NAS MÃOS DE DEUS
Dona Sibele tentou registrar um boletim de ocorrência referente ao arrombamento do almoxarifado e roubo dos enfeites de natal mas não conseguiu. No entanto, por muito ter infernizado a vida do proprietário do apartamento em que Pombinha vivia, o homem acabou ressarcindo o prejuízo do condomínio. Quanto à Pombinha, ela realmente sumiu sem deixar vestígios, tendo se desfeito até do número de celular que usava. Tenho certeza de que ela se tornou um capítulo encerrado em nossas vidas. Desejo que algum dia ela se encontre e deixe de ser tão trapalhona.
O convívio com dona Rute apresentou alguns problemas iniciais, porque ela não é uma pessoa muito caprichosa e deixava as coisas meio sujas dentro de casa para eu limpar depois. Após algumas conversas mais tensas tudo foi se resolvendo e considero que neste mês de março conseguiremos ficar totalmente “alinhadas”.
Maama ainda não se recuperou da recaída e o tal fisioterapeuta novo tem se mostrado um homem muito arrogante que não se conforma com o fato dela não melhorar, como se isso fosse uma falta de vontade dela. Não sei até quando vamos continuar com o tratamento dele, mas por mim já o haveria dispensado. Porém, deixo que maama decida.
Bianca permanece presente em nossa casa mesmo após a partida de Pombinha, mas vez por outra mostra um certo inconformismo com a realidade. Elzira me dava um pouquinho mais de liberdade porque ela morava conosco, mas dona Rute tem hora para ir, então estou com horários ainda mais restritos.
--Ai, habibem, vai lá pra casa comigo... – pediu melosa – Eu tô com tanta saudade de você... – beijou-a – Tô doida pra te fazer uma massagem deliciosa que aprendi na internet! – sorriu insinuante – Tenho certeza que cê vai ficar novinha em folha! – mordeu-lhe a orelha
--Não dá, minha linda, já te disse isso. – beijou-a – E a gente nem deveria ainda estar aqui até agora! – olhou para fora do carro
Bianca e Camilla estavam no carro da advogada, estacionado próximo ao Departamento onde a professora trabalhava.
--Que a gente tá no lugar errado eu sei! – brincou – O certo é lá em casa e na minha cama! – beijou-a mais uma vez
--Quisera fosse possível! – desvencilhou-se com jeito – Mas como te disse várias vezes, Elzira morava lá em casa conosco e dona Rute tem hora pra ir. – pausou brevemente – Não existe mais trabalho escravo, ela tem que poder voltar pra casa no horário que combinei com ela quando a contratei e eu já tô atrasada. – olhou rapidamente para o relógio – O que dá pra fazer é você me seguir no seu carro e ficar com a gente lá em casa inocentemente! – piscou para a outra
--Ai, meu Deus, fazer o que? – suspirou decepcionada – Vai pro seu carro e eu vou atrás, professora Camilla. – deu-lhe um empurrãozinho de leve
Gastou uns segundos calada antes de falar mais uma vez: -- Linda, eu entendo que com a vida que tenho não sou a melhor opção de namorada pra ninguém. Aliás, cada vez menos me torno uma opção... – reconheceu – Já percebi que não é a primeira vez que você fica chateada com minhas impossibilidades de aceitar seus convites, então acho que você deveria pensar melhor se quer realmente passar por isso. – olhava para a advogada – E você não precisa passar por isso!
--Eu quero! – respondeu de pronto – Amore, eu não sou o tipo de mulher que tá junto só quando tudo vai bem e nem o nosso relacionamento se desmoronará por falta de intimidade! – olhava nos olhos – Estamos juntas há muito tempo e se nosso caso fosse apenas físico ou sexual já teríamos nos desgarrado há séculos! – falava com sinceridade – Eu quero ficar com você mesmo que a vida não esteja do jeito que eu gostaria. Pode acreditar! – sorriu – “Tu te tornas responsável por aquilo que cativas”, habibem! – citou Saint-Exupéry
Camilla segurou o rosto da mulher com as duas mãos e a beijou ternamente.
***
Camilla arrumava a cozinha enquanto Rute voltava com Suhaila do banheiro. Podia ouvir as duas conversando.
--A senhora tem que agradecer a Deus todo dia pela graça de ter uma filha como Camilla! – a cuidadora dizia – Boa filha, moça honesta, professora, trabalhadeira e temente a Deus! – considerou – Não é qualquer mãe que tem quem lhe cuide com o carinho que ela tem. Já vi cada coisa que se lhe contasse a senhora ia cair pra trás! – destacou – E sua filha além de tudo é boa patroa! Outra coisa difícil de se ver nos dias de hoje! Eu me considero uma sortuda!
--Eu sei do valor de minha menina e agradeço a Deus todo dia por isso! – concordou – Tenho outros três filhos, que eu também amo porque sou mãe, mas nenhum me liga e nunca foram como Camilla é. Se não fosse por ela, nem sei o que seria de mim! – destacou – Eles só me quer pra pedir o que tem precisão, não sabe?
“Pobre maama!” – a professora pensou – “Deve ser muito triste pra ela perceber essa atitude de meus irmãos, sempre tão interesseiros e oportunistas!”
--Né fácil, não! – Rute respondeu pensativa
–E você não tem filho, Rute? – queria saber
--Tive uma única filha, mas... tive que tirar ela de minha vida, sabe como? – respondeu com mágoa – Não dava mais pra conviver depois de tudo que ela fez!
--Lamento por isso. – Suhaila respondeu entristecida – Que um dia Deus dê juízo pra ela e vocês voltem a se entender! – desejou
--Eu peço a Ele todo dia pra fazer ela tomar juízo, mas não sei... essa gente virada...
--Como assim, gente virada? – não entendeu
Camilla desconfiou que Rute fosse homofóbica e ficou prestando atenção.
--Eu vou ser sincera com a senhora, dona Suhaila, apesar de morrer de vergonha. – pausou brevemente – Minha filha é uma tremenda sapatona que vive com outra perdida que nem ela!
--Oxe! – surpreendeu-se com o que ouviu – E só porque ela é assim você tirou a moça de sua vida? – não concordava – Não pode isso, mulher!
--Dona Suhaila, por favor! – argumentava – Deus condena essas depravações e eu não queria uma aberração dessas na minha casa! – explicou-se – Então botei ela pra correr de lá e daí Rebeca, ao invés de tomar jeito, foi é juntar os trapinhos com a safada que desencaminhou ela!
--Ave Maria, mulher! Você não pode ser tão dura desse jeito! – Suhaila repreendeu – A gente tem que amar nossos filhos mesmo assim e se Deus condena é Ele quem vai dar punição, não é nós! – considerou
--Ah, dona Suhaila, comigo essa gente não se cria! – retrucou – Tenho nojo desse povo LGBseilá e deles quero total distância!
“Se ela soubesse que acabou de elogiar uma LGBseilá...” – Camilla pensou enquanto terminava seus serviços
***
--Eu não sei, Simone, não sei explicar. Na hora que ouvi dona Rute falando aquilo, eu não me abalei e acho que pra não me magoar, maama nem comentou nada comigo. Acho que ela pensa que não ouvi. – olhava para a psicóloga – Mas depois me veio uma sensação de rejeição tão grande, sabe? – admitiu – Agora não consigo mais olhar pra dona Rute da mesma forma. Continuo tratando ela bem e com respeito, mas sinto como se ela tivesse me feito algo que me magoou muito. – pausou brevemente – E ficou aquele sentimento forte de rejeição...
--Ela de fato não teve a intenção de lhe magoar por não saber de você, mas com aquela fala preconceituosa negou o direito de ser de todas as pessoas LGBT. – considerou – É natural que isso te incomode! Ela trabalha cuidando de sua mãe e na sua casa, sendo remunerada por você. – destacou – Fica uma situação estranha mesmo! – analisava a situação – Como você pretende lidar com isso? – provocou
--Eu não quero e nem preciso dar satisfações de minha vida pessoal pra ela, tampouco maama fará isso. – gesticulou brevemente – Então vamos continuar como estamos e não pretendo me aproximar demais, entende? – passou a mão nos cabelos – Se acontecer do assunto surgir comigo, eu vou cortar dizendo que não concordo com homofobia e que não quero saber desse tipo de conversa lá em casa. Não é o meu jeito padrão de agir, mas será simples assim! -- decidiu
--Talvez seja mesmo a melhor a saída. – ponderou – Mas, Camilla... eu gostaria de fazer um exercício com você, se me permite. – examinava a outra – Gostaria de entender o seu conceito de rejeição, até porque é o sentimento que mais lhe apavora. – pausou brevemente – Mas não quero uma explicação do que a palavra significa porque isso o dicionário me diz. Gostaria que você me explicasse rejeição com base em cada situação marcante de sua vida na qual esse sentimento aconteceu dentro de você. Desde a infância até hoje. – olhava profundamente para a professora – Será que poderia?
--Não sei, mas podemos tentar... – respondeu pensativa
--Então me conte a primeira vez em que se lembra desse sentimento ter maltratado você. – pediu – E siga daí por diante.
--O que eu posso dizer? – pensava no passado – No Jardim de Infância, onde a ajudante da professora me discriminava e não me deixava dançar com as outras crianças? – lembrava – Ou dos meus parentes que não me deixavam assistir desenho animado na TV deles, lá na fazenda? Da professora da segunda-série que me usava como bode expiatório pra mostrar a autoridade dela diante da turma? Ou da outra professora do primário que me discriminava e assim foi até quase o final da quarta-série? – pausou brevemente – De minhas amigas Maria e Aline, de quem eu tanto gostava, e deixaram de se dar comigo por medo que eu fosse sapatão? – suspirou – Se eu citar cada vez que me senti rejeitada porque alguém se incomodava pelo fato de meu pai não ter me registrado ou por alguém se desfazer de mim dizendo que eu era sapatão, essa consulta não terá fim em menos de um mês. – deu um sorriso triste
--E tudo isso que me contou foi na infância, não foi? – perguntou com brandura
--Foi. – respondeu simplesmente
--Quem eram as pessoas mais importantes de sua vida na infância, Camilla? – olhava atentamente para a paciente
--Maama, gidda, giddu, tia Jandira... – cruzou as pernas – Meu padrasto só ficou importante pra mim mais tarde, no final da adolescência e início da vida adulta. Da mesma forma minha madrinha. – pausou brevemente – Meus irmãos nunca foram.
Pensava no que ouviu. – E alguma dessas pessoas já lhe fez se sentir rejeitada? – perguntou com jeito – Inclua seu padrasto e a madrinha nessa resposta, por favor.
--Todos eles... – respondeu em voz mais baixa – Menos meu padrasto.
--E o que eles fizeram? Você me diria?
Gastou uns segundos calada antes de responder. – Gidda e Giddu, assim como tia Jandira, eram libaneses, pessoas criadas sob outra cultura e em outros tempos... às vezes eu os achava duros demais e me parecia que me rejeitavam um pouco. Talvez pela condição de maama com meu pai... – abaixou a cabeça brevemente – Mas depois foi muito nítido que aprenderam a me amar! – mirou um ponto no infinito – Porém eles também não aprovavam pessoas como eu, homossexuais... – derramou uma lágrima – Creio que hoje em dia, que são todos desencarnados e devem saber de mim, não me amem da mesma maneira... – controlou-se para não chorar – Certamente, se eles soubessem a verdade sobre mim eu lhes seria motivo de vergonha... – abaixou a cabeça – Xajlaan... – repetiu a palavra em árabe
Simone nada respondeu.
--Minha madrinha também era estranha comigo. Ela parecia preferir a prima Elzira, que nem é afilhada dela... – passou a mão nos cabelos – Depois também aprendeu a gostar de mim com o tempo. – respirou fundo – E maama... quando eu me assumi pra ela... – lembrava – No primeiro momento a reação foi tranquila, mas depois ficou tudo muito ruim... – derramou outra lágrima – Ela de repente parecia que não me amava mais, que não me aceitava e naquela época pensei em me matar... mas como sou kardecista não o fiz... – confessou – Depois maama pareceu ter se rendido aos fatos, se conformou que eu não sou como gostaria e... tudo voltou ao normal.
--E seus irmãos? – a psicóloga queria entender – Por que eles nunca foram importantes como deveriam ter sido pra você?
--Porque eles tinham um mundo onde eu nunca pude entrar. – respondeu de imediato – Só quando precisavam de alguma coisa, claro. – riu brevemente – Mas quando eu percebi isso, decidi que EU não queria entrar! – olhava para a mulher – Embora goste muito de meus sobrinhos!
--E eles, seus sobrinhos? Acha que te rejeitam? – queria saber
--Não. – respondeu de pronto – Eles não.
--E... como você acha que todas estas pessoas que me citou gostariam que você fosse? – debruçou-se sobre a mesa – Se eles algum dia te rejeitaram é porque você não atendeu a algum padrão pré-estabelecido. Qual seria esse padrão?
--Ah... – gesticulou brevemente – Ser filha de um casal casado e uma menina menos “moleque”, -- fez aspas com os dedos – mais feminina segundo o estereótipo de feminilidade que as pessoas entendem.
--Como Bianca, por exemplo? – especulou
--Por exemplo... – concordou – Mas não necessariamente. – ponderou -- Ela também é lésbica e não vai casar na igreja e dar netos aos pais dela, assim como eu também não vou. – pausou brevemente -- Aliás, sabia que pra eu estar aqui com você ela ficou lá em casa com maama? – mudou de assunto – Veja como progredimos! – sorriu
Balançou a cabeça concordando. – E Bianca? Será que ela nunca foi rejeitada por ser lésbica? – questionou
--Não que eu saiba. – pensava sobre o caso – Realmente, não que eu saiba... – pausou brevemente – Os pais dela nunca foram do tipo de dar muita atenção pra filho, mas isso vale pras duas e Barbara é hetero. Eles são daqueles casais que acham que porque bancam financeiramente tá tudo resolvido, sabe?
--E será que essa não seria uma das razões dela ser tão carente e insegura? – reparava na paciente – E aí você se sente responsável por suprir essa carência dela e lhe dar segurança? – provocou
--Pode ser também, mas não é Bianca quem me traz sentimentos de culpa! – respondeu um pouco na defensiva
--Mas eu não falei em culpa... ainda. – destacou – Estávamos fazendo um exercício sobre rejeição.
--Ai, Simone... – fez um careta divertida – Não me faça lembrar das rejeições de adolescência, em que minha turma de escola técnica me humilhava de segunda a sexta por eu ser uma caipira ou de meu insucesso na vida amorosa... – postou as mãos em súplica – Eu não quero reviver isso!
--E no mundo virtual? – queria saber – Você se sente rejeitada ou já se sentiu assim alguma vez?
--Claro que sim... – admitiu -- Toda vez que alguma pessoa que costumava a comentar desaparece... – pausou brevemente – Tudo bem, infantilidade minha, mas é a verdade... só que eu tento não pensar nisso e de certa forma acho que Bianca também acaba contribuindo pra espantar as garotas! – riu um pouco
--E você, Camilla? – estudava o rosto da outra – Será que na verdade não é você a pessoa a se rejeitar mais que qualquer um que já tenha cruzado seu caminho? – provocou – Talvez você veja nas atitudes dos outros algum reflexo de sua atitude consigo mesma.
Ficou pensando no que ouviu. – Pode ser... pode ser... Mas eu sei muito bem o que vivi e senti pra saber que não criei nada! Foi real!
--Eu não quis dizer o contrário. – defendeu-se de imediato – Mas acho que vale a pena você refletir se acima de qualquer outra pessoa, não seria você a sua maior algoz.
Camilla nada respondeu.
***
--Mas dona Suhaila, a senhora tem que ter vontade de ficar boa! Assim não dá! – o fisioterapeuta reclamou com a paciente – Até hoje reclamando de dor?
--Ora, mas eu tenho vontade de ficar boa, sim senhor! – reclamou – Você acha que eu gosto de sofrer que nem uma égua maninha, menino? Sê besta! – fez cara feia – Já vai pra três anos que minha vida tá de cabeça pra baixo! Quem gostaria disso?
--E eu acho que o senhor deveria ter mais respeito e preparo pra lidar com as pessoas! Especialmente com as idosas! – Camilla não aguentou e se meteu na conversa – Essa sua cobrança sem sentido só serve pra fazer maama se sentir pior! – falava com seriedade
--Senhora Camilla, sei que a senhora também é doutora, mas na sua área e não na minha! – respondeu sarcástico
--E não preciso ser doutora na sua área pra ver o quanto o senhor é despreparado pra fazer o trabalho que se propõe! – devolveu de imediato – Vamos embora, maama! – olhou para a outra – Já não aguento mais isso de ouvir uma pessoa lhe culpar pelo próprio sofrimento pra disfarçar a incompetência técnica que tem!
--E vamo mesmo! – concordou
--A senhora não fala assim comigo, dona Camilla! – exaltou-se – Veja lá como fala ou eu...
--Vai fazer o que, me bater? – interrompeu a fala do outro – Aproveita e liga pro seu advogado porque a minha tá lá fora na sala de espera e a gente já começa resolvendo o problema como tem que ser! – parou bem próxima ao fisioterapeuta -- Mas se quiser sair no braço comigo eu encaro também! – olhava nos olhos – Pode acreditar que sei bater pra machucar!
O homem não esperava aquela reação e recuou.
--Vamos simbora, minha filha! – Suhaila decidiu – Com esse bicho aqui já deu!
Mãe e filha foram embora do consultório dispostas a nunca mais voltar lá.
***
--Dormiu, finalmente! – jogou-se no sofá – Tive medo de que hoje fosse ser outra noite de insônia. – olhou para namorada e sorriu – Não sabe como fico feliz por você ter estado com a gente naquele maldito consultório! E não sabe como estou feliz que esteja aqui!
--Hoje o dia me permitiu acompanhar vocês pra ir na sessão de fisioterapia do ogro! – sorriu também – Não me agradeça porque você também fez muito muito por mim! – reconheceu – Especialmente na época em que eu vivia aquele relacionamento tóxico que acabava comigo!
--E falando em coisa tóxica, aquele fisioterapeuta era um veneno pra maama! – pensava no homem – Desde que fomos lá pela segunda vez eu andava revoltada com aquela mania dele viver atribuindo a ela a culpa por não melhorar logo! – franziu o cenho – Canalha!
--Ele já passou, querida, deixe pra lá! – aconselhou – E se vier de gracinha porque você não quis pagar a consulta de hoje, fale comigo que sei como colocar o bonitão no lugar dele. – pausou brevemente – Mas sabe...? Tem gente que se comporta de uma forma muito tóxica, habibem... e os relacionamentos tóxicos podem acontecer debaixo do nosso nariz sem que a gente perceba... – ponderou – Tipo você e eu, por causa de minhas crises de ciúmes... – admitiu – Tenho refletido muito sobre isso! – olhava para a namorada – E tenho feito um esforço imenso pra que não seja mais assim!
--E tem se saído muito bem! – levantou-se para se sentar ao lado da outra – Não sabe o quanto tem me feito feliz! – beijou-a
--Será que finalmente depois de tantos anos a gente tá se acertando? – perguntou esperançosa – Será? – beijou-a também
--E por que não? – queria acreditar – A gente sempre teve tudo pra dar certo!
Gastou uns segundos mirando o rosto da morena até que voltou a falar: -- Ai, amore, tem uma coisa que eu tenho que te contar! – levantou-se rapidamente e deu breves voltas pela sala – A OIT me enviou um e-mail hoje com uma convocação pra uma entrevista presencial. – olhou para a morena – Vai ser agora, em abril! – mordeu o lábio inferior
“Meu Deus!” -- sentiu o coração acelerar. – E você vai fazer a entrevista! – levantou-se também – E vai dar o seu melhor pra se sair bem como sei que vai ser o caso! – aproximou-se dela
--E se eu passar? E se me admitirem? – perguntou com olhos súplices – Vai pra Suíça viver comigo, por favor? -- pediu
--Uma coisa de casa vez, minha linda! – pediu com mansidão – Abril tá batendo a porta mas ainda nem começou. – segurou uma das mãos dela – Organize-se, vá pra entrevista, volte pro Brasil, aguarde o resultado e na hora devida a gente vê o que vai fazer.
--Eu fiquei feliz com a convocação, mas ao mesmo tempo tive tanto medo e um aperreio louco! – os olhos marejaram – Sei que a gente terminou e voltou várias vezes, mas você e eu sempre estivemos perto! – sentia-se insegura – Eu não consigo pensar na hipótese de não ter você comigo na minha vida!
--Então não pense! – puxou-a para um abraço apertado – Não pense! – pediu
O que fazer? Eu tampouco queria pensar. Eu também não queria imaginar a vida sem Bianca e nem poderia pensar na hipótese de deixar maama sozinha, simplesmente aos cuidados de uma pessoa paga para zelar por ela.
De repente me ocorreu o óbvio, ou seja, cada vez mais a vida me colocava diante de uma escolha e cada vez menos eu sabia o que fazer. Eu podia sentir que uma grande mudança estava para acontecer, mais uma, e parecia não haver meio termo para mim: eu teria que abrir mão de alguém, de alguma coisa e conviver pelo resto da vida com as consequências da renúncia.
Imediatamente me veio à mente as crises que o giddu tinha quando as lembranças da guerra o infernizavam e ele se ajoelhava no chão com medo, trêmulo e choroso, sentindo-se perdido. Lembro que a gidda vinha ao encontro dele e o abraçava dizendo:
“--Ma Yhemmak! (Não tenha medo disso!) – pedia acolhedora -- Salamtak biad Allah! (Entrego você nas mãos de Deus!)”
E eu tenho medo de tantas coisas hoje em dia... Hoje sinto muitas saudades da época em que eu não precisava ter todas as respostas e soluções (e com certeza não tenho), da época em que todos os amados de minha vida estavam aqui, felizes e saudáveis, e eu não precisava decidir tudo sozinha. Sinto saudades até de mim... Quando tudo piora me sinto insegura como nunca.
Daí me repreendo dizendo mentalmente: “Camilla, cresça e não somente envelheça!” Mas é claro que não é suficiente.
Entregue-me nas mãos de Deus, gidda? Implore a Ele com a fé que a senhora tem, humildemente lhe peço, para que eu saiba o que fazer! Implore a Ele por maama, para que ela resista a tudo isso e não se entregue à depressão nem ao desespero! Implore a Ele para que o peso desta solidão acompanhada que nos cerca não nos esmague. Implore a Ele para que tenhamos força e consigamos vencer mais esta batalha, pois há momentos em que nos sentimos frágeis e muito cansadas.
Entregue-me nas mãos de Deus, gidda? Eu não quero me deter nas sombras da dor!
(NOTA DA AUTORA: Este é um daqueles momentos em que não se sabe onde termina a ficção e começa realidade ou se em algum momento era ficção de fato)
“Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja. Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de ideias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.”
Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Xavier. Do livro: Busca e Acharás
Fim do capítulo
Querida Josélia Bezerra Pessoa de Oliveira,
Eu vi que você me deixou no capítulo anterior um comentário via Facebook, mas infelizmente não consigo respondê-la pois não tenho mais a conta naquela rede social, que eu costumava chamar de LivrodasFuças rs. Peço mil perdões por não poder retribuir a sua gentil mensagem como deveria, então deixo aqui o meu agradecimento pelo seu carinho e te mando um abraço caipiresco e um beijinho na testa! Muito obrigada!
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Zaha
Em: 25/01/2025
Olá, Sadikii,
Bem, estamos diante de muitas questões. Um capítulo cheio de informações interessantes, apesar que Simone não falou nada do que Camilla n sabia por dentro.....pegou justo
Bem, sobre os pacientes com dores crônicas e às pessoas a sua volta....me passa muito que às pessoas peçam pra eu levantar qndo n posso e começa a dizer que depende de mim. Muitas vezes levanto sem forças, mas tem dias q.me irrita qndo dizem que n me esforço e isso é muito parecido ao que sofre Suhaila, somente que una é Dor física e outra emocional. Se já não são empáticos com pessoas q sofrem dores físicas, emocional n é MT diferente, pois tratam de comparar a suas dores, n entende que algumas dores se transformam em doenças. A noradrenalina quando está em falta, ela causa uma inatividade. A pessoa quer fazer, mas n pode sair...muitas vezes nem pra virar e pegar uma água, ir ao banheiro sem esperar a a bexiga doa, n ter vontade de tomar banho, comer...e assim ese Fisioterapia fez c Suhaila e muitos outros em vez de tentar ler mais sobre o assunto, se informar e ver a melhor forma e tratar c carinho, pois isso gera serotonina e dopamina...o que ajuda muito...um carinho , uma atenção, escutar a pessoa c suas dores...
Quanto a Rute, bem, nem todos são tolerantes, assim como a mãe de Camilla a princípio, mas n devemos nos magoar pela incompreensão dos demais, devemos ser empáticos e entender que temos uma mente mais aberta e perguntar: se tivesse vivido de certa forma, TB n seria homofóbica? N como sou agora e imaginar sendo hetero e saber, mas como viveu Rute, comi a igreja e seus ensinamentos foram passados, ainda que muitos n entendem nas entrelinhas o que disse Jesus..... Então, Camilla pode falar de outras coisas e respeitar sua visão. O melhor é vc conquistar a pessoa, mostrar pra ela que uma pessoa q gosta do mesmo sexo n é o q ela pensa e a melhor forma, é através do amor, do vínculo....uma vez q a pessoa gosta de vc, é fácil..... Afastar n ajuda que ninguém enteda..hj em dia as pessoas mais se afastam pelas diferenças do que tentam que outro entenda...queremos respeito, mas NN entendemos o outro....
Bianca está indo bem, que bom que está junto a Camilla, uma mudança por agora significativamente, claro que n apareceu ninguém que a faca sentir insegura....ela TB tem suas dores, mas, às pessoas acabam trazendo o passado pro presente e guardando TD. Já e adulta, pode falar c os pais ou superar e aceitar que cada um demonstra amor diferente....n sabemos como foram criados os pais de Bianca...n é engraçado q Bianca é insegura e teve uma relação tóxica pq TB se sentia insegura e a relação acabou sendo de dependência? Entrando em outra onde as duas encaixam como um quebrada cabeça...com duas pessoas inseguras com problemas de rejeição....somente que Camilla n a trata mal, mas n deixa de ser uma relação que faz mal, mas o amor é forte, é fato e é o que traz fortaleza a relação, essa paciência....espero que as cosias melhorem e chegue no ponto do sintomas
Camilla, ela sente uma grande rejeição, nem valora a si mesmo. Trabalhou duro pra poder chegar aonde quer, mas, sinto que vive querendo se melhor,n só pq gosta, mas pq necessita sentir a é boa em algo e que a admirem pra compensar o que sente pro dentro.. necessita elogios das comentadoras....só acho que ela vive no passado....já n é a menina indefensa que rota por amor, cresceu e é hora de superar. Na vida nem todos gostam da gente , muita gente e a maioria vem da família....temos q aprender a nos valorizar e saber que k necessitamos de aprovação de ninguém, pensar nas pessoas que gostam da gente e admira e n os que n admiram. De QQ forma, Camilla é grande pra ter uma conversa com a família....talvez, ela veja algo q n é..talvez a família n tivesse a intenção de rejeitar ela .. simplesmente, a gente n encaixa no padrão da família e tá bem isso...somos os agentes transformadores da família..... Viemos quebrar o padrão, mas acho q ela deveria conversar.
Está na hora de esse problema de rejeição poder ser superado dia a dia...e jndeixar a ansiedade tomar conta ....falar é fácil? Não, é difícil, dá medo TB, mais medo é começar a mudar pq um.sabe que as coisas vão mudar uma vez que entendemos e aceitamos...perdemos muito, mas n podemos deixar que nos perca consumido pelas dores, temos que estar calmos ser fiel a quem somos ou queremos ser...q adianta querer algo que o outro n pode dar e tentar mendigar?? N tá bem q Suhaila gosta dela? Que tanta gente goste dela? Sei q queremos como ninos mimados que certas pessoas temq nos amar como queremos ou como fazemos, mas n é assim....temos q aceitar e verá que tudo ficará melhor! Pq um querer ser parte, termina tendo q sacrificar quem é pra se sentir pertencente, isso é a pior coisa, leva a depressão, gera ansiedade....n é de distanciar do convívio, mas saber lidar e n esperar o que vc acha q tem q ser de tal forma....
Talvez minhas palavras n são bonitas e n sei passar, mas tentei falar de forma simples e de acordo com minhas experiências..... como Camila TB fui rejeitada, muitas de nós, umas mais a outras e n entendia pq....uma rejeição n direta.... às vezes inconsciente pq n vêem o que faz...mas as diferenças de pensamentos nos faz sentir diferente.... Alguns mais diretos q outros....mas se pode, te juro que puedes, no hay que perder as esperanças mesmo estando sola....
Já a vc disse que tem partes q são iguais ao que vive, então, se sirve, incorpore. E siga con os ensinamentos Kardecista, ele nos fortalece e nos dão ganas de viver por seus ensinamentos tão edificantes e a nada é pra sempre e q nascemos na família que necessitamos pro nosso progresso. Duro, mas assim é e que tudo passa, sempre quando estemos abertos ,maduros e n como crianças birrentas q mude as coisas da sua forma...assim, sempre sentirá dor....e n sairá do ciclo tóxico....hay que se amar como é e se sentemos 3 pessoas q nos ama, é 9 bastante. Pra q quero lutar fazendo a alguém nos ame qndo n vai.....só causa dor e mais dor....sejamos otimistas, amemos a nós mesmos e até aqueles q n nosnama iguais...n importa. A gente ama, o que o outro faz, é coisa dele...
Leio muito, faço coisas que reforce o que sou boa, sou amiga de gente q vai me trazer felicidades e esperança e n alguém q nós faz mal....elas estão aí, mas foque no bom!! Mude sua energia pra atrair gente q te aporte cosias boas e n que te deixe no chão..
Comentário feito pra personagem e, se bate algo com a autora, então, TB é bom! Mas espero que ela esteja melhor que Camilla....
Melhoras pra Maama e su relação com a família, com o amor e com vc mesma!!!
Força,sigamos adiante pq no final, tudo será melhor, de uma forma ou de outra... ficarás bem!
Beijos,
Cariños
PS: Espero n ter sido invasiva....só preocupada....onde começa ou onde termina suas dores nessa estória..,
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Sem cadastro
Em: 15/12/2024
Todo o meu carinho pra você, autora!!!
Quando eu li "Em busca do Tao" eu estava tão perdida... você me ajudou muito! Obrigada!
Colocarei você e sua família em minhas orações.

Solitudine
Em: 20/12/2024
Autora da história
Olá querida,
Muito, muito, muito obrigada!
Fico feliz em saber que um conto caipiresco te fez bem. Você leu Sob o Encanto de Maya?
Beijos,
Sol

Minh@linda!
Em: 21/12/2024
Sim, senhora!!
Li no lesword, enquanto espera o final de "Em Busca do Tao".

Solitudine
Em: 21/12/2024
Autora da história
Você gostou de Maya? Diga-me o que achou, por favor

Sem cadastro
Em: 21/12/2024
Oi Autora, boa noite!
Desculpa a demora. Só percebi a pouco...
Gostei, sim!
Priscila e Lady alegraram a minha alma kkkk
Duas pessoas totalmente improváveis, mas que se encaixaram kkkk
É bom ver além dos nossos preconceitos ou dos que nos impõe.
É um conto muito rico!! Faz com que a gente enxergue além das nossas ilusões. Às vezes a gente se prende a situações ou pessoas que já poderíamos ter deixado ir, fluir, seguir seu curso. Confesso que sou fã de Lady, Priscila e toda sua turma rs
Tinha até uma Jaqueline nada iluminada kkk
Eu curtia o fato de todas as histórias, dentro do conto, se cruzarem. Lembro de ter lido sobre Suzana e Juliana no "Tão". Confesso que criei um único rosto para Sayed (releve se o nome não estiver correto), Zinara e Camila de acordo com as descrições que vc disponibiliza para elas. Elas são intensas e fortes, mesmo com suas fragilidades.Na época eu torcia por Sayed e Camila, até entender que não seria o melhor para elas.

Minh@linda!
Em: 21/12/2024
"Tao"
Sayed e Camile
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PaudaFome
Em: 13/07/2024
Parecia que eu conversar com você de verdade enquanto lia o capítulo força e fé você é demais a maama com certeza também é

Solitudine
Em: 25/07/2024
Autora da história
Olá querida,
O conto era para ser isso mesmo: um proseado entre amigas.
Obrigada por tudo!
Beijos,
Sol
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Ontracksea
Em: 11/02/2024
Capítulo lindo e super emocionante. Sinta-se abraçada com todo carinho.
E você é uma escritora incrível! Nunca esqueça!

Solitudine
Em: 17/02/2024
Autora da história
Obrigada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fiquei muito feliz em ler isso!
Beijos,
Sol
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mtereza
Em: 27/01/2024
Para variar amei o capítulo

Solitudine
Em: 27/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Andava sumida, que bom que voltou!
Fico feliz que esteja gostando! Volte mais pois ainda tem uns trem para você ler e comentar! rs
Beijos,
Sol
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jake
Em: 20/01/2024
Que cap lindo ...Bianca cuida bem da Camila pq tem carioca de olho .rsrsrscom todo respeito, porém vim aqui pedi permissão pra copiar parte do texto não é plágio apenas usar nas minhas rede sociais na minha agenda se não for possível e só me avisar bjs ...

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
kkkkkkkk Tem carioca de olho? Pode deixar que dou o recado à Camilla e Bianca que se avie! rs
Pode copiar o que desejar, não precisa pedir permissão. As palavras são como pássaros, não podem viver engaioladas. Eu sei que não é plágio e só posso te agradecer por todo carinho!
Beijos,
Sol
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jake
Em: 19/01/2024
VOLTEI PQ O site encerrou meu comentário .Saúde Paz Sorte Sucesso Esse cap me deixou sem palavras..
Amo sua escrita Felicidades ,Força e Fé vai dar tudo certo....Obrigada pelo cap
Vc e maravilhosa no que faz, que Bianca não leia esse texto. Rsrsr
Bjs mil bjs Maama.

Samirao
Em: 20/01/2024
Esse site anda muito esquisito honey. Deixa eu te dar o recadinho porque Bianca não só leu esse texto como por meu intermédio vem te pedir de novo favorita a caipira! Rumo às 100! Favorita os contos que vc leu como Tempus Agendi.
Habibem não tem Face nem Insta e nem nada pros outros seguirem. Ela não publica livros impressos. Ela não tem promoverão contrário de um monte de auroras turbinadas que tem por aí. Quem promove ela como pode sou eu mas pelo nosso trato logo vou deixar de fazer isso quando me mudar. Tinha outra pessoa que promovia ela também mas é alguém que vive se emputecendo com habibem sem razão e até decidiu sumir. Paciência!
Concluindo Jake dá uma força pra Caipi! Bjuss

jake
Em: 20/01/2024
Oie eu amo as histórias da Sol.Descup se as vezes não comento e pq as histórias são tão envolventes que acabamos ma?atorando não é atoa o total de visualização de cada histórias dela .Acredito que ela é uma das Autoras que com poucos capítulos ultrapassado Autoras q as vezes tem 60 capítulos e não tem um terço de comentários enfim Sol consegue nos envolver com sua escrita e sua vdd
Sou mto fã da sua escrita e uma das Autoras que daria colo ,espero q a Bianca valoriza pq tem gente de olho...rsrsrs com todo carinho e respeito.

Samirao
Em: 20/01/2024
Amore então o que vc tá esperando? Favorita habibem e os contos que vc leu nesse Lettera! Solta o dedo filha! E divulga pras amigas! Bjuss

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Eita, pelo que eu vejo teve até um diálogo aqui! rs
Jake, Samira sempre pede para as pessoas me favoritarem no site, favoritarem as histórias por mais que eu fique insistindo com ela para não fazer. Então não se sinta pressionada por isso. O que é realmente o meu desejo é que as pessoas leiam e que ao final fiquem com algo de bom. Esta é a minha "missão" ao escrever: mostrar de forma lúdica as várias faces da vida, provocar a reflexão e trazer uma mensagem de fé, esperança e amor. Sim, eu sei que é pretencioso, mas não tem jeito! Esta sou eu! rs
Beijos,
Sol
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jake
Em: 19/01/2024
Olá Querida Autora. Oque dizer desse capítulo
Sou cuidadora técnica. Enfermagem e sei Oque vc /Camila vive no dia a dia,enfim sem palavras para falar sob esse cap .Só me pergunto Sol e Cam são uma única pessoa?Só desejo toda felicidade .Lembre-se Tudo Passa...fiz essa tatuagem no momento mais difícil da minha vida ,tô aqui torcendo e pedindo ao Criador mta Força Fê saúde

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Você é cuidadora? Que interessante! É uma profissão exigente e muito humana.
Sol e Camilla são a mesma pessoa? Estritamente não, mas de todas as personagens que criei e que trazem algo de mim, sem dúvida Camilla é quem mais "me representa", a mulher real do lado de cá.
Obrigada pelos seus bons votos!
Beijos,
Sol
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HelOliveira
Em: 19/01/2024
Sem palavras para esse capítulo todo sofrimento de Camilla só nos faz ver o quanto está sendo forte...
Bianca que orgulho se fazendo tão presente..
Até o proxima

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Fico feliz que tenha voltado. Não suma de novo, viu, fi? Já basta eu viver sumindo e voltando! rs
Não sei se Camilla está sendo forte, mas garanto que ela está tentando ser o que acha que deveria, ou seja, o esteio da maama. E Bianca está amadurecendo.
Obrigada por vir!
Beijos,
Sol
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Diderot Dalambert
Em: 18/01/2024
Ai meu benzinho... Camillinha e Solzinha... força, fé e aquele abraço!
Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Olha a janela e veja eu sou a Sol...

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Adoro esta música! Até a usei em Sob o Encanto de Maya. Obrigada pela menção que percebi que fez! Obrigada pelo carinho!
Beijos,
Sol
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Joab
Em: 17/01/2024

Joab
Em: 17/01/2024
Adorando o conto please go ahead!

Joab
Em: 17/01/2024
Mas eu cansei desta merda de site!!!

Joab
Em: 17/01/2024
Nunca mais comento aqui!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Oxe! Mas por que será que algumas pessoas têm tanto problema no site? Você chegou a procurar pela Cristiane?
Fico triste que você tenha se irritado tanto a ponto de não mais querer voltar, mas espero que continue lendo. Sentirei sua falta. Sempre que você comentava, eu ficava imaginando você sentada em uma mesa do restaurante de sua maama, experimentando seus drinques e lendo o capítulo pelo celular. rs
Beijos,
Sol
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Cristina
Em: 17/01/2024
Boa noite Sol!
Como vocês estão amiga?
Que capítulo hein!
O medo da rejeição nos tolhe muito! Fico pensando, às vezes, se eu não tivesse medo de ser rejeitada pela família e tivesse me assumido, como seria?
Sei que hoje os tempos são outros e a rejeição é menor. Tenho uma sobrinha lébica também e que não passa por isto aqui em nossa família. Os que não aceitam, não a rejitam e a maioria a trata com normalidade.
Vejo que Bianca está amadurendo! Torcendo para que Camila e Bianca tenham um final feliz! Que Camila faça a melhor escolha! Mas saiba que toda esolha tem perdas e ganhos!
Um grande abraço!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá queridíssima!
Estamos na luta! E que luta! rs
É, eu sei que muitas de vocês não gostaram do capítulo, mas ele tinha que existir no contexto da história. Não tem, jeito...
Quem sou eu para falar de medo de rejeição? E como tenho! kkkk Talvez mais expectativa exagerada que realidade, não sei... mas tenho medo assumidamente. Vocês sabem.
Fico feliz que sua sobrinha tenha experimentado uma reação tão positiva!
Bianca está aos poucos vendo a vida por outro prisma. Vamos acompanhando sua caminhada!
Sim, Camilla sabe disso e por esta razão se sente tão perdida.
Beijos,
Sol
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Joanna
Em: 17/01/2024
O que a Camila tá passando é a realidade de muitas famílias, todos tem que cuidar de seus idosos, e sempre fica para apenas um carregar a cruz.
Ler o que escreve, e até em séries médicas é abordado o outro lado, o cuidador. E de certa forma é um conforto saber que o que passa, as angustias, inpaciências, culpas, cansaços é humano. Que não está só nesta jornada, pois abandoná-los, jamais!
Joanna

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Que bom que voltou! Some não, fi! rs
Sim, os idosos são vistos como estorvo. Tenho batido nessa tecla do respeito e da integração do idoso desde que tudo começou, lá em Sob o Encanto de Maya. É algo que observo e muito me incomoda ver a forma como as pessoas são descartadas por outras apenas porque o outono da vida se fez presente.
Sim, Camilla não abandona. Nem eu! rs
Beijos,
Sol
PS: Você que leu tanto trem que escrevi se anima de ler CONVIDE-0? Só está faltando essa para você completar a série caipiresca
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Migas
Em: 17/01/2024
Tenho dó da Camilla, da maama e até da Bianca. A socorresse é preconceituosa demais e empatia exige esforço. O amor exige sacrifícios? Cada vez mais eu creio

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Sim, querida, amar exige sacrifícios! Por isso que amar tem seu lado difícil, porém muito válido e engrandecedor!
Beijos,
Sol
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EsqueletoGato&Guerreiro
Em: 17/01/2024
Fala gata! Diz aí miau! rs
Só pra descontrair, não pega pilha ok? Não sei até que ponto Camilla tá em vc ou vice versa mas é vero que tua mãe não tá bem. Mas vai ficar! Vai ficar!
Quero ver como vai ser a escolha de Rute. Certo que você vai surpreender em algumas coisas

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
kkkkk Pode deixar que não pego pilha! rs
Obrigada por seus bons votos!
Tomara que eu não te decepcione com o desenrolar da Escolha de Rute! rs
Beijos,
Sol
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Mille
Em: 17/01/2024
Oi Sol
E que Deus de a resposta que você merece. Minha mãe tem uma mantra que seja qualquer coisa que ela vá fazer ou deseja fazer ela diz "se for para dar tudo certo Deus vai abrir as portas," e graças a Deus sempre fomos agraciadas. Espero que assim seja a saúde de mãe, essa viagem que Bianca em lhe levar para Suíça. Mais acho que ir embora você nunca iria só e Bianca tem que entender que mãe doente precisa do apoio da Camila pq sabe que os outros filhos o nada e eles são a mesma coisa.
E dona Rute não chegou para marcar e depois desse capítulo acho que só ajuda a dona mãe.
Bjus e fique com Deus.

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá queridíssima!
Obrigada pelo apoio de sempre. Os casos de Suhaila, na ficção, e o da minha maama, na vida real, não se resolverão da noite para o dia; os anos passados até agora estão aí para mostrar. Porém, nada dura para sempre. Enquanto dura, precisamos de força...
Obrigada por tudo!
Beijos,
Sol
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Mmila
Em: 17/01/2024
Fé.

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Sempre, querida!
Beijos,
Sol
PS: Venha mais! A caipira gosta de um proseado. Faz muito bem! rs
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Gold
Em: 17/01/2024
Fiquem nas mãos de Deus!!!! E mande mais capítulos!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
kkkkkkkkkkkk Obrigada e pode deixar!
Beijos,
Sol
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Yoko tsuko
Em: 17/01/2024
Sensei querida!
Capítulo triste, real e belíssimo!
Sabe o que eu mais gosto? É que parece que a Camilla é uma amiga minha. Parece que ela vem pra desabafar comigo. É bem real e bem legal. Digo a ela que tenha fé, vai passar e eu tô aqui com meu ombro pra ela chorar ou só descansar.

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Achei lindo seu comentário. Sem palavras! Muito obrigada!
Beijos,
Sol
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Young
Em: 17/01/2024
Olá Solzinha,
Esse capítulo foi o mais duro do conto até agora. Talvez dessa vez você não tenha conseguido poupar a gente daquilo que a Camilla ou você ou as duas tão passando e veio assim, mais cru. Igual quando Zinara teve que encarar os demônios do passado do Kaled pra poder descobrir e encontrar o sobrinho. Às vezes não tem confetes. Às vezes é como se dizia em Sampa na minha adolescência; cu seco e sem rodinha.
Ouvir a cuidadora dizer o que disse e reviver o fantasma da rejeição. Depois um fisioterapeuta babaca e o risco de perder Bianca logo agora que tudo vai bem. Não é fácil! Eu não acredito em amor a distância. Uma no Brasil outra na Suíça, é óbvio que não dá certo!
Fiquei vendo na cabeça a cena dos avós da Camilla e a forma tão indefesa como ela pediu abrigo pra avó. Muito triste e muito poético como vivem te dizendo.
Não sou de fazer textão mas senti que precisava. Parabéns! Se te pareceu que faltou acolhimento e pra Young Cy pareceu, sinta-se acolhida na vida real e na ficção!!
Young Cy

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Concordo integralmente com seu primeiro parágrafo, mas nunca ouvi isso de fiofó seco sem rodinha. Como pode ter roda, menina? kkkk
Sinceramente, amor à distância é complicado... não que ele morra, mas algumas coisas se perdem e outras surgem no lugar como a desconfiança. Tem que ter muita maturidade e paz interior para administrar.
Obrigada pelo acolhimento, querida! Muito obrigada!
Beijos,
Sol
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Dandara091
Em: 17/01/2024
Alô Autora!
Gente responsa também sofre. E gente responsa chega na vitória e não baba no torresmo!
Vitória é toda tua história, tá ligada? Camilla e a coroa dela são vitoriosa.
#vitoriaehtodatuahistoria
#genteresponsanaobabanotorresmo
#botaprafumulherada

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
kkkkkk Olá querida!
Juro que Camilla não baba em torresmo! rs
Obrigada pelo incentivo!
Beijos,
Sol
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Sey Ed
Em: 17/01/2024
Caipirinha guria deu pra sentir que a barra pra ti tá pesando. A vida tem suas durezas é muita porradaria na cabeça em certos momentos. Mas quem escreve o que tu escreve e como escreve não é qualquer franga. Como tu disse lá em SEM Todas as coisas surgem e vão embora. Isso também vai!
Eu gosto desse conto. Todos os teus tem humanidade demais só que esse tem uma a mais

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Sim, para mim e para maama, assim como para Camilla e Suhaila, está pesando...
kkkk Gostei de saber que não sou qualquer franga!
Sim, concordo, isso também vai passar.
Obrigada por tudo!
Sol
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NovaAqui
Em: 17/01/2024
Bom dia!
Não tenho como entregar alguém nas mãos de Deus!
Bianca está conseguindo controlar suas emoções

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Eu também não tenho. Estou muito longe na escala evolutiva para tanto. É nessas horas que pedimos apoio aos anciãos, como gidda.
Bianca anda bem comportada, não? Que bom! rs
Beijos,
Sol
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Marta Andrade dos Santos
Em: 17/01/2024
Complicado ou complicamos.

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Nós sempre podemos complicar mas realmente existem situações muito complicadas.
Beijos,
Sol
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Lea
Em: 17/01/2024
Boa noite,Sol !
Só boa noite mesmo!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida Lea,
Espero que esteja bem.
Eu não sei o que responder, pois não sei se entendi o que você queria dizer. rs
Beijos,
Sol
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Alexape
Em: 17/01/2024
Deixa Camillinha e maama nas mão de Alexape que ela cuida!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
kkkkkkkk Olá querida! Pode deixar que dou o recado a elas! rs
Beijos,
Sol
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Pitching
Em: 17/01/2024
Triste e eu lamento. Força e fé! Mas você escreve tudo muito bonito!

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Obrigada, querida!
Beijos,
Sol
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Samirao
Em: 17/01/2024
Difícil saber fazer comments agora. Eu não tenho condições de entregar ninguém nas mãos de Deus mas sua gidda que NÃO TEM VERGONHA DE VOCÊ continuar te velando como sempre é ela entrega e te conforta. Que me entregue tb pode ser? Bjuss

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida!
Você não tem ideia do quanto eu gostaria de saber o que ela sente, pois toda vez que a vejo em sonho ela está sempre muito séria comigo.
Mas, ainda assim, se ela nos entregar nas mãos de Deus, lá estaremos.
Beijos,
Sol
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Irina
Em: 16/01/2024
Kotinha,
Belo capítulo cujo final esteve a ferir-nos o coração. Camilla tem sido uma bela descoberta e envio a ela e a ti todos os melhores desejos de felicidade que possa ter, estejas tu onde estveres.
Amo vossa escrita. Vossa alma está sempre à me encantar, no riso ou na dor.
Com estima,
Irina

Solitudine
Em: 20/01/2024
Autora da história
Olá querida,
Sim, este capítulo terminou dolorido assim como eu estava quando o escrevi. Fico feliz que você esteja gostando de descobrir a Camilla junto com ela mesma. Obrigada pelos seus bons fluidos de Luz!
Igualmente fico feliz em saber que minha escrita toca o seu coração!
Beijos,
Sol
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Solitudine Em: 25/01/2025 Autora da história
Lailets Sadikii!
Eu realmente gosto dos seus comentários! Da forma como você se envolve com o enredo, das informações que você traz, inclusive compartilhando vivências... chego a ficar sem ter o que responder.
A Camilla é, sem dúvida, dentre todas as personagens que já criei, aquela que mais traz semelhanças comigo, embora tenhamos muitas diferenças também. Acho que ela é bem melhor que eu! kkk
Mas, enfim, você não foi invasiva, foi acolhedora e gostei muito.
Obrigada por tudo!
Beijos,
Sol