui para o quarto e em menos de cinco minutos tive a sensação que perderia o juízo com aquele inferno povoando os meus ouvidos. Tinha deitado relativamente cedo, ainda podia tentar encontrar outro lugar para me hospedar, ou então...pensei na Glória. Incomodá-la depois das 22horas? Ou era isso ou o barulho infernal ainda me causaria algum desvario mental. O povo ria, gritava e eu perdia meus últimos resquícios de mulher autossuficiente e que não gosta de incomodar ninguém. Liguei à Glória no intuito de me mudar para lá na manhã seguinte. Esqueci que ela é a minha amiga mais intensa, intempestiva e amiga dos amigos. Em 15 minutos ela estava à entrada da hospedagem duvidosa para me salvar e com a filha de 10 anos no carro.

 

***

Eu olhava para Glória tentando acompanhar o raciocínio dela, mas era impossível. Os planos que essa mulher fez em dez minutos, com certeza, eu levaria um mês para realizar.

            -Eu acho que esqueceste de levar em consideração que vou embora em dois dias, no máximo. Só quero ficar em paz e nadar um bocado.

            -Ah, tu e essa mania de Kebra Kanela. Ninguém merece!

            -Ah tia, eu quero ir contigo. Posso?

            -Claro, meu bem. Vamos fazer um dia de Kebra.

            -Tudo bem, não vou discutir, até porque durante a manhã estarei a trabalhar. Sabrina, onde estavas com a cabeça que não vieste logo cá para casa? - Questionou indignada.

Essa era a Glória, que mudava de assunto na velocidade da luz.

            -Sabes como sou...

            -Uma chata. Mas a vida é boa para ensinar gente como tu. - Fingiu-se de brava.

            -Mãe, não brigues com a tia. Eu estou muito feliz que ela veio para cá.

Rimos abraçadas e a pedido de Glória, contei com detalhes à pequena Malú como se deu nosso encontro na vida e que já durava mais de vinte anos. Amizade de valor, como diria meu pai.

Mais tarde, no conforto do meu quarto cujo único som existente era a minha respiração, dei graças à Gloria por sempre ser tão acolhedora. Doida? Sim, muito diferente de mim, mas amiga como poucas. Nem sei porque não tinha vindo logo para cá...minhas manias que já desisti de entender.

Acordei com o meu telefone a tocar insistentemente e percebi que o dia já exibia o seu esplendor. Que sono delicioso! O relógio marcava 8:30 e eu sorri. Há tempos não dormia tão bem. A Lúcia já tinha ligado 4 vezes. Respirei fundo e retornei, poderia ser algo importante...    

            -Hmmm, já vi que alguém bebeu muito vinho no evento de ontem à noite...

Relatei rapidamente os últimos acontecimentos e a minha necessidade de mudar de endereço.

            -Ah Sabrina, se ouvisses mais o que eu digo. A tua teimosia ainda vai te causar dissabores. Eu não sugeri que ficasses num hotel? Agora tens de incomodar a tua amiga e a filha dela. Nenhuma necessidade de passar por isso. Voltas amanhã?

Às vezes eu me sentia atropelada pela Lúcia. A sensação era estranha, mas não sabia ao certo o que me causava. Mas as amizades são assim mesmo...

            -Está tudo bem! - tentei acalmá-la. Sim, ela parecia irritada ainda que não fizesse o menor sentido.

            -Não está! Tu detestas incomodar as pessoas, odeias não ter liberdade e não tens paciência para aturar as pessoas por muito tempo.

Desde quando essa pessoa era eu? Será que era?

            -Vou aproveitar para nadar um bocado. Fazer valer a minha vinda á capital, além do prémio, claro. - Quis mudar de assunto já que não entendia o tom dela.

            -Volte logo, temos muita coisa para organizar aqui na empresa.

Depois de desligar, ainda na cama, fiquei a pensar nas coisas que Lúcia tinha dito. Será que eu estava a alterar a rotina da minha amiga? Mas ela nem conhecia a Glória e muito menos o nível de nossa amizade.

Gloria e Malú não estavam em casa, mas a mesa de café estava repleta de coisas que eu gosto. Comi ouvindo pássaros a cantar e a ser beijada pelo sol que entrava pela janela da cozinha. Que delicia! Há quanto tempo eu não parava para fazer coisas simples e que me dão prazer?

No móvel da entrada do apartamento tinha um bilhete assinado pela Glória e pela Malú. Tanto afeto. Tanto cuidado. Não estava a incomodar ninguém...

 

***

Depois de nadar por algumas horas na minha praia favorita e de ficar levemente bronzeada, tudo o que eu queria era sossego. O máximo de esforço que me permiti, foi passar as páginas do meu livro, esparramada no sofá da sala de Glória. Eu precisava marcar o voo de regresso, mas poderia fazê-lo mais tarde. Consegui a minha tão almejada paz por duas horas. Embalada pelo meu livro, já me entregava ao sono quando fui arremessada à realidade com a entrada intempestiva de Glória em casa.

            -Sabrina, acorda. Ai, como ela está bronzeada e deliciosa. - Elogiou.

Sobressaltada, sentei o sofá ainda tentando entender onde estava.

            -Oi...-Alonguei os braços e gemi. Que sensação boa no corpo.

            -Comeste? - Ela parecia procurar alguma coisa pela sala.

            -Hum-hum, almocei no Roma. Não conhecia...gostei...

            -É muito bom! Tens planos para logo mais?

            -Não...- Eu queria descansar. Deus me livre estar com as horas todas preenchidas.

            -Boa! Combinei com a Fedra e a Tânia de sairmos nós quatro. Um happyhour, algo assim. Elas querem muito te ver.

            -Tânia? A tua amiga que mora em Mindelo e que nunca vejo apesar de morarmos na mesma cidade?

            -Ela mesmo! Não vês porque nunca tens tempo. E da Fedra lembras?

Respirei fundo. Não tinha a menor paciência para essa amiga da Glória. Nenhuma razão especifica, apenas não ia com cara dela e ponto.

            -Claro que lembro da Fedra, não sei é se ela se lembra de mim. - Eu conhecia a mania de Glória de querer juntar turmas, para ela todo mundo deveria ser amigo. Eu não via a Fedra há não sei quanto tempo e a Tânia, ai que preguiça.

            -Vais adorar rever a Fedra. Não sei se lembras, mas já foram amigas...

            -Eu sei, mas parece que foi em outra vida...

            -Ela ficou muito entusiasmada com o encontro, vê lá se finges algo parecido.

Rimos juntas. Ela me conhecia como ninguém...

            -Não sejas assim. Não estou no modo social, mas acho que pode sim ser algo bom...- Não estava minimamente animada, ainda mais com a tal de Tânia, mas não me custava nada.

            -Vamos sair para comer umas bafas e beber cerveja. Já sei, tu não bebes cerveja, mas bebes gin, mojito, água com gás. Vai ser divertido. Esteja pronta por volta das 19hs. Acreditas que eu vim buscar alguma coisa e não me lembro mais o que era.

Ri alto. Essa era a Glória.

            -E a Malú?

            -Hoje é dia de ficar com o pai. Graças a Deus! Eu amo a minha pequena, mas preciso de tempo para estar com as minhas amigas. Esse homem inventou de viajar por um mês, quase enlouqueci tentando equilibrar cuidados, escola, ginástica, natação, festa de aniversário de coleguinha todos os fins de semana e birra de quase adolescente. Ufa!

 

***

Apesar de estar de férias, ou quase isso, a vida desafiadora parecia não querer me dar trégua. Até tinha me animado com a intempestividade de Glória e já pensava na bendita saída com as amigas com a alma mais leve. Que o sofá da casa dela e meu livro pareciam mais interessantes, lá isso era verdade, mas eu estava de férias e não custava nada fazer algo diferente. Minha quase boa disposição foi parar na sola do meu pé quando abri a porcaria do email e recebi a negativa de uma consultoria internacional pela qual tinha dedicado muito esfoço. Tanto trabalho, noites sem dormir para apresentar uma boa proposta e nada. É claro que eu estava cansada de saber que a vida não tinha nenhuma obrigação de me agradar e que a concorrência no meu ramo era atroz, mas porr*, tanto esforço em vão...

Quando o telefone tocou, a empolgação de Glória quase me causou engulho. Por muito pouco não disse que não ia descer e que ela me esquecesse, mas graças à minha boa educação e sentido de gratidão, reconsiderei minhas palavras. Ela me recebera tão bem...

 

***

Eu devo ter entrado naquele carro com uma energia tão pesada que, apesar do meu estado alterado, pude perceber um silêncio constrangedor. Deveria ter ficado em casa.

            -Estavas a dormir? - Perguntou Glória, que sabia que eu odiava ser acordada quando conseguia relaxar por alguns minutos.

            -Não...

            -Parece que não estás na nossa sintonia. - Não consegui decifrar o tom de Fedra.

            -Ah, desculpem meu mau jeito, é que recebi uma notícia que me deixou frustrada.

            -Neste momento, podes fazer alguma coisa para alterar os fatos? - Fedra, mais uma vez.

            -Não... - Quase morri de vergonha. Estava a ser muito indelicada para não dizer coisa pior.

            -Então desliga dos problemas e vamos nos divertir.

Ela olhou para trás onde eu estava sentada e piscou-me o olho. Sorria, mas o tom de voz soou-me como uma crítica. Ela estava certa e eu parecia uma criança mimada.

A partir daquele instante, entoei um mantra mentalmente, "preciso relaxar, preciso relaxar, preciso relaxar."

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá :)


Eu sei que estão acostumadas a capítulos enormes rsrs, mas estou a dedsafiar-me a escrever coisas mais curtas. 

Esse capítulo ficou curto pelo desafio sim, mas também pela correria. Pelos desafios da vida, provavelmente não poderei postar mais essa semana, então fiquem com essa pequena alegria rsrsrs. Vão conhecendo um pouco mais dos personagens de Depois eu te conto...

Abraço e muito obrigada a todas que comentaram.

Nadine


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
jake
jake

Em: 18/10/2025

Estou achando que Lucia ficou com ciúmes...

Vamos esperar...


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 19/10/2025 Autora da história
Será? :)
Muito obrigada por estares aqui.
Bjs


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Mmila
Mmila

Em: 10/08/2025

Sempre capítulos, não importa o tamanho.

É sempre um deleite seus textos.

Glória, pilhada.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 12/08/2025 Autora da história
Sempre capítulos, vamos tentar rsrsrs
Adoro escrever, então ;)
Bjs


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mtereza
mtereza

Em: 08/08/2025

Cada vez mais animada com o desenrolar da história 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 10/08/2025 Autora da história
Que bom!
Bjs


Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 05/08/2025

Gostei da Glória 

Ela levantando o astral de Sabrina 

Capítulo perfeito no tamanho ideal kkkk

 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 10/08/2025 Autora da história
A Glória é maravilhosa! Ela levanta o astral de qualquer um rsrsrs
Eita se esse tamanho é ideal deves odiar o terceiro que se não me falha memória tem o dobro do tamanho kkkk. Mas como graças a Deus não tenho a pretensão de agradar a todos, sei que alguém há de gostar de um capitulo maior.
Bjs


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cris05
cris05

Em: 05/08/2025

Capítulos enormes ou curtos, é sempre um prazer te ler, Nadine.

Muito bom conhecer um pouco mais dos personagens.

Até o próximo!


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 10/08/2025 Autora da história
Que bom!
Bjs :)


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