Capitulo 23
Stephanie
Estávamos a algum tempo no barco, quando ouvimos disparos vindos da cidade, e apesar da distância podíamos ouvir nitidamente o intenso confronto. Finn assustado entregou armas a mim e minhas irmãs, mantendo-se vigilante no píer.
– Acha que eles tentaram fugir?
Finn não voltou sua atenção para mim, então me aproximei falando mais baixo na tentativa de não assustar ainda mais minhas irmãs.
– Finn?
– Não é isso! São muitos disparos!
– Então o que é?
– Outra coisa!
Voltei meus olhos para o horizonte, na mesma direção onde Finn observava, e algum tempo depois, avistamos um grupo se aproximando rapidamente.
Finn empunhou o fuzil e se adiantou, até perceber que se tratava de Heimdall e uma parte do grupo de homens das ilhas.
– Cadê a Gunnar?
Dei alguns passos na direção de Heimdall, sendo contida pela mão forte do Finn que me apanhou pelo braço.
– Espere! Ela deve estar a caminho! Vamos para o barco, alguma coisa séria deve ter acontecido!
Andei alguns passos pelo píer, sendo puxada por Finn até que Heimdall e os homens finalmente chegaram. Paul e seu filho correram sem cerimônia para dentro do barco, assim como os outros três homens, somente o irmão de Gunnar parou para falar conosco.
– Enok está aqui! Com algumas dezenas de guerreiros! Temos que partir imediatamente!
– E a Gunnar?
Heimdall me encarou com os olhos tristes, antes de falar!
– Ela não vem! Ficou pra trás para que tivéssemos uma chance!
Eu ainda podia ouvir os disparos distantes, isso significava que ela estava em algum lugar lutando por sua vida e pela nossa. Sem pensar em nada, tentei correr na direção dos ruídos, sendo impedida pelos braços fortes de Heimdall.
– Não pode ir Stephanie! Prometi que te protegeria!
– Não podemos deixá-la!
– Não há nada que possamos fazer! Se voltarmos vamos todos morrer!
– Que se foda! Não vou embora sem ela!
Eu me debatia descontroladamente nos braços de Heimdall, enquanto Finn correu para o barco onde Paul tentava dar partida rapidamente.
– Stephanie! Me escute! Precisa pensar nas suas irmãs!
Eu não podia simplesmente escolher entre elas e Gunnar, eu a amava demais pra deixá-la pra trás.
Continuei me debatendo até que não ouvi mais nenhum disparo, temendo que ela estivesse morta.
– GUNNAR?
Eu estava arrasada, meu corpo não respondia mais aos meus comandos, eu não conseguia pensar e nem raciocinar, a única coisa que queria era sair correndo e ir ao seu encontro.
Porém, minha cabeça foi golpeada por trás e eu desmaiei, não vendo e nem ouvindo nada mais por um bom tempo, até finalmente acordar horas depois.
Meus olhos abriram devagar, a claridade me incomodou e imediatamente minha cabeça doeu, estava latejando na altura da nuca onde toquei, certificando-me de que havia um ferimento significativo no local.
Me sentei, pois estava deitada no chão, coberta por um pequeno e fino tecido que me protegia do sol forte, arranquei-o de cima do meu rosto e percebi onde estávamos.
Rapidamente me coloquei em pé, tentando me equilibrar devido ao balanço insistente do barco que navegava rápido demais.
– Gunnar?!
Eu não queria acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, eu estava no meio do oceano a quilômetros de distância de Gunnar, sem saber se ela ainda estava viva ou não. Meu corpo titubeou, minhas pernas fraquejaram e eu caí de joelhos no chão, sendo amparada por Elisabeth que rapidamente se adiantou tentando me ajudar.
– Devagar! Você está tonta devido à pancada!
– Cadê ela?
Meus olhos marejaram imediatamente, eu não queria e não podia aceitar tê-la deixado para trás, eu nunca perdoaria o Heimdall por ter me impedido de tentar.
– Venha aqui! Já estamos quase chegando!
Elisabeth me aninhou em seus braços, me obrigando a me sentar encostada na lateral do barco, acariciando meus cabelos tentando me consolar, o que só aumentava ainda mais o meu pranto e desespero.
Me permiti ficar ali, aninhada nos braços da minha irmã mais nova, deixando rolar todas as lágrimas possíveis, até que não tivesse mais força para chorar. Foi nesse momento que Paul se manifestou, atraindo a atenção de todos, inclusive a minha.
– Lá está! Bem vindos as Bahamas!
Paul tentou um sorriso, mas sabíamos que só havia nós trazido até ali porque os tínhamos forçado a isso. No entanto, meus olhos se perderam no horizonte, onde pudemos ver muito bem toda a extensão da primeira ilha e suas construções sobre ela, parando de pensar em qualquer outra coisa que fosse a não ser, o quanto aquilo era superior a colônia de onde viemos, diferente de tudo que já tínhamos visto.
Bahamas era nada mais que um conglomerado de ilhas, muito bem desenvolvidas e abastecidas, alimentadas por energia elétrica. As ilhas possuíam tudo o que tínhamos em Nascer do Sol e um pouco mais, era quase como se estivéssemos vivendo nos anos 2.000, com energia, combustível, automóveis, tecnologia e muitas variedades de alimentos. Era incrível, era com certeza o lugar mais lindo que tinha visto em toda minha vida, era tudo que tínhamos sonhado e que Gunnar não veria.
Ao chegarmos à praia, fomos escoltados por um grupo de homens armados que se intitulavam guardas das ilhas, eles disseram que precisávamos ver o seu prefeito antes que pudéssemos viver entre eles. Fomos desarmados e levados até uma grande construção, com mais de dez andares um sobre o outro.
Nos primeiros dias nas ilhas, passamos presos em cômodos com grades por todos os lados, sendo vigiados por esses guardas, porém, tínhamos acesso a banheiro, roupas limpas e uma boa alimentação. O tal prefeito que parecia ser o líder daquele lugar, ordenou que nos mantivessem sob vigilância até que decidisse se podíamos ficar e viver entre eles.
Porém, foi Paul que conversou com o tal homem, convencendo-o a dar-nos uma chance e assim, fomos levados até uma ilha vizinha, menor e menos populosa, onde recebemos uma casa para morar e tarefas para cumprir diariamente, pois todos ali contribuíam para a manutenção das ilhas.
Os dias se passaram e cada vez mais me vi desesperada, eu tentei focar nas tarefas e fazer valer a vontade de Gunnar, mas me lembrar dela e saber que nunca mais a veria, me machucava demais e me fazia querer desistir.
Toda a noite eu me sentava na praia sozinha, deixava todas as lágrimas presas nos meus olhos caírem, me deixava sonhar e almejar ver o rosto que eu tanto amava mais uma vez. Algumas noites adormeci na areia da praia, obrigando minhas irmãs a irem ao meu encontro, me levando de volta.
A tristeza tomou conta de mim, eu não conseguia ser feliz e tocar a vida sem Gunnar, não imaginava como poderia viver ali como se ela nunca tivesse existido e feito parte da minha vida, eu tinha perdido demais e não conseguiria continuar sozinha. Meu pai, minha mãe e agora Gunnar, havia um rastro de luto e sofrimento atrás de mim e mesmo com minhas irmãs logo ali, não conseguia simplesmente continuar, por mais que tentasse e me esforçasse.
– Toda noite eu vejo você aqui! Isso me deixa curioso e me faz querer saber quem você deixou do outro lado do oceano!
Um rapaz esbelto e de cabelo negros encaracolados se sentou ao meu lado na areia, ele tinha um sorriso simpático no rosto e um olhar tranquilo.
Tentei ignorá-lo, não respondi de imediato, pois não fazia a menor questão de conhecer pessoas novas e muito menos fazer amizades.
– Eu também perdi alguém! Mas esse lugar encontrou formas de curar o meu corpo e a minha mente! Eu só tive que me permitir!
– Eu não quero me curar!
Eu não queria mesmo, não fazia a menor questão de ficar bem, Elisabeth e Anne tinham alguém em suas vidas que as protegeriam em qualquer situação, não precisavam mais de mim, eu não tinha por quem lutar.
– Eu te entendo! É difícil mesmo! Mas já faz três meses desde que vocês chegaram à ilha, e toda noite desde então, eu vejo você aqui!
– Quatro!
O rapaz me encarou confuso por um momento.
– Quatro meses!
– Sim! Vocês ficaram presos por um tempo! Todos nós ficamos!
Me levantei decidida a voltar para casa, antes que Elisabeth ou Anne viessem me buscar.
– Espera! Eu não sei seu nome!
Ignorei-o, eu não me importava em ser educada naquele momento, me dirigi pela areia de volta para a casa onde estávamos vivendo, sob o olhar atento do jovem rapaz.
Ao adentrar no sobrado, minhas irmãs e os rapazes estavam reunidos na sala.
– Estávamos te esperando! O jantar está pronto!
Elisabeth se levantou andando na minha direção.
– Estou sem fome! Vou me deitar!
Sem prolongar a conversa, me encaminhei pelo pequeno corredor, indo até as escadas que levavam ao quarto superior, onde eu estava dormindo desde que nos estabelecemos naquela ilha.
Ouvi passos atrás de mim e acreditei que se tratava de Elisabeth, ela demonstrava toda sua preocupação comigo diariamente e sabia que minhas atitudes a preocupavam e magoavam, mas eu não conseguia evitar.
Adentrei no quarto e logo batidas na porta anunciaram a chegada de Heimdall, encarei-o por alguns segundos antes de permitir sua entrada, eu ainda estava com raiva dele, por ter me impedido de voltar para Gunnar, justo ele que sempre foi o seu preferido.
– Eu não estou a fim de conversar!
– Sei disso! Mas eu não posso te ver definhando e não fazer nada!
– Você fez Heimdall! Você me impediu de lutar por ela!
– Você sabe que morreria!
– É! E por um bom motivo!
Heimdall se calou, andou até a cama onde eu estava sentada, se colocando ao meu lado, me irritando, obrigando-me a me afastar e ir até a janela, encarando a bela paisagem lá fora, onde ainda consegui ver o rapaz sentado na areia onde estava há pouco.
– A Gunnar morreria por você cedo ou tarde Stephanie! Fosse lá ou aqui! Nosso pai nunca desistiria de encontrá-la, isso o traria até aqui e sabe Deus o que ele faria com esse povo e com o restante de nós!
– Eu não ligo pra esse povo!
– Mas liga para as suas irmãs! E ela sabia disso! Enok nos deu uma chance de escapar com vida, caso Gunnar se entregasse e foi exatamente isso que ela fez!
– E você deixou ela se sacrificar pra te salvar? Que grande homem você é!
Heimdall baixou os olhos magoado e era exatamente isso que eu queria, machucá-lo tanto quanto eu estava naquele momento.
– Eu morreria por ela sem pensar duas vezes! Mas eu amo a sua irmã e morreria por ela também! Gunnar não me deu escolha, não me permitiu escolher entre ela ou Anne!
Me calei, eu não tinha pensado naquilo, se ele tivesse ficado pra ajudar a irmã, hoje eu não seria a única naquele estado desolador.
– Ela me fez prometer que protegeria você! Para que sua morte não fosse em vão! E eu sei que ela está festejando em Valhalla, por que você está viva e segura!
Meus olhos marejaram, eu não queria estar segura e nem viva sem ela, não fazia sentido continuar sem a única coisa boa que aconteceu na minha vida nos últimos anos.
Heimdall se levantou e andou na minha direção, depositando uma de suas mãos nas minhas costas fazendo um leve carinho.
– Saber que eu a deixei pra trás dói mais do que você possa imaginar! Mas olhar pra você é um lembrete diário de que eu cumpri minha promessa e ela pode morrer como a guerreira honrada que sempre foi!
Eu queria gritar, espernear e esmurrar o peito do garoto ao meu lado, mas sabia o quanto Gunnar o amava e ela com certeza não o mandou fugir apenas para me salvar, mas também para salvá-lo, pois ela o amava demais e eu estava sendo egoísta.
Encarei seu rosto e senti meu peito comprimir, essa era a primeira vez que o tinha visto chorar e sabia bem o quanto aquilo era difícil pra eles.
Engoli a vontade de gritar e me permiti ser abraçada pelo meu cunhado, entregando-me a vontade absurda de chorar. Eu sabia que a culpa não era dele e não podia castigá-lo por isso.
Alguns minutos depois, me rendi ao convite de Heimdall e me juntei ao restante do grupo para o jantar, não consegui me alimentar o suficiente, mas por hora era melhor que nada, já que há meses não me alimentava direito.
Os dias que se seguiram foram melhores que os anteriores, eu e minhas irmãs éramos responsáveis por ajudar a cuidar dos pequenos animais daquela parte da ilha, assim como das plantações de verduras e hortaliças, nada muito difícil, mas que ocupava a mente.
Me permiti viver cada dia de uma vez, me dei a chance de me reaproximar da minhas irmãs e meus cunhados e conhecer novas pessoas.
Agora as noites não eram mais solitárias na praia, a maior parte delas estávamos todos juntos, bebíamos, cantávamos e honrávamos a memória de Gunnar e de todos que tínhamos perdido em Nascer do Sol.
Aos poucos nosso pequeno grupo foi aumentando, os moradores das ilhas estavam encantados com a cultura dos nórdicos, suas canções entoadas em norueguês eram aclamadas, quando percebemos éramos um grande grupo na praia, todas as noites.
O rapaz de cabelos encaracolados voltou a se aproximar, confesso que com o passar dos dias ele havia se tornado uma ótima companhia, era divertido, inteligente, me fazia rir e esquecer momentaneamente dos problemas.
– É sério! Eu disse pra ele que não estava pronto pra ter um novo relacionamento! Daí ele não falou mais comigo!
John era um ótimo rapaz, estava no auge dos seus 25 anos, havia perdido o namorado antes de chegar às Bahamas e aquilo o tinha abalado muito, porém com o tempo se permitiu superar e continuar, não estava pronto pra amar alguém novamente, mas já se arriscava a ter alguns pequenos encontros com alguns moradores das ilhas.
– Ele está apaixonado por você!
– E eu não sei? Só que eu não posso retribuir, por isso deixei que se afastasse!
John estava varrendo o galinheiro enquanto eu apanhava os ovos dos ninhos, já tínhamos tratado os animais e agora era a hora da limpeza. Ele não havia sido designado para aquela tarefa, mas como era ótimo no trato dos bichos e estava sendo treinado para ser um médico de animais, que chamávamos de veterinário, permitiram que ajudasse em qualquer área que fosse do seu agrado.
– Bom! Eu acho que você tem que deixar claro pra eles já no primeiro encontro que não está disponível! Não se vê muitos homens como você por aí! Então eles vão querer se envolver logo de cara.
– Eu tenho vergonha moça! Imagina o clima que vai ficar? Não dá não! Deixo pra falar depois que acontecer tudo que tiver que acontecer!
– Então eles têm razão de ficar chateados! Você dá esperanças!
– Não é bem isso que eu dou!
Arregalei os olhos e me coloquei a rir, não estava acostumada com aquele tipo de conversa, de onde vim tínhamos um pouco de decoro, esse tipo de assunto ainda era tabu, mas aqui parecia muito mais normal. Eu poderia viver bem com Gunnar nesse lugar.
Meu riso cessou no momento que me recordei dela, não queria quebrar o clima da conversa animada que estava tendo com Jhon, sobre suas aventuras amorosas. Então, engoli o gosto amargo que ficou na minha boca e insisti, tentando aparentar normalidade.
– Mudando de assunto agora, Steph! Preciso que faça um favor pra mim essa noite!
– Não! Eu não faço esse tipo de favor!
Jhon riu com vontade, assim como eu. Naquele momento já tínhamos concluído nossa tarefa no galinheiro e nos encaminhávamos para o galpão, onde guardávamos as ferramentas e depois entregamos os ovos ao responsável pelo armazém.
– Eu to com alguns potros doentes, tenho que fazer medicação de seis em seis horas para não perdê-los. Preciso que me ajude, estou de plantão essa noite!
– É claro! Mas o que eu tenho que fazer?
– Só precisa me ajudar a segurá-los! É difícil administrar a medicação com eles se debatendo!
– Claro! Te ajudo sim!
– Perfeito! Durante o dia eu tenho um auxiliar, mas a noite não, então eu vou precisar de você as 20h00min e as 02h00min! Mas é coisa rápida, nada que vá atrapalhar sua noite de sono!
– Sem problemas! Eu não durmo muito a um bom tempo!
– Certo! Vou pra casa almoçar! À tarde tenho outros afazeres e não vamos nos ver! Te encontro as 20h00min no estábulo?
– Claro! Te encontro lá!
John depositou um beijo na minha testa e saiu saltitante na direção oposta que a minha, estava feliz por ter alguém que não fosse minha família para conversar, no início tive medo dele querer alguma coisa comigo, mas ao descobrir que ele gostava de homens facilitou muito a nossa amizade, se é que podia chamar disso.
No fim da tarde depois de cumprir minhas obrigações com a ilha, voltei pra casa onde estávamos alojados e fui direto para o banho, jogando-me na cama logo em seguida.
Eu estava cansada, mas era uma sensação ótima, manter o corpo e a mente ocupada me deixava com menos tempo para pensar no passado e sofrer.
Eu tentava evitar pensar nos meus pais e principalmente em Gunnar, evitava tocar no nome dela, John não sabia muito sobre a nossa história, pois ainda era algo muito delicado pra mim.
Me mantive deitada na cama encarando o teto até a hora de ir encontrar com John no estábulo, deixei meus pensamentos vagarem em lembranças que só eu possuía e algumas lágrimas teimosas rolaram pelo meu rosto.
Estávamos a sete meses nas ilhas e meu peito ainda doía como no primeiro dia. Com o passar dos dias aprendi a não demonstrar meus sentimentos, deixava pra desabar ali, entre aquelas quatro paredes que não tinham olhos e nem ouvidos, que não se culpavam e nem tentavam me fazer superar.
Encontrei com minhas irmãs e meus cunhados assim que deixei o quarto, os quatro estavam reunidos na sala como de costume.
– Vai à praia?
Balancei a cabeça em negação, antes de verbalizar a resposta para a pergunta de Anne.
– Não! John me pediu para ajudá-lo com os potros.
– Se ele não gostasse de homens eu suspeitaria dessa amizade!
Dei um meio sorriso para a minha irmã caçula, sem querer entrar naquele assunto, pois era a segunda vez que ficava viúva e sabia que não conseguiria superar, aquilo outra vez, principalmente porque com Gunnar tudo tinha sido muito mais intenso. Eu nunca deixaria de amá-la.
Fim do capítulo
Boa noite e bom feriado a todas.
Beijos
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Mmila
Em: 29/03/2024
Nossa, que situação desesperançosa.
Minha esperança é que Enok realmente não seja como a família e que em um momento próximo tenha uma reviravolta é que ele é Gunnar façam uma revolução.
Resposta do autor:
Talvez sim, talvez não. vamos ver!
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