AS CINCO BADALADAS
Maama voltou a dormir um pouco melhor, apesar das crises de ansiedade e das dores que a martirizam não terem cessado. Cansamos de vagar por vários profissionais de saúde e paramos com um elenco mais ou menos fixo: um médico para ozonioterapia, uma fisioterapeuta para RPG, um fisioterapeuta para massagem e uma psicóloga, todos uma vez por semana, além da neurologista e da clínica médica uma vez por mês. Rute se alternava comigo levando maama para estes atendimentos. Em casa, ela ainda fazia a fisioterapia remota duas vezes por semana.
Com tudo isso meu dinheiro andava bem contado. Eu havia doado boa parte de minhas roupas antes da pandemia e me planejei para comprar outras novas, porém até hoje nunca pude fazer isso. As poucas roupas que tenho estão quase ganhando vida própria, dada a frequência de uso.
A única vantagem de ser síndica é que a pessoa recebe uma espécie de pró-labore, o qual estou usando para pagar pelos serviços de Rute, o que me aliviou um pouco. Porém a carga de responsabilidades que ganhei em adição é infernal, além de ter que aturar os rompantes da vizinhança. Mas sigo firme no meu objetivo de colocar ordem na casa e concluir a CPI que propus.
Em meio a tudo isso, Bianca e eu temos feito nossos esforços conjuntos para superar o que precisa ser deixado para trás.
--Não existe outro lugar nesse mundo em que eu me sinta tão acolhida quanto nos seus braços... – a advogada declarou com os olhos fechados – Antes de você, eu desconhecia essa sensação... – sorriu
Surpreendeu-se com o que ouviu. – Não sabe o quanto amo ter você assim! – beijou a cabeça da amante – Parece que o mundo para...
As duas mulheres estavam nuas, deitadas na cama da advogada, com Camilla de barriga para cima e a namorada deitada de lado e aconchegada em seus braços.
--Adorei que Rute pode passar essa noite em sua casa. – levantou a cabeça para olhar para a outra – Tava com tantas saudades... – beijou-a
--Também estava. – beijou-a lentamente – Sabe, minha linda, -- acariciou o rosto da namorada -- estive pensando... a gente teve um começo de relação que foi maravilhoso. – beijou-a novamente – Precisamos recuperar o que perdemos no meio do caminho.
Deu um suspiro profundo. – Eu sei... – começou a brincar com o cordão da professora – Acho que... tudo começou a se perder quando fosse praquele maldito congresso na puta que pariu do gelo.
Riu gostosamente. – Ai, ai, me perdoa... – riu brevemente – É que não aguentei ouvir isso. – gastou uns segundos calada – Mas vamos lá, agora sério de novo. – acariciou novamente o rosto da amada – Por que? O que você sentiu naquela época? – aguardava uma resposta sincera – Queria muito entender...
Bianca desvencilhou-se da outra para se sentar. Passou a mão nos cabelos e respondeu de costas para a amada: -- Porque esquecesse de tudo que planejasse comigo com muita facilidade só por causa de um congresso. – pausou brevemente – Aí eu achei que devia ter alguma rapariguinha no meio!
--Esqueci do que planejei? – sentou-se também – Mas...? – lembranças adormecidas visitaram seus pensamentos
“--Então vamos fazer assim: -- Camilla mostrava um mapa na tela do notebook para a namorada – vamos pousar em Roma, pegar um voo regional pra Salerno e de lá vamos de carro até a Costa Amalfitana. – mostrava o caminho – E lá, -- olhou para Bianca – a gente comemora seu aniversário de um jeito de todo especial... – sorriu
--Hum... – sorriu também – Não vejo a hora, amore! – segurou o rosto da outra com as duas mãos e a beijou”
--Não foi a primeira vez que fui esquecida no aniversário. Meus pais e minha irmã cansaram de fazer isso... – Bianca falava com um pouco de mágoa – Mas foi uma decepção muito grande que até você tenha feito... Justo você... – continuava de costas para a morena
Camilla sentiu-se envergonhada e abaixou a cabeça brevemente. – Até hoje nós nunca tínhamos conversado sobre isso civilizadamente... e em todo esse tempo ficou na minha cabeça apenas a coisa de você achar que havia outra mulher no meio... – passou a mão nos cabelos – O que aconteceu foi que o Departamento não tinha verba pra bancar minha ida naquele congresso, então eu esqueci dele. – dizia a verdade – Só que acabei sendo convidada como palestrante chave e sem esperar por isso... a própria coordenação do evento se dispôs a bancar minha ida com hotel e passagens aéreas. – pausou brevemente – Quando te chamei pra ir comigo, você não quis. Disse que não poderia...
--Claro, né, habibem? – respondeu de imediato – Esquecesse do que planejou comigo e queria que eu ficasse feliz com um convite pra ir com você num congresso na puta que pariu? – virou-se de frente para a outra – Foi óbvio pra mim que esquecesse que seria bem no meu aniversário! Foi óbvio que esquecesse de tudo... até agora! – abaixou a cabeça
Novamente se envergonhou. – Eu fui uma idiota, é verdade! – reconheceu – Às vezes eu... – gastou uns segundos calada – Às vezes eu fico tão feliz quando sou vista, quando me sinto valorizada, que passo por cima de muita coisa sem perceber... – admitiu – Eu apaguei por completo de minha cabeça o que planejei pro seu aniversário não por causa de uma mulher, mas por causa de meus próprios complexos e talvez vaidades... – segurou uma das mãos da namorada – Foi um erro grave de minha parte, não te culpo pela reação. – olhava nos olhos – Mas te peço perdão e te peço pra deixar isso passar! – pediu com humildade – Eu nunca mais farei algo assim! – prometeu com intensidade – Tem minha palavra sob Deus e o nome de meus ancestrais!
--Own, amore! – aproximou-se para abraçá-la com força – Perdoo sim! – envolveu o pescoço da morena com os braços e a cintura com as pernas – Eu quero esquecer de todas as vezes em que me senti deixada de lado por você! – fechou os olhos
--Reza comigo, linda! – abraçou-a pela cintura igualmente com força – Vamos pedir a Deus pra nos ajudar a recomeçar! Sob todos os aspectos! – acariciava as costas da namorada – Que a gente esqueça de todas as vezes em que nos fizemos mal!
--Vamos! – concordou – Vamos!
***
--Mas eu tô muito feliz de receber essa visita, não sabe? – Suhaila comentava sorridente – A comadre fica aqui pelo tempo que quiser!
--Também tô encantada de conhecer a senhora. – Rute complementou – Não sou de trabalhar aqui em dia de sábado, mas fiz questão de vir pra ver quem era a famosa madrinha de Camilla!
--Eu agradeço muito a acolhida, comadre, -- Leyna respondeu satisfeita -- e também gostei de te conhecer, mulher. – olhou para Rute – Só não queria dar mais trabalho! Camilla não saiu da cozinha desde que cheguei.
--Pra mim é um prazer, dinda! – a professora respondeu em voz mais alta para ser ouvida – Além do mais Rute me deu uma boa ajuda antes da senhora chegar! – despejava leite de coco na panela -- Fiquem conversando aí que daqui a pouco o rango sai! Segurem os respectivos buchinhos porque vai valer a pena! – brincou
--Camilla é menina prendada, adoro as comida que ela faz, não sabe? – Leyna comentou com as outras duas – Também gosto muito das comida da comadre!
--Ah... nunca mais que pude cozinhar... Gostava tanto... – Suhaila afirmou nostálgica -- E nunca mais que pude fazer um bocado de coisa... – balançou a cabeça para espanar as ideias tristes – Mas enfim, ói, -- ajeitou-se no sofá – teu filho bem que podia ter ficado aqui mode almoçar, descansar o corpo e depois tomar as estrada de novo. Que sangria desatada foi aquela? – queria entender
--O moço é tímido, né? – Rute comentou – Mal entrou aqui, saiu. Nem pude cumprimentar direito! – olhava para Leyna
--Humpf! – fez um bico – Lutfi não é tímido, é besta! – afirmou com ênfase – Aproveitei que ele me disse que o sogro mandou viajar a serviço pra Caruaru e falei assim: “Ah, é? Então você trate de espichar essa viagem e passe aqui pra me buscar! Me deixe no Recife mode eu ver minha comadre e afilhada e de lá você volta pra Caruaru”. – contava a história – Ele reclamou que o sogro não ia gostar da demora e eu ainda respondi: “Oxe! E foi no ventre de quem que tu se criasse? Foi nos peito de quem que tu mamasse? Até onde eu saiba tua mãe sou eu e teu pai se chama Abdul, então se seu Raimundo não gostar que rasgue o rab*, bicho!” – gesticulava
--Dinda... – Camilla ouvia tudo da cozinha e achava graça – Igualzinho a maama... – continuava cozinhando
--Aí ele me trouxe, mas não quis nem pousar um pouquinho aqui pra não desagradar o sogro, não sabe? – Leyna continuava contando – Saiu do Crato às 3h da manhã, dirigiu por quase 10h mode chegar no Recife e só fez ir no banheiro pra chispar de volta pra Caruaru. – olhava para as outras mulheres – Mas quando eu for mimbora vou de ônibus, não tem precisão de carona mais não.
--Lutfi e esse sogro... O que tanto tem pra resolver num dia de sábado? – Suhaila balançou a cabeça contrariada – Rute, ajeita o choquinho aqui nas minhas costa, por favor? – pediu agoniada – Aumenta, aumenta!
--Instante. – levantou-se e fez o que a paciente pediu – Pronto. – olhou para ela – Tá melhor?
--Agora tá. Agradecida. – olhou novamente para a comadre – Eu boto esse choquinho nas costa mode aguentar as dor, não sabe? – ajeitou-se no sofá – É uma pena que Lutfi não quis ficar aqui mais nós... mas a comadre fica, então, tô satisfeita! – sorriu
--Ah, e eu fico mesmo! Vou atrás de peitica de filho, não. – abriu a bolsa – Ói, teus neto te mandaram cartinha e desenho, comadre. – pegou os papéis e entregou – Só Paulinho que disse que ia mandar o dele pelo zap porque não quis saber de se misturar nas arte das criança. – achou graça – Tá rapaz, coisa de jovem.
--Rute, pegue meu celular, faz favor? – Suhaila pediu – Enquanto isso vou ver essas cartinha. – começou a folhear – Espia que bonitinho! – exclamou toda prosa
“Bom que as crianças tenham feito isso.” – Camilla pensava enquanto terminava de cozinhar – “Maama se sente mais valorizada.”
--É bom que os neto da senhora sejam tão carinhoso. – Rute comentou pensativa ao entregar o celular para a outra – Deve de ser bom saber o que é isso...
--E tu não sabe por que não quer! – a paciente respondeu de pronto
--Tem neto, Rute? – Leyna perguntou curiosa – Eu tenho um, mas já é um homem feito.
--Tenho uma neta... – respondeu entristecida – Mas tenho contato com ela não... minha filha é invertida e eu não quis saber.
--Oxe, e que diacho é isso de invertida? – Leyna queria saber
Camilla se preparava para servir o almoço mas decidiu ficar quieta ouvindo. Desejava saber a opinião da madrinha a respeito de pessoas homossexuais.
--Minha filha é sapatona, a verdade é essa! – foi logo dizendo – Teve uma menina, mas o negócio dela é namoração com mulher! – esclareceu – Aí eu botei pra correr de casa e não tenho contato! – pausou brevemente – E é por isso que não convivo mais neta!
--Oxe, mulher, mas não pode isso não! – Leyna afirmou de pronto – Eu não vou dizer que aprovo, que acho bonito essa situação, mas filho não se pode renegar! – concluiu – Se tua filha é assim, tu tem que entregar nas mãos de Deus e aceitar. Mas renegar, não, desconjuro! – ralhou
--Eu também acho! – Suhaila respondeu enquanto lia as cartinhas – Já falei pra ela!
“Aí, dinda!” – a professora sorriu satisfeita – “Gostei de ouvir!”
***
--Esse processo pra conseguir uma bolsa de doutorado é uma demora da porr*! – Suellen reclamava com uma aluna do Departamento – A gente começa a concorrer agora, pra saber se ganhou só em final de julho, começar no doutorado em agosto e receber pagamento só em setembro! Que merd*! – fez cara feia
--Mas o calendário acadêmico é esse, fazer o que? – a jovem respondeu tranquilamente
As duas mulheres estavam no banheiro sem saber que Camilla ouvia tudo dentro de uma cabine. “Vou nem dar descarga agora só pra ouvir o que Suellen vai falar!” – a professora pensou aguardando
--Ah, eu sei, mas essa professora Camilla também é muito da descansada! – Suellen continuava reclamando – Nem pra dar um bizu, eu hein! Agora fico eu aqui com o maior tempo sem mais de útil pra fazer!
Achou graça. – Você não tá concorrendo sozinha não, mulher! – respondeu seriamente ao se encaminhar até a porta – E a professora sempre foi muito séria e justa, você nem ouse falar mal dela perto de mim! Se a bolsa tiver que ser sua, ela vai, mas não conte com favorecimento. – abriu a porta – Se aviei! Tchau!
--Humpf! – Suellen fez um bico – Tchau. – respondeu de má vontade
--Pelo que vejo, -- Camilla começou a falar ao abrir a porta da cabine – você esqueceu do seu processo de mestrado. – percebeu que a outra congelou ao vê-la – A sistemática era exatamente a mesma. – aproximou-se para lavar as mãos na pia – E é assim em todo lugar. Será que suas andanças pelo mundo te deram um esquecimento seletivo? – olhava para a outra através do espelho
--Ah... – não sabia o que dizer
--Pensei que seu tempo já estaria tomado com a revisão bibliográfica sobre a pele eletrônica multissensorial, como se dispôs a adiantar. – pegou papel para secar as mãos – Concluiu e precisa de outra tarefa? – perguntou irônica
--Tô fazendo. – tentava disfarçar o constrangimento – Mas aí é só eu e o computador, o que é muito chato. – olhou diretamente para a professora – Os pesquisadores chineses não querem saber de conversar comigo antes que eu seja uma aluna de doutorado oficialmente falando.
--E eu disse que seria assim, mas você não acreditou. – virou-se de frente para a outra e cruzou os braços – Ou quis fazer uma queda de braço comigo, como parece que tem sido o caso desde que voltou pra cá.
--E devo ter te assustado, haja visto que Bianca nunca mais me respondeu mensagens e nem se comunicou. – sorriu – Ficou com medo, foi? – provocou
--Oh, você nem imagina o quanto! – ironizou – Mas, voltando ao assunto profissional, já que entendi que anda entediada, tenho uma tarefa pra você. – continuava olhando nos olhos – Eu costumo a levar os alunos de graduação e da pós pra apresentar projetos de robótica educacional pra crianças do ensino fundamental ou jovens do ensino médio, especialmente das escolas mais carentes. Tem uma escola estadual no bairro de Casa Amarela que eu gostaria de visitar, mas a comunicação tem sido difícil e tudo que me falta é tempo pra resolver esse problema. – pausou brevemente – Gostaria que você viabilizasse a visita e, inclusive, propusesse uma programação. A ideia é estarmos lá depois das férias de julho.
Estranhou o pedido. – E por que quer que eu faça isso? Cadê teus alunos da pós?
Riu brevemente. – Bem, eu pensei que você andava querendo trabalhar, mas pelo que vejo o objetivo era somente me intrigar com uma de minhas alunas. – preparou-se para sair – Já que é uma tarefa demasiado desafiadora pra você, pode deixar que peço a outra pessoa. – deu tchauzinho – Inté! – caminhou até a porta
--Oxe, mas é claro que não é demais pra mim! – afirmou desaforada – Consigo isso aí em dois tempos! – caminhou para perto da professora e olhou para ela – Estaremos lá logo nos primeiros dias de aula do mês de agosto ou eu não me chamo Suellen Costa Braga! – garantiu
--Boa menina, é assim que se fala. – piscou para a outra e partiu – “Pessoas orgulhosas mordem uma isca tão facilmente...” – Camilla pensou satisfeita enquanto caminhava para uma sala de aula
***
--E aí agora Barbara cismou porque cismou que vai morar no Canadá com o traste! – Bianca falava revoltada – Olhe, que a pessoa tem que pagar uma taxa carérrima pra poder viver lá por dois anos e se não arrumar emprego estável pode tentar por mais dois anos. Se ainda assim não conseguir, é simbora pra casa! – balançou a cabeça contrariada – Ela tá se mobilizando pra vender o apartamento que comprou outro dia, vender o carro, vender as joias que herdou da vovó pra poder pagar a taxa pra ela e pro traste. E ele mesmo vai entrar com nem um tostão – gesticulava -- Aí veio me pedir as minhas joias pra poder vender também, espia pra isso? – olhava para as outras mulheres – Claro que eu recusei, falei um monte e agora ela tá de birra comigo de novo! – pausou brevemente – O pessoal lá no escritório tá louco, porque ela vai fazer falta e não tem muita gente boa e de confiança no mercado! – cruzou as pernas – Chefia já falou que não bastasse o risco de me perder pra OIT ainda tem essa de Barbara se mandando pro Canadá a troco de nada!
--Oxe! – Suhaila estranhou – E por que isso de ir pra esses canto longe? Tem alguma proposta de trabalho pra ela por lá? – queria entender
--Tem nada! Ela vai chegar lá e ainda ficar batendo cabeça com outros imigrantes do mundo inteiro! – respondeu de pronto – Perdoe falar assim, dona Suhaila, mas o motivo é fogo no rab* e falta do que fazer mesmo! – fazia cara feia
--Será que não é ideia do namorado dela, minha linda? – Camilla perguntou – Você não disse que ele ficou irado com a derrota da ultra direita nas eleições presidenciais do ano passado? – ponderou – Pode ser isso aí, mesmo que o governo do Canadá não seja de ultra direita.
--Bem capaz, de nada duvido... – considerou – Mas sabem? Com tudo isso fiquei pensando na Elzira. – gesticulava – Ela tem formação, um monte de cursos, é trabalhadeira, estudiosa, apenas nunca encontrou uma oportunidade. Será que ela não se interessaria? – arriscou – Enquanto Barbara ainda tá por aqui, ela podia fazer um estágio no escritório e, conforme fosse, ficava no lugar de minha irmã ao final, que acham? – sorriu – Acreditam que até sonhei que uma senhora que eu não conheço vinha me dar essa ideia?
--Eu acho que seria uma beleza, visse? – Suhaila sorriu animada – Fico muito triste de ver minha sobrinha, menina estudada, boazinha, trabalhadeira, sempre labutando em emprego que paga mal e explora até o sabugo! – gesticulou
--Também adorei essa ideia! – Camilla se empolgou – Mas, olha, que tal fazermos assim: vamos pra Triunfo nas férias de julho e lá nos três conversamos com ela e fazemos a proposta? – sorriu
--Nós três? – Bianca se surpreendeu – Tô incluída nessa? – continuava sorrindo
--Você disse que ia pedir suas férias pra coincidir mais ou menos com as minhas... – a morena falou – Que tal? – insistiu – Aceite, vá? – fez cara de cão pidão
--Ai, eu tô adorando essa ideia, mas vocês vão dizer que eu sou o que? – queria saber – A gente não é assumida e a família de vocês, a cidade... – pensou em como falar – É tudo tradicional, né? – comentou sem graça
--Você é amiga de minha filha e ai de quem venha assuntar mais! – Suhaila afirmou de pronto – Se alguém vier se meter vai se ver comigo! – deu um soco na mão – Ai! – gem*u
--Own, maama, que fofinha! – beijou o rosto dela – Depois dessa tem como dizer não, amor? – olhou para a advogada
--Jamais! – Bianca respondeu animada
***
Eram duas da manhã e maama acabava de finalmente pegar no sono. Eu havia ficado desperta por causa da crise de ansiedade que ela teve antes desse momento e resolvi dar uma olhada em tudo que juntamos para a CPI do prédio. Peguei o celular, acessei minha Play List e liguei no modo aleatório para ouvir as músicas no fone enquanto lia o material.
“Eu vou arrumar isso tudo de um jeito bem didático e marcar uma reunião pra depois de minhas férias!” – planejei mentalmente – “Falar com Bianca pra me ajudar na parte jurídica e vamos pegar dona Sibele de jeito!” -- sorri
Não sei por quanto tempo me detive neste trabalho mas em algum momento a música me invadiu e me senti bem longe dali.
“Eu sei que é junho,
O doido e gris seteiro,
Com seu capuz escuro e bolorento,
As setas que passaram com o vento,
Zunindo pela noite no terreiro...”
“Essa música...” – caminhava pelo quintal de uma casa que não me era estranha. O vento frio parecia capaz de me invadir a alma
“Eu sei que é junho...”
“Tá tão frio aqui!” – continuava pensando – “Tô em Triunfo?” – não entendia – “Parece até a casa de tia...”
--AHAHAHAH!!! – um choro de mulher se fazia ouvir – AHAHAH, meu Deus, meu Deus!!
“Eu sei que é junho,
O doido e gris seteiro,
Com seu capuz escuro e bolorento,
As setas que passaram com o vento,
Zunindo pela noite no telheiro...”
Corri na direção da voz, que vinha de dentro da casa. – Tia Elissa?? – paralisei ao vê-la
“Eu sei que é junho, esse relógio lento,
Esse punhal de lesma, esse ponteiro,
Esse morcego em volta do candeeiro,
E o chumbo de um velho pensamento...”
--Não deixe, Camilla! – tia Elissa estava ajoelhada no chão com o rosto banhado em lágrimas – Não deixe! – apontou para o relógio de madeira pendurado na parede
“Eu sei que é junho, o barro dessas horas,
O berro desses céus, ai, de anti-auroras,
E essas cisternas, sombra, cinza, sul...”
Olhei para o relógio. “Cinco horas.” – pensei -- Não deixar o que, tia? – tentei me aproximar, porém não conseguia
BLEM, BLEM, BLEM, BLEM, BLEM... – as cinco badaladas ressonavam no ambiente
“E esses aquários fundos, cristalinos,
Onde vão se afogar mudos meninos,
Entre peixinhos de geleia azul...”
BLEM, BLEM, BLEM, BLEM, BLEM…
--Não deixe... – ela repetia chorando com pesar – Não deixe...
BLEM, BLEM, BLEM, BLEM, BLEM…
“Eu sei que é junho...”
Junho. Intérprete: Alce Valença. Compositores: Alceu Valença / Geraldo Valença. In: Sete Desejos. EMI / Odeon, 1991. 1 Disco vinil, lado A, faixa 5 (3min11).
BLEM, BLEM, BLEM, BLEM, BLEM…
--Tia? – tudo escurecia lentamente – Tia Elissa? – continuava chamando em vão – Tia Elissa?? – as badaladas eram ensurdecedoras e abafavam o som de minha voz
– O que?? - -levantei-me da mesa rapidamente ao despertar – Meu Deus! – olhei para todos os lados e em seguida para o relógio – Mas já são 4h30 da manhã!! – constatei em choque – Ligar pra Elzira! – peguei o celular e tentei contato sem sucesso – Nem chama! E agora, meu Deus, quem que eu poderia...? Zyah! – lembrei – Ele sempre foi madrugador. – busquei o número de meu irmão e telefonei – Atende, homem, pelo amor de Deus! – falava sozinha
--Mana? Bom dia! – atendeu surpreendido – Aconteceu alguma coisa com mãínha? – perguntou aflito – Não me diga que...
--Não, meu irmão, nada de mal com maama, fique tranquilo! – fui logo dizendo – Não me faça muitas perguntas, mas preciso de um imenso favor seu! – andava de um lado a outro da sala – Vai na casa de prima Elzira agora!
--Oxe? – estranhou o pedido – Você quer que eu vá lá a essa hora? Mas por que, mana?
--Zyah, depois eu te explico, mas é urgente! Por favor, tem que ser agora! – insisti – Chegue lá antes das cinco, pelo amor de Deus! – falei com ênfase
--Tá bom. – continuava estranhando – Vou avisar minha mulher, pego a moto e num instante tô lá, num sabe? Daqui a pouco também tenho que ir trabalhar.
--Obrigado! E tão logo tenha notícias ligue pra me avisar, por favor. – pedi angustiada
--Camilla! – maama chamou – Quero ir no banheiro, menina!
--Maama tá me chamando, vou lá. Inté. – despedi-me
--Também tô indo. Inté! – despediu-se da mesma forma e desligou o telefone
--Pronto, maama, tô aqui. – corri até o quarto dela e a levantei da cama – Vamos no banheiro. – beijei-lhe a cabeça
--Você falava com quem? – perguntou estranhando – Ou era sonho, nem sei. – seguiam juntas para o banheiro – Sonhei com minha falecida irmã chorando, uma embolação danada. Acordei até com um troço ruim no peito, não sabe? – comentou
Gelei ao ouvir, mas não queria deixá-la preocupada e por isso menti. – Eu não falava com ninguém, deve ter sido no seu sonho. – entramos no banheiro e a sentei no sanitário – Depois eu ligo pra Elzira. O aniversário dela tá chegando, né? – tentava disfarçar – Tia Elissa deve ter saudades.
--Depois eu vou fazer umas reza pra ela também. – balançou a cabeça – Minha irmã não deve ter paz com essa vida difícil que Elzira vive há tantos anos.
--É, maama... – respondi pensativa – Ela não deve ter mesmo... E as maamas sempre têm cuidado nos filhos... – passei a mão nos cabelos – “O que será que tá acontecendo com Elzira, meu Deus?” – pensei buscando disfarçar a angústia
***
Cheguei na faculdade para trabalhar sem qualquer notícia de Zyah, que também não atendia mais o telefone. Faltavam 15 minutos para minha primeira aula do dia começar e eu andava de um lado a outro de minha sala sem saber o que fazer. Não me aguentava mais de aflição quando um número conhecido me liga. Atendi de imediato. -- Alô, dinda. A benção! – pedi – Está tudo bem por aí? – perguntei desconfiada
--A bênção minha filha. – respondeu sem muita alegria – Camilla, quando você e a comadre chegam aqui mesmo pras tuas férias?
--Meados de julho, por quê? – continuava desconfiada – Dinda, aconteceu alguma coisa? – insisti mal controlando o nervosismo
--Acho que vocês vão ter que antecipar a viagem, não sabe? – pausou brevemente – Elzira tentou se matar hoje pela manhã e tá internada no Ambulatório de Emergência da cidade. Zyah e Yurem foram pra lá mais ela, eu soube agora e tô indo também.
Paralisei sem saber o que dizer.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Cristina
Em: 20/02/2024
Olá Sol!
Como vocês estão? Espero que todos bem!
Meu carnaval foi muito bom. A família toda foi para Peixoto e nos divertimos muito. Não vimos carnaval!
Ando sumida mesmo! Não ando entendendo meu tempo. Hoje que moro só meu tempo ficou reduzido. Chega a noite e já estou cansada.Preciso urgentemente me organizar melhor!
Mas, menina o que aconteceu com Elzira?
Bjos.
Solitudine
Em: 20/02/2024
Autora da história
Olá querida!!!
Estamos na luta de cada dia. E vamos vivendo.
Que maravilha que seu carnaval foi bom. O nosso também foi revigorante, embora maama tenha sofrido durante as noites.
Sua dinâmica mudou e você ainda não conseguiu se encaixar nela. Talvez seja isso que te faz se sentir mais sem tempo, não sei. Eu sinto o meu cada vez mais curto... rs
O que aconteceu com Elzira? Venha ler para descobrir, visse? Tem mais três capítulos aqui esperando por você!
Beijos,
Sol
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Ontracksea
Em: 11/02/2024
O comentário de baixo é meu e saiu antes do tempo.
Esse final de capítulo foi chocante!
Solitudine
Em: 17/02/2024
Autora da história
Sim, foi. Esse tipo de sonho é chocante mesmo.
Beijos,
Sol
PS: sabia que era você no anterior
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Sem cadastro
Em: 11/02/2024
Jasin Solitudine diz do que você dá aula e onde que eu quero assistir!
Você jantou a Suellen em dois capítulos seguidos! Jajajaja
Solitudine
Em: 17/02/2024
Autora da história
kkkkkkkkk
Suellen merecia o que Camilla fez, não? rs
Beijos,
Sol
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EsqueletoGato&Guerreiro
Em: 06/02/2024
Pergunta que não quer calar: vai ter porradaria na CPI???
Solitudine
Em: 09/02/2024
Autora da história
kkkkkkkkkkkkkkkkk Mas criatura, você só quer ver pancadaria?
Paz e Amor, bicho! rs
Beijos,
Sol
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EsqueletoGato&Guerreiro
Em: 06/02/2024
Puta merda mais um rojão pra Camilla segurar! Pega o irmão e a cunhada folgados e coloca pra ralar! Sabem tirar dinheiro da mulher? Tem que chegar junto nessa hora!
Solitudine
Em: 09/02/2024
Autora da história
Olá querido!
Pois é, essa é a hora de Xarid e Aline Maria fazerem alguma coisa por alguém que muito fez por eles.
Continue aqui e veja no que deu! rs
Beijos,
Sol
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Sey Ed
Em: 06/02/2024
Porra Caipi! Tu posta no domingo e termina cheia de mistério em cima da mais misteriosa dessa história! Quem tem mais mistério que essa Elzira? Só tu! Hehe
Não demora porque a torcida do Grêmio e a do Inter querem saber no que vai dar isso aí. E nós é pior que Pombinha quando tá de cara! Hehe
Solitudine
Em: 09/02/2024
Autora da história
kkkkkkkkkkkkk Isso tudo foi para agitar o domingo de uma trabalhadora desse Brasil Varonil! kk
Eu tenho mais mistérios que Elzira?? kkkk Vamos ver.
Acalma as torcidas gaúchas, mulher! Hoje teve capítulo novo! Vai lá viu, fi?
Beijos,
Sol
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Gold
Em: 06/02/2024
Cami tua vida é pros fortes!!! Volta logo Sol! Quero saber o que se deu da Elzira
Solitudine
Em: 09/02/2024
Autora da história
E não é? Emoções fortes o tempo todo! rs
Hoje vamos começar a saber mais sobre Elzira. Continue aqui! rs
Beijos,
Sol
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jake
Em: 06/02/2024
Elvira não faz isso não. Volta aqui Sol. Parabéns está entre as 5 mais lidas aqui do Lettera. Você merece...
Solitudine
Em: 09/02/2024
Autora da história
Olá querida!
Na hora que eu ia te responder maama precisou de minha ajuda. Agora já a levei para dormir e voltei aqui para respondê-las.
Você já viu que tem capítulo novo? Por que será que Elzira fez o que fez? Camilla também não sabe ainda. Vamos descobrir juntas?
Outra moça que comentou em CONVIDE me disse isso de 5 mais lidas. Onde vocês viram isso? Na página do Lettera nas redes sociais?
Agradeço pelo seu carinho de sempre! E já te respondi lá em A Autora!
Obrigada!!!
Beijos,
Sol
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Pitching
Em: 05/02/2024
Pqp por essa eu não esperava!!!!
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!
Garanto que a família também não!
Agora vamos ver o que virá!
Beijos,
Sol
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Diderot Dalambert
Em: 05/02/2024
Que final de acelerar o coração junto com relógio! Volta logo pra dizer pra gente no que deu tudo isso!! Faz igual o Zyah que pegou a moto e voou!
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
kkkkkkkkk Não vim de moto mas aqui estou eu! rs
Menina, hoje tem capítulo novo. Vejamos o que você achar.
Beijos e volte sempre!
Sol
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mtereza
Em: 05/02/2024
Eita que continuam os perrengues na vida da Camila a coitada não tem um minuto de paz rsrsr espero que prima Eliza se recupere . Bjs Sol
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!!!
A vida de Camilla é agitada com toda certeza! Para o bem e para mal.
Vamos ver no que tudo isso vai dar!
Volte sempre para prosear comigo viu, fi? Beijos,
Sol
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HelOliveira
Em: 05/02/2024
Mais um probleminha para Camilla.....
Volte logo
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida,
Sim, Camilla tem que ser forte porque as crises vêm em pacotes. Como na vida. Confiança sempre que nada disso durará para sempre.
Voltei hoje!!! Agora que te ver aqui de novo! rs
Beijos,
Sol
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Yoko tsuko
Em: 05/02/2024
Sensei!!!
Mais um capítulo maravilhoso e que desde o título me deixou achando que tinha um suspense no ar. Elzira tem sido um mistério mas algo me diz que vamos descobrir o que é. Reparei que Xarid justo o compadre explorador, não apareceu na hora do sufoco. Que Elzira veja isso e mude!
Volte logo! Não deixe a gente nessa dúvida cruel! rs
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!!!
Que bom que você continua atenta e interessada. Hoje tem capítulo novo com importantes revelações. Vejamos o que você vai achar.
Beijos,
Sol
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Migas
Em: 05/02/2024
Ai que tenso!!! Fiquei com o blem do relógio na cabeça! Volts logo logo que ansiedade vai deixar a gente louca!
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
kkkk Olá querida!
Fica louca não! Fica curiosa! Hoje teve capítulo novo! Espero você aqui!
Beijos,
Sol
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Lando
Em: 05/02/2024
Mais uma bananosa pra Camilla resolver. Vai lá que nós TMJ. A prima vai sair dessa!
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querido!
Que bom estamos sempre juntos! Continue aqui. Camilla e eu agradecemos!
Beijos,
Sol
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Joab
Em: 05/02/2024
Dear
Joab
Em: 05/02/2024
Dear Lesbodiva,
There were FIVE trials until I could comment. Disgusting Lettera! Insisti só porque eu queria que você soubesse que eu tinha certeza que Elzira ia fazer o que fez. Os ingredientes dela tavam ruins e desse jeito não temos um bom drink pra beber mas um veneno. A poison.
Joab
Em: 05/02/2024
Quero ver agora os assholes dos compadres.
BBS
Joab
Em: 05/02/2024
Jô Abreu{}
Joab
Em: 05/02/2024
Continuo odiando esse site
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!!
Fico feliz que tenha vindo!
Eu não sei o que acontece na sua conta que te impede de comentar como gostaria. Você deveria falar com a Cristiane.
Claro que o Lettera tem seus problemas. Eu mesma estou pelejando incluir o e-mail da autora na minha conta e não consigo. Ainda não recebi ajuda neste sentido. Mas o Lettera é um projeto bacana, massa, gratuito. Temos que ter gratidão pelo espaço, pelo intercâmbio e por tudo.
Não suma! Vamos ver se você conseguirá prever porque Elzira literalmente bebeu esse veneno.
Beijos,
Sol
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Irina
Em: 05/02/2024
Kotinha!
Estiver a amar o capítulo onde tudo parecia estar a se acertar quando o sonho envolveu-me de tal modo que as badaladas estiveram a encontrar eco em meu coração!
Deixaste-nos ansiosas por novidades! Por favor estimada Kotinha, volte logo!
Com estima,
Irina
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!
O capítulo foi como os reveses da vida. Vamos ver o que vai ser agora.
Objetivo cumprido: queria deixá-las curiosas querendo notícias!
Hoje tem capítulo novo. Encontro você lá. rs
Beijos,
Sol
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NovaAqui
Em: 05/02/2024
Elzira não deve estar aguentando o rumo que q vida dela tomou
Tomara que ela fique bem e aceite o emprego
Que barra
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida,
Sim, as coisas não saíram do jeito que ela queria, sonhava... Que coisas? Vejamos. Continue aqui, viu, fi? rs
Beijos e obrigada por tudo!
Sol
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BjFrogg
Em: 04/02/2024
Saindo da moita de novo pra dizer que me vi dentro do sonho e tô aqui mega curiosa pra entender o mistério por trás da Elzira. Adoro esse conto e super torço por Suhaila pra curar e Cami&Bianca pra ficar juntas em paz
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!
Saia mais dessa moita para vir prosear comigo! rs
Vamos ver o que virá pela frente. Para todas estas mulheres. Continue aqui!
Beijos,
Sol
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Alexape
Em: 04/02/2024
Esse final deu arrepios mas Camillinha vem cá que Alexape cuida e leva pra visitar a prima no hospital. Faz até a oração pros enfermos!
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
kkkkkkkkkkkkkk Faz até oração pros enfermos é ótimo! kkk
Você é um amorzinho. Camilla manda beijos.
Beijos,
Sol
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Young
Em: 04/02/2024
Olá Solzinha!
Lendo o começo da história deu pra ter uma ideia mais concreta do peso que é o dia a dia da Camilla e da mãe. Igual aquele capítulo da Páscoa que ela fazia comida, cuidava da mãe passando mal e dava aula. Que barra pesada!
Deu também pra ter uma esperança que Camilla e Bianca tem jeito. Elas vem se acertando mais e mais. Até Suellen que chegou pra sacanear foi enquadrada e tá sendo levada pela lábia da Camilla.
Gosto da madrinha. Ela chegou e marca uma presença boa. Acho que vai ser mais uma a fazee Rute acordar pra vida.
Elzira me intrigada cada vez mais. Não sei se ela tentou se matar porque tava afogada em dívida ou porque tem algo mais aí que você mostrou nas entrelinhas e a gente ainda não sacou. Você faz muito assim na sutileza e eu adoro. Essas cinco badaladas me deixaram vibrando de curiosidade!
Volta logo!!!!
Youmg Cy
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida,
Sim, é pesado, está pesado, mas a gente suporta e sabe que vai passar. Na vida real e na ficção, sendo que nesta última eu controlo tudo! kkk
Acho que tudo tem jeito, mas depende sempre do tempo das pessoas. O que não se acerta nessa vida, se acertará no futuro distante. Mas a gente deveria sempre não deixar para depois.
Suellen se acha esperta. Deixemos que se iluda. rs
A madrinha voltou no momento certo. Presença e ajuda importantes nesta hora, mais que tudo.
Bem, vamos ver se o mistério de Elzira vai te surpreender ou não.
Beijos,
Sol
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Samirao
Em: 04/02/2024
Amore esse final foi pra deixar na gente aquele gostinho de quero mais. Eu fico só aqui lembrando e pensando.... vc escreve muito bem é incrível e essa mescla que tem feito da ficção com tudo que houve tá foda demais! Vc é a TOP1 sempre!!! Bjusss
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá queridíssima!
Obrigada pelo seu carinho e incentivo de sempre! Devo muito a você por ter vindo para cá e continuado com esses proseados. Eu sei que você mobiliza um exército samiresco para me dar visibilidade, já conversamos sobre isso, mas embora não concorde, agradeço muitíssimo pela intenção que te move. Não por isso, mas por tudo, sentirei saudades!
Beijos,
Sol
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Mille
Em: 04/02/2024
Oi Sol
Vieste cedinho.
A vida não brinca e quando pensamos que vai se ajeitar acontece isso. Elzira deve esta com sérios problemas e tenho impressão que seja dívidas para os compadres fanfarroes e exploradores.
Espero que aceite a trabalhar com a Bianca.
Bjus e até o próximo capítulo
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!
Sim, por causa do carnaval. Vou passar tempo na roça aí não posso deixar vocês zangadas comigo. Acho que nesse site já tem muita gente com birra da caipira para eu dar rata de alimentar essa lista! rs
Elzira chegou no limite que entendeu para si. Vamos gradualmente descobrir por que.
Obrigada por sempre vir prosear comigo!
Beijos,
Sol
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Marta Andrade dos Santos
Em: 04/02/2024
Misericórdia é complicado.
Solitudine
Em: 08/02/2024
Autora da história
Olá querida!
É a vida...
Beijos,
Sol
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Solitudine Em: 25/07/2024 Autora da história
Olá querida,
Então continue aqui! rs
Beijos,
Sol