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O som do silêncio por shoegazer

Ver comentários: 2

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Palavras: 1704
Acessos: 319   |  Postado em: 12/11/2024

Notas iniciais:

 

 

 

Posso ter uma pergunta?

“Então, como ela é?”

Daniele afinava uma corda sem prestar atenção no que Olívia falava. Ela, que estava com os pés apoiados na cama, elevou o dedão até que tocasse o joelho da amiga distraída. Em um sobressalto, Daniele pareceu voltar à órbita. Pediu para que repetisse o que ela havia perguntado.

“Sua colega de trabalho que você estava falando, a Helena. Como ela é?”

Em algum lugar não longe dali, alguém tamborilava os dedos no cimento, arranhando as unhas recém cortadas nele até que soltasse uma pequena camada de poeira, grudando nas pontas. Balançava as pernas esticadas, com as solas dos pés tocando a grama alta. O sol batia em seu corpo. Helena, ainda com a roupa de dormir, encarava o céu azul sem nenhuma nuvem. Seu pensamento estava perdido em outro lugar, o qual nunca compartilhava com ninguém, nem consigo mesmo.

Era aquela coisa sem forma que ninguém era capaz de nomear, só de sentir. Tal qual como um arrepio que sobe às suas costas, ou aquele pressentimento de algo que vai acontecer, mas você não sabe dizer o que é, ou daquele pesadelo que te persegue durante todo o dia, mas não se lembra de nada dele, apenas da sensação.

O telefone piscou ao seu lado. Era Cassandra. Apertou o botão lateral para baixo e ignorou a terceira ligação daquela manhã. Às vezes, olhava para os céus e agradeciam por agora viverem longe, pelo menos fisicamente. Bem, pelo menos aquilo tinha a ajudado a se distrair daquela sensação que se aproximava.

Seu pensamento a levou para outro lugar. Primeiro, se perguntou se já tinha lavado seu uniforme e se os sapatos já estavam limpos. Olhou para trás e confirmou que estava tudo ali. O calor começava a formigar sob sua pele. Levantou-se e saiu em direção a cozinha.

“Ela é legal”, disse Daniele ao tocar uma nota e conferir se estava afinado conforme queria, “na verdade, ela é muito engraçada.”

Olívia perguntou como era engraçada. Daniele riu ao se lembrar dos encontros noturnos que tinham. Reiterou falando que era seu humor ácido e comentários sarcásticos deixavam o contexto engraçado, bem diferente da personalidade séria e de poucas palavras que se tem dela em um primeiro momento. Com isso, como de se esperar, aquela dúvida habitual.

“Como vocês conversam mesmo?”

Era como com qualquer pessoa, com a diferença de que ela tinha que olhar para seus lábios para entender o que estava falando, e que no começo teve dificuldade com isso, mas que agora, era normal. Perguntou o que mais sabia de Helena. Ela tinha ficado assim ou nascido assim? O quanto ela escutava? Ela não podia usar um aparelho ou se comunicar por língua de sinais?

Daniele fechou o cenho, em uma negativa para todas as perguntas, dizendo que não fazia ideia. Foi nesse momento que percebeu que não sabia de nada sobre Helena além do seu parentesco com a amiga de sua mãe e do seu chocolate preferido. Suas conversas eram basicamente sobre coisas do trabalho. Só.

Helena se afastava da geladeira, pegando o último pedaço que restava do chocolate que havia ganho. Um pedaço por dia era o suficiente para ela, e, assim que o colocou entre os dentes e fechou a porta, pegou um pedaço com o polegar e o indicador fechados e deu uma mordida. Daniele havia lembrado seu sabor preferido. Ela também lembrava do dela, mas depois se perguntou do que mais ela gostava.

Quer dizer, só o fato de Daniele ter percebido o quanto era importante que ela pudesse ver seus lábios mostrava o mínimo de empatia. O convite para os lanches também, sem contar a boa conversa, que culminava em uma Daniele rindo dos seus comentários bobos sobre as coisas. Ainda assim, era apenas isso que tinha a oferecer para sua empática companhia noturna? Parecia que estava fazendo um favor em vez de estar sendo gentil.

O que ela gostava de fazer? Tinha irmãos? Qual era seu maior medo? Foram perguntas que ressoaram tanto em sua mente quanto nos lábios de Olívia. Mas, em nenhumas delas, como era de se esperar, havia resposta. Mas, ainda tinham o dia pela frente e mais um pouco para pensarem sobre isso.

Porém, naquela noite, seus planos para isso tinham fugido do que esperava e Helena estava irritada. Cassandra havia tirado a sua paciência em gesticular com tanto ódio em sua direção na chamada, falando que ela tinha que dar satisfação ou qualquer coisa do tipo. Sequer se importou com o que ela tinha a dizer, e para piorar, sua camisa havia manchado por puro descuido e, naquele momento em que se queixava do porquê seu dia ter virado uma grande provação, tentava tirar a metade do lodo e da graxa que estava em seu corpo, sem sucesso.

Teve que tomar um banho e pegar uma camiseta um número maior emprestada, torcendo para que ninguém a visse. Sentia-se desengonçada com o cabelo molhado, a manga da camisa que parecia deixar seu braço menor que o habitual ou até mesmo a sua respiração descompassada. Tudo a incomodava. Sentou-se, respirou fundo e fechou os olhos. Não havia necessidade de se irritar com bobagens, logo pensou. Só precisava respirar um pouco, do modo correto, até deixar aquele sentimento partir.

Olhos fechados, boca entreaberta, puxou o ar e o deixou escapar devagar. Fez isso por muitas vezes até que sentiu algo tocar o topo da sua cabeça. Era a palma da mão de alguém. Quando abriu os olhos e olhou para cima, viu Daniele, que usava o batom vermelho marcado em seus lábios, o uniforme abotoado até o último botão, o cabelo comprido brevemente esvoaçado jogado para trás e, como já esperava, os olhos reluzentes em sua direção, e de sua boca, a pergunta de sempre, seguida do gesto já esperado.

O prato daquele dia era panquecas ao molho branco, opção com carne e outra com brócolis. Cada uma pegou um de cada, acompanhado de uma fatia de pudim de coco e a habitual xícara de café preto. Com uma devidamente sentada em frente à outra, Daniele começou a comer. Não havia jantado. Já Helena deu algumas breves garfadas antes de pressionar os dentes contra o lábio inferior e o arrastar devagar. Por mais que quisesse perguntar para Daniele sobre qualquer coisa que fosse para poder puxar a conversa como sempre o fazia, na sua cabeça só se passava uma coisa.

“Minha irmã me irrita.”

Daniele levantou os olhos. Ótimo, já sabia de uma coisa, que Helena tinha uma irmã e que ela a irritava. Prosseguiu perguntando o que tinha acontecido. Superproteção era o que sempre aconteceu. Não a deixava em paz mesmo de longe. Tornou-se um bate volta.

“Onde ela mora? Lá do outro lado do mundo. O que ela faz? Trabalha em um restaurante em período integral. Mora sozinha? Não, ela é casada com um cara de lá há três anos, mas só foi para lá há pouco tempo. Por que não quis ir? Além de dar intimidade ao casal, queria ficar longe dela, mas não tive muito sucesso. E o pai de vocês?”

Silêncio.

Apontou para os lábios, e perguntou de novo.

Silêncio mais uma vez. Para bom entendedor, meio silêncio bastava.

Não perguntar mais sobre os pais, anotou Daniele dentro de sua mente. Helena voltou a comer, mas não por muito tempo. Terminou de mastigar, colocou o prato de lado e apoiou os cotovelos na mesa, se aproximando.

“Minha vez de te entrevistar”, disse ao voltar a olhar para seus lábios, “está pronta?”

Daniele assentiu que sim. Helena fingiu que pegava uma prancheta, ajeitou a postura e deu uma breve tossida antes de bater no objeto imaginário, como se arrumasse os papéis para a leitura. Justamente o maldito sarcasmo que Daniele havia dito.

“Qual seu nome? O que gosta de fazer? Série preferida? Animais de estimação? Um segredo de infância?”

Daniele riu. Que tipo de perguntas eram aquelas? Falou que só as responderia se a entrevistadora também pudesse responder as mesmas. Era o justo. Helena fez uma careta pensativa, e balançou a cabeça com um sim.

“Daniele Gomes Ribeiro. Toco, componho e canto nas horas vagas. Criminal Minds. Não, nenhum.”

Uma informação daquela tinha chamado mais a atenção de Helena. Pediu para repetir a segunda resposta. Sim, era aquilo mesmo que tinha entendido. Começou a perguntar sobre, mas logo Daniele fez um sinal para que ela parasse e ela respondesse as perguntas como prometido. Helena franziu o cenho e deu um risinho irônico. Levantou as mãos como se rendesse e as apoiou de volta na mesa.

“Helena Alencar de Souza. Os Sopranos. Finjo que a lagartixa do quintal é o meu pet.”

Daniele continuou cerrando os olhos. Disse que tinha uma coisa errada naquelas respostas. Faltava o que ela gostava de fazer e o segredo de infância e, como réplica, disse que ela também não tinha respondido a última pergunta e o que ela gostava de fazer...

“Uma hora você descobre.”

Brincou que ela deveria gostar de esconder corpos por aí igual uma mafiosa, e por isso fazia mistério. Helena só se prestou a dizer que não iria discordar e nem concordar daquilo, passando a mão pela calça.

“É porquê...”

Levantou-se e levou a mão até próximo à orelha de Daniele. Sentiu a ponta deles roçarem pelo seu lóbulo antes de se afastar, a pegando desprevenida. Quando olhou para o lado onde os dedos a tocaram, uma moeda. Colocou a mão na boca completamente surpresa, olhando para uma Helena que ria e guardava a moeda de volta.

“Uma mágica nunca revela seus truques assim.”

Daniele se levantou rindo. Seu sorriso era largo tal qual como de Helena. O riso genuíno de duas pessoas que realmente se divertiam. Paulo, o cozinheiro, olhava de relance para Daniele, que batia com a ponta dos dedos nos lábios para falar que Helena era ridícula enquanto se levantavam da mesa. Como resposta, Helena concordou com um aceno e, assim que chegaram próximo da pia para lavar a louça, respingou a água que jorrava da torneira recém ligada. Daniele retrucou fazendo a mesma coisa, ainda rindo.

Aquele que as observava levantou as sobrancelhas perante a cena, revirou os olhos e, com um breve sorriso, voltou a cortar os legumes dispostos na tábua de vidro.

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Posso ter uma pergunta?:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 13/11/2024

Muito bom, estão conhecendo uma a outra.

Responder

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Raf31a
Raf31a

Em: 13/11/2024

Adorando esse encantamento mútuo entre elas. Parabéns pela originalidade no modo de contar essa história. As vezes sinto falta dos diálogos, mas você consegue nos envolver tão bem com esse enredo que até me esqueço e só fico desejando capítulos mais longos.

Parabéns e CONTINUE. ??

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