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TUDO NOVO por Donana

Ver comentários: 3

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Palavras: 1396
Acessos: 364   |  Postado em: 24/06/2025

Capitulo 4 - A Residencia

Sala de emergência — 03:17 da madrugada

 O cheiro metálico de sangue misturado ao látex das luvas e ao suor saturava o ar. As luzes cirúrgicas ofuscavam qualquer sombra de esperança. O corpo ensanguentado de um jovem de vinte e poucos anos jazia sobre a maca, múltiplos ferimentos torácicos e na cabeça, fratura exposta, sinais vitais despencando a cada segundo.

— Pressão em 60 por 30! Saturação em 78%! — gritou a enfermeira, com os olhos arregalados.

— Ele não pode morrer aqui — disse a médica, já com as luvas vermelhas até os cotovelos. — Pega mais uma bolsa de O- negativo! E me dá o desfibrilador!

O monitor apitava como um grito contínuo. Júlia pressionou o tórax com força. O sangue jorrava em espasmos intermitentes, manchando sua máscara, sua testa, escorrendo pelo jaleco.

— Vamos, rapaz… fica comigo — murmurou, quase como uma súplica.

A seringa com adrenalina foi entregue. Ele injetou direto no coração.

Por um segundo — um breve segundo — a linha no monitor vacilou.

Mas foi só isso.

Então veio o som temido: o bip contínuo da linha reta.

Júlia abriu os olhos, o coração ainda acelerado.
— Graças a Deus... era só o celular. Um sonho. Só um sonho.

Na poltrona da frente, seu colega mastigava uma maçã com a tranquilidade irritante de quem já dormiu — e sonhou — no plantão.
— Há quanto tempo você não vai pra casa? — perguntou ele, curioso, enquanto a fitava por cima da maçã mordida.

Júlia suspirou e se esticou no sofá duro.
— Casa? O que é isso mesmo? Acho que já esqueci o que é um banho decente, uma refeição quente e uma cama de verdade. Ninguém sabe o que é ser humilhado de verdade até entrar no programa de cirurgia do Johns Hopkins. E olha que estudei anos pra isso...

— O Dr. Phil tá no seu pé de novo? — ele perguntou, com um meio sorriso.
— Aguenta firme, o primeiro ano é o mais cruel. Depois continua tenso… mas com menos humilhação. Eu tô no último. Logo você chega lá também.

Júlia revirou os olhos e jogou a cabeça pra trás.
— Parece que tudo o que eu faço tá errado. Nada escapa. Se eu amarro o avental de um jeito, ele quer de outro. Se eu respiro, é do lado errado da sala. O Dr. Phil é um pesadelo de jaleco.

O colega deu de ombros.
— Quer saber? Ele gosta de você. Não do jeito romântico — Deus me livre — mas como um mestre doido que vê potencial no discípulo e decide testar até a última gota de sanidade.

— Que ótimo. Eu sou o projeto pessoal do Darth Vader da cirurgia.

— É isso aí. Seja bem-vinda ao inferno cirúrgico. Tem café na copa… se sobrou.

No último ano de medicina, Júlia foi chamada à sala do coordenador do curso, Dr. Hermes Fonseca Becker — um renomado cirurgião geral, conhecido tanto por sua habilidade no centro cirúrgico quanto pelo jeito direto de falar.

— Muito bem, doutora — disse ele, com as mãos cruzadas sobre a mesa. — Não é segredo pra ninguém que eu adoraria te treinar em cirurgia geral. Tentei te convencer, confesso. Mas não consegui tirar dessa cabecinha teimosa o sonho de virar neurocirurgiã.

Júlia sorriu sem jeito, já esperando um sermão ou alguma alfinetada carinhosa.

— Então — continuou ele, abrindo uma gaveta — já que não posso te arrastar pro meu lado da força, decidi fazer o contrário: vou te ajudar a se tornar uma excelência na sua área.

Ele deslizou uma folha em direção a ela.

— O que é isso? — perguntou Júlia, pegando o papel.

— Uma ficha de inscrição — respondeu com um brilho no olhar.

— Doutor, não me leve a mal… eu tô vendo que é uma ficha de inscrição. Mas… pra quê, exatamente?

Dr. Hermes recostou-se na cadeira, cruzando os braços com um ar satisfeito.

— Hospital Johns Hopkins. Eles abriram um programa de residência para médicos estrangeiros. E antes que você pergunte: sim, vai precisar fazer uma prova de suficiência médica e outra de inglês. Mas conhecendo você… vai tirar isso de letra.

Júlia arregalou os olhos. Por alguns segundos, ficou em silêncio, tentando entender se aquilo era real ou apenas uma pegadinha muito bem elaborada.

— Hospital Johns Hopkins?! O senhor tá falando sério?

— Júlia, se tem alguém aqui capaz de entrar naquele hospital e ainda dar aula pros próprios professores… é você. — Ele sorriu de canto. — Agora vai, preenche essa ficha antes que eu me arrependa e tente te convencer, de novo, a abrir cérebros com bisturi de apêndice.

Ele se levantou, já virando de costas para mexer em outros papéis, mas ainda completou, casualmente:

— E antes que me pergunte: sim, o programa é 100% custeado. E ainda tem uma remuneração bem generosa pra te ajudar com as despesas da sua família.

Virou-se para ela, sério.

— Preciso do formulário preenchido até o fim do dia. Sem desculpas, doutora.

E foi assim, entre provas, passaporte e formatura, que Júlia foi parar em Bostom no Hospital Johns Hopkins.

A vida seguiu seu curso. Como previra o colega americano, o primeiro ano passou — duro, cansativo, cheio de noites em claro e alguns traumas de ego. Os outros anos vieram mais intensos, exigentes, mas com menos humilhação. E agora, ali estava ela, no último ano da residência: tempo de decisões, de currículo e de destino.

Alguns hospitais americanos disputavam seu talento. Propostas tentadoras chegavam de todos os lados — com salário alto, plano de carreira e estabilidade. Mas, apesar de tudo que construiu nos Estados Unidos, havia algo que nunca saiu de sua mente... e do seu coração.

Júlia queria voltar. Voltar para o Brasil. Queria aplicar a medicina que aprendeu no Johns Hopkins no seu povo, na sua gente, e — mais do que isso — queria formar outros médicos, multiplicar o que recebeu, inspirar, ensinar, transformar.

Ela sonhava com mais do que bisturis afiados. Queria mudar vidas — começando pela sua terra.

Sua volta para casa foi tão cuidadosamente planejada quanto sua ida para Johns Hopkins. Mais uma vez, o Dr. Hermes apareceu em sua vida no momento certo, ajudando-a a tomar uma decisão importante.

Assim que Júlia recebeu o resultado da prova United States Medical Licensing Examination (USMLE) — e com a aprovação estampada ali em letras definitivas — ela foi surpreendida por uma visita especial.

O próprio Dr. Hermes viajou até Boston para encontrá-la, acompanhado de ninguém menos que a Dra. Eunice Klein Becker — uma ginecologista e obstetra renomada, referência na área. Júlia a conhecera ainda na faculdade, durante uma palestra inesquecível sobre saúde da mulher, e sabia que ela era uma verdadeira autoridade no assunto.

O reencontro aconteceu em um jantar elegante, em um restaurante sofisticado, com direito a pratos franceses impronunciáveis e taças de champanhe borbulhante.

Entre sorrisos, memórias e olhares cúmplices, veio a proposta: uma oportunidade única, irrecusável — e, ainda assim, com cheiro de lar.

Naquela noite, dez dias após o jantar com os doutores, Júlia subiu ao terraço do hospital. Aquele era um lugar especial — palco silencioso de muitas lágrimas derramadas, choros engolidos e vontades reprimidas de largar tudo e voltar para casa.

Ali, sozinha sob o céu estrelado, Júlia fechou os olhos e agradeceu a Deus por todos os momentos — os bons e os ruins — que viveu até ali. Era seu último dia naquele hospital. No dia seguinte, embarcaria em uma viagem de férias com alguns amigos que fizera ao longo da residência, amizades que levaria para a vida inteira.

Seu pensamento, então, voou longe. Lembrou-se de Cairo. Onde estaria ele agora?

Fazia muito tempo que não se falavam. A última notícia que teve do jovem loiro, seu herói da adolescência, chegara havia alguns meses. Ele fora parte do início de tudo — o primeiro empurrão, a mão que a levantou quando o mundo parecia injusto demais. Mas o final… esse ela não sabia se ainda incluía Cairo.

Uma lágrima solitária escorreu por seu rosto.

Júlia sabia que não era mais a garota humilde, insegura e medrosa que iniciara aquela jornada. Agora era uma mulher forte, de opiniões firmes e decisões rápidas — como sua profissão exigia. A menina que um dia sonhou ser médica havia, enfim, se tornado uma.

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capitulo 4 - A Residencia:
Mmila
Mmila

Em: 08/07/2025

E agora, como será a próxima etapa Júlia?!?!?!?

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Raf31a
Raf31a

Em: 25/06/2025

Já favoritei aqui para não perder os próximos capítulos. 

Adorei o desenrolar até aqui...


Donana

Donana Em: 25/06/2025 Autora da história
Obrigada pelo incentivo. Bjuss


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lia-andrade
lia-andrade

Em: 24/06/2025

Simplesmente perfeito. A cada capítulo, fico mais ansiosa para o próximo. 


Donana

Donana Em: 24/06/2025 Autora da história
Muito obrigada, é muito bom receber esse incentivo. Muitas emoções ainda acontecerão com nossas heroínas. Bjuss


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