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Corações Entrelaçados por Scrafeno

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Palavras: 1588
Acessos: 577   |  Postado em: 25/04/2025

Capitulo 26

 

O relógio na parede marcava três e quarenta e cinco da tarde. A enfermeira tinha acabado de sair após checar meus sinais vitais e garantir que eu estivesse confortável. Mas o que era conforto diante de tudo que eu sentia agora? Eu não sabia dizer. 

Meu corpo estava presente, mas minha mente vagava. Volta e meia, meus olhos se fixavam na porta, esperando - ou temendo - que ela se abrisse. E, no fundo, eu sabia quem eu queria ver ali, parada na soleira, hesitante antes de entrar. Eu sabia quem deveria estar ali, mas não estava. E o silêncio do corredor parecia um lembrete cruel disso. 

O som de passos se aproximando me trouxe de volta. Meu coração acelerou e minha respiração prendeu no instante em que a porta finalmente se abriu. Mas, em vez do rosto que eu ansiava ou temia encontrar, vi Larissa e Luana. 

- Helena... - A voz de Larissa era suave, cuidadosa. 

Engoli em seco e tentei sorrir, mas o esforço foi em vão. Meus lábios tremularam e tudo que consegui foi um aceno cansado. 

- Como você está? - Luana se aproximou da cama, observando-me com aquele olhar misturado entre preocupação e carinho. 

- Sobrevivendo. - Minha voz soou mais amarga do que eu pretendia. Larissa não reagiu. Apenas puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, como fazia quando queria me ouvir sem julgamentos. 

- Quer conversar sobre o que aconteceu? 

Desviei o olhar para a janela. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados. Parecia irônico que algo tão bonito estivesse acontecendo do lado de fora, enquanto dentro de mim tudo desmoronava. 

- O que tem para falar? - sussurrei. - Eu desmaiei. 

Larissa esperou. Ela sabia que eu não tinha terminado. Sabia que havia mais. E havia. 

- Eu ainda não entendo. - Soltei enfim, sentindo a dor latente se intensificar.  

- Você conversou com ela? Tentou entender o motivo? - Luana perguntou com delicadeza. 

Ri sem humor. 

- Às vezes, as pessoas lidam com a dor de formas diferentes, Helena. - Larissa disse, com aquele tom que era ao mesmo tempo firme e acolhedor. -Mariana está enfrentando algo tão difícil quanto você. Talvez ela não saiba como lidar com isso. 

- Ou talvez ela simplesmente tenha desistido. - Minha voz saiu baixa, quase inaudível. - E, se for isso. 

O silêncio pairou entre nós. Luana suspirou, olhando para mim com um misto de empatia e cautela. 

- Você tem medo do que vem depois, não tem? 

Assenti devagar. 

- Tenho medo de que não haja um depois. - Confessei. - De que isso seja o fim. De que tudo o que construímos tenha se tornado apenas mais uma lembrança. 

Larissa pousou a mão sobre a minha, um gesto pequeno, mas que carregava um peso imenso. 

- Você sobreviveu a muitas coisas, Helena. E, seja qual for o caminho a seguir, você também vai sobreviver a isso. 

Seus olhos estavam cheios de uma certeza que eu ainda não conseguia encontrar dentro de mim. Mas, por ora, apenas o fato de alguém acreditar que eu conseguiria já era um pequeno alívio no meio da tempestade. 

Larissa e Luana se levantaram, mas antes de sair, minha irmã disse suavemente: 

- Se Mariana ainda importa para você, não feche essa porta sem lutar. 

Elas saíram, e eu fiquei ali, encarando o vazio, me perguntando se ainda havia algo a ser dito. Se ainda havia algo a ser salvo.  

Olhei o teto branco em cima de mim e as lembranças me vieram a mente como se eu estivesse revivendo aquilo... 

Dois meses antes de eu dar entrada no hospital 

O restaurante de Mariana estava quase vazio naquela noite, o que não era raro, pois as coisas não estavam indo tão bem. A iluminação suave refletia nas taças de vinho sobre a mesa, criando um brilho avermelhado entre elas. Eu estava sentada de frente para Mariana, os dedos deslizando distraidamente sobre a borda da taça. Havia algo diferente no olhar dela naquela noite, uma inquietação que eu não conseguia decifrar. 

- Você nunca me contou quando foi que... - Mariana hesitou, sua voz soando hesitante. - Quando foi que Victória faleceu? 

Pisquei algumas vezes, surpresa com a pergunta. Era um assunto delicado, mas Mariana nunca havia demonstrado tanto interesse antes. Ainda assim, suspirei e respondi: 

- Vai fazer seis anos agora... 14 de outubro. - Fiz uma pausa, olhando para o líquido escuro dentro da taça. -Foi um acidente de carro. Era para mim estar com ela, mas ela preferiu que eu ficasse em casa, enquanto ia buscar Larissa. 

Mariana segurou a respiração por um instante, como se estivesse juntando peças invisíveis. Seus dedos apertaram com mais força o caule da taça, e seu olhar se desviou, fixando-se na parede como se tentasse organizar os próprios pensamentos. 

- O que foi? - Franzi a testa, inclinando-me ligeiramente para frente. 

- Nada... - Mariana forçou um sorriso, mas ele não alcançou os olhos. - Só... não é uma história bonita.  

Aquela noite terminou de forma estranha. Mariana parecia distante, e eu não sabia o motivo. E então tudo começou a desmoronar.  

Mariana começou a se afastar de mim aos poucos, como quem teme que um dia precise arrancar um curativo sem estar pronta para a dor. Primeiro, foram as mensagens respondidas com menos entusiasmo. Antes, ela sempre me mandava algo doce no meio do dia ou uma foto qualquer do restaurante só para compartilhar um pedaço da rotina comigo. Mas, de repente, as respostas passaram a ser curtas, mecânicas. "Desculpa, estou ocupada" virou seu novo mantra. Depois, os beijos que ficavam pelo meio do caminho, sem o mesmo fervor. Eu me aproximava, e ela hesitava. O toque dos lábios dela no meu começou a parecer fugaz, sem o encaixe perfeito de antes. Como se estivesse se despedindo de mim antes mesmo de dizer as palavras. 

E então as desculpas começaram a aparecer: muito trabalho no restaurante, cansaço, uma necessidade repentina de espaço. 

- Mariana, vem dormir comigo hoje? Faz dias que a gente não passa a noite juntas. - perguntei uma noite, enquanto ela secava as mãos num pano de prato na cozinha do restaurante. 

Ela parou por um instante, como se medisse as palavras antes de soltá-las. 

- Não sei, Helena. Tô exausta. Amanhã tenho que estar aqui cedo... 

- Você sempre tem que estar aqui cedo. - Cruzei os braços, tentando não parecer tão magoada. 

Ela suspirou e me olhou de um jeito que me fez sentir como se eu estivesse exigindo algo impossível. 

- Só me entende, por favor. Eu preciso de um tempo. 

Eu sentia tudo isso, mas tentei não sufocá-la com perguntas. Mas a dúvida corroía, e a sensação de que algo estava errado não me deixava respirar. Ainda assim, uma noite, depois de um encontro em que a tensão era evidente, eu não consegui mais segurar. 

Estávamos no carro, estacionadas na frente do apartamento dela. Mariana mantinha os dedos tamborilando no couro do banco, como se sua mente estivesse em qualquer outro lugar. Eu a observava de perfil, tentando decifrar aquele novo muro que havia se erguido entre nós. 

- O que está acontecendo? - perguntei, minha voz mais firme do que eu imaginava. 

Mariana desviou o olhar, mordendo o lábio. Respirou fundo antes de responder, como se precisasse tomar coragem. 

- Eu... acho que a gente se precipitou, Helena. Tá tudo indo rápido demais, e eu não sei se consigo lidar com isso agora. 

Franzi o cenho, surpresa e confusa. 

- Precipitado? Mariana, a gente se ama. Você me olha como se o mundo fosse acabar amanhã. Como pode dizer isso agora? 

Apertei os punhos no volante, claramente nervosa. Quando a olhei, seus ombros estavam tensos, e ela não conseguia me encarar. 

- Eu só preciso de um tempo, Helena. Eu... acho que preciso de espaço pra entender o que realmente quero. 

Senti um aperto no peito, como se o ar tivesse sido arrancado dos meus pulmões. Aquilo não fazia sentido. Mariana nunca demonstrou dúvidas antes. Algo estava errado. 

- Se você está com medo, tudo bem. Mas não me diz que não sabe o que quer. Porque eu sei. E sei que você também sabe. 

Ela fechou os olhos por um instante, os lábios pressionados numa linha fina. Quando voltou a abri-los, pareciam carregados de uma dor profunda. 

- Eu... me desculpa, Helena. Mas eu não posso mais. É melhor terminarmos por aqui. 

E então saiu do carro, fechando a porta atrás de si com firmeza, sem me dar tempo de reagir. 

Fiquei ali, paralisada, assistindo-a se afastar. A dor foi imediata. 

Voltei para casa naquele dia com um peso que parecia maior que meu próprio corpo. A ausência dela gritava em cada canto do apartamento, como se o silêncio agora tivesse aprendido a falar. Joguei minha bolsa no chão e me encolhi no sofá, abraçando meus próprios joelhos como se pudesse me proteger de tudo o que vinha pela frente. 

E então, vieram os dias vazios. As semanas de espera sem resposta. Os olhares vazios para a tela do celular. As mensagens que eu escrevia e apagava. E o hospital, quando meu corpo finalmente cedeu. Quando a dor, que eu tentava guardar só dentro de mim, transbordou de um jeito que nem eu consegui controlar. 

Agora, deitada nessa cama de lençóis frios, cercada por máquinas e bip-bips, só me restava a memória de tudo que fomos - e o buraco fundo de tudo que poderíamos ter sido.  

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá gente, nosso estoria está chegando ao fim, irei postar todos os capitulos ainda hoje, então fiquem ligadas.

Desde já agradeço pelo caminho que percorremos juntas. <3

 

Um xero oi de vocês. 


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