• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Nem o Tempo Curou
  • Capitulo 49- O perdão

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Dia dos Namorados em Tempos de Quarentena -  Se Reinventando
    Dia dos Namorados em Tempos de Quarentena - Se Reinventando
    Por Rosa Maria
  • A feiticeira e a loba
    A feiticeira e a loba
    Por Alex Mills

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Nem o Tempo Curou por maktube

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 1990
Acessos: 733   |  Postado em: 14/05/2025

Capitulo 49- O perdão

 

Camila

Olhei a bagunça no quarto de hotel. Minhas roupas estavam espalhadas por todo lado. Faz quinze dias que aquele espaço se tornou nosso lar temporário. Já não consigo mais me manter aqui trancada feito um bicho enjaulado ou uma criminosa encarcerada. Helen havia saído para uma reunião como em todos os outros dias, eu sigo trabalhando de casa. O caso dela conseguiu se firmar ainda mais quando a polícia conseguiu identificar um dos suspeitos de invadir nossa casa. Quatro pessoas já haviam sido presas.

Ninguém sabe onde estamos hospedadas, o que é para nossa segurança e de todos os outros também. Diana e a minha mãe diariamente telefonam para ter certeza que estamos bem. Depois da invasão o caso virou notícia rapidamente se espalhando pelas emissoras de tv e tomou uma proporção gigante. Me dei por vencida desistindo de procurar minha camiseta em meio ao caos. Meu celular tocou e eu não consegui localizá-lo, estava imerso na pilha de roupas. Respirei pesadamente completamente desestimulada a procurar o aparelho.

- Alô! - Atendi sem ver quem é. 

- Amor, estou quase chegando. Consegui marcar a consulta com Charlotte hoje antes do almoço. - Sorri. Mesmo em meio ao caos ela não se dava por vencida. 

- Certo, eu vou tomar um banho. Será que podemos almoçar fora? Não aguento mais ficar presa nesse quarto. 

- Sim. Podemos. Ei!

- Oi, amor. 

- Eu amo você. 

- Eu também te amo. 

Consegui separar uma roupa e fui para o banho. Estava de olhos fechados quando senti as mãos abraçarem minha cintura. Sua boca foi para a minha nuca depositando um beijo suave. Gemi sentindo a excitação crescer. 

- Não sabia que deveria te esperar para o banho. 

- Não me importo de terminá-lo com você. - Mordiscou minha orelha. 

Virou-me para ela, desligando o chuveiro em seguida. Sem tirar os olhos dos meus, ela começou a ajoelhar-se em minha frente. Sua língua me invadiu com urgência e firmeza. Minhas unhas arranharam o azulejo na busca de conseguir me segurar. Não demorei a me derreter completamente em sua boca. Ela sorri ficando de pé, toma meus lábios com os seus. 

- O que foi isso? - Pergunto com dificuldade para respirar. 

- Pensei que já que vamos fazer um neném, podemos ir ensaiando já. - Brincou. 

- Sabe que não faremos um neném de forma tradicional né?

- Não fazia a menor ideia. Faltei a essa aula de ciências. - Completou gargalhando.   

Chegamos ao hospital alguns minutos depois. Alguns olhares viraram em nossa direção quando observaram 4 seguranças à nossa volta. Fomos para o consultório de Charlotte, quando girei a maçaneta para abrir a porta e Helen passar, Mariana fez o mesmo do lado de dentro. Ela arregalou os olhos surpresa. 

- Olá, você está bem? Vi os noticiários. - Indagou preocupada. 

- Sim. Estamos bem. Foi apenas um susto. - Sorri sem graça. 

- Susto ou ameaça? - Indagou olhando nossa escolta. 

- Um pouco dos dois. Como vai Mariana? - Helen perguntou sorrindo. 

- Bem. - Sorri sem graça. - Eu preciso ir, tenho um paciente agora. 

Passou por nós dando espaço para que Helen caminhasse em direção a Charlotte que já a abraçava carinhosamente. 

- Esperem aqui. - Falei para os seguranças. Antes de fechar a porta vi Mariana do outro lado do corredor dentro do elevador. Nossos olhares se cruzaram por longos segundos. 

Ela parecia melhor, foi até cordial comigo. As portas do elevador se fecharam e eu entrei no consultório. 

- Menina, que loucura aquele atentado na casa de vocês. Fiquei surpresa com sua ligação, achei que não estivesse com cabeça para pensar na gravidez por agora. 

- Nesse momento perdemos o controle de nossas vidas, não podemos permitir que o nosso sonho de sermos mães também seja levado. - Helen segura minha mão. 

- Fico feliz. Muito feliz. Fizeram os exames que pedi?

Dali para frente tudo se resumiu a explicações e orientação sobre o que precisamos fazer de início. A consulta demorou quase uma hora e meia. Sendo o primeiro passo a estimulação ovariana que nada mais é do que o processo feito por meio de medicamentos injetáveis que aumentam as doses do hormônio folículo estimulante (FSH) no organismo da mulher. 

- Vejo vocês no mês que vem. - Charlotte nos cumprimentou na porta. 

- Até. 

- Não acredito que veio aqui e não iria me procurar. - Diana surge reclamando. 

- Sem dúvidas esse seria meu próximo passo. 

- Vou até fingir que acredito. - Me abraçou apertado. 

- Eu também estava com saudades. - Ri. 

- Tempo para um café? 

Olhei para Helen buscando sua aprovação. 

- Claro, ficarei aqui conversando com Charlotte sobre a gravidez. 

- Volto em dez minutos. - Beijei seus lábios e caminhei junto a Diana. Com dois seguranças atrás de nós. 

Escolhemos uma mesa mais reclusa buscando o máximo de privacidade. 

- Não sei se me acostumaria a andar com duas sombras. 

- Geralmente são mais. - Falei mexendo o meu café. 

- Como você está? Nem imagino o medo que você sentiu. 

- Estou melhor. 

- Seus olhos me dizem o contrário. - Eu dou um sorriso sem graça. 

- Não tenho conseguido dormir. Sempre que meu corpo relaxa sou tomada pelas lembranças da nossa casa destruída e sei que eles podem tentar fazer algo de novo. Sinto que minha vida não vai ser mais normal daqui para frente. 

- Vocês vão ficar bem. E agora estão tentando engravidar. Precisam de uma casa. Deveriam morar aqui. 

- Não sei se seria uma boa ideia. - Falo isso observando Mariana do outro lado do salão. 

- Ela ficou preocupada quando soube do que houve. Foi de madrugada lá em casa para saber se eu tinha falado com você. Pode parecer que ela não se liga, mas ela se importa com você. 

- Ela tem meu número poderia ter ligado. 

- Se fosse você ligaria depois de tudo?

- Não. 

O celular de Diana toca. 

- Eu preciso ir. Tenho um paciente. 

- Vai lá doutora. - Ela sorri. 

Diana conseguiu fazer a faculdade de medicina com o apoio de Romero. Hoje atende como clínica geral, mas disse que pretende seguir com especialização assim que o neném tiver idade para ir para a escola. Ela beija o topo da minha cabeça, eu passo as mãos em sua barriga que já mostra certa saliência. 

Paguei a conta e fui para o elevador. Um segurança de cada lado. Alguém gritou para segurar, coloquei a mão impedindo que as portas se fechassem. Mariana apareceu com as bochechas rosadas, acredito que do esforço da corrida. 

- Obrigada. 

- De nada.

Houve um silêncio absurdo. Conseguia escutar as batidas do meu coração ecoando na minha cabeça. Ela estava em minha frente, era possível sentir o calor do seu corpo. Lembrei-me do que Helen disse sobre pedir desculpas, talvez aquela fosse uma boa hora, talvez fosse a minha chance de tentar amenizar a ferida que deixei naquela noite. 

- Me perdoa. - Sussurrei próximo ao seu ouvido. Ela prendeu a respiração tensionando os ombros. - Aquela noite não era eu. Fiquei completamente cega pela raiva. Estava ferida, e sem saber o que fazer com o amor e o ódio que sentia por você. Espero que um dia você possa me perdoar. Mas quero que saiba que eu  me arrependo do que fiz.

Dei um passo para trás. As portas se abriram e eu saí. Busquei os olhos de Mariana, eles derramaram lágrimas silenciosas e doloridas, havia uma sombra daquela noite pairando sobre seus olhos. Ela apenas acenou com a cabeça, secou o rosto com a palma das mãos e olhou para o lado fugindo do meu olhar. 

Já estávamos no carro, queria contar a Helen sobre o que fiz, mas não poderia fazer isso na frente dos seguranças. Esperaria um momento que estivéssemos a sós. O percurso foi feito em silêncio. Helen escolheu o restaurante para almoçar. Puxei a cadeira para que sentasse. 

- Obrigada. - Sorriu agradecendo. - Está tudo bem? 

- Sim. Estou feliz por sair daquele quarto. 

- Sinto muito. Prometo que vou resolver isso.

- Eu sei que vai. - Busco sua mão em cima da mesa. Cruzo nossos dedos. 

- Como foi o café com Diana? 

- Ela ainda insiste para ficarmos em sua casa. Mas expliquei que é arriscado. Apesar de lá ser um condomínio seguro. 

- Você acha que se sentiria melhor? 

- Eu ficaria em qualquer lugar desde que fosse com você. - Ela sorri. - Encontrei Mariana no elevador. 

- E?

- Pensei em você. No que me disse sobre pedir desculpas. Fiz isso. Não foi um diálogo. Mas sinto que me libertei do peso da culpa. 

- Isso é muito bom. Fico feliz por você, sei o quanto isso te perturba todos esses anos. 

- Já pensou em voltar a morar aqui?

- Não sei. Acho que me acostumei a morar perto dos meus pais, apesar de sentir saudades de Diana e Lívia. Elas também são minha família. 

- Você pensa nessa possibilidade? 

- Não. Ainda prefiro nossa vida lá. As quartas do futebol e o jantar com seus pais. 

- Pois é. 

O almoço seguiu tranquilo. Fizemos planos sobre o futuro. E como seria quando tivéssemos filhos. Voltamos para o hotel já era quase noite. Tomamos um banho e iniciamos a primeira injeção do tratamento. 

- Amor, eu preciso aplicar. 

Faz mais ou menos meia hora que Helen chora com medo da agulha. 

- Eu não pensei que fosse precisar de injeções. - Fez careta. 

- Vai ser uma picadinha. Nem vai doer nada. 

- Como pode ter certeza? 

- Amor, você enfrenta criminosos todos os dias e está com medo de uma agulha. - Ela analisa por um segundo o que disse, depois gargalha. 

- Tudo bem. Vai logo. - Fecha os olhos segurando a borda da pia com uma das mãos. Aceitei sua oferta e fiz a aplicação. Ela fez apenas uma careta. 

- Viu. Não doeu. - Beijei seus lábios. - Eu te amo. Vou até te dar um presente por sua bravura. - Ela sorri.

Helen me olhou com os olhos marejados, um sorriso tímido ainda nos lábios. Eu guardei a seringa no estojo e me deitei ao seu lado, nossos corpos colados, como se o mundo lá fora não existisse.

- Você foi muito corajosa. - murmurei, acariciando sua bochecha com a ponta dos dedos.

- Estou com medo, sabia? - Ela disse, quase num sussurro. - Não só das injeções… de tudo. Do que pode dar errado. De não conseguir. De te decepcionar.

- Amor… - beijei sua testa com delicadeza. - A única forma de você me decepcionar é desistindo da gente. E você nunca fez isso. Nem por um segundo. Você enfrenta tudo por nós. É a mulher mais forte que eu conheço.

Ela fechou os olhos, respirou fundo. Senti seu corpo relaxar um pouco.

- Eu sonhei com ela, essa noite. - continuou, com a voz baixa. — Era uma menina. Tinha seus olhos… e o meu gênio difícil. - Sorri, apertando sua mão.

- Então vamos ter muito trabalho pela frente.

- Eu quero esse caos. Quero as noites sem dormir, os choros, os desenhos nas paredes, o cheiro de leite no sofá. Quero construir essa vida com você.

Seus olhos encontraram os meus. Havia uma doçura ali que me desarmou por completo. Ela se aproximou, selou nossos lábios num beijo calmo, cheio de significados. Era como se dissesse “estamos juntas”, “vamos conseguir”, “eu te amo” — tudo ao mesmo tempo, sem precisar de palavras.

Ficamos assim, abraçadas, ouvindo apenas nossas respirações se encontrarem. E por mais que o mundo estivesse em guerra lá fora, naquela noite, no nosso pequeno esconderijo, tudo que existia era amor. Era só a primeira picada. Mas, de algum modo, sentíamos que aquela seria a primeira de muitas dores, e também alegrias, que a maternidade nos traria.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 49 - Capitulo 49- O perdão:
Mmila
Mmila

Em: 16/05/2025

Um sonho ou realidade?

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web