última parte
Capitulo 10
ASTRID ESTAVA SONOLENTA, mas não totalmente dormindo, só havia tido tempo de tomar uma ducha e vestir uma roupa confortável quando ouviu uns latidos que pareciam vir do andar de baixo. Será que Freud havia fugido outra vez? Foi o que passou por sua cabeça e não tardou em pegar um roupão e descer escada abaixo correndo. Abriu a porta e lá estava ele.
- Ei, sua tutora sabe que você está aqui a essa hora? Você fugiu de novo? – Freud pulava e latia, indicando que Astrid deveria segui-lo e a outra assim o fez para trás de sua casa.
Quando se viu atrás do seu jardim, esse estava decorado com luzes amareladas ao redor dos troncos das árvores como um lindo jardim secreto e um caminho de pétalas de rosas e bem no centro delas tinha uma bola que Freud pegou e levou para a mão de Astrid, lá estava escrito:
“Astrid”
Até que Freud foi pegar outra bola que indicava “Me desculpa” e novamente Astrid leu, Freud trouxe mais outra bola que tinha mais um bilhete escrito “por ser” e mais outro bilhete “idiota”. Astrid abriu um sorriso, estava na cara de quem havia feito tudo aquilo.
- Parece que sua tutora teve um grande trabalho para isso.
E mais um latido foi ouvido de volta. Freud abocanhou de leve na manga do roupão de Astrid e a conduziu para o hall de entrada e lá estava Piper com o livro de Anne de Green Gables nas mãos e mostrava para que a loira visse.
- Eu passei o resto dessas duas semanas achando que estava certa em deixar você ou parar de pensar em você. Conversei com Lilah que me perguntou por qual razão algumas semanas longe de você estava me deixando fora de mim – Astrid observava a mulher de madeixas brancas descendo aos poucos aqueles degraus. – E eu sabia que você não era qualquer mulher, você era Astrid Isabella Parker, a mulher que eu tinha me encantado desde quando éramos crianças e a razão de ter me assumido lésbica. Por mais de dez longos anos eu te amei em silêncio e achei que não passava de um amor platônico e fui covarde de não ter ido atrás.
Piper se aproximava pouco a pouco.
- Me desculpa ter recusado sair, eu achava que Jordan seria a pessoa certa para você, afinal, que chance eu teria se quando éramos crianças brigávamos tanto, então pensei que você só me veria como uma amiga ou simplesmente a melhor amiga da sua irmã. Mas a verdade é que sempre quis ser mais do que só isso. Fui idiota sim, falhei e queria me redimir, queria uma outra chance de ser seu Gilbert Blythe, porque você sempre foi a minha Anne Shirley, será que você me daria essa chance?
Astrid estava em silêncio e próxima da outra ouvindo tudo o que ela tinha para dizer.
- Não... – foi o que disse. – Não acho que pode ser Gilbert Blythe.
Piper baixou os olhos, fitando seus próprios pés, pois não imaginava menos do que isso. Embora doesse ouvir aquelas palavras que ela já esperava.
- Não pode ser meu Gilbert Blythe, porque não quero que seja, Delilah disse que a alma gêmea da Anne era a Diana, então você já é a minha Diana. – Astrid abraçou Piper com força e a outra a beijou, envolvendo suas mãos na cintura dela, levantando-a com força.
- Minha Anne Shirley. – disse Piper.
- Diana Barry – respondeu Astrid com um sorriso.
Freud latia feliz e pulava para ficar entre ambas, quando as duas sorriam e acariciava aquele border collie.
Astrid olhou para Piper e resolveu contar uma coisa.
- Tem algo que você precisa saber – disse Astrid. - Lembra daquela festa da Amira Karim?
Piper fez que sim com a cabeça.
- Sei que brigamos naquele dia por você ter batizado meu refrigerante, mas a verdade é que eu não empurrei você por causa disso. Eu sabia dos boatos que Amira Karim estava interessada por você e fiquei com raiva. Na época não entendia a razão e achava que era porque você estava sendo metida. Então eu vi quando ela beijou você nos fundos, isso me deixou azeda durante boa parte da festa e você veio com um refrigerante para mim, para que eu me acalmasse, só que estava com um pouco de álcool. De fato, eu relaxei, mas quando descobri fui com tudo para cima de você. Por causa de você ter deixado Amira Karim beijar você e mesmo você sendo maior do que eu e mais forte, ainda me deixou empurrá-la com tudo e jamais revidou.
Astrid contava todo o relato e verdade do que havia compreendido.
Astrid sentiu ser pega no colo por Piper e seguiram direto para a entrada da casa e entraram os três.
- Amira Karim pode ter roubado um beijo meu naquele dia na festa dela, porém foi Astrid Parker que roubou meu coração desde criança até hoje.
Na cama de Astrid, Piper a deitou gentilmente, sentia os batimentos por todo o corpo, garganta, peito e entre suas coxas. A respiração das duas preenchia o quarto. Astrid buscava os olhos de Piper que estavam repletos de desejo, cobiça, paixão e amor. Os olhos de ambas se fecharam e o beijo começou suave e lento, a boca se fechando ao redor do lábio inferior de Piper, arfadas eram ouvidas.
Nem nos sonhos mais profundos de Piper com Astrid poderia descrever o sentimento que ela estava sentindo agora, nem mesmo Amira Karim ou qualquer outra a havia beijado assim. Astrid tinha um gosto indecifrável, cem por cento diferente dela e ao mesmo tempo cem por cento compatível com ela. Era isso que Piper pensava.
Astrid levou suas mãos para enterrar nos cabelos curtos de Piper, passando pela nuca da outra, foi o que bastou para levar a mais alta ao limite.
Que mulher! Piper pensava.
Astrid afundou ainda mais aquele beijo como uma espécie de contrato que não havia mais volta. Passou a língua lentamente por toda extensão de seus lábios macios, enquanto ela acariciava suas costas. Podia ver sua linda face branquinha corar e ganhar mais destaque.
Com a outra mão, Astrid sentiu Piper apertar seus seios e sua cabeça inclinou para trás em gesto de prazer. A mais alta foi beijando seu queixo e passando a língua sobre seu pescoço e ali dando leves ch*pões intensos e lentos.
Astrid gemia delicadamente e sem muito esforço Piper podia encostar sua perna entre as da loira, arrancado suspiros, resultando em um molhar entre suas pernas, ela gem*u.
A loira abriu mais suas pernas, onde Piper pressionava e roçava mais nas suas partes intimas. Aos poucos as peças de roupas iam sendo jogadas em cada canto do quarto.
O beijo tornava-se mais intenso com movimentos de vai e vem com a língua e logo a outra ch*pou brincando. Piper desceu cada vez mais os beijos. Ch*pando entre os seios, depois dando atenção a cada um individualmente e dedicadamente, arrancando muitos suspiros e gemidos da loira abaixo de si.
Os toque eram correspondidos, os arrepios involuntários sentidos por ambas
- Seus seios são apetitosos e perfeitos. – dizia a outra, enquanto acomodava uma das suas pernas entre as de Astrid e percebeu que a outra gemia mais alto.
Piper sentia o quão Astrid estava excitada.
- Ai, meu Deus – dizia Astrid Parker ainda mais vulnerável naquele momento
Os beijos estavam descendo até o momento que Astrid tanto esperava ao meio de suas pernas. A sensação cresceu depressa e Astrid via-se louca, suas coxas começaram a tremer, a tensão no baixo ventre estremecendo como um vulcão que explodiria a qualquer momento.
– Meu Deus, Pi, não se atreva a aparar- Ela falou com seu tom autoritário – me faz goz*r - e Piper não desobedeceu. Entrou e saiu fazendo movimentos rápidos com a língua estimulando cada vez mais o clit*ris da loira. Enquanto ch*pava o centro de Astrid, Piper a penetrou com dois dedos e a outra rebol*va de encontro a seus dedos.
- Ai, meu Deus! – exclamava Astrid.
Quando enfim sentiu suas pernas se apertarem de encontro a cabeça de Piper, percebeu que ela estava perto de chegar ao seu ápice. Então tornou em fazer mais rápido que conseguia e escutou seu gemido de prazer alto e agudo. Ela acabava de goz*r na boca da mais alta que se deliciava com todo aquele líquido.
- Ah... – disse Astrid sem ter se controlado.
Astrid encontrava-se suada e ofegante, mas mesmo assim, puxou para beijar Piper e sentiu seu gosto nos lábios da outra.
- Me faça sua mais uma vez! – foi apenas o que ela disse, enquanto conduzia a mão de Piper até o meio de suas pernas que pulsava ardentemente de desejo pela outra. A de cabelos curtos sorriu mais uma vez.
- Bom saber que Astrid Parker tem um desejo incontrolável!
Elas retomaram aquele ato com ainda mais desejo do que antes.
No outro dia após terem contado tudo para as outras integrantes do grupo e alguns entendimentos estarem agora tudo resolvido. Todos marcaram de se encontrar na Taverna da Stella, Jordan e Simon, Delilah com Claire, Iris com Jillian e claro, Astrid, Piper e Freud juntos. A mesa havia sido separada para todos e ali, naquele velho bar onde tudo era possível, Iris olhou para Jordan.
- Sabia que eu posso fazer você encontrar uma pessoa? – comentou Iris fazendo as outras rirem e acharem inacreditável isso.
- E lá vamos nós de novo – dizia Delilah com seu drinque na mão, enquanto seu braço estava envolto aos ombros de Claire. – Será que você não aprendeu a lição ainda?
- Acho que vocês que não aprenderam, por causa de mim vocês quatro estão com as pessoas que gostam. Claire e Delilah e Astrid e Piper. Está mais do que obvio que sou uma cúpido! E então?
- Ela está mesmo falando sério sobre isso? – indagava Jordan sem compreender.
- Você deixou uma porta de oportunidade abertas com essa frase, Jordan. – explicou Astrid, pronta para tampar os ouvidos, pois Iris Kelly iria gritar.
As mãos em formato de concha ao redor da boca indicavam isso e foi exatamente isso que ela fez.
- Aí, Bright Falls! Quem quer uma chance com essa bela mulher ao meu lado? – fez um gesto indicando para Jordan – Ela está precisando de uma boa trep...
- Ah, meu Deus, Iris! – pediu Jordan colocando as mãos na boca da ruiva para calar a sua boca. – ela fez mesmo isso com vocês?
- Sim, isso mostra que agora é uma de nós! – foi a vez de Claire falar.
- Então brindaremos a isso! A nossa amizade! – disse Piper.
Astrid assentiu e levantou a taça, um sorriso no rosto ao olhar para Claire, Delilah, Iris, Piper e as outras.
- A nossa amizade. – disse.
- A nós – disse Iris.
- A nossa amizade – repetiu Claire.
- Idem – Delilah.
- A nós. – Simon e Jordan falaram juntos.
Fim do capítulo
É isso pessoal!
A ideia não era ser uma história longa, embora a princípio buscava ser uma short fic. Contudo, não ficaria tão harmonico assim. Dessa forma, foi pensado em terminar com dez capítulos mesmo.
Espero que tenham se divertido.
Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
Mmila
Em: 15/01/2024
Excente "remake". Não ficou devendo nada pelo tamanho da história. Ficou perfeito!
Parabéns!!!!
Resposta do autor:
Olá, fico imensamente feliz de ler suas palavras e votos de agrado
De fato, foi difícil saber se seria do agrado do público, sendo assim, fico demasiadamente feliz em saber disso.
[Faça o login para poder comentar]
kasvattaja Forty-Nine
Em: 14/01/2024
Olá, tudo bem?
Gostei de seu remake. Li os dois livros de Ashley Herring Blake. São boas histórias e Ashley escreve muito bem. Parabéns pela sua 'visão' da história.
É isso!
Post Scriptum:
'Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você.'
Elbert Green Hubbard,
Filósofo E Escritor
Note Book of Elbert Hubbard - Página 112, Elbert Hubbard - Kessinger Publishing, 1998.
Elliot Hells
Em: 14/01/2024
Autora da história
Tudo bem sim e com você?
Fico feliz da sua leitura e comentário por aqui.
A intensão foi manter o toque original da Ashley Blake, pois ela é divina, mas com o tempero de originalidade e outra visão de personagens não explorados por ela, como a Amira e a própria Piper.
Também não queria uma loooonga história, pois penso que não seria interessante um ramake dessa forma.
Sendo assim, foi pensado em como ser descrito e escrito.
Agradeço a sua leitura e principalmente o seu comentário.
Espero nos esbarramos novamente
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
Elliot Hells Em: 17/07/2024 Autora da história
Olá, Olá, perdoe a demora!
Fico feliz que tenha gostado!
Caso deseje conhecer outros nomes e livros continue conosco!
Obrigada